quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O erro de Roboão




A morte de Salomão marcou outro importante ponto decisivo na história de Israel. A linha-dura administrativa, as leis de recrutamento obrigatório para o trabalho e as experiências sobre pluralismo religioso levaram a grande tensão no princípio do reinado de Roboão, filho de Salomão.

7. Que podemos aprender da história de Roboão sobre a atitude das pessoas para com o poder? Que podemos aprender de seu erro? 
1 Foi Roboão a Siquém, porque todo o Israel se reuniu lá, para o fazer rei.
2  Tendo Jeroboão, filho de Nebate, ouvido isso (pois estava ainda no Egito, para onde fugira da presença do rei Salomão, onde habitava
3  e donde o mandaram chamar), veio com toda a congregação de Israel a Roboão, e lhe falaram:
4  Teu pai fez pesado o nosso jugo; agora, pois, alivia tu a dura servidão de teu pai e o seu pesado jugo que nos impôs, e nós te serviremos.
5  Ele lhes respondeu: Ide-vos e, após três dias, voltai a mim. E o povo se foi.
6  Tomou o rei Roboão conselho com os homens idosos que estiveram na presença de Salomão, seu pai, quando este ainda vivia, dizendo: Como aconselhais que se responda a este povo?
7  Eles lhe disseram: Se, hoje, te tornares servo deste povo, e o servires, e, atendendo, falares boas palavras, eles se farão teus servos para sempre.
8  Porém ele desprezou o conselho que os anciãos lhe tinham dado e tomou conselho com os jovens que haviam crescido com ele e o serviam.
9  E disse-lhes: Que aconselhais vós que respondamos a este povo que me falou, dizendo: Alivia o jugo que teu pai nos impôs?
10  E os jovens que haviam crescido com ele lhe disseram: Assim falarás a este povo que disse: Teu pai fez pesado o nosso jugo, mas tu alivia-o de sobre nós; assim lhe falarás: Meu dedo mínimo é mais grosso do que os lombos de meu pai.
11  Assim que, se meu pai vos impôs jugo pesado, eu ainda vo-lo aumentarei; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões.
12  Veio, pois, Jeroboão e todo o povo, ao terceiro dia, a Roboão, como o rei lhes ordenara, dizendo: Voltai a mim ao terceiro dia.
13  Dura resposta deu o rei ao povo, porque desprezara o conselho que os anciãos lhe haviam dado;
14  e lhe falou segundo o conselho dos jovens, dizendo: Meu pai fez pesado o vosso jugo, porém eu ainda o agravarei; meu pai vos castigou com açoites; eu, porém, vos castigarei com escorpiões.
15  O rei, pois, não deu ouvidos ao povo; porque este acontecimento vinha do SENHOR, para confirmar a palavra que o SENHOR tinha dito por intermédio de Aías, o silonita, a Jeroboão, filho de Nebate.
16 Vendo, pois, todo o Israel que o rei não lhe dava ouvidos, reagiu, dizendo: Que parte temos nós com Davi? Não há para nós herança no filho de Jessé! Às vossas tendas, ó Israel! Cuida, agora, da tua casa, ó Davi! Então, Israel se foi às suas tendas.       1Rs 12:1-16

Depois da divisão entre Judá e Israel, o povo de Deus, antes unido, começou a seguir caminhos diferentes. Vendo que o centro de adoração e sacrifício estava localizado em Judá, o rei de Israel, Jeroboão I, mandou fundir dois bezerros de ouro e erguer dois lugares de adoração com altares – um em Betel e o outro em Dã.

26  Disse Jeroboão consigo: Agora, tornará o reino para a casa de Davi.
27  Se este povo subir para fazer sacrifícios na Casa do SENHOR, em Jerusalém, o coração dele se tornará a seu senhor, a Roboão, rei de Judá; e me matarão e tornarão a ele, ao rei de Judá.
28  Pelo que o rei, tendo tomado conselhos, fez dois bezerros de ouro; e disse ao povo: Basta de subirdes a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito!
29  Pôs um em Betel e o outro, em Dã.  (1Rs 12:26-29)

As coisas não pareciam boas para Israel e, nos duzentos anos seguintes, os israelitas tiveram a experiência de uma montanha-russa. Alguns reis seguiram (ao menos com um coração dividido) o chamado de Deus ao arrependimento; outros recusaram obstinadamente ouvir os profetas. As dinastias mudaram, e houve muitos assassinatos políticos. Desde Jeroboão I até o último rei de Israel em Samaria, Oseias, reinaram vinte reis, sinalizando a instabilidade do reino. Finalmente, em 722 a.C., Samaria foi capturada pelos assírios, e Israel foi levado em cativeiro.

No outro lado da fronteira, as coisas não pareciam muito melhores. A dinastia de Davi foi preservada, mas nem todos os descendentes de Davi puderam imitar a fé que teve seu antepassado. Alguns reis, como Josafá, Ezequias e Josias, tentaram voltar ao Senhor e, no processo, levar também Judá como um todo ao arrependimento. Seus esforços foram ajudados por dezenas de profetas que se dirigiram a situações e necessidades espirituais e sociais específicas em Judá.

Em 586 a.C., Jerusalém caiu diante dos babilônios. A liderança e boa parte da população da cidade foram levadas a Babilônia. O templo foi destruído. A “experiência” real terminou.

Alguém poderia pensar que, com o desastre da destruição e cativeiro babilônico, esse seria o fim do povo judeu. O que a restauração depois dessa calamidade nos diz sobre a paciência e graça de Deus? Como você tem visto essa mesma paciência e graça em sua vida? Qual deve ser sua reação a essa graça?        

                                       Estudo adicional

O Senhor chama todos a estudarem a divina filosofia da história sagrada, escrita por Moisés sob a inspiração do Espírito Santo. A primeira família colocada na Terra é uma amostra de todas as famílias que existirão até o fim do tempo. Nessa história, existe muito material para estudo a fim de entendermos o plano divino para a humanidade. Esse plano está claramente definido, e aquele que o estudar em oração e consagração se tornará aprendiz do pensamento e do propósito de Deus desde o início até o encerramento da história da Terra. Perceberá que Jesus Cristo, um com o Pai, era a grande causa de todo progresso, a fonte de toda a purificação e elevação da humanidade” (Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 3, p. 184).

Ao recapitular nossa história passada, havendo percorrido todos os passos de nosso progresso até o estado atual, posso dizer: Louvado seja Deus! Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo. Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado. Somos agora um povo forte, se pusermos nossa confiança no Senhor; pois estamos lidando com as poderosas verdades da Palavra de Deus. Tudo temos a agradecer” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 162).

Perguntas para consideração

1. O envolvimento ativo de Deus na história é um conceito muito importante nas Escrituras. (Leia Daniel 2:21  -
é ele (Deus) quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes). Que diz essa passagem sobre a interação entre Deus e a história humana? Por que é tão importante ter em mente essa realidade hoje, quando vivemos perto do verdadeiro “fim da história”?
2. Por que gostamos tanto de histórias? O que faz uma boa história? Como as histórias podem ser ferramentas eficazes no ensino da verdade? Quais são alguns de seus contadores de histórias favoritos, e por que você gosta deles?
3. Os antigos israelitas foram chamados a ser testemunhas ao mundo inteiro do Deus verdadeiro e de Sua mensagem a respeito da salvação pela graça. Mas veja quanto as lutas internas debilitaram o antigo Israel. Que lições podemos tirar para nós mesmos dessa triste verdade histórica?



História e histórias (resumo do estudo nº 01)




16  Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,
17  a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. 2 Timóteo 3:16-17

Saber: Reconhecer como personagens, episódios, ambientes, pontos de vista e antecedentes históricos criaram histórias memoráveis na Bíblia.
Sentir: Apreciar a oportunidade de se familiarizar com personagens da Bíblia e aprender suas lições de vida.
Fazer: Considerar as lições de vida contadas nas Escrituras e permitir que o Espírito Santo as use para transformar sua vida.

Esboço

I. Histórias cruciais para o tempo atual
A. Como outras histórias, as da Bíblia incluem personagens que agem e reagem em meio às circunstâncias e ambientes. De que maneira as histórias da Bíblia são especiais? Por que são tão importantes hoje esses relatos ocorridos em tempos e lugares tão diferentes dos nossos?

II. Encontrando o tesouro
A. A autoridade das Escrituras como a Palavra de Deus concede à Bíblia uma vantagem que as outras histórias não têm. Quais pontos de vista as tornam inestimáveis?
B. Como as histórias dos personagens bíblicos falam acerca de nossa vida?

III. Revelar o tesouro
A. Um tesouro enterrado não traz benefício a ninguém. Como reviver as valiosas lições das histórias das Escrituras em nossas circunstâncias pessoais?
B. Por que é tão crucial permitir que o Espírito Santo interprete essas histórias?
C. Quais dilemas da vida podem ser comparados às experiências de vida dos personagens bíblicos?

Resumo: 
Podemos nos beneficiar do estudo dos personagens bíblicos e de como enfrentaram desafios em sua vida, considerando como aplicaram, ou não, princípios piedosos em suas escolhas. Suas histórias podem nos ensinar a confiar no método divino para encarar os desafios do dia a dia.


Motivação 
Deus está ativo não somente ao longo da história, mas também na vida dos indivíduos.

Embora Deus esteja preocupado com a sorte de povos, nações e planetas, cuida também dos detalhes de nossa vida, se nos submetemos a Ele.

“Encontrando padrões onde não existem” (“Finding patterns where none exist”). Uma busca desta frase no Google traz numerosas ocorrências. Se você investigar os resultados descobrirá, naturalmente, grande quantidade de anúncios, tentando vender coisas de que você não precisa, de geladeiras a coelhos. Mas, se você for além das listas e artigos do comércio eletrônico, encontrará exemplos de muitas maneiras pelas quais os seres humanos tentam descobrir padrões e significados no Universo e em sua vida. A sede por significado e modelo assume incontáveis formas, desde as supersticiosas até as completamente estranhas: mapa astral, especulações grotescas sobre a linhagem da família real britânica, exames e testes que supostamente revelarão por que somos do jeito que somos. Em outras palavras, contamos a nós mesmos histórias que explicam os fatos.

A boa notícia é que Deus nunca nos dá o desejo por algo que não existe. Significado e modelo estão por aí, mas se procedem de qualquer coisa menor que uma narrativa divinamente inspirada, frequentemente são uma forma de obter a história errada. Somos parte da história divina, e Deus quer estar em nossa história. Veja uma frase melhor: “Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida.”

Comente: 
Como você vê a história divina em sua vida? Como sua vida reflete o plano de Deus? De que modo ela se encaixa na história mais ampla da salvação?

Compreensão
Pedir que a classe faça as seguintes atividades a cada semana do trimestre: 1. Memorizar a história de dois personagens bíblicos.
2. Contar, em poucas palavras, uma dessas histórias.
3. Extrair lições para a vida pessoal, dos exemplos positivos a ser imitados. 4. Extrair lições dos maus exemplos a ser evitados.

Comentário bíblico


I. A intriga: “Reparou em Meu servo Jó?”

1 Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.
2  Nasceram-lhe sete filhos e três filhas.
3  Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente.
4  Seus filhos iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles.
5  Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.
6 Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles.
7  Então, perguntou o SENHOR a Satanás: Donde vens? Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela.
8  Perguntou ainda o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal.
9  Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus?
10  Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra.
11  Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.
12  Disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR.  Jó 1:1-12.)

O livro de Jó diz respeito a uma região e período histórico periféricos em relação à maior parte do Antigo Testamento. Por exemplo, o local exato de Uz é discutido.
Jó é um dos poucos protagonistas do Antigo Testamento que não era israelita nem ancestral dos israelitas. Porém, em nenhuma outra parte é tão clara a ligação da atividade nos domínios humano e divino. Jó é descrito como um homem que “temia a Deus e evitava fazer o mal” (Jó 1:1, NVI). Em nosso mundo hoje, essas características nem sempre são recompensadas e estimadas. Dizem que pessoas boas ficam para trás. Outras perdem a carreira por falar a verdade ou por seguir a consciência, em vez de ir atrás da multidão. Esse não foi o caso de Jó, que “era o homem mais rico do oriente” (Jó 1:3, NVI). Neste mundo em que as riquezas e o poder são frequentemente confundidos com sabedoria, inteligência e virtude, Jó era rico, poderoso, sábio, inteligente e virtuoso. Ele sabia de onde tudo isso provinha, mesmo não compreendendo que o motivo para o seu drama era a guerra espiritual que se travava ao seu redor. Embora Jó temesse a Deus e O consultasse, mesmo acerca das “menores” coisas da vida, provavelmente nunca se houvesse imaginado como o assunto da conversa no banquete dos reinos celestiais. Contudo, no momento relatado em Jó 1:6-12, o grande conflito repentinamente se tornou específico. E foi focalizado especificamente nele. A reação de Jó ao mal era evitá-lo, não ter nada que ver com ele. Essa reação era a atitude correta, mas isso não garantiu que os sentimentos fossem mútuos. Se Deus é ativo em nossa vida, Satanás também tentará ser. Qualquer pessoa, como Jó, pode se tornar um território disputado na luta entre o bem e o mal, que chamamos de a grande luta. Esta é a trama que invade mesmo as histórias aparentemente mais mundanas da Bíblia.

Pense nisto: Quão literalmente devemos tomar a ideia de forças espirituais atuando por trás das cenas, como descrito em Jó 1:1-12? Por que isso é importante?

II. Caráter: O que devemos ser e fazer, e o que não devemos

6  Potifar tudo o que tinha confiou às mãos de José, de maneira que, tendo-o por mordomo, de nada sabia, além do pão com que se alimentava. José era formoso de porte e de aparência.
7  Aconteceu, depois destas coisas, que a mulher de seu senhor pôs os olhos em José e lhe disse: Deita-te comigo.
8  Ele, porém, recusou e disse à mulher do seu senhor: Tem-me por mordomo o meu senhor e não sabe do que há em casa, pois tudo o que tem me passou ele às minhas mãos.
9  Ele não é maior do que eu nesta casa e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porque és sua mulher; como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?
10  Falando ela a José todos os dias, e não lhe dando ele ouvidos, para se deitar com ela e estar com ela,
11  sucedeu que, certo dia, veio ele a casa, para atender aos negócios; e ninguém dos de casa se achava presente.
12  Então, ela o pegou pelas vestes e lhe disse: Deita-te comigo; ele, porém, deixando as vestes nas mãos dela, saiu, fugindo para fora. Gn 39:6-12.)

Como afirmado antes, as histórias da Bíblia não são meramente histórias. Todas procuram construir uma vida que encontre seu centro na presença de Deus, mesmo vivendo em um mundo que faz o contrário. Às vezes, os protagonistas reconhecem esse imperativo, outras vezes, não. Seja qual for a atitude, bem como o curso de ação ditado por ela, há consequências que podem ser vistas claramente no desenvolvimento do caráter. No trecho da história de José, encontrado em Gênesis 39:6-12, temos o típico relato de um jovem vencendo apesar das dificuldades, um “peixe fora d´água”, em um mundo em que não escolheu estar. Mas o sucesso de José não ocorreu simplesmente porque ele era corajoso, inteligente e desembaraçado, embora, pelos padrões do mundo, se pudesse acreditar no sucesso baseado nessas qualidades. A Bíblia se opõe a essa ideia do que é sucesso, revelando o segredo do êxito de José. Deus “
abençoou a casa do egípcio por amor de José” (Gn 39:5). Como no livro de Jó, a presença da bondade e da bênção divina atraíram seus opostos, na forma da mulher de Potifar, com seus planos “especiais” para José. Para certo tipo de pessoa isso poderia parecer justamente mais um pouco de sorte. Mas, diante do dilema, José olhou para a situação primeiramente do ponto de vista divino, vendo o que perderia se caísse em tentação.

Pense nisto: 
Deus é sempre um personagem nas histórias do Antigo Testamento, mesmo que pareça não ter atuado diretamente. Seu ponto de vista sempre é representado. Isso acontece em sua vida?

Aplicação
O amor é crucial para a própria vida, e no amor de Deus vemos o amor em sua forma perfeita. 

Perguntas para consideração
1. Por que as verdades que Deus deseja nos ensinar frequentemente são mais bem comunicadas através de narrativas e histórias? Este método de transmissão ocorre no Novo Testamento, bem como no Antigo; como base da mensagem cristã, os quatro evangelhos são apresentados como histórias, e incluem histórias dentro das histórias, isto é, as parábolas.

2. Identifique a narrativa mais ampla subentendida em todas as narrativas da Bíblia. Os nomes e os personagens mudam, mas o tema do grande conflito atravessa o tecido de cada história. Qual é o benefício de falar a mesma narrativa em diferentes formas?

Perguntas de aplicação
1. Muitas pessoas hoje consideram as histórias da Bíblia como tendo ocorrido “há muito, muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante”, usando uma frase popular. De fato, os eventos registrados na Bíblia ocorreram em um mundo muito diferente do nosso, especialmente se vivemos no Ocidente secular, onde tanto a religião quanto a tradição têm uma influência mais fraca. Como podemos transpor a resistência inicial que muitos têm para levar a sério a Bíblia, para introduzir-lhes o grande poder que ela tem de transformar vidas.

2. Como cristãos, todos temos nossa própria história sobre a maneira de Deus operar em nossa vida. Que poder existe em falar delas aos outros e a nós mesmos? Por que precisamos relembrar, de vez em quando, nossa história?

Criatividade
A seguinte atividade destina-se a enfatizar a centralidade da narrativa superior do grande conflito em relação a todas as outras histórias e narrativas da Bíblia.

Relembre as questões fundamentais do tema do grande conflito. Enfatize que esse é um conflito entre o programa representado por Satanás – por exemplo, egoísmo, disposição para promover a si mesmo sem consideração por Deus e pelos outros, a opinião de que os fins justificam os meios, etc. – e o programa de Deus, especialmente abnegação, paciência, paz, e humildade. Veja exemplos de histórias bíblicas, resumindo-as da melhor maneira possível. Pergunte quem ou o que, na história, representou a visão satânica da vida, e quem ou o que representou a visão divina. Como os eventos da história refletiram o grande conflito? Como se encaixaram na narrativa mais ampla?




História e histórias (comentários ao estudo nº 01)




OBJETIVO DESTE ESTUDO – Mostrar que, por trás dos fatos históricos, Deus está dirigindo os acontecimentos.

VERDADE CENTRAL – Deus é o dono da história.

 INTRODUÇÃO – O VALOR DAS HISTÓRIAS

a) Uma nova série de lições está diante de nós. Alguém poderá perguntar: Por que estudar histórias, algumas de personagens até pouco conhecidos? Neste trimestre, estudaremos a vida de pessoas que não foram estrelas em seus dias. Foram pessoas que trabalharam para Deus nos bastidores, mas nos legaram preciosas lições que, se seguidas, nos ajudarão em nossa caminhada cristã. Passado o período da era moderna, onde o científico tomou o lugar das histórias, chegamos à era pós-moderna, quando as histórias são valorizadas novamente.

Uma pergunta que poderá vir à sua mente enquanto estuda estas lições poderá ser: Por que a história de algumas nações são mencionadas nos relatos bíblicos e outras, não? Por que algumas pessoas são mencionadas e outras não? A resposta é: Deus é o dono da história e todos os acontecimentos, quer de nações ou de indivíduos são registrados na história bíblica porque cumpriram algo determinado por Deus no desenrolar de Seu grande plano – a salvação da humanidade.

Isso mostra que é Deus quem dirige a história, e não os homens. Ellen White nos ajuda com este pensamento ao dizer: “
Nos anais da história humana, o crescimento das nações, o levantamento e queda de impérios, aparecem como dependendo da vontade e façanhas do homem. O desenvolver dos acontecimentos em grande parte parece determinar-se por seu poder, ambição ou capricho. Na Palavra de Deus, porém, afasta-se a cortina, e contemplamos ao fundo, em cima, e em toda a marcha e contramarcha dos interesses, poderio e paixões humanas, a força de um Ser todo misericordioso, a executar, silenciosamente, pacientemente, os conselhos de Sua própria vontade” (Educação, p. 173).

b) Algumas respostas do por que estamos estudando a história e as histórias seriam:
1- Mostrar que é Deus quem dirige a história.
2- A verdadeira filosofia da história é encontrada na Palavra de Deus.
3- Cada pessoa e cada reino tem um lugar designado por Deus na história.
4- Cada um é responsável pela sua própria história.
5- Nada acontece por acaso no plano divino.

Obs. Leia as cinco declarações acima e pergunte se seus alunos têm sentido isso na vida da Igreja e em sua vida particular.

I  – PESSOAS E ENREDOS
O autor das lições deste trimestre define enredo como uma sucessão de eventos que leva a uma conclusão. Em nosso estudo, analisaremos o enredo das histórias com seus personagens que aparecem na Bíblia como parte do plano de Deus – a salvação da humanidade. Nos acontecimentos naturais, como terremotos, maremotos, vendavais, tsunamis, etc, há o registro dos acontecimentos, há um enredo, mas, não havendo personagens, não serão analisados neste estudo. No pensamento escatológico adventista, há duas dimensões em cada fato histórico. A dimensão humana e a divina.

No livro Educação, há um belo comentário sobre a visão de Ezequiel capítulo primeiro. Ali aparecem rodas se movendo de maneira aparentemente muito complicada, querubins que se movem, criaturas viventes, etc. O enredo parece muito confuso. Entretanto, Ellen White diz que tudo se movia em perfeita harmonia, porque acima de toda aparente confusão estava o Eterno (Educação, p. 177, 178).

Em cada uma das histórias analisadas neste estudo, destacamos os seguintes pontos:

1- O enredo tem duas dimensões – A humana e a divina.
2- Deus está sempre ativo no desenrolar da história.
3- Os personagens analisados fazem parte do enredo.
4- Algumas informações dos personagens são muito concisas e resumidas, mas suficientes para entendermos o papel que o personagem desempenhou.
5- No juízo final, cada personagem terá oportunidade de ver o papel que desempenhou como parte da História.

Comentando os momentos finais da história da humanidade, antes da destruição final dos ímpios e Satanás, Ellen White descreve o momento em que as últimas cenas da vida de cada um são apresentadas diante do Universo. Os que participaram da morte de Cristo, os perseguidores, os malvados e os ímpios veem pela última vez sua história repassada diante dos olhos. 
“Cada ator relembra a parte que desempenhou”, afirma Ellen White (O Grande Conflito, p. 667).

Obs.
Olhando para sua vida até hoje, como tem sido sua atuação como ator nesse drama da história?

II – CENÁRIO
Neste estudo, além do enredo, analisaremos o cenário. Cenário é o ambiente com todos os detalhes em que ocorre a história, incluindo os personagens. A atitude das pessoas, vista num cenário adequado, nos ajuda a compreender melhor o que aconteceu. Falando da história secular, os escritores SEMPRE deixaram lacunas. Às vezes, nos privam de fatos muito importantes, que aos olhos do autor não eram relevantes. Entretanto, no futuro, esses fatos omitidos deixaram as histórias incompletas.

No caso do narrador bíblico, isso não aconteceu. “Por que não, os autores foram COMPLETOS em suas narrativas?” você perguntará.

Resposta: Eles não foram COMPLETOS quanto aos fatos. Mas, como foram orientados pelo Espírito Santo, narraram somente o que era necessário para que compreendêssemos o plano geral de Deus para nossa vida. As partes relevantes foram narradas, por isso, estão fielmente registradas. 

Veja alguns cenários com seus personagens e tente extrair lições para sua vida.

1- O cenário da caverna em que Davi encontrou Saul e poderia tê-lo matado, mas não o fez (1Sm 24:1-6).
2- O cenário de José sendo assediado pela patroa e não cedendo à tentação (Gn 39:6-12).
3- O cenário de Boaz à porta da cidade legalizando seu direito de cuidar de Rute (Rt 1: 1, 2).

O que o cenário nos proporciona?
1- O cenário nos ajuda a entender melhor a atuação de cada ator no desenrolar da história.
2- O cenário pode nos situar no tempo em que o fato aconteceu. A arqueologia tem desvendado mistérios que até então lançavam dúvidas sobre alguns relatos bíblicos, hoje comprovados pelo cenário que foi desenterrado.
3- O cenário pode nos levar a racionalizar sobre nossas atitudes. Davi poderia ter matado Saul e se desculpar porque estava acuado e pressionado por seus homens. Mas não o fez. José poderia ter racionalizado dizendo que, por ser subordinado, tinha que atender à sua patroa. Mas não o fez.
4- O cenário pode nos ajudar a compreender melhor o caráter dos personagens (Dê exemplos de situações em que tudo era desfavorável, mas eles se mantiveram fiéis).

Obs. Comente com seus alunos sobre situações em que fracassamos, pondo a culpa no cenário.

III – ESCREVENDO MINHA HISTÓRIA
Alguém sentenciou: “Cada um escreve sua própria história.” Eis aí uma grande verdade. Nesta primeira lição, uma base é lançada como pano de fundo para que possamos compreender melhor as lições e os personagens subsequentes. Moisés havia morrido, e agor,a Josué assumia o comando do povo escolhido de Deus. O primeiro desafio era cruzar o maior obstáculo físico – o rio Jordão. Como fazê-lo? Era o desafio. Essa geração conhecia apenas a história da passagem do mar Vermelho. Não tinha vivido aquela experiência. Por isso, Deus secou o Jordão para lhes mostrar que o Deus que secara o mar Vermelho havia quarenta anos ainda era o mesmo Deus.

Enquanto Josué viveu, o povo se ocupou em colonizar a terra e expulsar os cananeus. Após a morte de Josué, o povo se acomodou, e o restante dos habitantes da terra continuou a conviver lado a lado com eles. Mais adiante, os cananeus seriam uma pedra no sapato dos israelitas pelo resto da vida. Não tendo mais a figura de Josué como líder forte, as tribos não tinham mais um comando centralizado, e a história bíblica relata que “
cada um fazia o que achava mais reto. (Jz 21:25).

Vamos analisar daqui para a frente a história de Israel, embora esta tenha se iniciado com a migração dos patriarcas hebreus da Mesopotâmia para a Palestina (John Bright, História de Israel, p. 15.) A ocupação israelita da Palestina ficou concluída, e a confederação tribal formada, aproximadamente no final do século treze (Idem, p. 222). Esse período ficou conhecido como a idade das trevas.

Analisemos alguns pontos:

1- Pela situação geográfica da região, a unidade das tribos era muito difícil.
2- As guerras, a partir da morte de Josué, eram feitas mais em sentido de emergência – defesa do que de conquista.
3- Em algumas regiões, os israelitas se uniram aos povos da terra, absorvendo suas práticas religiosas e seus cultos.
4- Os israelitas aprofundaram a desunião nesse tempo por situações geográficas, distâncias e acomodação dos interesses individuais de cada tribo.
5- Perderam a visão do conjunto por se dedicarem aos interesses individuais.
6- A história desses cerca de 200 anos mostra que Israel sobreviveu graças à atuação divina em suscitar lideres carismáticos que se levantavam em defesa de todos.

Obs:
Que lições podemos aprender da história de Israel nesse período, baseado nos seis itens mostrados acima?

IV – A FORÇA DA CULTURA
Em nosso estudo, chegamos à conclusão de que há dois tipos de cultura: a cultura do Céu e a cultura terrena. A cultura do Céu é comunicada a nós pela revelação divina. É ímpar, retilínea, consistente, apropriada a todos e aceita universalmente. A cultura terrena é multifacetada. Na verdade, são culturas diferentes e diversas. Tem origens em seus ancestrais, sofre mutações e adaptações, faz parte da vida de um povo e pode influenciar e ser influenciada por outras culturas.

Voltando aos israelitas, chegamos ao momento em que eles ainda não tinham uma cultura sólida na terra da Palestina. Estavam se acomodando a um novo estilo de vida, vivendo num ambiente novo e sendo influenciados pela cultura dos vizinhos. Esses tinham reis como líderes, e não tardou para que Israel pedisse a Deus um rei. Deus atendeu ao seu pedido. Entretanto, ao viver a nova experiência, tiveram muitas dificuldades e continuaram sendo influenciados pela cultura regida por uma monarquia. Vejamos alguns problemas que tiveram de enfrentar:

1- Salomão se adaptou à cultura religiosa de suas mulheres e passou a adotar a prática religiosa delas.
2- Os reis eram polígamos. Essa prática foi absorvida pelos reis de Israel (Davi, Salomão, etc.).
3- Jeroboão I adotou as práticas culturais do culto cananita, construindo dois lugares para adoração (Betel e Dã), em oposição à adoração centralizada em Jerusalém e ministrada pelos sacerdotes escolhidos por Deus.
4- Nos cerca de duzentos anos seguintes, a nação de Deus estava tão distante da cultura do Céu e tão adaptada às culturas terrenas que a Assíria invadiu Israel em 722 a.C. e o levou para o cativeiro, e Babilônia invadiu Judá entre 605 e 586 a.C. e a levou para o cativeiro babilônico. O povo de Deus como nação já dividida em duas sucumbiu totalmente.

Quais os princípios que devem nos reger em relação às culturas?
a) Os valores eternos não devem ser comprometidos para se acomodar às práticas culturais locais não aceitáveis.
b) Os cidadãos da cultura celestial não devem ser preconceituosos, desvalorizando os que não conhecem a cultura divina. Veja o exemplo de Pedro e Cornélio.
c) Devemos usar as práticas culturais compatíveis com a Bíblia para fazer a aproximação.
d) Devemos rejeitar as práticas culturais que se chocam com a cultura divina, expressa na revelação.

Obs. Como você avalia a atitude de Deus na história, ao trazer Seu povo de volta, depois de setenta anos de cativeiro e os restaurar novamente à sua terra?

CONCLUSÃO
O envolvimento ativo de Deus na história é um conceito muito importante nas Escrituras. Leia Daniel 2:21. Ellen White nos desafia a ter confiança na condução da história pela mão de Deus com as seguintes palavras, conhecidas pela maioria dos adventistas do sétimo dia: “
Ao recapitular nossa história passada, havendo percorrido todos os passos de nosso progresso até o estado atual, posso dizer: Louvado seja Deus! Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo. Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado. Somos agora um povo forte, se pusermos nossa confiança no Senhor; pois estamos lidando com as poderosas verdades da Palavra de Deus. Tudo temos a agradecer” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 162).

ITENS PARA DISCUSSÃO COM OS AMIGOS:
1 - Sua história está sendo escrita. Com que você está se preocupando?
2 - Como as histórias podem ser ferramentas eficazes no ensino da verdade?
3 - Com que frequência você julgou alguém precipitadamente, antes de conhecer fatos importantes sobre a pessoa e suas circunstâncias?
4 - Com que frequência você foi julgado por pessoas que não conheciam todos os fatos a seu respeito?



Ivanaudo Barbosa Oliveira, nascido em Jacobina/BA e casado com Magali Barbosa de Oliveira, tem dois filhos: Audrey e Edrey. Na União Sul-Brasileira foi pastor distrital, departamental, secretário, presidente de associação e secretário da União. Em 2004, passou a ser Secretário e Ministerial da União Nordeste-Brasileira, onde atua até o presente.






sábado, 25 de setembro de 2010

Partido da Sinceridade dos Políticos Tortos - PS do PT



                                             
Pertenço ao Partido da Sinceridade. Quero me eleger e conto com o seu voto. Estou aqui para pedir seu voto. Vote em mim, depois não se preocupe comigo, pois quero resolver meus problemas pessoais. Você que se dane. O povo que se dane. Eu, em primeiro lugar.

Seja omisso, fique em cima do muro. Não conheça minha vida, pra saber quem eu sou, o que eu quero, o que vou fazer quando estiver exercendo os poderes que você me der, através do seu voto. Quero apenas que você ria com minhas piadas, afinal você acha que a vida é “pão e circo!”

Venda seus olhos, não enxergue meus desmandos, não me cobre as promessas da campanha eleitoral, seja negligente e preguiçoso, acovarde-se diante dos meus atos de corrupção. Chame aos meus maus atos de “coisas de políticos” ou “eles são assim mesmos” ou “ninguém dá jeito” Acomode-se, não fique indignado!

Mas você já pensou que tudo que eu fizer de bom ou mau, você será o responsável? Você será meu parceiro nas minhas boas ações e nas minhas más ações você será meu cúmplice, pois eu sou seu representante na alegria e na desgraça. Você me colocou lá!

Quando eu votar projetos contra a moral, os bons costumes e princípios religiosos, você estará votando comigo. Quando eu votar leis que retirem ou diminuam direitos inalienáveis da sociedade, você estará votando comigo.

Quando eu roubar e faltar dinheiro para a saúde de sua família, você será meu cúmplice. Quando eu receber propina e faltar dinheiro para a educação de seus filhos, você será meu cúmplice. Quando eu super avaliar o serviço de uma obra e faltar dinheiro para o saneamento básico da cidade, você será meu cúmplice.

Quando eu receber a propina, “o jabá”, “o por fora”, “o agrado”, “a taxa de sucesso”, “o cala-boca”, “o cafezinho” e faltar dinheiro para os serviços necessários em seu bairro, você não receberá nada, ficará só com o prejuízo. Lembra que você só votou em mim porque também recebeu “um agradozinho?” Sua propina tem nomes vistosos, chamam de: “bolsa não sei de que...”, “favorzinho”, “abriu as portas pra mim”, “quebrou um galho”, “foi uma bênção pra minha família”, “prestou um grande favor ao meu time de coração” etc. Na realidade eu te comprei com meus “favorzinhos” Você se vendeu, se corrompeu, você é igual a mim. Portanto não me amole com suas falsas lições de moral. Finja que não sabe ou não está interessado em nada de política.  

Se eu for pego com a mão na botija do dinheiro corrupto e for preso, não se preocupe, continue deitado na complacência de sua vida egoísta, mas fique sabendo você também estará no banco dos réus comigo.

Se você tiver consciência do voto que me deu, eu serei seu pesadelo mais incômodo, eu o torturarei, lhe causarei insônia, noites maus dormidas, pois se eu roubei, você também é ladrão, se eu matei, você também é assassino, se eu menti, você também é mentiroso, se eu sou corrupto, você também é. 

Mas se você continuar esta pessoa omissa, covarde de sempre, também sua vida não será a maravilha que você espera. O dinheiro roubado, ou como nós políticos gostamos de dizer, a obra foi super avaliada, o dinheiro foi desviado, ele faltará para executar serviços públicos que venha trazer conforto para você e a coletividade. Os serviços públicos em geral serão uma miséria e você sofrerá junto com todos. Não sou culpado sozinho, você que me apoiou, pediu votos pra mim, votou em mim, também é o responsável pelo que eu fizer.

O resultado de tudo isto, mesmo que seu voto em mim seja consciente ou omisso, seremos inseparáveis.

Pois no dia do juízo, nos encontraremos, no mesmo banco dos réus, diante de Deus, para receber a recompensa, pois a sentença já foi proferida, que é “foste infiel no pouco, afasta de Mim, para o fogo e ranger de dentes.”

Você ainda quer votar em mim, sem me conhecer, sem saber do meu passado, sem ver minhas propostas, sem ter noção das minhas crenças e princípios?

Que tipo de pessoa você é? Você é igual a mim ou você é melhor do que as mais profundas esperanças que seus pais depositaram em você! Você é um filho de Deus, ou pertence a quem?

Deus ilumine você!

Não podemos trabalhar para agradar a homens [e mulheres] que irão empregar sua influência para reprimir a liberdade religiosa e pôr em execução medidas opressivas... O povo de Deus não deve votar para colocar tais homens [e mulheres] em cargos oficiais; pois, assim fazendo, são participantes [cúmplices] nos pecados que eles cometem enquanto investidos desses cargos” (E.G.W  -  Fundamentos da Educação Cristã, p. 475).


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Todo o resto é comentário (estudo nº 13)




Você, por que julga seu irmão? E por que despreza seu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de Deus (Romanos 14:10, NVI).

Leituras da semana: Romanos 14–16

Conta-se que alguém se aproximou de um famoso rabino da antiguidade e lhe pediu que explicasse todo o significado da Torah enquanto se apoiava em uma só perna. “Não faça aos outros”, o rabino disse sobre uma perna, “o que lhe parece prejudicial; essa é toda a Torah. Todo o resto é comentário”.

Quer concordemos com a declaração do rabino, quer não, num ponto ele tinha razão. Alguns aspectos de nossa fé são fundamentais, e outros, mero “comentário”. A lição desta semana examina parte desse “comentário”. O que isso significa é que tudo o que veio antes destacou os princípios fundamentais da salvação. Qual é a função da lei – seja ela todo o sistema do Antigo Testamento, sejam apenas os Dez Mandamentos – na área da salvação? Paulo precisou definir claramente os termos em que Deus aceita uma pessoa. Talvez tudo pudesse ser resumido pela pergunta do carcereiro pagão: “
Que devo fazer para que seja salvo?” (At 16:30).

Tendo tudo isso explicado, Paulo então passa fazer algum “comentário”. Embora seja muito enfático em alguns pontos, Paulo assume uma atitude muito mais livre quanto a outras coisas. Isso porque essas coisas não são essenciais, como se fossem “comentário”. Mas, ao mesmo tempo, embora em si mesmas não fossem cruciais, a atitude que os cristãos mantinham uns com os outros no trato desses assuntos, era, sim, essencial.            

                                            O irmão fraco


1 Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões.
2  Um crê que de tudo pode comer, mas o débil come legumes;
3  quem come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu. Romanos 14:1-3,

Nestes versos a questão era o consumo de carnes que poderiam ter sido sacrificadas aos ídolos. O concílio de Jerusalém (At 15) decretara que os conversos gentios deveriam se abster de consumir esses alimentos. Mas sempre havia a pergunta se as carnes vendidas nos mercados públicos eram provenientes de animais sacrificados aos ídolos (veja 1Co 10:25 - Comei de tudo o que se vende no mercado, sem nada perguntardes por motivo de consciência). Alguns cristãos não se incomodavam com isso; outros, se porventura houvesse a mínima dúvida, escolhiam comer apenas legumes. O assunto não tinha nada que ver com a questão do vegetarianismo e viver saudável. Nem Paulo estava sugerindo nessa passagem que havia sido abolida a distinção entre carnes puras e impuras. Essa não é a questão em consideração. Se as palavras “Um crê que de tudo pode comer” (Rm 14:2) fossem entendidas que agora qualquer animal, limpo ou impuro, pode ser comido, elas estariam mal-aplicadas. A comparação com outras passagens do Novo Testamento proíbe essa aplicação.

Enquanto isso, “acolher” alguém que é débil na fé significava conferir-lhe plena capacidade e status social de membro. A pessoa não deveria ser objeto de discussão, mas ter direito a sua opinião.

1. Então, que princípio devemos tomar de Romanos 14:1-3?
Também é importante perceber que, no verso 3, Paulo não fala negativamente do “débil na fé”. Nem ele dá a essa pessoa o conselho de se tornar forte. No que se refere a Deus, o cristão extremamente escrupuloso (assim considerado, aparentemente, não por Deus, mas por seus irmãos) é aceito. “Deus o acolheu.”

2. Como Romanos 14:4 amplia o que acabamos de ver?

Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster.

Embora precisemos manter em mente os princípios considerados na lição de hoje, não existem ocasiões nem lugares em que precisamos entrar e julgar, se não o coração de uma pessoa, pelo menos as ações? Temos que recuar e não dizer nada em todas as situações? Isaías 56:10 descreve os atalaias como “
cães mudos, [que] não podem ladrar”. Como podemos saber quando falar e quando manter silêncio? Como podemos alcançar o equilíbrio correto?






A medida que vocês usarem




3. Que motivo dá Paulo para sermos cuidadosos quando julgamos os outros? 
        
Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus. Rm 14:10

Às vezes, costumamos julgar os outros com severidade e, frequentemente, pelas mesmos coisas que nós mesmos fazemos. Com muita frequência, entretanto, o que fazemos não nos parece tão mau quanto as mesmas coisas que os outros fazem. Podemos enganar a nós mesmos por nossa hipocrisia, mas não a Deus, que nos advertiu: “Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu?” (Mt 7:1-4, NVI).

4. Que declaração do Antigo Testamento Paulo acrescentou ao seu argumento?

Rm 14:11 - Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus.

A citação de Isaías 45:23 apoia o pensamento de que todos devem comparecer ao juízo. “Todo joelho” e “toda língua” torna individual a intimação. A implicação é que cada um terá que responder por sua própria vida e suas ações (v. 12 -  Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus). Ninguém pode responder por outro. Neste sentido importante, não somos guardiães de nosso irmão.

5. Nesse contexto, como você entende o que Paulo diz em Romanos 14:14?     -  Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura.

O assunto ainda são os alimentos sacrificados aos ídolos. Claramente, a questão não é a distinção entre os alimentos considerados limpos e imundos. Paulo está dizendo que não existe nada de errado em si em comer alimentos que podem ter sido oferecidos aos ídolos. Afinal, o que é um ídolo? Não é nada (No tocante à comida sacrificada a ídolos, sabemos que o ídolo, de si mesmo, nada é no mundo e que não há senão um só Deus. 1Co 8:4)! Então, quem se importa se algum pagão ofereceu o alimento à estátua de uma rã ou de um touro?

Ninguém deve ser levado a violar a própria consciência, mesmo que seja ultrassensível. Aparentemente, os “irmãos fortes” não entendiam esse fato. Eles menosprezavam o excesso de escrúpulo dos “irmãos fracos” e punham pedras de tropeço em seu caminho.

Em seu zelo pelo Senhor, você pode estar em perigo se enquadrar na advertência de Paulo neste texto? Por que devemos evitar ser a consciência de outros, não importa quão boas sejam nossas intenções?