Em Romanos 9:25, Paulo cita Oseias 2:23 e, no verso 26 ele cita Oseias 1:10. O contexto é que Deus instruiu Oseias a tomar “uma mulher de prostituições” (Os 1:2) como ilustração da relação de Deus para com Israel, porque a nação havia seguido deuses estranhos. Os filhos nascidos desse casamento receberam nomes que significavam rejeição e castigo de Deus sobre o Israel idólatra. A terceira criança foi chamada de Loammi (Os 1:9), que significava, literalmente, “não meu povo”. Disse o SENHOR a Oséias: Põe-lhe o nome de Não-Meu-Povo, porque vós não sois meu povo, nem eu serei vosso Deus. (Os 1:9)
Assim como também diz em Oséias: Chamarei povo meu ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada; Romanos 9:25
Semearei Israel para mim na terra e compadecer-me-ei da Desfavorecida; e a Não-Meu-Povo direi: Tu és o meu povo! Ele dirá: Tu és o meu Deus! Oseias 2:23
e no lugar em que se lhes disse: Vós não sois meu povo, ali mesmo serão chamados filhos do Deus vivo. Romanos 9:26
Todavia, o número dos filhos de Israel será como a areia do mar, que se não pode medir, nem contar; e acontecerá que, no lugar onde se lhes dizia: Vós não sois meu povo, se lhes dirá: Vós sois filhos do Deus vivo. Oseias 1:10
Mas, em meio a tudo isso, Oseias predisse que viria o dia em que, depois de castigar Seu povo, Deus restabeleceria sua fortuna, removeria seus deuses falsos e faria uma aliança com Israel (Veja Os 2:11-19). Nesse momento, aqueles que eram Loammi, “não meu povo”, se tornariam Ammi, “meu povo”.
11 Farei cessar todo o seu gozo, as suas Festas de Lua Nova, os seus sábados e todas as suas solenidades.
12 Devastarei a sua vide e a sua figueira, de que ela diz: Esta é a paga que me deram os meus amantes; eu, pois, farei delas um bosque, e as bestas-feras do campo as devorarão.
13 Castigá-la-ei pelos dias dos baalins, nos quais lhes queimou incenso, e se adornou com as suas arrecadas e com as suas jóias, e andou atrás de seus amantes, mas de mim se esqueceu, diz o SENHOR.
14 Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração.
15 E lhe darei, dali, as suas vinhas e o vale de Acor por porta de esperança; será ela obsequiosa como nos dias da sua mocidade e como no dia em que subiu da terra do Egito.
16 Naquele dia, diz o SENHOR, ela me chamará: Meu marido e já não me chamará: Meu Baal.
17 Da sua boca tirarei os nomes dos baalins, e não mais se lembrará desses nomes.
18 Naquele dia, farei a favor dela aliança com as bestas-feras do campo, e com as aves do céu, e com os répteis da terra; e tirarei desta o arco, e a espada, e a guerra e farei o meu povo repousar em segurança.
19 Desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias; (Os 2:11-19).
Nos dias de Paulo, disse ele, Ammi “somos nós... não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios” (Rm 9:24). Que apresentação clara e poderosa do evangelho, que desde o começo foi planejado para o mundo inteiro! Não nos devemos admirar de que tiramos parte de nosso chamado deste verso: “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo” (Ap 14:6). Hoje, como nos dias de Paulo, e como nos dias do antigo Israel, as boas-novas de salvação precisam ser levadas a todo o mundo.
4. Por que disse Paulo que só o remanescente seria salvo?
25 Assim como também diz em Oséias: Chamarei povo meu ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada;
26 e no lugar em que se lhes disse: Vós não sois meu povo, ali mesmo serão chamados filhos do Deus vivo.
27 Mas, relativamente a Israel, dele clama Isaías: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo.
28 Porque o Senhor cumprirá a sua palavra sobre a terra, cabalmente e em breve;
29 como Isaías já disse: Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado descendência, ter-nos-íamos tornado como Sodoma e semelhantes a Gomorra. Rm 9:25-29
O fato de que alguns dos patrícios de Paulo rejeitavam o apelo do evangelho trazia “grande tristeza e incessante dor” a seu coração (Rm 9:2). Mas, pelo menos, havia um remanescente. As promessas de Deus não falham, mesmo quando a humanidade falha. A esperança que podemos ter é que, no fim, as promessas de Deus se cumprirão e, se reivindicarmos essas promessas para nós mesmos, elas se cumprirão também em nós.
Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2010/li1032010.html

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