“Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2).
Leituras da semana: Romanos 12, 13
Por mais que Paulo buscasse tirar dos romanos as falsas noções da lei, ele também chamava todos os cristãos a um padrão elevado de obediência. Essa obediência provém da mudança interior de nosso coração e mente, possível apenas pelo poder de Deus, que opera em quem se submete a Ele.
A epístola aos Romanos não contém nenhuma sugestão de que essa obediência sobrevenha automaticamente. O cristão precisa ser iluminado quanto a quais são esses requisitos; deve estar disposto a obedecer-lhes; e, finalmente, o cristão deve buscar o poder sem o qual essa obediência é impossível.
O que isso significa é que as obras são parte da fé cristã. Nunca foi intenção de Paulo depreciar as obras. Nos capítulos
O padrão não pode ser mais elevado que esse.
Sacrifícios vivos
Com o capítulo 11, termina a parte doutrinária do livro de Romanos. Os capítulos 12 a 16 apresentam instruções práticas e notas pessoais. Não obstante, esses capítulos finais são extremamente importantes, porque mostram como deve ser vivida a vida de fé.
Para os iniciantes, a fé não é um substituto da obediência, como se, de alguma forma, a fé invalidasse nossa obrigação de obedecer ao Senhor. Os preceitos morais ainda estão em vigor; eles são explicados e até ampliados no Novo Testamento.
E não nos é dada nenhuma indicação de que o cristão terá facilidade para regular a vida por esses preceitos morais. Ao contrário, somos informados de que, às vezes, pode ser difícil, pois a batalha contra o eu e o pecado é sempre difícil (1Pe 4:1). As boas-novas são que, se cairmos, se tropeçarmos, não seremos rejeitados, mas temos um Sumo Sacerdote que intercede por nós (Hb 7:25).
Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado, para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus. 1Pe 4:1
Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus, (Hb 7:25).
1. Que semelhanças Paulo destaca entre os sacrifícios do Antigo Testamento e do Novo? Que diferenças existem?
Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Rm 12:1-2
Em Romanos 12:1, Paulo se refere aos sacrifícios do Antigo Testamento. Assim como, antigamente, os animais eram sacrificados a Deus, agora, os cristãos devem render o corpo a Deus, não para ser morto, mas como sacrifício vivo dedicado a Seu serviço.
Nos tempos do antigo Israel, todas as ofertas levadas ao templo como sacrifício eram examinadas cuidadosamente. Se fosse descoberto qualquer defeito no animal, este era recusado; pois Deus havia ordenado que a oferta fosse sem mancha. Da mesma forma, os cristãos são convidados a apresentar seus corpos “por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. A fim de fazer isso, todas as suas faculdades devem ser preservadas na melhor condição possível. Embora nenhum de nós esteja sem defeito, a lição é que devemos buscar viver tão imaculada e fielmente quanto pudermos.

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