Quinta
O reino de Judá, o reino do sul, tinha seus altos e baixos espirituais, tempos de reforma e tempos de completa apostasia. No entanto, muitas vezes, mesmo durante os piores momentos espirituais, havia a manifestação externa de piedade e adoração que não eram aceitáveis ao Senhor. Como necessitamos ser cuidadosos, para não cair no mesmo engano!
6. Leia Jeremias 7:1-10. Que tema é repetido ali, que temos visto nesta semana? Que princípios encontramos no texto, que podemos aplicar em nosso contexto?
1 Palavra que da parte do SENHOR foi dita a Jeremias:
2 Põe-te à porta da Casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá, vós, os que entrais por estas portas, para adorardes ao SENHOR.
3 Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Emendai os vossos caminhos e as vossas obras, e eu vos farei habitar neste lugar.
4 Não confieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este.
5 Mas, se deveras emendardes os vossos caminhos e as vossas obras, se deveras praticardes a justiça, cada um com o seu próximo;
6 se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal,
7 eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos e para sempre.
8 Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam.
9 Que é isso? Furtais e matais, cometeis adultério e jurais falsamente, queimais incenso a Baal e andais após outros deuses que não conheceis,
10 e depois vindes, e vos pondes diante de mim nesta casa que se chama pelo meu nome, e dizeis: Estamos salvos; sim, só para continuardes a praticar estas abominações! Jeremias 7:1-10
Observe especialmente o verso 4. Em certo sentido, as pessoas que falavam estavam certas. Aquele era o “templo do Senhor,” o lugar em que o nome do Senhor devia permanecer, o lugar em que era realizado o sistema sacrifical, que Deus havia instituído; lugar em que eram ensinadas as grandes verdades do sacrifício, salvação, purificação e juízo. Afinal, esse era o povo da aliança. Seu Deus era o verdadeiro Deus, e eles tinham mais luz e mais verdade, como nação, do que seus vizinhos pagãos. Nada disso pode ser contestado e, no entanto, o Senhor, obviamente, não estava satisfeito com eles nem com sua adoração. De fato, como Ele definiu a frase: “Este é o templo do Senhor, o templo do Senhor, o templo do Senhor”? “Palavras enganosas?” Elas eram enganosas, não porque aquele não fosse o templo do Senhor, mas porque as pessoas acreditavam que, simplesmente pelo fato de ir ao templo do Senhor e adorar ali, elas estavam seguras, salvas, e estavam fazendo tudo que era necessário.
Com toda a luz que recebemos, de que maneira podemos, como adventistas do sétimo dia, estar em perigo de cometer o mesmo erro daquelas pessoas? Pense em possíveis paralelos entre elas e nós. Como podemos ser enganados, da mesma forma, se não tomarmos cuidado? Em quais “palavras enganosas” podemos estar em perigo de confiar, palavras que na superfície são verdadeiras (assim como aquele era, de fato, “o templo do Senhor”), mas que poderiam nos levar a cometer os mesmos tipos de erros presunçosos?
Sexta Estudo adicional
Leia de Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 303-310: “O Chamado de Isaías”; p. 331-339: “Ezequias”; p. 349-366: “Libertos da Assíria”; p. 381-391: “Manassés e Josias”; p. 407-421: “Jeremias”.
Nos dias de Isaías as faculdades espirituais da humanidade haviam sido entenebrecidas por uma errônea compreensão de Deus....
“Havendo perdido de vista o verdadeiro caráter de Jeová, os israelitas ficaram sem escusa. Não raro havia Deus Se revelado a eles como ‘um Deus cheio de compaixão e piedoso, sofredor e grande em benignidade e em verdade’ (Sl 86:15)”.
“Na visão dada a Isaías no recinto do templo, foi-lhe propiciado ver claramente o caráter do Deus de Israel. ‘O Alto e o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo’ (Is 57:15), havia-lhe aparecido em grande majestade; contudo, ao profeta fora feito compreender a natureza compassiva de seu Senhor” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 311, 312, 314).
Perguntas para reflexão:
1. Quais são as “coisas boas” que podemos transformar em ídolos? Como saber quando alguma coisa se tornou um ídolo?
2. As pessoas iam constantemente ao “templo do Senhor”, e ali adoravam (Jr 7:4), de maneira enganosa e hipócrita. Como podemos evitar essa mesma armadilha? Por que a simples obediência à Bíblia tem um papel tão importante em nos proteger de todos os tipos de engano? 3. Pense nos cultos de adoração em sua igreja. Você sai com um senso de temor diante da majestade de Deus, em contraste com sua pecaminosidade e necessidade de graça? Se não, o que poderia ser mudado, a fim de ajudar a igreja a ter, até certo ponto, a experiência que Isaías teve? Por que isso é tão importante?
4. Quantas coisas você faz que não servem para nada? Quanto tempo você gasta basicamente desperdiçando tempo, fazendo coisas inúteis, vãs e, essencialmente, sem nenhum valor? Como podemos aprender a fazer melhor uso do tempo limitado que temos nesta vida?
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