Quem então é como Eu? Que ele o anuncie, que ele declare e exponha diante de Mim o que aconteceu desde que estabeleci Meu antigo povo, e o que ainda está para vir; que todos eles predigam as coisas futuras e o que irá acontecer” (Is 44:7, NVI).
O escritor russo Ivan Turgenev, em sua história Fathers and Sons [Pais e Filhos], colocou estas palavras na boca de um personagem: “A vida de cada um de nós está por um fio, um abismo pode se abrir abaixo de nós a qualquer momento, e mesmo assim saímos de nosso caminho para inventar todos os tipos de problemas para nós mesmos e para atrapalhar nossa vida” (New York, NY: Signet Classics, 2005, p. 131).
Certamente o Senhor oferece um jeito melhor de viver. Ele nos concede a oportunidade de segui-Lo, amá-Lo, adorá-Lo, e assim evitar muitos problemas que, de outra maneira, traríamos sobre nós mesmos.
No entanto, vida cristã não é apenas alguém dizer que segue o Senhor. Nesta semana, estudaremos o que alguns profetas disseram sobre os que pensavam que sua “adoração” do verdadeiro Deus, no verdadeiro templo, no verdadeiro dia de sábado, era tudo o que importava, independentemente de seu modo de viver no restante da semana. Como os profetas mostram, isso é um engano, uma boa maneira de “inventar todos os tipos de problemas para nós mesmos”.
Domingo Mil carneiros?
Ao contrário de qualquer outra, a religião da Bíblia (ambos os Testamentos) ensina que a salvação é somente pela graça. Nada do que fazemos jamais pode nos tornar bons o suficiente para ser aceitos por Deus. Nossas boas obras, por mais que sejam bem-intencionadas, inspiradas pelo Espírito, nunca poderão transpor o abismo que o pecado causou entre Deus e a humanidade. Se as boas obras pudessem nos salvar, se as boas obras pudessem expiar o pecado, se elas pudessem pagar nossa dívida diante de Deus e reconciliar a humanidade caída com o Criador, então Jesus nunca precisaria ter morrido por nós, e o plano da salvação seria algo radicalmente diferente do que é.
Mas, na realidade, podemos ser salvos do pecado unicamente por meio da morte de Jesus, creditada a nós pela fé, e da justiça de Cristo, desenvolvida em Sua vida e oferecida a todos os que verdadeiramente a aceitam. O pecado é muito perverso e contrário aos princípios básicos do governo de Deus, fundamentado no amor e na liberdade de escolha. Por isso, nada menos do que a morte de Cristo poderia resolver o problema trazido pelo pecado.
No entanto, a Bíblia deixa claro que nossas palavras, obras e pensamentos são importantes, e os pensamentos e ações revelam a realidade da nossa experiência com Deus.
1. Com isso em mente, leia Miqueias 6:1-8. Qual é a mensagem do profeta, especialmente no que diz respeito à questão dos sacrifícios (parte do culto em Israel), que simboliza o plano da salvação? Como essas palavras podem ser aplicadas a nós?
1 Ouvi, agora, o que diz o SENHOR: Levanta-te, defende a tua causa perante os montes, e ouçam os outeiros a tua voz.
2 Ouvi, montes, a controvérsia do SENHOR, e vós, duráveis fundamentos da terra, porque o SENHOR tem controvérsia com o seu povo e com Israel entrará em juízo.
3 Povo meu, que te tenho feito? E com que te enfadei? Responde-me!
4 Pois te fiz sair da terra do Egito e da casa da servidão te remi; e enviei adiante de ti Moisés, Arão e Miriã.
5 Povo meu, lembra-te, agora, do que maquinou Balaque, rei de Moabe, e do que lhe respondeu Balaão, filho de Beor, e do que aconteceu desde Sitim até Gilgal, para que conheças os atos de justiça do SENHOR.
6 Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o Deus excelso? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano?
7 Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros, de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu corpo, pelo pecado da minha alma?
8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus. Miqueias 6:1-8
12 Agora, pois, ó Israel, que é que o SENHOR requer de ti? Não é que temas o SENHOR, teu Deus, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma,
13 para guardares os mandamentos do SENHOR e os seus estatutos que hoje te ordeno, para o teu bem? Dt 10:12, 13
Os que alegam ser filhos de Deus, mas que não mostram justiça nem misericórdia para com seus semelhantes, estão revelando o espírito de Satanás, não importando a devoção com que se apegam às formas de adoração. Por outro lado, os que andam humildemente com Deus não negligenciam os princípios de justiça e misericórdia, nem desprezam as formas adequadas para o culto. Deus está procurando verdadeiros adoradores, que estejam dispostos a demonstrar seu amor por Ele, levando uma vida de obediência, motivada pela humildade de coração. O que todas as orações corretas, todos os estilos de culto corretos e toda a teologia correta significam, se a pessoa é desagradável, cruel, arrogante, injusta e impiedosa com os outros?
Na sua opinião, o que é mais importante: teologia correta ou ações corretas? É possível ter uma teologia certa, mas tratar os outros de forma errada? Que esperança existe para você, se esse tipo de desequilíbrio faz parte de sua vida?
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