terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A necessidade de perdão

Quarta                           




5. Como Davi achou alívio para sua agonia? Sl 32:1-5; veja também 1Jo 1:9. Como podemos achar esse mesmo alívio para nós mesmos?
1  Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto.
2  Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniqüidade e em cujo espírito não há dolo.
3  Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia.
4  Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio.
5  Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado.        Sl 32:1-5;
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.       1Jo 1:9.
A culpa produzida por pecados não confessados pode se tornar extremamente dolorosa. As expressões usadas por Davi indicam claramente dor intensa, interna. O Salmo 32 e outras passagens dos Salmos mostram a severidade da angústia emocional de Davi. 

Quando lidamos com pessoas que sofrem de depressão, devemos ser extremamente cuidadosos em não culpá-los por não haverem confessado seus pecados! Nem devemos simplesmente concluir que são maus, e por isso estão sofrendo. Infelizmente, muitos parecem poder oferecer preocupação e compreensão aos que sofrem de uma doença orgânica ou de verdadeira depressão clínica, mas tendem a ser críticos no trato dos distúrbios mentais ou emocionais provocados por suas próprias ações errôneas.

Edgar Allan Poe, em seu conto “O coração delator”, se refere à história de um homem que cometeu assassinato e escondeu o corpo da vítima debaixo das tábuas do assoalho do quarto em que o assassinato foi cometido. Ele esperava esconder a culpa com o corpo, mas um forte senso de remorso cresceu dentro dele. Um dia, ele ouviu as batidas do coração da vítima; e as batidas ficaram cada vez mais fortes. Mais tarde, ficou claro que as batidas não vinham da sepultura abaixo, mas de seu próprio coração.

Ao mesmo tempo, também, existem pessoas que, tendo confessado seus pecados, ainda sofrem muito pelo senso de culpa. Elas frequentemente se acham indignas de perdão e lamentam o horrível sofrimento que trouxeram por causa de seus pecados, embora tenham sido confessados e, pela fé, tenham sido perdoados por Deus. Essa também pode ser grande fonte de angústia emocional. Nesses casos, é importante destacar as promessas divinas de cura e aceitação, mesmo para os piores pecados. Não podemos desfazer o passado; o que podemos fazer, pela graça de Deus, é buscar aprender de nossos erros passados e, na medida do possível, fazer restituição por todo erro que tenhamos cometido. Afinal, tudo o que podemos fazer é render-nos a Deus e buscar Sua misericórdia, graça e cura.

Mesmo tendo confessado seus pecados, muitos ainda abrigam sentimentos de culpa. Por que é tão importante reconhecer nossos pecados, considerar nossa responsabilidade sobre eles e aprender a ir em frente, apesar de quaisquer erros que cometemos?       



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