segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Poder de recuperação (resumo do estudo nº 08)




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  Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.
12  Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez;
13  tudo posso naquele que me fortalece. Filipenses 4:11-13

Saber: Os resultados positivos que vêm do sofrimento suportado com paciência e confiança em Deus.
Sentir: O crescimento da paz e esperança em Deus, não importando quão terríveis as circunstâncias possam parecer.
Fazer: Perseverar na união com Deus e na confiança em Seu cuidado, seja o que for que aconteça.

Esboço


I. A obra perfeita do sofrimento
A. Que tipos de benefícios podem vir do sofrimento suportado com paciência?
B. Como a história de José ilustra a resiliência e perseverança sob provação?
C. Como Rute apoiou Noemi em seu sofrimento? Pelo exemplo de Rute, o que podemos aprender sobre apoiar os que estão sofrendo?
D. As perguntas que Jó fez a Deus sobre suas aflições nunca foram realmente respondidas. O que podemos aprender das respostas de Deus a Jó?

II. Aprendendo a ser contentes
A. Como podemos aprender a estar contentes em quaisquer circunstâncias que Deus nos apresenta?
B. A paz resulta da total confiança na capacidade divina de cuidar de nós. Que versos bíblicos ajudam a relembrar a história do cuidado de Deus pelos que estão sofrendo?

III. Confiança inabalável
A. Como as provas nos ensinam a submissão mais completa às amplas orientações divinas?
B. Quando está tudo bem, é muito mais fácil confiar em Deus. Por que a confiança em Deus nos momentos difíceis fortalece a fé?

Resumo: 
Resiliência (capacidade de recuperação) nas provações é o resultado de aprender a ser paciente e ter fé na providência, força e infalível bondade de Deus para conosco, independentemente do que aconteça.

Motivação
Mesmo os momentos mais difíceis de desespero – aqueles em que somos levados pelo "vale da sombra da morte" e que ameaçam nos destruir – são oportunidades para crescer na graça de Deus, cultivando resiliência emocional, mental e espiritual.

Reflitam nos seguintes exemplos de superação:
1. Vítimas de tragédias naturais que conseguem recomeçar a vida.
2. Vítimas de acidentes e violência que conseguem se readaptar e mantêm a vontade de viver. 3. Animais que precisam fazer migração.
4. Plantas que conseguem se renovar depois de um longo período de seca. Pergunta: Como podemos ajudar alguém que perdeu o interesse na vida, motivando e ao mesmo tempo evitando condenar a pessoa?

O céu se enche de aves de rapina, cujos corpos são manchas escuras no azul sem nuvens. Elas circulam muito acima da água, aparentemente ociosas e sem propósito. Finalmente, uma delas rompe, recolhendo as asas para entrar em queda livre, em um mergulho violento, de cabeça para baixo. Por um momento, uma das maiores e mais majestosas senhoras do céu torna-se uma criatura da água, completamente absorvida. Um eterno segundo depois, a superfície da água se rompe novamente, dessa vez enquanto as asas poderosas batem através das ondas e depois pelo ar, erguendo a ave pesada e molhada para o céu, com um peixe preso em suas garras.

Esse ato se desenrola em todos os continentes (exceto a Antártica) perto de corpos de água onde a águia-pescadora (Pandion haliaetus) faz sua habitação. A águia-pescadora passa o inverno nos continentes do Hemisfério Sul e faz viagens anuais cansativas e perigosas de volta para seus lares ancestrais ao norte do equador. Viajando de dois a trezentos e vinte quilômetros por dia, traçam uma rota de volta ao local de seu nascimento, a fim de acasalar, incubar, produzir e emplumar sua prole. Um relato dramático de uma solitária fêmea, em rota para o noroeste do Pacífico foi capturada em filme em março de 2009 por um estudioso de aves de Phoenix, Arizona, que viajava para o deserto para fotografar as flores e pássaros da primavera. Ele focalizou sua câmera em uma grande ave de rapina voando em sua direção e tirou uma fotografia do que mais tarde se verificou, para seu espanto, ser uma águia-pescadora sobrevoando o deserto.

Pense nisto: 
Uma ave que depende de peixe para viver é vista sobrevoando o deserto! Se isso não é notável o bastante, essa mesma ave, depois de muitas centenas, senão milhares de quilômetros em sua viagem, tem que ir ainda mais longe e atravessar um território ainda mais difícil. Ao longo de nossa vida, muitos de nós passaremos por desertos figurativos semelhantes, experiências angustiantes que parecem impossíveis de suportar, jornadas difíceis que põem à prova nossa fé no amor de Deus. Mas assim como Deus ordenou a migração anual da águia-pescadora, assim Ele permite que enfrentemos nossa quota de provações e tribulações. De que modo a jornada da águia-pescadora revela a fé e resistência que somos chamados a exercer em nossas próprias viagens de fé?

Compreensão
Enfatizar o fato de que o sofrimento físico e as dificuldades materiais, psicológicas e espirituais, não são necessariamente sinais da maldição divina. Podem ser utilizados como meios divinos de educação. Igualmente, a prosperidade material não é prova de que a benção de Deus repousa sobre a pessoa, embora seja um teste de fé e lealdade a Deus.


Comentário bíblico


I. “Jó: a causa do sofrimento”

8  Perguntou ainda o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal.
9  Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus?
10  Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra. Jó 1:8-10 

Estende, porém, a mão, toca-lhe nos ossos e na carne e verás se não blasfema contra ti na tua face. Jó 2:5

A história de Jó é uma das poucas na Bíblia em que vemos um vislumbre da razão divina para permitir que o sofrimento aconteça. Jó 1:6-12 e 2:1-6 revelam que as calamidades que Jó enfrentou estavam relacionadas ao conflito maior entre Deus e Satanás. O diabo procurou provar que Jó, o homem mais íntegro e reto na Terra (Jó 1:8), era fiel a Deus somente por causa de sua vida agradável e confortável, especificamente porque ele tinha riquezas materiais (Jó 1:10), e era abençoado com saúde física e bem-estar (Jó 2:5). Além disso, aprendemos que Satanás colocou em dúvida a fidelidade de Jó diante do exército celestial de Deus.

Pense nisto: 
Que lição há em saber que as causas do sofrimento de Jó estão ligadas diretamente com o conflito universal entre o bem e o mal? A história de Jó perdura como um lembrete de que, mesmo que não entendamos, como Jó, a razão do nosso sofrimento, podemos ter certeza de que a causa básica é a mesma. Como esse conhecimento pode capacitar nossa fé e nossa mente a suportar com resiliência nossas provações mais escuras?

II. Provas de fé
(Recapitule com a classe Jó 12-14.)

Nos capítulos 3, 7, 9, 10, 12-14, 16-17, 19, 21, 23-24 e 26-31, nos deparamos com o relato pessoal da perseverança de Jó para apegar-se à fé, em meio a uma luta para conciliar sua situação com seu conceito de Deus como justo e amoroso. Aqui vemos um Jó forçado aos limites de sua capacidade ­- física, mental e espiritual. Ele lamenta seu próprio nascimento, afirmando a inutilidade da vida. Desejaria estar morto. Ele diz que Deus o destruiu e vacila entre desesperar-se pela maneira de Deus lidar com sua situação e proclamar o poder de Deus como Redentor em sua vida, um Salvador pelo qual ele almeja.

Pense nisto: 
A crise de fé de Jó é familiar a qualquer pessoa que tenha experimentado uma tragédia sem sentido e perdas pessoais profundas. Sabemos que Jó era um homem de fé tão grande que ele foi destacado por Deus como "homem íntegro e reto", sem igual na Terra (Jó 1:8). No entanto, mesmo um homem como Jó pode ser levado a desconfiar de Deus, em sua dor e sofrimento. Considere que resiliência não significa que não existem momentos de dúvida profunda. Como a história de Jó mostra que ser resiliente não se mede pelos momentos individuais de força ou fraqueza ao longo do caminho, mas sim pela condição em que terminamos?

Muitas vezes queremos saber por que somos chamados a suportar o sofrimento. No entanto, essa questão raramente é respondida. Ao mesmo tempo, Deus Se revela para fortalecer o fraco (por exemplo, Jó) ou opera por intermédio de outros para prover apoio (por exemplo, Noemi e Rute), provendo recursos para ajudar os indivíduos a enfrentar suas circunstâncias. Considere os exemplos bíblicos colocados na lição desta semana, que mostram que pessoas envolvidas em situações difíceis podem ser parte de um plano maior (por exemplo, Jó, José, Ester) e comente as possíveis aplicações para nossa vida hoje.

Perguntas para reflexão
Em vez de perguntar as razões de nosso sofrimento, que outras questões podemos perguntar a nós mesmos, que podem nos ajudar a crescer em graça e força e nos guiar através dos momentos sombrios?

Em circunstâncias que não podemos mudar, tudo que podemos fazer é decidir qual será nossa resposta a elas. Como podemos cultivar uma atitude resiliente e um espírito de gratidão?

Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Rm 8:28 

Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. 1Ts 5:18

Pense na circunstância mais desafiadora em sua vida. Ao relembrar essa experiência, que bênçãos inesperadas surgiram dela que você talvez não poderia ter percebido no momento da provação?

Comente como Deus pode fazer algo belo a partir de uma tragédia, e como Ele pode transformar nossos maiores fracassos em fontes de força e crescimento pessoal.

Para os jovens e inexperientes, dar graças no sofrimento parece impossível. De que maneira o testemunho dos que foram experimentados pode fortalecer a vontade e resiliência dos indivíduos que passam por testes de fé pela primeira vez?

1 Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,
2  olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.
3  Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma. Hb 12:1-3,

3  E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;
4  e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.
5  Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.  Rm 5:3-5 

com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos Ef 6:18).

Criatividade
Compare o sofrimento de um atleta em preparação para uma maratona, com o sofrimento ainda maior, de quem se prepara para a vida eterna. Para o atleta, vale a pena treinar um pouco a cada dia em busca de uma medalha. Será que vale a pena vencer uma pequena dificuldade a cada dia, para ganhar a coroa da vida eterna?

Inspiração:
"Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, Autor e Consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que Lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-Se à direita do trono de Deus. Pensem bem nAquele que suportou tal oposição dos pecadores contra Si mesmo, para que vocês não se cansem nem desanimem (Hb 12:1–3, NIV).

Na maior parte de nossa vida enfrentamos desafios todos os dias. Canos quebrados, circunstâncias desafiadoras no trabalho, nossos amigos ou familiares nos decepcionam. Pense nos três principais problemas que você enfrenta na vida. Com que frequência deixamos de usar esses desafios como oportunidades para crescer em graça e fé? Seguindo em frente, como você pode olhar a vida de maneira diferente, especificamente os problemas que enfrenta, e cultivar nova atitude e espírito de gratidão? Como você pode usar as circunstâncias em que se encontra para desenvolver resiliência (e todo o fruto do Espírito) para você, seu cônjuge, sua família e sua comunidade mais ampla?

19  Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,
20  idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções,
21  invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.
22  Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,
23  mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.   Gl 5:19-23).

Como a fidelidade ao enfrentar pequenos desafios leva a uma capacidade de enfrentar os grandes desafios na vida?

Que exemplo de comunidade cristã encontramos para nos ajudar a entender o que produz resiliência? Como promovemos a resiliência em nossas famílias, igrejas e comunidade em geral? Como ensinamos os filhos a lidar com os problemas e produzir recursos internos para suportar o sofrimento? Como criamos redes de apoio espiritual para ajudar e ministrar um ao outro?


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