“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam” (Sal 46:1-3).
Poder de recuperação é o processo de enfrentar adversidades, traumas, tragédias, ameaças, ou estresse extremos e retornar em bom estado sem ser muito afetado negativamente pela experiência. O conceito tem recebido crescente atenção pela importância do poder de recuperação diante das dificuldades da vida. Afinal, quem entre nós, vez por outra, não enfrenta razoáveis fatores estressantes, de uma forma ou outra? A pergunta é: Como ter o poder de recuperação para lidar com o que acontece e não ser destruído emocionalmente no processo?
Na década de 1960, Victor e Mildred Goertzel escreveram Cradles of Eminence [Berços de Eminência], que apresentava análises biográficas de mais de 700 personagens que passaram por grandes adversidades na infância (lares destruídos, limitações financeiras, físicas e/ou impedimentos psicológicos, etc.) e ainda alcançaram grande sucesso. O livro foi atualizado em 2004.
A Bíblia também fala de pessoas que tiveram que enfrentar adversidades mas que, pela graça de Deus, reagiram e venceram os problemas. Apesar das circunstâncias difíceis e até falhas de caráter, elas foram usadas por Deus porque tiveram o poder de recuperação para avançar, mesmo em meio de circunstâncias adversas.
Domingo A paciência de Jó
1. Que características de Jó o tornam digno de ser imitado? Veja também Jó 1-3.
Irmãos, tomai por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais falaram em nome do Senhor. Eis que temos por felizes os que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo. Tg 5:10, 11.
Uma senhora submetida a aconselhamento para se recuperar de uma séria crise disse aos amigos que uma ideia transmitida pelo conselheiro foi fundamental para sua recuperação. “O que mais me ajudou”, ela disse, “foi que o conselheiro insistia que minhas situações dolorosas teriam fim. ‘Parece escuro e interminável agora,’ o conselheiro costumava dizer, ‘mas não vai durar muito mais’. Esse pensamento me ajudou a obter o poder de recuperação.” Em outras palavras, o conselheiro manteve viva a esperança da paciente.
Como ter a paciência aumentada? George Goodman, da Inglaterra, certa vez recebeu um jovem que precisava de oração. Ele expressou diretamente sua necessidade: “Sr. Goodman, desejo que o senhor ore para que eu tenha paciência”.
O idoso homem respondeu: “Sim, vou orar para que você tenha tribulação.” “Ah, não, senhor”, o jovem respondeu, “é de paciência que preciso.” “Entendo”, disse Goodman, “e vou orar para que você tenha tribulação.” Então, o professor de Bíblia abriu a Bíblia e leu Romanos 5:3 para o jovem pasmo: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança”.
A história de Jó oferece um exemplo supremo do poder de recuperação. No início da vida, Jó entendeu que Deus é misericordioso e justo. Ele não entendia as razões de seu sofrimento; não encontrou apoio na esposa; sua propriedade e seus filhos foram destruídos, e então, ele contraiu uma doença horrível. Mas, de alguma forma, em meio a tudo isso, ele nunca perdeu a fé em Deus e persistiu até que a tragédia terminasse.
2. A que esperança se apegou Jó? Jó 19:25. Como podemos aprender melhor a nos apegar a essa esperança em nossas próprias adversidades?
Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Jó 19:25
Pense nas ocasiões em que você passou por algo terrível. Que esperança o sustentou? Que palavras ditas a você foram úteis? Quais palavras não foram tão úteis, ou mesmo, foram prejudiciais? O que você aprendeu para ajudar melhor alguém que esteja passando por grande adversidade agora?
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