terça-feira, 3 de abril de 2012

Definindo evangelismo e testemunho (resumo do estudo nº 01)




Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-­os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que Eu lhes ordenei. E Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos Mateus 28:19, 20

Conhecer: Comparar e contrastar as atividades dos membros da igreja no evangelismo e testemunho.
Sentir: A grande urgência de pregar a mensagem do evangelho e suas consequências eternas para cada pessoa.
Fazer: Desempenhar sua parte no trabalho individual e na obra corporativa de compartilhar o evangelho.

Esboço

I. Descrição do trabalho
A. Quais são as semelhanças entre testemunho e evangelismo, e quais são as diferenças? Por que são importantes ambas as formas de compartilhar o evangelho?
B. A experiência da igreja primitiva nos leva a perceber a importância do testemunho pessoal e também do evangelismo corporativo.

II. O poder do evangelho eterno
A. O evangelho é uma mensagem urgente a ser compartilhada.
B. O testemunho pessoal torna a pregação do evangelho mais atrativa.

III. Trabalho individual e corporativo
A. O que Deus fez por você na última semana? Somente você pode contar aos outros a respeito de sua história com Deus. É importante compartilhar com seus amigos, familiares e colegas de trabalho a experiência do seu relacionamento com Deus.
B. Que papel você pode desempenhar no trabalho evangelístico da igreja, atividade que lhe daria grande alegria enquanto você leva bênçãos aos outros?

Resumo: 
Compartilhar a história do que Cristo fez por nós é um importante testemunho individual, de pessoa para pessoa. Nosso trabalho individual para Deus pode também ser uma parte decisiva do trabalho evangelístico da igreja em longo prazo.

Motivação
Depois de passar tempo com Jesus, Seus primeiros seguidores compartilharam sua experiência com os outros. O testemunho, ao mesmo tempo em que foi um resultado natural dos momentos passados com Cristo, foi capaz de mudar a vida deles. Mas o testemunho foi também uma tarefa específica dada a eles e é dada também a nós.
Quando alguém é descrito como testemunha, a imagem típica que nos vem à mente é a de alguém em pé em um tribunal para falar sobre algo que viu. No tribunal, há regras que restringem a testemunha a falar sobre a própria experiência. Se alguém faz comentários sobre coisas que não conhece diretamente, pouca credibilidade é dada a tal testemunho. Assim ocorre com a tarefa de testemunhar em favor de Jesus. Somos testemunhas do que temos experimentado. É isso que torna o testemunho digno de crédito. Isso também faz diferença em nossa maneira de testemunhar.

Atividade de abertura: 
Peça que os alunos formem duplas, de preferência com alguém que eles não conhecem muito bem. Dê a cada pessoa a tarefa de apresentar seu par para o restante do grupo, compartilhando a coisa mais positiva que aconteceu a essa pessoa durante a última semana. Se todos na classe já conhecem bem uns aos outros, peça a cada pessoa que descubra um fato novo sobre seu parceiro. Separe alguns minutos para que as pessoas troquem informações. Depois, convide cada pessoa para apresentar ao grupo seu parceiro. Antes de chamar as pessoas, comente com a classe, de modo breve, a importância vital de conhecer bem alguém para ser capaz de apresentar a pessoa aos outros.

Compreensão
Esta seção permite considerar aspectos importantes da tarefa de testemunhar acerca de Jesus e examina maneiras diferentes de fazer isso.


Comentário Bíblico


I. Jesus disse: “Faça isso”

(Recapitule com a classe Mt 28:1-20

15  E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.
16  Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.
17  Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas;
18  pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados. Mc 16:15-18

47  e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém.
48  Vós sois testemunhas destas coisas.
49  Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder. Lc 24:47-49

Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. Jo 20:21

6 Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?
7  Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade;
8  mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. At 1:6-8

Leiam em voz alta os cinco textos mencionados. Comparem e contrastem os diferentes contextos e ênfases entre essas várias versões da ordem de Jesus aos Seus discípulos, de contar Sua história daquele momento em diante. No caso dos quatro relatos dos evangelhos, essa ordem vem como parte da conclusão da história que culmina com a morte e ressurreição de Jesus, seguidas pela conclusão lógica da história, em que as pessoas que tinham visto e experimentado o que havia acontecido iriam e fariam alguma coisa a respeito disso. Essa ordem tem o peso das histórias do evangelho por atrás delas para dar a cada conclusão seu vigor. Em contraste com isso, a ordem dada em Atos é o começo de uma nova história. O restante do livro de Atos e a maior parte do Novo Testamento são um registro do que aconteceu quando aqueles primeiros discípulos saíram para cumprir a ordem que haviam recebido.

Pense nisto: 
1. O que podemos aprender com as diferenças entre essas cinco passagens?
2. Que semelhanças existem entre alguns ou entre todos esses relatos? O que é importante acerca desses pontos em comum?

II. Testemunhas

18  Ao entrar Jesus no barco, suplicava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele.
19  Jesus, porém, não lho permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti.
20  Então, ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se admiravam. Mc 5:18-20

8  Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e anciãos,
9  visto que hoje somos interrogados a propósito do benefício feito a um homem enfermo e do modo por que foi curado,
10  tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós.
11  Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular.
12  E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.
13  Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus. At 4:8-13

15  porque terás de ser sua testemunha diante de todos os homens, das coisas que tens visto e ouvido.
16  E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele. At 22:15, 16

1 O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida
2  (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada),
3  o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. 1Jo 1:1-3

O incrível testemunho registrado em Atos estava fundamentado em uma experiência pessoal que os discípulos e os outros cristãos primitivos haviam tido com Jesus (1Jo 1:1-3). Os discípulos tiveram variadas formas de experiência com Jesus: eles O viram, tocaram nEle e com Ele se associaram. Uma vez que os discípulos conheceram Jesus, a vida deles mudou, e eles foram capazes de dizer a outros o que tinham experimentado. Então, se pensarmos sobre a forma pela qual conhecemos a Deus e aprendemos sobre Ele, podemos descobrir maneiras de compartilhar nossa experiência.

Pense nisto: 
1. Por que uma experiência com Jesus é fundamental para qualquer tipo de testemunho?
2. De que maneiras podemos conhecer Jesus? Elas também podem servir como formas de compartilhar nosso conhecimento e experiência com Ele?

III. Evangelistas (At 13:1-49)

1 Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.
2  Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas.
3  Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço;
e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.
5  O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
6  Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
7  Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé. At 6:1-7

Quando o grupo de testemunhas e fiéis cresceu, e surgiram novas necessidades, algumas pessoas foram designadas para ministrar a essas necessidades. Por exemplo, em Atos 6 os primeiros diáconos foram nomeados após uma reunião convocada pelos doze discípulos para discutir a distribuição de alimento para as viúvas. Mas o verdadeiro objetivo dessa ação foi liberar os doze para que ficassem mais concentrados no evangelismo. De modo semelhante, indivíduos talentosos, como Paulo e Barnabé, foram apontados de maneira formal e informal para se concentrar em tarefas específicas de evangelismo, tornando-se testemunhas de tempo integral para Jesus e para a missão da igreja primitiva.

Pense nisto: Como você explicaria a diferença entre "testemunho" e "evangelismo"?

IV. Estejam preparados para responder (com mansidão)

15  antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós,
16 fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo, 1Pe 3:15, 16.)

Pedro foi uma das primeiras testemunhas e um dos primeiros pregadores da mensagem de Jesus. Mas o quadro do evangelismo que ele descreve em 1 Pedro 3:15, 16 não parece tão dramático, pelo menos de uma perspectiva superficial. No entanto, após exame minucioso, começamos a ter consciência da profundidade dessas verdades aparentemente simples: reverenciar a Deus, estar preparado para explicar nossa esperança, quando solicitados, responder com mansidão e viver de modo autêntico. Nossa resposta ao chamado para ser testemunhas de Jesus pode não incluir a pregação e conversão dramática de milhares de uma só vez. Ao contrário, nosso testemunho mais importante pode ser viver humilde e calmamente, com esperança diante dos outros, praticar a bondade e responder com mansidão quando alguém perguntar as razões da nossa esperança.

O evangelho é uma arma poderosa contra a ignorância e o engano.

Jesus disse que não veio trazer paz, mas espada (Mt 10:34). Muitas vezes essa declaração tem sido interpretada como significando que Sua Palavra, quando vivida, separa Seus verdadeiros seguidores dos seguidores do mundo. No entanto, Pedro nos instrui (de certa forma) a manejar a espada da fé com mansidão. O que significa dar uma razão da nossa fé com mansidão? Não importa quanto nossa crença esteja correta, não podemos alcançar as pessoas impondo a verdade de modo agressivo, mas podemos alcançá-las quando apresentamos com bondade as razões de nossa fé.

Pense nisto: 
Quando se trata de evangelismo, por que não é suficiente apenas viver uma "vida boa"?

Aplicação
Ao longo deste trimestre, com certeza haverá bastante discussão sobre erros e acertos nas maneiras de se realizar evangelismo. Essa discussão é importante, porque o chamado para ser evangelista é um convite para apresentar e representar Deus neste mundo de pecadores que precisam dEle, desesperadamente, mesmo que nem sempre reconheçam isso. Para atender a esse chamado, devemos pensar, aprender, orar, compartilhar e trabalhar da melhor maneira, a começar pelo intenso esforço para envolver nossa classe da Escola Sabatina durante este trimestre a fim de cumprir essa sagrada missão.

Perguntas de aplicação:

1. Para os primeiros discípulos de Jesus, testemunhar era natural. Se isso parecia algo fácil e natural para eles, apesar da oposição contínua, por que tantas vezes é difícil para nós, e como podemos superar os obstáculos?
2. Até que ponto a igreja de Atos deve servir de modelo para o evangelismo atual? De que maneira somos diferentes da igreja primitiva? De que maneira nosso mundo é diferente? Que princípios de evangelismo usados pela igreja em Atos podemos aplicar, para lidar com essas diferenças?
3. Quando falamos de testemunho, podemos nos sentir desencorajados porque nosso relacionamento com Deus não é suficientemente forte para apoiar nosso testemunho. Como podemos ter confiança suficiente em nosso cristianismo para compartilhá-lo? Por outro lado, como o testemunho pode ser um fator para o crescimento de um relacionamento mais forte com Deus?
4. Que orientações devem ser aplicadas no testemunho adequado? Quais são as coisas que não devemos fazer no testemunho? Por quê?
5. Como encontrar o equilíbrio entre não ofender, perturbar ou irritar as pessoas a quem estamos tentando testemunhar e mostrar a elas a importância de conhecer Jesus?
6. Qual é a importância da distinção entre "testemunho" e "evangelismo"?

Criatividade
As atividades a seguir são destinadas a (1) incentivar os alunos a desenvolver uma consciência crescente acerca do testemunho individual e do testemunho da igreja e (2) acompanhar o desenvolvimento dessa consciência durante o trimestre.

Sugestões para atividades individuais: 
Distribua papel e caneta aos alunos e peça que eles anotem os nomes de três amigos pelos quais eles gostariam de orar nas próximas semanas. Esses nomes devem ser de pessoas conhecidas, que morem perto dos alunos e a quem eles gostariam de conduzir a Jesus e à igreja. Durante os próximos três meses, desafie os membros da classe a orar todos os dias em favor de seus amigos e pela oportunidade de testemunhar a eles. Peça que eles guardem o pedaço de papel como um marca-página em sua lição da Escola Sabatina ou dentro da Bíblia, para apresentar um relatório no fim do trimestre sobre a resposta de Deus às suas orações.

Sugestões para atividades em duplas ou grupos:
Realize uma avaliação do testemunho e evangelismo de sua igreja. Faça uma lista das coisas das quais os membros de sua igreja participam que podem ser consideradas evangelismo, utilizando uma compreensão ampla do que está incluído nessa palavra. Quando, na opinião dos alunos, a lista tiver abrangência suficiente, classifique as diferentes atividades ou projetos quanto à sua eficácia em cumprir a comissão evangélica (Você pode colocá-los em ordem de importância/eficácia, ou enumerá-los de 1 a 10, sendo o número 10 excelente). Permita que os alunos expressem uma variedade de opiniões em relação a essas questões. Guarde a lista para que você possa examiná-la novamente na conclusão do trimestre. Nessa ocasião, considere se os membros da classe mudaram alguma de suas opiniões quanto ao que constitui o evangelismo. Considere também o que é mais importante ou eficaz nessa tarefa.





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