Quarta
Adoração não é apenas o que você faz na igreja no sábado. Adoração inclui aspectos da nossa fé de modo geral: o que acreditamos, o que proclamamos e nossa maneira de agir. O conceito do Senhor como nosso Criador e Redentor é fundamental para a adoração. Tudo que se relaciona com a adoração deve brotar dessa verdade fundamental e sagrada. Além do mais, o assunto principal da adoração é Deus e Suas ações na história. O culto verdadeiro deve atrair os participantes a andar mais perto do seu Senhor e deve nos levar a um sentimento de temor, reverência, arrependimento e amor por Ele e pelos outros.
Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem. Lc 21:36
Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Sl 1:2
Embora devamos pensar sempre no Senhor (Lc 21:36; Sl 1:2), o momento do culto de adoração deve ser algo especial, único. Não podemos, contudo, depender da igreja ou dos líderes de culto, para prover esse tipo de experiência para nós, por mais importante que seja o papel deles. No fim, tudo depende de nós mesmos e da atitude que levamos conosco à igreja, no sábado.
Ao mesmo tempo, como temos visto ao longo do trimestre, adoração é um meio para um fim, não um fim em si mesma. Nossa adoração não nos salva, mas é uma de nossas respostas à salvação.
6. Leia Atos 18:1-16. Que acusação foi apresentada contra Paulo, e o que isso nos diz sobre adoração?
1 Depois disto, deixando Paulo Atenas, partiu para Corinto.
2 Lá, encontrou certo judeu chamado Áqüila, natural do Ponto, recentemente chegado da Itália, com Priscila, sua mulher, em vista de ter Cláudio decretado que todos os judeus se retirassem de Roma. Paulo aproximou-se deles.
3 E, posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles e ali trabalhava, pois a profissão deles era fazer tendas.
4 E todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos.
5 Quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, Paulo se entregou totalmente à palavra, testemunhando aos judeus que o Cristo é Jesus.
6 Opondo-se eles e blasfemando, sacudiu Paulo as vestes e disse-lhes: Sobre a vossa cabeça, o vosso sangue! Eu dele estou limpo e, desde agora, vou para os gentios.
7 Saindo dali, entrou na casa de um homem chamado Tício Justo, que era temente a Deus; a casa era contígua à sinagoga.
8 Mas Crispo, o principal da sinagoga, creu no Senhor, com toda a sua casa; também muitos dos coríntios, ouvindo, criam e eram batizados.
9 Teve Paulo durante a noite uma visão em que o Senhor lhe disse: Não temas; pelo contrário, fala e não te cales;
10 porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade.
11 E ali permaneceu um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus.
12 Quando, porém, Gálio era procônsul da Acaia, levantaram-se os judeus, concordemente, contra Paulo e o levaram ao tribunal,
13 dizendo: Este persuade os homens a adorar a Deus por modo contrário à lei.
14 Ia Paulo falar, quando Gálio declarou aos judeus: Se fosse, com efeito, alguma injustiça ou crime da maior gravidade, ó judeus, de razão seria atender-vos;
15 mas, se é questão de palavra, de nomes e da vossa lei, tratai disso vós mesmos; eu não quero ser juiz dessas coisas!
É interessante que Paulo tivesse sido acusado de persuadir as pessoas para uma forma diferente de adoração, “contrária à lei” (v. 13; mesmo os judeus que acreditavam em Jesus, às vezes, dirigiam uma acusação semelhante contra Paulo). A questão em Atos 18 é que aqueles ouvintes estavam tão presos à tradição, tão envolvidos na maneira pela qual as coisas haviam sido feitas no passado, tão ligados às formas de culto que, quando Paulo lhes apresentou aquele que era todo o sentido do seu culto, aquele a quem eles adoravam sem conhecer, aquele para quem todas as cerimônias realmente apontavam, eles rejeitaram o que ele disse. Estavam tão apegados à lei que não perceberam aquele a quem ela apontava.
Além disso, embora as circunstâncias de hoje sejam radicalmente diferentes do que eram as de Paulo naquele tempo, precisamos ter cuidado para não permitir que as formas e tradições sirvam de obstáculo ao propósito essencial de nossa fé. Qualquer culto que não nos leve diretamente à cruz está equivocado.
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