sábado, 10 de setembro de 2011

Adoração na igreja primitiva (estudo nº 12)




“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine” (1 Co 13:1).

Leituras da semana: At 1:1-11; 2:14-41; 17:15-34; 18:1-16; 1Co 13

Logo depois que Cristo retornou ao Céu, a igreja primitiva começou a se expandir e crescer. No início, era formada quase exclusivamente de judeus que estavam aceitando Jesus como o Messias e passando para as fileiras dos cristãos. De fato, no começo, muitos entre os fiéis pensavam que o evangelho fosse só para os judeus, o que mostrava o quanto eles ainda tinham que aprender.

No dia de Pentecostes, depois da pregação e apelo de Pedro diante da multidão de judeus (At 2), “
os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas” (Atos 2:41). Esse texto apenas demonstra a falácia da ideia de que todos os judeus rejeitaram Jesus.

No entanto, seria um erro olhar para a história da igreja primitiva como uma espécie de momento poético de adoração e louvor. Embora em um contexto radicalmente diferente, a igreja primitiva lutou com algumas das mesmas questões que enfrentamos hoje, questões que afetariam tudo sobre sua fé, incluindo a adoração.

Nesta semana, examinaremos alguns exemplos dos primórdios do cristianismo e alguns dos desafios que a Igreja enfrentou, à medida que crescia e procurava aprender com as coisas boas e também com as ruins. 

Domingo                                     Muitas “provas”


Da perspectiva humana, o ministério terrestre de Jesus não pareceu tão bem-sucedido. Embora Ele tivesse atraído uma comitiva bastante popular, esse padrão não ocorreu em massa. Muitos líderes O rejeitaram e, naturalmente, os romanos O crucificaram, fazendo com que Seus discípulos mais próximos se dispersassem e fugissem.

As coisas pareciam bastante ruins, até a ressurreição e o Pentecostes, quando, repentinamente, Seus seguidores encontraram nova coragem para proclamar seu Mestre crucificado como o Messias de Israel. Foi somente após a ressurreição de Jesus, de fato, que a igreja primitiva começou a progredir.

1. Leia Atos 1:1-11. Que verdades importantes encontramos ali sobre a segunda vinda de Jesus, batismo, Espírito Santo e missão?

1  Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar
2  até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas.
3  A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.
4  E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes.
5  Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
6  Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?
7  Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade;
8  mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
9  Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos.
10  E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles
11  e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir. Atos 1:1-11

2. Observe especialmente os versos 3 e 6. Quanto mais, a respeito da verdade, os discípulos tinham que aprender?

Uma das partes mais interessantes desta seção é o verso 3, no qual Lucas afirma que Jesus lhes apresentou muitas “provas”. Algumas versões usam a expressão “infalíveis provas”, que é um pouco exagerada nesse caso. Outra tradução chama de “provas convincentes”, que é a tradução menos problemática. A questão é que os fiéis a Jesus receberam poderosas evidências, “provas” de Jesus como o Messias. Considerando a difícil tarefa para a qual Ele os havia chamado e toda a oposição que enfrentariam, eles precisavam de todas as provas que pudessem obter. A boa notícia é que o Senhor nos dará todas as razões de que precisamos para confirmar nossa fé, todas as razões de que necessitamos para acreditar nas coisas que não entendemos completamente. Como vemos nessa passagem, os discípulos ainda não compreendiam totalmente as intenções do Senhor com relação à nação de Israel, mesmo depois de todo o tempo em que haviam estado com Jesus. Precisamos aprender a adorar, louvar e obedecer ao Senhor, apesar de tudo o que não entendemos.

Pense sobre a poderosa evidência que temos para nossas crenças, e em todas as boas razões para a lógica de nossa fé. Observe, também, o uso da palavra fé. O que a fé implica? Isto é, que boas razões temos para ter fé, uma crença em algo que não entendemos completamente? 



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