segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Liberdade em Cristo (estudo nº 11)




“Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; ao contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor (Gl 5:13, NVI).

Leituras da semana: Gl 5:1-15; 1Co 6:20; Rm 8:1, 4; 13:8; Hb 2:14, 15

Em Gálatas 2:4, Paulo mencionou resumidamente a importância de proteger a “liberdade” que temos em Cristo Jesus. Mas o que Paulo queria dizer quando falou de “liberdade”, como ele fazia com tanta frequência? O que essa liberdade abrange? Até que ponto vai essa liberdade? Será que ela tem limites? Qual é a ligação entre a liberdade em Cristo e a lei?

Paulo abordou essas questões advertindo os gálatas de dois perigos. O primeiro era o legalismo. Os oponentes de Paulo na Galácia estavam tão envolvidos tentando ganhar o favor de Deus por seu comportamento que perderam de vista a natureza libertadora da obra de Cristo e a salvação que já tinham em Cristo mediante a fé. O segundo perigo era a tendência de abusar da liberdade que Cristo comprou para nós, caindo na licenciosidade. Os que apoiavam esse ponto de vista erroneamente acreditavam que a liberdade era contrária à lei.

Tanto o legalismo quanto a licenciosidade são contrários à liberdade, porque eles igualmente mantêm seus adeptos em uma forma de escravidão. Porém, o apelo de Paulo aos gálatas foi que eles se mantivessem firmes na verdadeira liberdade que era sua legítima propriedade em Cristo. 

Domingo                                           Cristo nos libertou


Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão” (Gl 5:1, NVI).

Como a ordem de mobilização de um líder militar para suas tropas vacilantes, Paulo ordenou aos gálatas que não submetessem sua liberdade em Cristo.

A impetuosidade e a veemência do tom de Paulo fazem com que suas palavras quase saltem da página para a ação. Na verdade, isso parece ser exatamente o que Paulo pretendia. Embora esse verso esteja ligado tematicamente ao que vem antes e depois dele, a forma repentina pela qual ele ocorreu e a falta de ligações sintáticas em grego sugerem que Paulo queria que esse verso se destacasse como um gigantesco painel de propagandas. Liberdade em Cristo resume todo o raciocínio de Paulo, e os gálatas estavam em perigo de abandoná-la.

1. Leia Gálatas 1:3, 4; 2:16 e 3:13. Quais são algumas das metáforas usadas nesses versos? Como essas figuras nos ajudam a entender o que Cristo fez por nós?

3  Graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai e da do Senhor Jesus Cristo,
4  que se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente mundo perverso, conforme a vontade de nosso Deus e Pai, Gálatas 1:3-4 

sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, mas sim mediante a fé em Cristo Jesus, também nós cremos em Cristo Jesus, para sermos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei; pois por obras da lei nenhuma carne será justificada. Gálatas 2:16 

Cristo nos remiu da maldição da Lei, tornando-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que é pendurado no madeiro, Gálatas 3:13

As palavras de Paulo, “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5: 1, NVI), podem sugerir que ele tivesse outra metáfora em mente. A redação dessa frase é similar à fórmula utilizada na sagrada libertação (alforria) de escravos. Pelo fato de que os escravos não tinham direitos legais, havia a crença de que uma divindade poderia comprar sua liberdade, e em compensação, o escravo, embora realmente livre, pertenceria legalmente ao deus. Evidentemente, na prática o processo era fictício; era o escravo que entregava o dinheiro à tesouraria do templo para obter sua liberdade. Considere, por exemplo, a fórmula utilizada em uma das quase mil inscrições encontradas no templo da sacerdotisa de Apolo, em Delfos, que datam de 201 a.C a 100 d.C: “Para a liberdade, Apolo, o deus do templo de Delfos, comprou de Sosibus de Amfissa uma escrava cujo nome é Niceia... No entanto, em troca da liberdade, Niceia, a escrava adquirida, se dedicou a Apolo” (Ben Witherington III, Grace in Galatia [Graça na Galácia], Grand Rapids, Michigan: William B. Eerdmans Publishing Company, 1998, p. 340).

Essa fórmula compartilha uma semelhança fundamental com as palavras de Paulo, mas há uma diferença básica. Na metáfora de Paulo, nenhuma ficção está envolvida. Nós não pagamos o preço da compra

Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo. 1Co 6:20

Por preço fostes comprados; não vos torneis escravos de homens. 1Co 7:23

O preço era alto demais para nós. Éramos impotentes para alcançar por nós mesmos a salvação, mas Jesus entrou em ação e fez por nós o que não poderíamos ter feito (pelo menos não poderíamos, sem perder a vida). Ele pagou a penalidade pelos nossos pecados, assim nos libertando da condenação.

Considere sua vida. Você já pensou que poderia salvar a si mesmo? Quanto devemos ser gratos pelo que recebemos em Jesus? 



Nenhum comentário:

Postar um comentário