quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O evangelho e a igreja (resumo do estudo nº 13)




Portanto, sempre que pudermos, devemos fazer o bem a todos, especialmente aos que fazem parte da nossa família na fé. Gálatas 6:10

Conhecer: Como a vida em Cristo afeta nossos relacionamentos com os outros.
Sentir: Os perigos que o orgulho espiritual traz, especialmente para os cristãos que se sentem seguros contra a tentação.
Fazer: Amar o próximo como a nós mesmos, cumprindo assim a lei de Cristo.

Esboço

I. Fazer o bem

A. Como os cristãos devem se relacionar com os que tropeçam?
B. Por que é especialmente importante tratar os que estão sobrecarregados da mesma forma como gostaríamos de ser tratados?

II. Orgulho espiritual
A. Por que o orgulho espiritual é tão perigoso para os cristãos?
B. Como podemos evitar o espírito indiferente, frio e crítico?
C. Por que é importante fazer uma cuidadosa avaliação e exame de consciência?
D. Que exemplos bíblicos ilustram os perigos de pensar excessivamente em nossas habilidades?

III. A lei de Cristo
A. Como o amor ao próximo cumpre a lei de Cristo?
B. Quais são nossos maiores desafios ao levar as cargas uns dos outros?
C. Quais membros da família precisamos servir dessa maneira?
D. Que preconceitos de gênero, raça, tribo ou de classe sociais carregamos e que precisam ser erradicados?

Resumo: 
Quando cumprimos a lei de Cristo, cuidamos dos que caíram e que estão sobrecarregados. Reconhecemos nossa fraqueza e, humildemente, nos submetemos a todas as evidências da verdade, para que não nos tornemos espiritualmente orgulhosos e cegos.

Motivação
Deus comissionou a igreja como Seu instrumento de transformação sobre a Terra.

Enfatizar a necessidade de humildade ao pregar o evangelho, mostrando que Jesus é o salvador e nos deu o privilégio de levar Sua mensagem de amor.

Ao alcançar o mundo perdido, o Salvador onipotente poderia ter ignorado a humanidade. Como poderiam contribuir para esse nobre empreendimento os seres humanos pecaminosos, fracos e vacilantes? Enviar as hostes angelicais sem pecado, mobilizar as criaturas fiéis de outras galáxias, ou utilizar divinos controles remotos: o onipotente, onisciente Criador do Universo tinha essas e milhares de opções adicionais à Sua disposição. No entanto, Ele incluiu a comunidade de pessoas resgatadas, a Igreja, como Sua agência de comunicação.

Deve haver cuidado ao expressar essa verdade. A igreja tem o privilégio e a oportunidade de compartilhar e exemplificar o evangelho diante da humanidade caída. Essa responsabilidade sagrada, no entanto, não é uma propriedade.

Os seres humanos não têm poder para conceder, e não podem impedir o acesso a Deus. O Espírito Santo é o principal disseminador da graça de Deus com a igreja, assumindo o papel de instrumento de cooperação. Em lugar de negar o acesso a Deus, o trabalho da igreja é ampliar o acesso. Que oportunidades gloriosas! A igreja trabalha lado a lado com Deus para evangelizar e instruir seres humanos caídos. Transformação e reforma miraculosas ocorrem constantemente dentro dessa comunidade divinamente originada e ordenada. Vidas mudadas, relacionamentos restaurados, consciências livres da culpa e apoio espiritual são apenas parte dos benefícios desfrutados pela associação com a igreja de Deus.

Atividade de abertura: Cada ano novo traz esperanças renovadas. Novas oportunidades, juntamente com a libertação dos tropeços e falhas do ano anterior, tornam o começo do ano um evento muito aguardado e celebrado. Compartilhe artigos de revistas ou jornais, vídeos com notícias e outras informações relativas ao Ano Novo retiradas de fontes atuais. Pergunte por que a perspectiva de algo novo gera grande interesse e expectativas elevadas. Compare com isso o papel da igreja em nos conduzir ao Senhor, que nos oferece libertação dos erros do passado e uma oportunidade para começar de novo, perdoados e purificados.

Compreensão
As Escrituras proclamam libertação para os prisioneiros, livramento da condenação e liberdade das tendências dominantes. Essa continua sendo a maior obra do Céu. Jesus sacrificou tudo no Calvário e, depois, comissionou Seus representantes (a igreja), fortalecidos por meio de Seu Espírito que habita no coração, para iluminar com a perspectiva espiritual um planeta obscurecido. Essa perspectiva inclui perdão de todas as transgressões, livramento de cada tentação imaginável e intimidade cada vez maior com Deus, através da qual nossa vida é continuamente transformada e renovada. Cristãos encontram sentido para a vida apoiando os cristãos mais novos, incentivando e estimulando a confiança, que amadurece somente quando obstáculos são encontrados e superados.


Comentário Bíblico


I. Restaurando os caídos

Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. Gl 6:1

15 —Se o seu irmão pecar contra você, vá e mostre-lhe o seu erro. Mas faça isso em particular, só entre vocês dois. Se essa pessoa ouvir o seu conselho, então você ganhou de volta o seu irmão.
16  Mas, se não ouvir, leve com você uma ou duas pessoas, para fazer o que mandam as Escrituras Sagradas. Elas dizem: “Qualquer acusação precisa ser confirmada pela palavra de pelo menos duas testemunhas.”
17  Mas, se a pessoa que pecou não ouvir essas pessoas, então conte tudo à igreja. E, se ela não ouvir a igreja, trate-a como um pagão ou como um cobrador de impostos. Mt 18:15-17

O objetivo constante da igreja é a restauração, não a condenação. Muitos entendem a linguagem da disciplina na igreja de forma punitiva. Membros da igreja, bem-intencionados e zelosos em proteger a reputação da igreja declaram que os que erram devem ser separados para evitar contaminação. Essa é uma abordagem muito perigosa. A liderança religiosa da época de Cristo estava ansiosa para condenar a mulher adúltera em João 8, mas eles eram isentos de pecado? Eles não tinham necessidade de perdão? Não havia condenação divina por sua hipocrisia? Talvez a noção de proteger a reputação da igreja precise ser reexaminada. Considere o trabalho de um hospital. Ele existe com a finalidade de cura física e restauração. Será que todos os pacientes deixam o hospital com vida? Obviamente, não. A ocorrência de mortes ocasionais anula a missão e o propósito do hospital? Seria possível que sua comunidade declarasse que o hospital local deve ser fechado porque um paciente faleceu? Os hospitais deveriam limitar seus serviços apenas aos que sofrem resfriados comuns e outras doenças facilmente curáveis, a fim de melhorar seu histórico e reforçar sua reputação, rejeitando pacientes com traumas, vítimas de câncer e outros casos difíceis? Em lugar de recusar casos difíceis, os médicos os enfrentam com determinação, pesquisando novas metodologias e técnicas para efetuar a cura. A doença é estudada meticulosamente, novas terapias são desenvolvidas, e as doenças consideradas sentença de morte no passado hoje se tornam avanços miraculosos.

Talvez os que trabalham com a doença espiritual devam adotar uma atitude semelhante. Assim, a disciplina seria redentora e não punitiva, e a reputação da igreja estaria apoiada no modo compassivo e intensamente criativo pelo qual os cristãos combatem a doença do pecado. Os cristãos devem lutar vigorosamente contra o pecado, não contra os pecadores. Obviamente, alguns se perderão. Mas se as igrejas começassem limitando seu ministério aos símbolos de bons cidadãos, a fim de aumentar sua taxa de sucesso, sua ação provaria que elas esqueceram seu propósito. Paulo utilizava a ideia da disciplina com o sentido de educar na justiça. Tratava-se de uma série de ações ou comportamentos cujo objetivo era estabelecer um relacionamento mais íntimo com Deus. Longe de ser punitiva, a disciplina de Paulo era restauradora e positiva. Como unidades de triagem bem ajustadas, as igrejas se tornam centros de cooperação e responsabilidade na realização de um objetivo comum: a cura de corações afetados pelo pecado através do vivificante amor de Deus.

Pense nisto: 
O que deve caracterizar a atitude dos que se dedicam ao trabalho de visitar pessoas afastadas de Deus? Como Jesus Se aproximava dos caídos? Como os cristãos podem se proteger contra as tentações das quais desejariam resgatar os caídos? O que significa compartilhar as cargas uns dos outros?

II. Semear e colher

6
  A pessoa que está aprendendo o evangelho de Cristo deve repartir todas as suas coisas boas com quem a estiver ensinando.
7  Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma pessoa plantar, é isso mesmo que colherá.
8  Se plantar no terreno da sua natureza humana, desse terreno colherá a morte. Porém, se plantar no terreno do Espírito de Deus, desse terreno colherá a vida eterna.
9  Não nos cansemos de fazer o bem. Pois, se não desanimarmos, chegará o tempo certo em que faremos a colheita.
10  Portanto, sempre que pudermos, devemos fazer o bem a todos, especialmente aos que fazem parte da nossa família na fé. Gálatas 6:6-10

No contexto de levar as cargas ou responsabilidades dos outros, Paulo enfatizou a responsabilidade de apoiar os mestres que proclamavam a sã doutrina. Usando uma linguagem proverbial familiar aos seus leitores, ele os exortou a fazer investimentos seguros, porque os que esperavam uma colheita abundante deviam plantar com abundância. Embora o contexto imediato esteja relacionado com o apoio material aos mestres, o texto tem uma aplicação espiritual ainda mais ampla. As realizações espirituais são proporcionais aos investimentos espirituais. Os que desejam maior força espiritual devem praticar exercícios espirituais e evitar alimento espiritual de qualidade inferior. Pouco investimento equivale a um pequeno avanço. O resultado espiritual surge de investir tempo nas coisas espirituais.

Pense nisto: 
Se a vida dos cristãos é dominada pela mídia secular (televisão, rádio, Internet e assim por diante), como podem esperar progresso espiritual significativo? O que deve dominar o tempo do cristão se ele deseja íntima comunhão com Deus? No contexto espiritual, como os cristãos podem dedicar sua vida aos outros, especialmente os que ainda não são cristãos?

Aplicação
Os que se preocupam com seu futuro financeiro entendem o valor do planejamento de investimentos e estão dispostos a despender recursos financeiros significativos a fim de maximizar o retorno de seus investimentos. Infelizmente, as igrejas muitas vezes procedem de maneira casual a respeito de um assunto muito mais importante do que finanças. O sacrifício de Cristo foi infinitamente mais valioso do que todo o valor monetário do mundo reunido. No entanto, os cristãos, de forma aleatória e não intencional, abordam o trabalho de investir na vida dos não cristãos. Através da visão do exercício seguinte, procure cultivar o propósito acerca dos investimentos espirituais que alcancem as pessoas perdidas espiritualmente em sua comunidade.

Atividade:
Crie um baralho com pequenos cartões (no mínimo 10 cartões). Em cada cartão, escreva uma frase que expresse um meio pelo qual a igreja pode transformar a sociedade. Concentre-se nos métodos que sua igreja tem empregado ou nos que oferecem maior potencial para sua comunidade. Peça que os membros escolham os cartões aleatoriamente. Cada um deve ler um cartão e expressar o conceito nas próprias palavras. Peça que eles avaliem a eficácia do conceito em relação ao trabalho de transformação espiritual da igreja utilizando uma escala numérica de 0 a 10 (10 para ótimo e 0 para totalmente ineficaz). Os membros devem justificar sua avaliação, oferecendo suas razões para a classe, que, por sua vez, deve oferecer suas observações.

Reúna os pontos mais importantes e desenvolva uma descrição das características que melhor preparem a igreja para seu papel de transformação espiritual. A lista não deve estar limitada ao seguinte conjunto de atividades e abordagens. Use tudo o que for apropriado e omita o restante. Lista: (1) distribuir literatura, (2) acampamento de verão para crianças, (3) cuidar de idosos, (4) convidar vizinhos para reuniões evangelísticas, (5) visitar encarcerados, (6) visitar os que não podem sair de casa, (7) liderar crianças na prática de algum esporte, (8) pregar o evangelho em praças públicas, (9) evangelizar de porta em porta, (10) realizar cursos de saúde, (11) providenciar roupa e itens de necessidade básica para os pobres e desamparados, (12) perdoar um irmão pelas palavras rudes, (13) consertar as roupas de uma criança, (14) levar filhos de pais separados para um piquenique, (15) testemunhar aos vizinhos sobre a guarda do sábado.

Criatividade
Embora o planejamento e as comissões sejam ferramentas valiosas, dificilmente a igreja transformou uma vida em uma reunião de comissão. Simplesmente falar sobre o poder transformador do evangelho (como em classe da Escola Sabatina) faz pouco para cumprir a comissão evangélica. Desafie sua classe a sair além dos muros e ir para as ruas, fazendo a diferença do modo único para o qual Deus tem preparado sua classe.

Atividade: 
Na parte final da classe da Escola Sabatina, desenvolva uma abordagem para algumas necessidades da comunidade de maneira que a classe se comprometa a realizá-las. Defina data, horário e prazos para a realização das diversas fases de seu empreendimento.




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