segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A natureza da liberdade cristã

Segunda                                        




A ordem de Paulo para que os gálatas permanecessem firmes na liberdade não foi feita isoladamente. A afirmação de um fato importante a precede: “Cristo nos libertou”. Por que os cristãos deviam ficar firmes em sua liberdade? Porque Cristo já os havia libertado. Em outras palavras, nossa liberdade é o resultado do que Cristo já fez por nós.

Esse padrão de afirmação de um fato seguida por uma exortação é típico nas cartas de Paulo

Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo. 1Co 6:20

13  Não vos tem sobrevindo tentação que não seja comum aos homens; mas Deus é fiel, o qual não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas também com a tentação proverá o meio de saída para poderdes suportá-la.
14  Por isso, meus amados, fugi da idolatria. 1Co 10:13, 14

Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele Cl 2:6

Por exemplo, em Romanos 6, Paulo fez várias declarações indicativas da nossa condição em Cristo, como esta: “Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Ele” (Rm 6:6, NVI). Com base neste fato, Paulo pôde então anunciar a exortação imperativa: “Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais” (Rm 6:12, NVI). Esta era a maneira de Paulo dizer, essencialmente: “Torne-se o que você já é em Cristo”. A vida ética do evangelho não apresenta a responsabilidade de ter que tentar fazer coisas a fim de provar que somos filhos de Deus. Ao contrário, fazemos coisas porque já somos Seus filhos.

2. Do que Cristo nos libertou? 

14  porque o pecado não terá domínio sobre vós; visto que não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
18  e libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. Rm 6:14, 18

Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Rm 8:1

Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo;
Mas, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses. Gl 4:3, 8

Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão. Gl 5:1

14 E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo,
15  e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.Hb 2:14-15

O uso da palavra liberdade para descrever a vida cristã é mais destacado nas cartas de Paulo do que em qualquer outro lugar no Novo Testamento. A palavra liberdade e seus cognatos ocorrem 28 vezes nas cartas de Paulo, em contraste com apenas 13 vezes em outros lugares.

O que Paulo quis dizer por liberdade? Em primeiro lugar, não se trata de um mero conceito abstrato. Não se refere à liberdade política, liberdade econômica, nem à liberdade de viver da maneira que nos agrade. Ao contrário, é uma liberdade fundamentada em nossa relação com Jesus Cristo. O contexto sugere que Paulo estava se referindo à liberdade da escravidão e da condenação de um cristianismo fundamentado na lei, mas nossa liberdade inclui muito mais. Ela inclui libertação do pecado, da morte eterna e do diabo.

Fora de Jesus Cristo, a existência humana é caracterizada como escravidão: da lei, dos elementos do mal que dominam o mundo, do pecado, da carne e do diabo. Deus enviou Seu Filho ao mundo para quebrar o domínio desses senhores de escravos” (Timothy George, Galatians, p. 354).

Você se sente escravizado por alguma coisa? Memorize Gálatas 5:1 e peça a Deus que torne real em sua vida a liberdade que você tem em Cristo. 




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