Terça
Para Paulo, igualmente, a fé não era apenas um conceito abstrato; ela estava inseparavelmente ligada a Jesus. Na verdade, a expressão traduzida duas vezes como “fé em Cristo” em Gálatas 2:16 é muito mais significativa do que qualquer tradução pode realmente abranger. A expressão em grego é traduzida literalmente como “a fé” ou “fidelidade” de Jesus. Essa tradução literal revela o forte contraste que Paulo estabeleceu entre as obras da lei que nós fazemos e a obra de Cristo realizada em nosso favor, a obra que Ele, através de Sua fidelidade (por isso, a “fidelidade de Jesus”), tem feito por nós.
É importante lembrar que a fé nada acrescenta à justificação, como se fosse meritória em si mesma. A fé é, em vez disso, o meio pelo qual nos apegamos a Cristo e Sua obra em nosso favor. Não somos justificados com base em nossa fé, mas com base na fidelidade de Cristo por nós, que reivindicamos para nós através da fé.
Cristo fez o que todos deixaram de fazer: só Ele foi fiel a Deus em tudo que fez. Nossa esperança está na fidelidade de Cristo, não na nossa. Como um autor afirma, “Nós cremos em Cristo, e não que possamos ser justificados por essa crença, mas que podemos ser justificados por Sua fé (fidelidade) em Deus” (John McRay, Paul: His Life and Teaching [Paulo: Sua Vida e Ensino], Grand Rapids, Mich.: Baker Academic, 2003, p. 355).
Uma primitiva tradução siríaca de Gálatas 2:16 comunica bem o pensamento de Paulo: “Portanto, sabemos que um homem não é justificado a partir das obras da lei, mas pela fé de Jesus, o Messias, e nós cremos nEle, em Jesus, o Messias, que por causa de Sua fé, a fé do Messias, podemos ser justificados, e não pelas obras da lei”.
A) Nossa obediência à lei e o sacrifício de Cristo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário