11 Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
Saber: Descrever as circunstâncias e as consequências do orgulho espiritual de Lúcifer e seus efeitos sobre a vida tanto no Céu como na Terra.
I. A queda do melhor e mais brilhante
B. Quais foram as consequências de seu orgulho espiritual no Céu, bem como sobre a Terra? Qual será o resultado final?
II. Orgulho versus humildade
III. Dar a Deus o que Lhe é devido
Resumo:
A liberdade que Deus nos dá de escolhê-Lo e escolher o modo de vida que Ele deseja que tenhamos nos permite escolher o inverso. Deus não força Sua vontade sobre nós. Precisamos escolhê-Lo conscientemente todos os dias da vida.
Embora Deus seja soberano, o que equivale a dizer que tudo está sujeito a Ele, em última análise, é necessário para Seus propósitos que escolhamos servi-Lo de vontade própria. Esse livre-arbítrio é uma condição necessária para a perfeição que Ele deseja que alcancemos. Dessa forma, é preciso que tenhamos a liberdade de fazer a escolha certa.
Condenado a dois anos de prisão por roubo no último ano da República Alemã de Weimar, Waldemar Debbler dirigiu-se ao tribunal. Ele explicou que o livre-arbítrio não existia e que sua educação, hereditariedade e ambiente tornaram impossível que ele fosse algo além do que ele era: um assaltante. Portanto, disse ele, o tribunal não tinha o direito moral de puni-lo.
O juiz respondeu dizendo que ele era determinista demais, e que o tribunal era igualmente obrigado a punir Debbler.
Como vimos acima, muitas vezes, na História, o livre-arbítrio humano tem sido seriamente questionado. No entanto, a maioria de nós continua a existir e agir como se tivéssemos a liberdade e a responsabilidade pelo livre-arbítrio. No sétimo dia da semana, nós, cristãos adventistas, vamos mais longe e dizemos que Deus nos deu o livre-arbítrio, e que nossa maior felicidade é essa liberdade para reconhecer e servir ao Deus que nos criou. O inverso traz infelicidade, mal e sofrimento, como se vê na livre decisão de Lúcifer de rejeitar Deus e Seu amor.
Comente com a classe: Se até Lúcifer pôde rejeitar o amor de Deus com os olhos totalmente abertos, existindo na presença do próprio Deus, que confiança podemos ter em nossos pensamentos e percepções quando nos desligamos da influência de Deus?
Deus é a fonte de todas as coisas boas que existem, inclusive a liberdade de escolher ou rejeitar Sua orientação para nossa vida. Se optarmos por ignorar ou rejeitar Deus, abriremos as portas para o mal. A história de Lúcifer exemplifica essa triste verdade. Todos os seus dons eram provenientes de Deus, mas, quando ele tomou a decisão de rejeitar a Deus, esses mesmos dons foram pervertidos e postos a serviço do mal e da destruição.
Comentário Bíblico
I. A luz de todos os povos
1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
O nome Lúcifer significa, em latim, “portador da luz”, tradução das palavras do hebraico antigo e do grego que transmitem o mesmo conceito, geralmente em referência ao planeta Vênus, que era associado ao amanhecer. Não está totalmente claro se esse nome foi concebido originalmente para ser um nome próprio. Isaías 14:12, em que aparece pela primeira vez a passagem sobre Lúcifer, se dirige ao rei de Babilônia. Isso levou alguns estudiosos a afirmar que a figura de Lúcifer, como a conhecemos, não existe no Antigo Testamento. Como adventistas do sétimo dia, rejeitamos qualquer teologia que negue a existência literal de Satanás.
O rei de Babilônia era considerado e se considerava representante das divindades pagãs e, possivelmente, até mesmo uma divindade. Na mitologia dos povos do antigo Oriente Próximo, a Estrela da Manhã e o amanhecer eram considerados deuses. Os gregos e os romanos herdaram esses conceitos e os utilizavam frequentemente na linguagem poética, como quando Homero se refere à “Aurora de dedos rosados”, ou Eos.
Duas coisas (pelo menos) acontecem nessa descrição. Em primeiro lugar, o ser que chamamos de Lúcifer está claramente associado não só à realeza pagã mas também ao sistema de culto pagão do qual dependia sua legitimidade. Por outro lado, tanto as expressões portador de luz como estrela da manhã contêm pistas importantes sobre a natureza e função desse ser.
Ser portador de luz é uma tarefa muito importante. Mas levar a luz não é o mesmo que produzir ou dar origem à luz. Em sua existência anterior, como anjo no Céu, Lúcifer poderia ter sido “portador” da luz de Deus. Em algum ponto, aparentemente, ele veio a acreditar que era sua fonte ou, pelo menos, uma fonte. Imaginou-se igual a Deus e, em algum momento, Seu superior hierárquico.
A Estrela da Manhã, ou o planeta Vênus, é conhecida por ser o corpo mais brilhante do céu no início da noite e no amanhecer. Mas isso só acontece por estar em posição de captar a luz emitida pelo Sol em determinado ângulo. A luz não é inerente a ela, quando o Sol se põe. Assim é o radiante planeta Vênus. Da mesma forma, tendo Lúcifer saído de sob a influência de Deus, sua luz se apagou, e ele se tornou o que conhecemos como Satanás.
Pense nisto:
Segundo o filósofo grego Platão: “Preferir o mal ao bem não está na natureza humana”. Então, por que existe o mal? Platão acreditava que surgia por causa da ignorância do que é bom. Naturalmente, não é isso que a Bíblia ensina sobre o mal ou sua origem, nem por que as pessoas fazem o mal. Embora, às vezes, as pessoas possam ser enganadas e achar que suas más ações sejam boas, ou pelo menos não tão más assim, permanece esta afirmação: o mal precisa se apresentar como sendo bom a fim de ser atraente para a maioria de nós. É por isso que Satanás ou Lúcifer precisa se apresentar como um anjo de luz.
A maioria das pessoas tem consciência e capacidade de raciocinar sob o ponto de vista moral. Essas são ferramentas poderosas, mas, por si sós, nem sempre são precisas. De fato, em um mundo corrompido pelo pecado, sem a orientação de Deus e de Sua Palavra, a linha de distinção entre o bem e o mal nem sempre é clara.
Assim, não é necessário que Satanás nos incite a cometer atos ou pensamentos inequivocamente maus. Ele pode fazer uso de coisas aparentemente boas ou neutras, mas que podem nos afastar da origem do bem, o próprio Deus.
Pense nisto: Vivemos em um mundo em que somos confrontados com escolhas, atividades e crenças que podem parecer boas ou inofensivas, ou podem ostentar o selo da aprovação da sociedade mas não correspondem àquilo que sabemos ser correto pela Palavra de Deus. Além disso, existem verdadeiras gradações de cinza entre o certo e o errado que geram grande perplexidade. Como podemos pedir a sabedoria de Deus para encontrar sentido nessas coisas?
Use as seguintes perguntas e exercícios para explorar por que Deus criou os seres humanos com livre-arbítrio, tendo em vista o mal que pode resultar dele, ou já resultou. Deus nos deu a liberdade e a responsabilidade de usá-la corretamente.
Perguntas para consideração
A criação de Lúcifer – e o mal daí resultante – conduz às questões sobre presciência e predestinação. Sendo onisciente, Deus tem conhecimento prévio dos resultados das decisões de Suas criaturas. Será que isso significa que Ele nos predestinou a tomar essas decisões? Por quê? Se não, o que significam as referências da Bíblia à predestinação, como em Efésios 1:5, 11?
Por que as discussões sobre a natureza do mal e a realidade do diabo, ou Lúcifer, em particular, parecem levar sempre de volta à ênfase sobre Deus como criador? Como Lúcifer tentou questionar essa criação e, especialmente, a natureza dessa criação? (Cf. Gn 3).
1. Em Ezequiel 28:13, são enfatizadas as vestes ou a cobertura de Lúcifer. Especificamente, o texto afirma que Deus cobriu Lúcifer com todas as pedras preciosas e outros itens que aumentavam sua beleza. De certa forma, isso leva ao ponto central
Nesta semana, examinamos os diversos fatores que levaram Lúcifer a abrigar os pensamentos e desejos que o fizeram abandonar seu relacionamento especial com o Deus que o criou. As seguintes atividades enfatizam o fato de que nós também estamos em perigo de ter um final semelhante, se nos esquecermos de honrar Deus e Lhe permitir que governe nossa vida.
Mencione que Lúcifer foi capaz de convencer um terço dos anjos a tomar seu lado na rebelião. Não é demais dizer que esses anjos o amavam muito e levaram muito a sério sua opinião. Pergunte a seus alunos se sua experiência espiritual está baseada principalmente no que eles sabem a respeito de Deus por meio da oração e do estudo ou a partir do que foi dito pelas pessoas a Seu respeito. Enfatize a importância de se conhecer a Deus por experiência própria.
Ou ainda:
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