sábado, 23 de abril de 2011

O sacerdócio

Segunda                                           




Faze também vir para junto de ti Arão, teu irmão, e seus filhos com ele, dentre os filhos de Israel, para Me oficiarem como sacerdotes, a saber, Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar” (Êx 28:1).

O sacerdócio levítico foi estabelecido durante as peregrinações dos filhos de Israel pelo deserto e deveria durar mais de mil e quinhentos anos. Embora o conceito de sacerdócio ao Senhor já existisse havia muito tempo (
Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; Gn 14:18), o estabelecimento do sacerdócio levítico proporcionou uma visão mais clara de seu papel.

Como vimos ontem, apesar da enormidade de seu pecado, Arão foi escolhido pelo Senhor para se tornar o primeiro chefe desse novo sacerdócio. Isso mostra que os sacerdotes necessitavam estar aptos a se relacionar com as pessoas que eles representavam diante de Deus, porque era exatamente isso que eles estavam fazendo: agindo como representantes, mediadores entre a humanidade caída e um Deus santo. Arão, como um ser humano caído, poderia facilmente se relacionar com os seres humanos caídos a quem ele devia representar. Quem seria ele para julgar os outros no pecado deles, quando ele mesmo não era inocente?

Ao mesmo tempo, o sacerdócio era uma honra sagrada, e os sacerdotes deviam demonstrar santidade e pureza. Afinal, eram eles que se apresentavam diante do Senhor, em lugar do povo. Eles tinham que ser “santos”; caso contrário, qual seria a finalidade de um sacerdócio? Embora reconhecessem sua relação com aqueles a quem representavam, eles tinham que ser diferentes, não de forma arbitrária (diferentes apenas para ser diferentes), mas diferentes no sentido sagrado, que iria distingui-los claramente das massas como um todo.

2. O que era exigido dos sacerdotes, e o que essas coisas deveriam representar? 
7  Não tomarão mulher prostituta ou desonrada, nem tomarão mulher repudiada de seu marido, pois o sacerdote é santo a seu Deus.
8  Portanto, o consagrarás, porque oferece o pão do teu Deus. Ele vos será santo, pois eu, o SENHOR que vos santifico, sou santo.
9  Se a filha de um sacerdote se desonra, prostituindo-se, profana a seu pai; será queimada.
10  O sumo sacerdote entre seus irmãos, sobre cuja cabeça foi derramado o óleo da unção, e que for consagrado para vestir as vestes sagradas, não desgrenhará os cabelos, nem rasgará as suas vestes.
11  Não se chegará a cadáver algum, nem se contaminará por causa de seu pai ou de sua mãe.
12  Não sairá do santuário, nem profanará o santuário do seu Deus, pois a consagração do óleo da unção do seu Deus está sobre ele. Eu sou o SENHOR.
13  Ele tomará por mulher uma virgem.
14  Viúva, ou repudiada, ou desonrada, ou prostituta, estas não tomará, mas virgem do seu povo tomará por mulher.
15  E não profanará a sua descendência entre o seu povo, porque eu sou o SENHOR, que o santifico.
16 Disse mais o SENHOR a Moisés:
17  Fala a Arão, dizendo: Ninguém dos teus descendentes, nas suas gerações, em quem houver algum defeito se chegará para oferecer o pão do seu Deus.
18  Pois nenhum homem em quem houver defeito se chegará: como homem cego, ou coxo, ou de rosto mutilado, ou desproporcionado,
19  ou homem que tiver o pé quebrado ou mão quebrada,
20  ou corcovado, ou anão, ou que tiver belida no olho, ou sarna, ou impigens, ou que tiver testículo quebrado.
21  Nenhum homem da descendência de Arão, o sacerdote, em quem houver algum defeito se chegará para oferecer as ofertas queimadas do SENHOR; ele tem defeito; não se chegará para oferecer o pão do seu Deus.
22  Comerá o pão do seu Deus, tanto do santíssimo como do santo.
23  Porém até ao véu não entrará, nem se chegará ao altar, porque tem defeito, para que não profane os meus santuários, porque eu sou o SENHOR, que os santifico.
24  Assim falou Moisés a Arão, aos filhos deste e a todos os filhos de Israel. Lv 21:7-24; 

1 Disse o SENHOR a Moisés:
2  Dize a Arão e aos seus filhos que se abstenham das coisas sagradas, dedicadas a mim pelos filhos de Israel, para que não profanem o meu santo nome. Eu sou o SENHOR.
3  Dize-lhes: Todo homem, que entre as vossas gerações, de toda a vossa descendência, se chegar às coisas sagradas que os filhos de Israel dedicam ao SENHOR, tendo sobre si a sua imundícia, aquela alma será eliminada de diante de mim. Eu sou o SENHOR.
4  Ninguém da descendência de Arão que for leproso ou tiver fluxo comerá das coisas sagradas, até que seja limpo; como também o que tocar alguma coisa imunda por causa de um morto ou aquele com quem se der a emissão do sêmen;
5  ou qualquer que tocar algum réptil, com o que se faz imundo, ou a algum homem, com o que se faz imundo, seja qual for a sua imundícia.
6  O homem que o tocar será imundo até à tarde e não comerá das coisas sagradas sem primeiro banhar o seu corpo em água.
7  Posto o sol, então, será limpo e, depois, comerá das coisas sagradas, porque isto é o seu pão.
8  Do animal que morre por si mesmo ou é dilacerado não comerá, para, com isso, não contaminar-se. Eu sou o SENHOR. Lv. 22:1-8

Por mais difícil que seja compreendermos alguns desses conceitos hoje, a ideia, todavia, deve estar clara: o sacerdócio deveria ser algo diferente, sagrado, especial. Os sacerdotes eram símbolos de Jesus, e seu trabalho deveria simbolizar, em sombras e tipos, o que Jesus faria em nosso favor.

Deveríamos ser diferentes do mundo que nos rodeia? Se sim, por que e de que forma? 





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