terça-feira, 19 de abril de 2011

A túnica de várias cores (estudo nº 04)




E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores (Gn 37:3, RC).

Leitura para o estudo desta semana: Gn 29:21–30:24; Gn 34; 37; 42:13; 1Co 9:24-26

A semente, por assim dizer, dessa história toda, começou em Gênesis 29, com Jacó e suas esposas e concubinas. Um pai, quatro mães, doze filhos e uma filha: Não era preciso ser profeta para saber de antemão que essa família se tornaria desajustada e infeliz.

Teria sido muito melhor se Jacó houvesse seguido aquele primeiro exemplo típico do Éden: um marido, uma esposa. E ninguém mais. Esse foi o modelo ideal para todos os lares, para todos os tempos.

Mas, como vimos, Deus nos criou como seres livres, e essa liberdade inclui a liberdade para fazer o mal. A famosa túnica de várias cores, que talvez foi o símbolo dos erros cometidos por Jacó, revela como um erro pode levar a outros e outros, com consequências muito além do nosso controle.

Então, é muito melhor sufocar o pecado logo no começo, antes que ele devore a nós e aqueles a quem amamos. 

Domingo                            A origem de um desastre familiar


Como sabemos, a vida não vem lacrada, em categorias distintas e separadas, ou em seções. Todas as coisas causam impacto em quase tudo. Na verdade, a teoria da relatividade geral de Einstein ensina que toda matéria no Universo tem uma atração gravitacional sobre todos os outros elementos. Ou seja, seu corpo exerce uma força gravitacional, não apenas sobre seu vizinho, mas igualmente sobre o Sol, e sobre tudo o mais no mundo criado.

Evidentemente, não precisamos de uma lição de física para reconhecer que as obras e ações de uma pessoa podem afetar os outros de forma radical e até trágica, mesmo em gerações futuras. O que somos, onde estamos, por que somos o que somos; tudo foi afetado em certa medida pelas ações de outros completamente fora de nosso controle. Assim, precisamos ter muito cuidado com relação às coisas que dizemos e fazemos, pois quem sabe se o impacto que os nossos atos e palavras produzirão sobre os outros será para o bem ou para o mal, a curto e a longo prazo?

1. Que tipo de família foi formada em Gênesis 24 e 29:21-30? Quais são os problemas de seguir os costumes do mundo, quando estes contrariam os princípios da verdade? Que influência tiveram as fraquezas de caráter de Jacó sobre sua família?
21  Disse Jacó a Labão: Dá-me minha mulher, pois já venceu o prazo, para que me case com ela.
22  Reuniu, pois, Labão todos os homens do lugar e deu um banquete.
23  À noite, conduziu a Lia, sua filha, e a entregou a Jacó. E coabitaram.
24  (Para serva de Lia, sua filha, deu Labão Zilpa, sua serva.)
25  Ao amanhecer, viu que era Lia. Por isso, disse Jacó a Labão: Que é isso que me fizeste? Não te servi eu por amor a Raquel? Por que, pois, me enganaste?
26  Respondeu Labão: Não se faz assim em nossa terra, dar-se a mais nova antes da primogênita.
27  Decorrida a semana desta, dar-te-emos também a outra, pelo trabalho de mais sete anos que ainda me servirás.
28  Concordou Jacó, e se passou a semana desta; então, Labão lhe deu por mulher Raquel, sua filha.
29  (Para serva de Raquel, sua filha, deu Labão a sua serva Bila.)
30  E coabitaram. Mas Jacó amava mais a Raquel do que a Lia; e continuou servindo a Labão por outros sete anos. Gn 29:21-30

O pecado de Jacó e o séquito de acontecimentos que determinou não deixaram de exercer influência para o mal, influência essa que revelou seu amargo fruto no caráter e vida de seus filhos. Chegando esses filhos à virilidade, desenvolveram graves defeitos. Os resultados da poligamia foram manifestos na casa. Este terrível mal tende a secar as próprias fontes do amor, e sua influência enfraquece os laços mais sagrados. O ciúme das várias mães havia amargurado a relação da família; os filhos cresceram contenciosos, e sem a devida sujeição; e a vida do pai se obscureceu pela ansiedade e dor. (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 208, 209).

Que coisas transmitidas a você estavam fora do seu controle? Muita coisa, não é? Agora mesmo, pense em algumas decisões importantes que você tomará. Reflita: Como essas escolhas poderiam afetar os outros? Você realmente deseja que isso aconteça?  





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