Ora, Israel amava mais a José que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica talar de mangas compridas. Gênesis 37:3
Saber: Descrever a parte que teve a “túnica de várias cores” (Gn 37:3, RC) de José no coração desta história de amor de um pai por um filho, e da raiva e inveja que os outros irmãos demonstraram.
Sentir: Empatia com as emoções conflitantes que se demonstraram na longa história das relações da família de Jacó.
Esboço
I. Túnica de amor e ódio
B. Que parte desempenhou a túnica de várias cores de José em uma grande crise?
C. Como Deus fez sair o bem dessa família em conflito? Que papel desempenharam os doze filhos de Jacó na história de Israel, e que parte eles terão na Nova Jerusalém?
II. Lembranças dolorosas curadas
III. Laços de família
B. Que desafios enfrentamos em nossa própria família, e que passos precisamos dar para alcançar a cura?
Resumo:
Como seres livres, podemos optar por ignorar Deus e colocá-Lo na periferia. Mas isso pode trazer consequências desastrosas, a maioria das quais resulta do curso da natureza e destino humanos. Assim, devemos fazer da sabedoria de Deus a principal influência em nossas decisões.
A Ordem de Estanislau era uma honraria concedida pela coroa polonesa, datando de 1765 até 1832, quando a Polônia perdeu a independência nominal na desastrosa Revolta de Novembro. Desde então, os czares da Rússia assumiram a concessão da Ordem de Estanislau. Calculadamente, eles a concediam principalmente aos funcionários poloneses que eram mais diligentes nos esforços para reprimir a independência política e cultural da Polônia. E foi assim que essa medalha, anteriormente uma das mais elevadas honrarias concedidas pela coroa da Polônia, tendo o nome de um herói nacional polonês, se tornou uma desgraça aos olhos dos poloneses.
Conta-se a história do prefeito de uma pequena cidade polonesa que teve a “sorte” de receber essa medalha por seu serviço à ocupação russa. Em circunstâncias ideais, uma medalha como essa teria sido usada em ocasiões especiais ou para impressionar os outros. Mas, ao invés disso, o prefeito a escondeu prontamente, sabendo que só faria dele objeto do ódio de seu próprio povo e, possivelmente, alvo de nacionalistas poloneses. Mas ele encontrou um uso para ela que continuou por várias gerações de sua família. Quando uma criança se destacava pelo mau comportamento, ela era confinada em casa e obrigada a carregar a pesada e desajeitada Ordem de Estanislau até o anoitecer.
Muitas das honras e confortos mundanos que consideramos tão valiosos têm uma desvantagem terrível. Nós as obtemos pelas razões erradas ou para fazer as coisas erradas. Elas incitam ódio ou inveja nos outros. Ou podem nos mudar de forma indesejável. Como a ordem de Estanislau, ou a túnica de José de várias cores, que estudaremos nesta semana, podem vir a significar o contrário do que achamos que significam. A história de José, realmente, só começou quando ele perdeu a túnica e foi forçado a fazer de Deus o centro de sua vida.
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Comentário Bíblico
I. “Túnica de várias cores”
Ora, Israel amava mais a José que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica talar de mangas compridas. Gn 37:3.)
A natureza da túnica de várias cores referida nesta passagem é incerta. O original hebraico se refere a ela como passim ketonet, ou, literalmente, uma longa túnica de mangas, ou, possivelmente, um casaco de mangas compridas com listras. A suposição de muitas cores parece vir a partir da Septuaginta, a tradução oficial grega do Antigo Testamento, dos últimos séculos a.C. Mais tarde, essa roupa se tornou prerrogativa da realeza ou de outros personagens ilustres. Por exemplo, em 2Samuel 13:18, 19, o autor observa que Tamar e outros na corte de Davi usavam túnicas ou casacos. Talvez os tradutores da Septuaginta quisessem enfatizar que essa peça era excepcional e central da narrativa.
Na verdade, essa peça era especial: Qualquer pessoa que tivesse a sorte de ter uma, sem dúvida, pensaria em conservá-la contra perda ou dano. Aparentemente, Jacó e família tiravam o sustento do pastoreio de animais, ovinos e caprinos. Uma túnica longa com mangas não era ideal para um dia nos pastos, que mais provavelmente eram capoeiras em vez dos campos verdes em que as pessoas de zonas mais temperadas pensem quando essa palavra é mencionada. Assim, quando Jacó deu o manto a José, ele estava dizendo essencialmente que José não teria que trabalhar como os outros ou lhe atribuiu um papel de supervisão.
Em uma sociedade em que o status era tudo, e no qual a divisão de autoridade e de trabalho se baseava estritamente na idade, entre outras coisas, o favoritismo demonstrado por Jacó para José deveria ser, para seus irmãos mais velhos, não só cansativo, mas quase incompreensível. Jacó enviava José para dar recados que o colocavam claramente no papel do que hoje chamaríamos de gestão intermediária. Pelo fato de que José vestia a túnica no momento de sua “morte”, podemos supor que ele a usava em todos os lugares, e que isso representava – para ressentimento de seus irmãos, a marca de sua autoridade.
Pense nisto: Nesta situação, pode-se verdadeiramente dizer que foram cometidos erros por todos. Os de José eram relativamente inocentes e irracionais, enquanto os de seus irmãos eram mais que enganos, eram crimes; no entanto, algumas de suas queixas podem ter sido legítimas. Como você reage quando sente que tem sido tratado injustamente ou quando alguém age no que percebe como prejuízo seu?
26 Então, disse Judá a seus irmãos: De que nos aproveita matar o nosso irmão e esconder-lhe o sangue?
Fundo do poço. Trata-se do lugar lendário a que os alcoólatras ou viciados têm que chegar antes de saber que precisam de ajuda, quando não existe mais nenhum lugar para onde ir, a não ser para cima. Qualquer que seja a expressão que se escolha, José chegou lá, e foi, de fato, uma queda vertiginosa. Pior ainda, ele provavelmente não soubesse por que estava lá ou o que havia feito para merecê-lo, embora o leitor moderno possa identificar algumas coisas.
Existem muitos tipos diferentes de poços. Uma cova literal, como aquela
Mas seus irmãos também se haviam jogado em um poço, ou, mais apropriadamente, cavado um para si. E não era o tipo de poço de que se pode escapar com o comprimento de uma corda. Eles começaram a cavar quando permitiram que pensamentos de ódio, vingança e assassinato residissem em sua mente. À medida que eles racionalizavam esses pensamentos e brincavam com eles, em vez de afastá-los, eles cavavam ainda mais. Quando os puseram em ação, precisaram de um disfarce para desviar a responsabilidade, causando muita dor a Jacó. A essa altura, eles já haviam ido demasiadamente fundo nessa cova que tinham cavado para si mesmos para sair sem grandes dificuldades e adversidades. Como mostram os eventos do capítulo seguinte, eles se haviam alienado completamente de Deus e de qualquer senso de ética ou moral. Só mais tarde eles se conscientizaram de que precisavam de resgate, e que teria que vir daquele que eles haviam jogado em um poço literal.
Pense nisto:
Reconheça a necessidade de aceitar a orientação de Deus em sua vida, tanto por razões eternas como temporais e evitar o comportamento que os ponha fora da vontade de Deus.
Perguntas de aplicação
Na história de José, vemos os efeitos das decisões e ações sobre as coisas e pessoas que, à primeira vista, parecem ser muito distantes delas. As seguintes atividades ajudarão a ilustrar como até mesmo pequenas decisões que, conforme achamos, afetam apenas a nós mesmos ou, possivelmente, os que estão imediatamente à nossa volta, podem ter resultados amplos e duradouros, para o bem ou para o mal.
Ilustração:
Como alternativa, conte uma história sobre algo que você fez e teve um efeito sobre alguém, ou algo de que você não estava ciente na época. Pode ser positivo ou negativo, dependendo do grau de abertura que você quiser dar. Encoraje os outros a partilhar também as suas histórias.
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