segunda-feira, 30 de maio de 2011

As roupas do pai

Quarta                                           



Ellen G. White, em Parábolas de Jesus, páginas 203, 204, acrescenta à história um detalhe interessante, que não é encontrado no próprio texto. Descrevendo a cena do pai se aproximando do filho enquanto ele humildemente voltava para casa, ela escreveu: “O pai não permitiu que olhos desdenhosos zombassem da miséria e vestes esfarrapadas do filho. Tomou de seus próprios ombros o manto amplo e valioso, e envolveu o corpo combalido do filho. O jovem soluçou seu arrependimento, dizendo: Pai, pequei contra o Céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho” (Lc 15:21). O pai tomou-o consigo e o levou para casa. Não lhe foi dada a oportunidade de pedir a posição do trabalhador. Era um filho que devia ser honrado com o melhor que a casa podia oferecer, e ser servido e respeitado pelos criados e criadas.

Mas o pai disse aos seus servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés. Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e comemorar. Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado’. E começaram a festejar” (Lc 15:22-24, NVI).

6. Que ideias essa referência nos dá sobre a história como um todo e sobre o caráter de Deus?

O desejo do pai era cobrir imediatamente a vergonha dos erros do filho. Que mensagem para nós, sobre esquecer o passado, e não ficar pensando nos erros cometidos, tanto os nossos quanto os dos outros! Alguns dos piores pecados não são conhecidos agora, mas um dia serão (1Co 4:5 - Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus). Como Paulo, precisamos esquecer o passado e avançar para o que está diante de nós (Fp 3:13, 14 - Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus).

7. Qual era o sentido das palavras do pai, ao dizer que seu filho estava morto e reviveu? Como essas palavras, tão fortes, devem ser compreendidas? 

porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se. Lc 15:24

No fim, não há meio-termo nas questões definitivas da salvação. Quando tudo finalmente acabar (Ap 21:5 - E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras), e o grande conflito terminar, cada ser humano receberá vida eterna ou morte. Não há outra opção.

Certamente precisamos pensar em nossas escolhas diárias, tanto boas quanto más, como fez o filho pródigo.

Quarta                                          Estudo adicional


Leia de Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 198-211: “A Reabilitação do Homem” e p. 260: “Como é Decidido Nosso Destino”; O Desejado de Todas as Nações, p. 495, 496: “A Última Jornada da Galileia”; Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 100-104: “Parábolas dos Perdidos”.

Note quão terno e piedoso é o Senhor em Seu trato com Suas criaturas. Ele ama o filho perdido, e suplica-lhe que volte. O braço do Pai enlaça o filho arrependido; Suas vestes cobrem-lhe os andrajos; o anel é colocado no dedo, como símbolo de sua realeza. E todavia, quantos há que olham para o pródigo, não somente com indiferença, mas desdenhosamente! Como o fariseu, dizem: ‘Deus, graças Te dou porque não sou como os demais homens’ (Lc 18:11). Como, porém, podemos pensar que Deus olhará os que, embora pretendem ser coobreiros de Cristo, enquanto uma pessoa está lutando contra a enchente da tentação, ficam à parte, como o irmão mais velho da parábola, obstinados, caprichosos e egoístas?” (Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 140).

Força e graça foram providas por meio de Cristo, sendo levadas pelos anjos ministradores a toda pessoa crente. Ninguém é tão pecaminoso que não possa encontrar força, pureza e justiça em Jesus, que por ele morreu. (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 53).

Perguntas para reflexão
1. Que esperança podemos levar aos que querem deixar o passado para trás e não conseguem, por causa dos resultados presentes de escolhas do passado?
2. O que dizer dos que “saíram da casa de seu Pai”, por assim dizer, e as coisas estão indo muito bem para eles? Sejamos honestos: nem todos os que deixam o Senhor terminam cuidando de porcos. Alguns acabam sendo proprietários das fazendas de porcos! O que podemos fazer para ajudá-los a entender que, apesar das condições, eles fizeram uma escolha fatal?





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