Quarta
Como vimos, o próprio filho teve que tomar a decisão de retornar. Não houve coação da parte do pai. Deus não força ninguém a obedecer. Se Ele não forçou Satanás a obedecer no Céu, nem Adão e Eva a obedecer no Éden, por que o faria então, muito tempo depois que as consequências da desobediência causaram estragos sobre a humanidade?
12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.
13 Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei.
14 Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir.
15 Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos.
16 O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação.
17 Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.
18 Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida.
19 Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos.
20 Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,
21 a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. Rm 5:12-21
5. Como o pai reagiu à confissão do filho? Quanta penitência, quantas obras e quantas ações de restituição foram exigidas dele antes que o pai o aceitasse? Qual é a mensagem para nós?
20 E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.
21 E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.
22 O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés;
23 trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos,
24 porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se. Lc 15:20-24;
17 Há esperança para o teu futuro, diz o SENHOR, porque teus filhos voltarão para os seus territórios.
18 Bem ouvi que Efraim se queixava, dizendo: Castigaste-me, e fui castigado como novilho ainda não domado; converte-me, e serei convertido, porque tu és o SENHOR, meu Deus.
19 Na verdade, depois que me converti, arrependi-me; depois que fui instruído, bati no peito; fiquei envergonhado, confuso, porque levei o opróbrio da minha mocidade.
20 Não é Efraim meu precioso filho, filho das minhas delícias? Pois tantas vezes quantas falo contra ele, tantas vezes ternamente me lembro dele; comove-se por ele o meu coração, deveras me compadecerei dele, diz o SENHOR. Jr 31:17-20
O filho confessou ao pai, mas, lendo o texto, você pode ter a impressão de que o pai quase não ouviu. Perceba a ordem: o pai correu ao encontro do filho, lançou-se sobre ele e o beijou. Claro, a confissão foi bonita, e provavelmente fez mais bem ao filho do que ao pai, mas naquele momento as ações do filho falavam mais alto que suas palavras.
O pai, também, ordenou aos empregados que trouxessem “a melhor roupa” e a colocassem sobre o filho. A palavra grega traduzida como “melhor”, nesse texto, vem de protos, que significa muitas vezes “primeiro” ou “principal”. O pai estava lhe dando o melhor que tinha para oferecer.
Pense também no contexto: o filho tinha vivido na pobreza não se sabe por quanto tempo. Provavelmente ele não tenha ido para casa vestido com as melhores roupas (para não dizer outra coisa!). Afinal, ele havia alimentado porcos até então. O contraste, sem dúvida, entre o que ele estava usando quando foi abraçado pelo pai (note, também, que o pai não esperou até que ele estivesse limpo para abraçá-lo) e o manto que foi colocado sobre ele não poderia ter sido mais completo.
O que isso mostra, entre outras coisas, é que a restauração, pelo menos entre o pai e o filho, naquele momento foi completa. Se vermos “a melhor roupa” como o manto da justiça de Cristo, então tudo que era necessário foi provido naquele momento e naquele local. O filho pródigo se arrependeu, confessou, e se converteu de seus caminhos. O pai supriu o restante. Se isso não é um símbolo da salvação, o que seria?
O que é fascinante ali, também, é que da parte do pai, não houve censura do tipo “eu avisei”. Não havia necessidade disso, não é mesmo? O pecado recebe seu próprio salário. Ao lidar com pessoas que voltam ao Senhor, depois de terem se afastado, como podemos aprender a não lançar seus pecados diante deles?
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