sexta-feira, 13 de maio de 2011

No abrigo de Suas asas

Quinta                                    




Para sempre anseio habitar na Tua tenda e refugiar-me no abrigo das Tuas asas” (Sl 61:4, NVI).

As asas de algumas águias têm uma envergadura de até três metros aproximadamente, sob os quais elas podem abrigar e proteger seus filhotes. A misericórdia de Deus, como as asas da águia, protege os que abandonam seus pecados, não importando quão profundamente possam ter caído. Mas, ao contrário da culpa do pecado, que é apagada, as consequências ou resultados do pecado, muitas vezes, não podem ser removidos. Davi experimentou a amarga realidade dessa verdade quatro vezes, na morte de três de seus filhos e no estupro de sua filha Tamar, por Amnon, meio-irmão dela.

8. O que Davi procurava na sombra das asas divinas? Contra o que elas nos oferecem proteção? 

Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me à sombra das tuas asas,   Sl 17:8; 

Como é preciosa, ó Deus, a tua benignidade! Por isso, os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas.  Sl 36:7; 

Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia; à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades.  Sl 57:1

Sob as asas de Deus encontramos bondade, misericórdia e abrigo. As asas da águia ampliam essa verdade de maneira espetacular: Uma águia-mãe ensina o filhote a voar levando-o em suas costas até uma grande altura. Ela, então, inclina suas asas, e a pequena águia cai em direção à terra, batendo as asas e tombando. Antes que a pequena águia atinja o chão, a águia-mãe mergulha por baixo e a pega em suas asas, levando-a para cima novamente. Não importa quanto caímos, Deus voa mais rapidamente do que nossa queda. Ele usa nossa queda para nos ensinar a voar. Como Davi, se nos arrependermos, ficaremos mais perto de Deus, depois que Ele nos apanhar em nossa queda, do que antes de cairmos.

Talvez esse conhecimento do voo da águia tenha inspirado a confiança de Davi no refúgio das asas de Deus, no Salmo 61. Provavelmente, Davi havia composto esse salmo durante o tempo do exílio, quando Absalão usurpou o trono. Ele declarou confiança na misericórdia protetora de Deus, possivelmente se referindo ao propiciatório no santuário. Ali repousava a arca da aliança de Deus com Seu povo, com seus querubins cobridores, cuja asas abarcantes protegem a lei – a cópia escrita do amoroso caráter de Deus. Davi, possivelmente, estivesse expressando o desejo de habitar, pela fé, com Deus em Seu santuário, tendo seu ser vestido a transformadora luz desse amor.

 1  Ouve, ó Deus, a minha súplica; atende à minha oração.
2  Desde os confins da terra clamo por ti, no abatimento do meu coração. Leva-me para a rocha que é alta demais para mim;
3  pois tu me tens sido refúgio e torre forte contra o inimigo.
4  Assista eu no teu tabernáculo, para sempre; no esconderijo das tuas asas, eu me abrigo.
5  Pois ouviste, ó Deus, os meus votos e me deste a herança dos que temem o teu nome.
6  Dias sobre dias acrescentas ao rei; duram os seus anos gerações após gerações.
7  Permaneça para sempre diante de Deus; concede-lhe que a bondade e a fidelidade o preservem.
8  Assim, salmodiarei o teu nome para sempre, para cumprir, dia após dia, os meus votos. Salmo 61

Talvez, mesmo agora, embora você tenha dedicado novamente sua vida a Deus, você esteja sofrendo as consequências do pecado: alienação, exílio, doença física e dor emocional. Que esperança de cura o abrigo das asas divinas oferece? 

Sexta                                           Estudo adicional


Leia de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 717-726: “O Pecado e Arrependimento de Davi”; Educação, p. 157: “Biografias Bíblicas”.

O arrependimento de Davi foi sincero e profundo. Não houve esforço para atenuar seu delito. Nenhum desejo de escapar dos juízos ameaçados inspirou sua oração. Viu, porém, a enormidade de sua transgressão contra Deus; viu a contaminação de seu coração; repugnava seu pecado. Não era unicamente pelo perdão que ele orava, mas por pureza de coração. …

Embora Davi tivesse caído, o Senhor o levantou. Estava agora em mais completa harmonia com Deus e simpatia para com seus semelhantes, do que antes de cair...

O Senhor nunca lançará fora uma pessoa verdadeiramente arrependida. Ele fez esta promessa:Que homens se apoderem da Minha força e façam paz comigo; sim, que façam paz comigo’ (Is 27:5). ‘Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que Se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar’” (Is 55:7; Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 725, 726).

Perguntas para reflexão:
1. Escreva um salmo sobre a misericórdia e o amor de Deus. Como Davi, escreva com base em sua própria experiência. Compartilhe.
2. Anúncios relacionados aos agentes alvejantes dos detergentes prometem clarear e amaciar a roupa. Limpar uma mancha sem suavizá-la poderia prejudicar o tecido. Amaciar o tecido sem lidar com a mancha seria deixá-lo sujo. Por que, então, precisamos tanto do poder purificador da justiça de Deus quanto do poder suavizante de Sua misericórdia, para limpar as vestes do coração?
3. Como podemos ter em mente que o fato de experimentarmos as consequências dos pecados não significa que eles não foram perdoados?





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