Saber: Usar a metáfora das asas de Deus para descrever Seu poder protetor e misericordioso.
Sentir: A profundidade da nossa vulnerabilidade e impureza e nossa grande necessidade de encontrar abrigo à sombra das asas de Deus.
I. A sombra de Suas asas
A. Sob quais aspectos precisamos da cobertura e da proteção sob as asas de Deus?
B. Que imagens das aves e seus hábitos nos ajudam a compreender o cuidado de Deus?
II. Nossa vulnerabilidade
A. A fim de apreciar plenamente as asas de Deus, o que precisamos entender sobre nossa grande necessidade? Que acontece quando nos recusamos a reconhecer nossos pecados?
B. Como Davi sentiu que seu pecado afetava o relacionamento com Deus? Como ele descreveu sua experiência nos Salmos?
III. Passos para confissão
A. Que passos precisamos dar para confessar humildemente nossos pecados, nos arrepender e permitir que Deus nos limpe e restaure a alegria de um relacionamento com Ele?
B. Como podemos expressar nosso desejo de perdão de Deus, como Davi o fez?
Resumo:
O arrependimento dos pecados é uma parte vital da restauração do relacionamento com Deus e aceitação da cobertura que Ele oferece “sob Suas asas”.
Lembrem uma ocasião em sua vida em que o relacionamento foi ameaçado por um mal-entendido. Peça que se lembrem como se sentiram quando perceberam que sua ação pôs em risco a confiança no relacionamento e quando perceberam que precisavam se desculpar. Como seus sentimentos mudaram após o pedido de desculpas e o relacionamento foi restaurado ou, pelo menos, começou a ser restaurado?
Por causa do pecado, nosso relacionamento com Deus, nosso Criador, foi interrompido gravemente. Quanto mais devemos confessar e buscar o arrependimento dos pecados diante de Deus? O Salmo 32 registra o arrependimento de Davi e como seu relacionamento com Deus passou dos “gemidos” (v. 3, NVI). para a “alegria” (v. 11). A experiência de Davi traça um curso para seguirmos.
Compreensão
Esta seção traz uma revisão da história do pecado de Davi, seu arrependimento e perdão.
Comentário Bíblico
1 O SENHOR enviou Natã a Davi. Chegando Natã a Davi, disse-lhe: Havia numa cidade dois homens, um rico e outro pobre.
As coisas iam bem para Davi. Mais do que bem. Após vários anos como fugitivo, ele estava instalado como o rei popular e poderoso de Jerusalém. Deus o havia abençoado, protegido e cumprira Suas promessas para com ele. Ele era celebrizado pelo povo. Suas façanhas eram lendárias, motivo de música nos lábios das mulheres e crianças nas ruas de Jerusalém. Seus inimigos o temiam e admiravam. Ele era rico pelos despojos da guerra, e os homens estavam dispostos a dar a vida por ele a qualquer momento. Mas Davi tinha um segredo obscuro. Não sabemos se era conhecido apenas por alguns de seus assessores mais próximos, ou se era assunto da fofoca de toda a cidade. Davi mal podia se lembrar e reconhecer seu erro, e tentava dizer a si próprio que poderia se sair dessa enrascada. Afinal, ele era o homem mais poderoso da nação. Sua posição o protegeria, não?
Certo dia, entrou na sala de audiência o profeta Natã. Amigo pessoal do rei havia muitos anos, ele visitou Davi, contou-lhe uma história bem contada que o confrontava com seu pecado e o fez pronunciar sobre si mesmo uma sentença em um momento irônico de autocondenação. Davi ficou abalado, sua credibilidade foi destruída e, paradoxalmente, em meio a essa destruição, ele estava no caminho do perdão e restauração.
Pense nisto: O que deu errado? Porque Davi caiu tão drasticamente?
Como você acha que Davi teria reagido se Natã o tivesse confrontado, simplesmente, sem contar a história? Na sua opinião, por que Natã optou por lidar com a situação dessa maneira?
Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. Disse Natã a Davi: Também o SENHOR te perdoou o teu pecado; não morrerás. 2Sm 12:13 e Sl 51
Davi era o líder político e espiritual da nação. Só podemos imaginar quanto lhe deve ter custado aceitar a repreensão, reconhecer o pecado e, humildemente, pedir perdão a Deus. Politicamente, ele arriscou sua permanência no poder. Espiritualmente, ele arriscou a credibilidade. E, pessoalmente, ele teve que abandonar seu orgulho. Naturalmente, todas essas coisas já estavam em risco pelo que ele havia feito, mas ele acreditava que a misericórdia e perdão de Deus o ajudariam a endireitar a colossal confusão que ele havia armado, ao aceitar a mensagem do profeta.
Pense nisto: O que trazia o maior risco a Davi: reconhecer publicamente seu pecado ou continuar tentando encobri-lo? Por quê?
Você acha certo haver Davi reconhecido seu pecado só “contra o Senhor?” Por quê? Que dizer das outras pessoas magoadas pelo que ele havia feito de errado? Com base na narrativa, que tipo de reparações precisavam ser feitas para aqueles que sofriam?
13 Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. Disse Natã a Davi: Também o SENHOR te perdoou o teu pecado; não morrerás.
Davi terminou sua dramática audiência pública com Natã com a certeza de que o Senhor havia removido seu pecado (cf. 2Sm 12:13). Esta é uma incrível certeza que podemos todos ter, mesmo em meio às consequências de nossos pecados. O impacto do pecado de Davi continuou a se manifestar sobre sua família ao longo dos capítulos seguintes de 2 Samuel, com a morte do filho, o estupro da filha, Tamar, o assassinato do filho Amnom e a revolta contra o trono pelo filho Absalão.
De alguma forma, Davi viveu esse resultado, sem dúvida, com remorsos, mas também com a certeza de que, apesar de todo o horror que havia acontecido e que ainda estava por vir, ele estava perdoado. Ele poderia se alegrar, como descreve nas últimas palavras do Salmo 32, e se regozijar sob a cobertura “de Suas asas”, como descreveu no Salmo 63:7.
Pense nisto:
Como podemos conhecer a certeza do perdão de Deus em nossa vida, mesmo quando nossas circunstâncias não dão a aparência de que estamos perdoados e restaurados?
A história do pecado e do perdão de Davi levanta algumas questões profundas sobre a natureza do perdão, em geral, e do perdão de Deus,
1. Quando devemos estar preparados para pôr em risco a amizade, dizendo algo difícil, mas importante a um amigo, assim como fez Natã?
4. Se nosso pecado é realmente coberto, porque continua a afetar tantas vidas?
5. Por que, às vezes, parece que a tragédia em nossa vida é um castigo de Deus? Você acha que essa atitude é uma forma válida de explicar a tragédia em nossa vida hoje?
6. Se ainda estamos vivendo com as consequências de nosso pecado, como podemos viver com a certeza do perdão e da salvação?
As duas atividades sugeridas devem ser conduzidas com sensibilidade em relação à experiência e às circunstâncias. Devem perceber que esses são componentes importantes de nossos relacionamentos mútuos e, ainda mais, no contexto de nosso relacionamento com Deus.
Sugestões para atividades individuais:
Forneça papel e canetas ou lápis e escrevam uma carta a alguém a quem acham que deveriam pedir desculpas. Alguns podem não estar preparados para entregar ou postar a carta, mas ainda podem achar que o processo de escrever a carta seja útil e encorajador. Se quiserem entregar as cartas de desculpas, alguns podem querer trazer as respostas recebidas nas semanas seguintes.
Quando essas cartas estiverem escritas, podem tomar mais tempo escrevendo uma carta semelhante a Deus, talvez usando o Salmo 51 como modelo, lembrando que a primeira preocupação de Davi era que ele havia pecado contra Deus.
Sugestões para atividades em grupo ou equipe
Nenhum comentário:
Postar um comentário