segunda-feira, 30 de maio de 2011

As roupas novas do filho pródigo (resumo ao estudo nº 10)




11 Continuou: Certo homem tinha dois filhos;
12  o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres.
13  Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.
14  Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade.
15  Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos.
16  Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada.
17  Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!
18 Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;
19  já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.
20  E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.
21  E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.
22  O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés;
23  trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos,
24  porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.
25  Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
26  Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo.
27  E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde.
28  Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo.
29  Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos;
30  vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado.
31  Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu.  Lucas 15:11-31

Conhecer: (1) A resposta do pai ao pedido do filho pródigo para sair de casa, e (2) sua atitude à volta do rapaz, em comparação com a do filho mais velho.
Sentir: A compaixão que o Pai mostra quando o pecador retorna, permitindo-lhe que abra os mananciais de seu próprio coração.
Fazer: Amar a si mesmo e aos outros com o perdão e compaixão que nos foram dados por Deus.

Esboço

I. Pai perdoador
A. Como o pai respondeu ao pedido do filho de tomar metade da sua riqueza e sair de casa?
B. Qual foi a atitude do pai para com o filho enquanto ele esteve longe?
C. Como o pai reagiu à volta do filho? Como o irmão reagiu?

II. Coração aberto
A. Deus recebe de braços abertos os pecadores arrependidos. Como essa resposta afeta nossas atitudes em relação a nós mesmos e a outras pessoas que caíram?

III. Amar com o amor de Deus
A. Que devemos fazer a fim de oferecer aos outros amor e compaixão, em lugar da fria recepção do irmão mais velho?
B. Quem é a pessoa em nossa família ou igreja que precisa de um ambiente aconchegante, acolhedor e amigo, e como podemos ser esses amigos?

Resumo:
O pai deu ao filho a liberdade de sair de casa, mas manteve uma constante atenção para sua volta. O pai encobriu as vestes sujas e maltrapilhas do filho com os próprios trajes ricos e se alegrou com ele como alguém que tinha estado morto, mas vivia.

Motivação
A parábola do filho pródigo ilustra a compreensão da atitude misericordiosa de Deus para com Seus filhos perdidos. Deus não apenas aceita ansiosamente de volta para Si os pecadores arrependidos, mas também os aguarda, vai ao seu encontro enquanto eles ainda estão longe de casa e os  “veste” com Seu perdão e amor.

A parábola do filho pródigo é a terceira em Lucas 15. Jesus usou essas três parábolas para ilustrar os três tipos diferentes de “perdidos”. Na parábola da ovelha perdida, aquela que se perde é incapaz de voltar ao redil sem ajuda. Na parábola da moeda perdida, a que está perdida não tem noção da busca frenética. Está perdida e não tem conhecimento de seu estado. Na parábola do filho pródigo, porém, aquele que está perdido não só sabe que está perdido, mas também sabe como voltar para casa.

Atividade de abertura: 
Use uma pequena caixa de papelão para representar um chiqueiro, ou faça uma com palitos de sorvete. Recorte várias formas de porcos em papel rosa para simbolizar os suínos.

Peça que os alunos deem sugestões quanto a diversos pecados que levaram o filho pródigo ao chiqueiro. Escreva cada pecado em um porco e coloque-o no chiqueiro. Alguns dos pecados podem incluir ganância, egoísmo, rebelião, desperdício, negligência e estupidez. Não importa quantas “pecados” você ponha no chiqueiro, mas quanto mais, melhor.

Discussão: 
Pense no que está em seu chiqueiro. Assim como o pai dessa parábola perdoou todos os pecados que levaram o filho ao chiqueiro, também nosso Pai nos perdoa quando voltamos a Ele.

Compreensão
Porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado” (Lc 15:24).

Se for para ler apenas casualmente a parábola do filho pródigo, sem tempo para digeri-la, a história é breve e simples. O filho era privilegiado, vivia do dinheiro do pai, tornou-se a personificação do ditado “um tolo e seu dinheiro logo se separam”. Ele ficou pobre, e só depois que o alimento que os porcos comiam se tornou atraente foi que ele caiu em si e retornou para casa.

Nessa história muito simples são encontrados profundos conceitos para a compreensão da graça e do perdão maravilhoso que se estendem a nós por nosso amoroso Deus.

Comentário Bíblico


A parábola do filho pródigo pode ser dividida em quatro fases principais, que correspondem à viagem de volta dos cristãos a Deus:

I. A perda do filho pródigo

(Recapitule com a classe Lc 15:11-32.)

Na verdade, a perda é mútua. Deus perdeu um filho. (João 3:16 -
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna) o Pai ama tanto Seus filhos que essa perda é insuportável, e assim, Jesus foi enviado para morrer em nosso lugar.

O filho perdeu o pai. O pecado nos separa de Deus. Isaías diz assim: “
Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus” (Is 59:2,). Na parábola do filho pródigo, o filho se perdeu por vontade própria. A vontade própria faz com que hoje desperdicemos a vida nas coisas deste mundo, centrando-nos no que é material em detrimento do que é espiritual.

Pense nisto: 
Qual é a diferença entre o “verdadeiro” item perdido nesta parábola e o item perdido na parábola da ovelha perdida (Lc 15:4-7) e da moeda perdida (Lc 15:8-10)?

4  Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?
5  Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo.
6  E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
7  Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. (Lc 15:4-7)

8  Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la?
9  E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.
10  Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.  Lc 15:8-10

II. Colher as consequências do pecado

Financiado pelo dinheiro de seu pai, o filho pródigo caiu no prazer e “pulou de cabeça” numa vida de pecado desmedido, esbanjando toda a herança em uma vida (podemos supor) desregrada, bebidas e prostitutas. Por fim, ele estava colhendo as consequências. As consequências dos pecados do filho foram muitas. Seus pecados lhe custaram não só a estabilidade financeira e uma casa confortável, mas dignidade, respeito próprio, reputação, pureza e boa consciência. “
O que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna” (Gl 6:7, 8, NVI).

Observe que, quando o filho entrou em problemas naquele país distante, ele procurou a ajuda de “um dos cidadãos daquela terra” em vez de procurar a ajuda do pai. O “cidadão” não o amava. Explorou-o como mão de obra barata durante uma recessão econômica, oferecendo-lhe o humilhante trabalho manual de um chiqueiro. Talvez o cidadão tenha sido um dos “amigos” que se haviam beneficiado dos gastos perdulários do filho. E quando o dinheiro acabou, talvez o filho esperasse que esse “amigo” se lembrasse de sua generosidade e de todos os bons momentos que o dinheiro havia proporcionado. É muito possível que o cidadão sequer soubesse de quem esse rapaz era filho. Talvez o filho ainda esperasse trocar o conceito do nome de seu pai por uma esmola. Mas havia fome na terra e, de repente, não importava quem ele era – nem quem era seu pai. O filho ficou com uma escolha difícil: comer a lavagem servida a uma manada de porcos ou morrer de fome. E assim, o filho do homem rico, nascido com uma vida de facilidades e privilégios, com empregados para atender a cada uma de suas necessidades da infância, encontrava-se em uma existência miserável, catando restos em um chiqueiro e dormindo com os porcos. Como as coisas na vida podem mudar tão depressa, especialmente quando estamos fazendo o que sabemos ser errado!

III. A jornada para casa

A viagem de volta para casa foi constituída de várias etapas preliminares. No entanto, antes que o filho pródigo pudesse dar até mesmo esses passos, foi necessário um catalisador. Algo precisou despertar o filho antes que ele decidisse voltar para casa. A Bíblia diz que ele caiu em si, outra maneira de dizer que ele chegou ao fundo do poço. Ou, no seu caso, o fundo imundo de um chiqueiro.

Nesse marco zero emocional, ele (1) olhou honestamente a si mesmo, fazendo um balanço das diferenças entre sua vida atual e a vida na casa de seu pai. Como podemos realmente ir a um lugar melhor se nem somos capazes de olhar a nós mesmos com honestidade e ver quem realmente somos?

Ele (2) admitiu que havia cometido um grande erro, um pecado contra Deus e contra seu pai. Muito frequentemente, não percebemos um erro a menos que as consequências estejam à frente de nossa vida.

Ele (3) percebeu como era indigno, e isso o ajudou a perceber quanto precisava do pai. Da mesma forma, devemos compreender nossa necessidade do Pai celestial.

Finalmente, ele (4) agiu. Pensar na situação e ter brilhantes revelações de Deus não foi suficiente. Isso não leva a lugar nenhum se não houver ação. Você tem que começar a sair do chiqueiro. O filho se levantou e começou a viagem de volta para casa.

Inicialmente, pode-se argumentar que seus motivos para ir para casa eram puramente materialistas. Ele estava pensando no que poderia obter. Afinal, ele afirmava que mesmo os criados na casa de seu pai comiam melhor do que ele. Mas uma coisa gradual e dramática, teve lugar no caminho para casa. Mudaram os motivos que o puseram a caminho de casa. Até o momento em que chegou a casa, ele não se considerava herdeiro, mas servo. Na verdade, ele nem sequer se sentia digno de ser chamado filho de seu pai. Como aconteceu ao pródigo, assim acontece conosco. Nossas razões e motivos para ir a Deus mudam, tornando-se altruístas, quando nos aproximamos dEle em nossa jornada para casa.

Pense nisto: 
Por que é necessário e fundamental dar os passos preliminares para voltar ao Pai? O que a mudança de atitude do filho pródigo a respeito de si mesmo e dos motivos para voltar nos indica sobre a importância da humildade em ir ao Pai? Por que nossas atitudes e autoconceitos mudam à medida que caminhamos para o Pai? O que existe na jornada em Sua direção que tem o poder de nos transformar?

IV. Reencontro com o Pai

Enquanto o filho ainda estava longe, à distância, o pai o viu. Ele não esperou que o filho fizesse todo o caminho até a casa. O pai saiu correndo em direção ao filho.

As ações do pai nesta história são uma bela imagem de como Deus nos acolhe de volta ao redil. Deus não espera que andemos todo o caminho, Ele vem ao nosso encontro como somos, onde estamos. Nosso passado é totalmente limpo. Deus não nos põe em liberdade condicional quando vamos a Ele com coração contrito, tristes por nossos pecados. A restauração é imediata. Deus nos restaura instantaneamente ao lugar de Seus filhos. Não há nenhuma pergunta, não há culpa, não há nenhum “bem que eu avisei!”

Pense nisto: Como você se sente quando perde algo valioso e, em seguida, o encontra novamente? Como essa pode ser uma pequena parte daquilo que Deus sente quando volta para casa um filho que estava perdido? Como isso deve nos inspirar a voltar a Ele quando caímos?

Aplicação
Embora a parábola do filho pródigo trate principalmente do filho mais novo, o filho mais velho desempenha um papel importante. Ele sempre havia sido obediente e submisso, e nunca havia desrespeitado publicamente o pai. No entanto, ele ficou furioso quando o irmão mais novo foi recebido como herói.

Perguntas para reflexão e aplicação:
1. A parábola do filho pródigo também ilustra que nem todos ficam felizes ao ver o filho pródigo se arrependendo e voltando para casa. Que podemos fazer para ter para com os pecadores a mesma atitude que o pai tinha em relação ao filho?
2. No fim da história, quem é o filho que parece perdido? Por quê?
3. Como podemos ter mais cuidado em não julgar os outros quando retornam para Deus?

Criatividade         
Há muitas lições valiosas a ser aprendidas nesta parábola:
• Deus procura e recebe os pecadores.
• Somos responsáveis pelas nossas escolhas erradas.
• Um pecador pode chegar a Deus, se assim o desejar.
• A separação de Deus traz sofrimento.
• Sem Deus, a vida é ,desperdiçada.
• Devemos ser humildes em espírito para voltar a Deus.
• Até mesmo uma “boa” família pode ter filhos que se desviam.
• Decisões tolas enquanto somos jovens podem trazer dores e problemas.
• Há muitos “chiqueiros” nesta vida que precisamos evitar.

Atividade:
Voltando à atividade de abertura, desafie os membros de sua classe a fazer um balanço do que seria escrito sobre seus “porcos no chiqueiro”, se esse fosse o seu próprio porco, e não o do filho pródigo.







Um comentário:

  1. A parábola do filho pródigo é realmente muito emocionante. Aprendo muito, como
    Deus trata conosco como filhos queridos e amados. Deus abençoe!

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