Leituras da semana: Gl 4:12-20; 1Co 11:1; Fp 3:17; 1Co 9:19-23; 2Co 4:7-12
Em Gálatas 4:12-20, Paulo continuou seu discurso, embora tivesse mudado um pouco sua abordagem. Paulo havia apresentado uma série de argumentos detalhados e sofisticados teologicamente para persuadir os gálatas quanto a seus erros, e então, ele fez um apelo mais pessoal e pastoral. Ao contrário dos falsos mestres que não tinham nenhum interesse verdadeiro nos gálatas, Paulo revelou genuína preocupação, aflição, esperança e amor de um bom pastor por seu rebanho rebelde. Ele não estava apenas corrigindo a teologia, mas estava procurando ministrar àqueles a quem amava.
Domingo O coração de Paulo
Aindicação inicial da preocupação que pesava fortemente sobre o coração de Paulo é seu apelo pessoal no verso 12. O apelo ocorreu imediatamente após a insistência de Paulo para que os gálatas se tornassem como ele era. Infelizmente, o significado da palavra rogar ou suplicar não é totalmente transmitido em algumas traduções. A palavra em grego é deomai. Embora possa ser traduzida por “suplico” (RA) ou “rogo” (RC), a palavra grega tem um sentido mais forte de desespero relacionado com ela (2Co 5:20; 8:4; 10:2). Paulo estava realmente dizendo: “Eu imploro a vocês!”
A preocupação de Paulo não era simplesmente sobre ideias teológicas e pontos de vista doutrinários. Seu coração estava ligado à vida das pessoas conduzidas a Cristo por meio de seu ministério. Ele se considerava mais do que apenas um amigo; era seu pai espiritual, e esses conversos eram seus filhos. Mais do que isso, Paulo comparou sua preocupação a respeito dos gálatas com a preocupação e angústia que acompanham a mãe no parto (Gl 4:19). Paulo pensava que seu “trabalho” anterior, quando ele havia fundado a igreja, tinha sido suficiente para um “parto seguro”. Mas, visto que os gálatas se haviam desviado da verdade, Paulo estava experimentando as dores de parto mais uma vez a fim de garantir o bem-estar deles.
Tendo primeiramente descrito os gálatas como sendo formados no ventre, Paulo então falou deles como se fossem mulheres grávidas. A palavra traduzida como “formado” era usada na medicina para se referir ao desenvolvimento de um embrião. Através dessa metáfora, Paulo descreveu o que significa ser cristão, tanto individualmente quanto na comunidade da igreja. Seguir a Cristo é mais do que simplesmente uma profissão de fé; envolve uma transformação radical à semelhança de Cristo. Paulo “não estava esperando algumas pequenas alterações nos gálatas, mas uma transformação tal que, ao olhar para eles, seria como ver Cristo” (Leon Morris, Galatians [Gálatas], Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1996, p. 142).
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