quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Naquele tempo e agora

Quarta                                 




Orelacionamento de Paulo com os cristãos gálatas nem sempre havia sido tão difícil e frio como tinha se tornado. De fato, quando Paulo refletiu sobre o momento em que ele primeiramente pregou o evangelho na Galácia, falou em termos entusiasmados sobre a maneira agradável pela qual eles o trataram. O que aconteceu?

5. Que evento parece ter levado à decisão de Paulo de pregar o evangelho na Galácia? 

mas vós sabeis que por causa duma enfermidade da carne vos preguei o Evangelho a primeira vez, Gl 4:13

Aparentemente, não havia sido a intenção original de Paulo pregar o evangelho na Galácia. Algum tipo de doença, entretanto, o atingiu em sua viagem, obrigando-o a ficar na Galácia mais tempo do que o esperado ou a viajar para lá em busca de recuperação. Mistério envolve a natureza exata da enfermidade de Paulo. Alguns têm sugerido que ele contraiu malária; outros (com base na referência de Paulo à disposição dos gálatas de arrancar os próprios olhos e dá-los a Paulo) sugerem que talvez fosse uma doença dos olhos. Sua doença também pode ter sido relacionada com o “espinho na carne” que ele mencionou em 2Coríntios 12:7-9.

7 e por causa da extraordinária grandeza das revelações. Porquanto, para que eu me não engrandecesse demais, foi-me dado um espinho na carne, mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de eu não me engrandecer demais.
8  Acerca disto três vezes implorei ao Senhor que o espinho se apartasse de mim.
9  E disse-me: Basta-te a minha graça, pois a minha força se aperfeiçoa na fraqueza. Portanto de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, para que a força de Cristo repouse sobre mim. 2Coríntios 12:7-9

Qualquer que fosse o sofrimento de Paulo, ele disse que isso foi tão desagradável que se tornou uma provação para os gálatas. Numa cultura em que a doença era frequentemente vista como sinal do desagrado divino (Jo 9:1, 2; Lc 13:1-4), a enfermidade de Paulo poderia facilmente ter dado aos gálatas uma desculpa para que o rejeitassem bem como sua mensagem.

1 Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença.
2  E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
3  Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.  Jo 9:1-2 

1  Naquela mesma ocasião, chegando alguns, falavam a Jesus a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com os sacrifícios que os mesmos realizavam.
2  Ele, porém, lhes disse: Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas?
3  Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis.
4  Ou cuidais que aqueles dezoito sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém?
5  Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis.  Lc 13:1-4

Mas eles acolheram Paulo com sincera alegria. Por quê? Porque o coração deles havia sido aquecido pela pregação da cruz (Gl 3:1) e pela convicção do Espírito Santo. Que razão eles poderiam dar então para sua mudança de atitude?

Ó insensatos gálatas! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi já representado como crucificado? Gl 3:1

6. Por que Deus permitiu que Paulo sofresse? Como Paulo poderia ministrar aos outros, quando ele mesmo estava lutando com seus próprios problemas? 

Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito  Rm 8:28;

7  Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, a fim de que a excelência do poder seja de Deus, e não venha de nós.
8  Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados;
9  perseguidos, mas não abandonados; derribados, mas não destruídos;
10  sempre levando no corpo a mortificação de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nosso corpo.
11  Pois nós que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada na nossa carne mortal.
12  Assim a morte opera em nós, mas a vida em vós. 2Co 4:7-12; 

7  e por causa da extraordinária grandeza das revelações. Porquanto, para que eu me não engrandecesse demais, foi-me dado um espinho na carne, mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de eu não me engrandecer demais.
8  Acerca disto três vezes implorei ao Senhor que o espinho se apartasse de mim.
9  E disse-me: Basta-te a minha graça, pois a minha força se aperfeiçoa na fraqueza. Portanto de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, para que a força de Cristo repouse sobre mim.
10  Por isso folgo em fraquezas, em afrontas, em necessidades, em perseguições, em angústias por amor de Cristo; pois quando estou fraco, então estou forte. 2Co 12:7-10

Qualquer que fosse a doença de Paulo, certamente foi grave. Ela poderia facilmente ter dado a ele motivo para culpar Deus por seus problemas ou simplesmente para desistir de pregar o evangelho. Paulo não fez nada disso. Em vez de permitir que sua situação tirasse o melhor dele, Paulo a usou como uma oportunidade de confiar mais plenamente na graça de Deus. “Repetidas vezes Deus tem usado as adversidades da vida – doença, perseguição, pobreza, e mesmo desastres naturais e tragédias inexplicáveis – como ocasiões para mostrar Sua misericórdia e graça e como meio de promover o evangelho” (Timothy George, Galatians, p. 323, 324). 




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