Saber: Comparar e contrastar a antiga e a nova aliança com os filhos de Sara e Hagar e a relação deles com Abraão.
Fazer: Confiar nas promessas da aliança de Deus.
Esboço
I. Ismael e Isaque
A. Os que insistiam na circuncisão se colocavam no grupo de Ismael, nascido de forma natural, e não no grupo de Isaque, nascido por um milagre.
C. Nessa história, como Abraão ilustra nossa tendência de confiar na antiga e não na nova aliança?
II. Apreciando a nova aliança
A. O fracasso dos israelitas em cumprir as promessas feitas junto ao Monte Sinai lhes ensinou acerca da necessidade de confiar no poder de Deus.
III. Abraão e os filhos da promessa
A. De que modo somos tentados a criar nossos próprios filhos da promessa, como Abraão fez, em vez de deixar Deus operar o milagre para nós?
Resumo:
Motivação
A atitude da antiga aliança é aquela de fazer as coisas acontecerem, enquanto a atitude da nova aliança confia em Deus para realizar Seu propósito.
Conceda aos alunos dois minutos para fazer a seguinte reflexão: Em que momentos temos procurado fazer o que só Deus pode fazer? Em que situações temos deixado para Deus o que nós temos o dever de fazer?
Os atletas lidam com os esportes de maneira diferente. Há atletas tão determinados a fazer com que as coisas aconteçam que forçam a ação, a ponto de trapacear quando e onde puderem.
Outros encaram os esportes com outra atitude. Eles “deixam o jogo entrar neles”. São confiantes acerca do sistema ou plano de jogo estabelecido por sua equipe técnica e se preocupam apenas com as funções que lhes foram designadas na execução desse plano. Esses atletas encontram o sucesso, não porque “fizeram as coisas acontecerem” ou “forçaram a ação”, mas porque confiaram na sabedoria e experiência de seus treinadores, aceitando seus métodos de treinamento e funções atribuídas. Nessa abordagem é preciso confiar na liderança dos técnicos de maneira paciente e estar preparados para executar os planos do treinador sempre que as oportunidades se apresentem.
Ao longo da história, os seguidores de Deus têm exemplificado essas duas abordagens. De maneira autoconfiante, os antigos israelitas declararam sua intenção de executar perfeitamente a vontade de Deus. Abraão entrou em pânico, porque acreditava que o tempo do cronômetro de Deus estava terminando e, em lugar de esperar pacientemente o plano divino para o jogo, ele assumiu a responsabilidade de gerar o descendente. Essa ajuda só complicou as coisas. Felizmente, o Abraão que estava amadurecendo espiritualmente experimentou uma mudança dramática quando entregou Isaque. O estudo desta semana contrasta vividamente essas abordagens conflitantes para a espiritualidade.
Pense nisto:
Compreensão
O texto a seguir enfatiza as duas fases da fé na experiência de Abraão. Peça que os alunos comparem essas fazes com sua experiência pessoal.
Abraão constitui um exemplo convincente de ambas as abordagens para a observância da aliança. Anteriormente ele exibiu autoconfiança, quando assumiu a responsabilidade de cumprir a promessa de Deus. Quantos cristãos bem intencionados repetem esse erro? Sinceramente tristes por seu passado pecaminoso, eles declaram com autoconfiança que nunca mais repetirão o comportamento anterior, efetivamente dizendo que sua força de vontade é suficiente para cumprir as promessas de Deus a respeito da vida transformada. A obstinação de Abraão gerou Ismael e uma família profundamente dividida. Infelizmente, os cristãos autossuficientes igualmente produzem ou promovem resultados semelhantes e dividem a família de Deus. Mais tarde, Abraão aprendeu que a entrega de si mesmo, não a autossuficiência, abre o celeiro das bênçãos de Deus.
No topo do Monte Moriá, Abraão entregou seu filho para o sacrifício, essencialmente entregando a si mesmo, independentemente das aparentes consequências para seus sonhos acalentados. Completamente submisso, Abraão estava então na condição adequada para experimentar a extraordinária graça de Deus. O Filho de Deus, prefigurado pelo cordeiro preso, cumpriria a promessa, assumindo o lugar de Isaque e de toda a humanidade. O poder de renovação pertence a Cristo, não aos seres humanos.
Há “Abraãos” da segunda fase hoje: cristãos que sinceramente se arrependem de sua conduta pecaminosa, mas que reconhecem que a justiça nunca pode ser alcançada através do esforço humano para vencer a tentação, mas apenas através da submissão à liderança de Deus a cada momento e confiança absoluta no sacrifício de Cristo. A igreja renovada é qualquer grupo de cristãos que substituiu a antiga aliança e a obediência autossuficiente pela nova aliança e pela obediência totalmente fundamentada na confiança. Não há dúvidas acerca da obediência: serviremos a alguém, sejam às noções de justiça inventadas por nós mesmos ou a Cristo, como revelado nas Escrituras.
Comentário Bíblico
I. Abraão, Sara e Hagar
21 Dizei-me vós, os que quereis estar sob a lei: acaso, não ouvis a lei?
Aqueles entre nós que compartilham das sensibilidades modernas podem se tornar consternados com a ilustração de Paulo envolvendo Hagar, porque, aparentemente, Hagar e Ismael são responsabilizados, ao serem colocados como exemplo da religião legalista. Que justiça pode haver em condenar a escrava impotente que não tinha escolha acerca de gerar ou não o descendente de sua rica senhora? Para piorar as coisas, Paulo elevou o relacionamento entre Abraão e Sara (as pessoas que causaram o problema) como exemplo de genuína justiça! O propósito de Paulo não foi difamar a abandonada Hagar nem consagrar Sara, autora da trama. A situação familiar lamentável que envolveu todos eles apenas ilustra duas fases da jornada espiritual de Abraão: a fase da religião do “faça você mesmo” e a fase posterior do “confie completamente em Deus”.
Infelizmente, as escolhas erradas de Abraão prejudicaram irremediavelmente seu relacionamento com o primogênito e introduziram tensões desnecessárias em sua casa. Certamente devemos lembrar que foi a relação que gerou Ismael, não Ismael em si, que simbolizou a justiça própria. Foi a autossuficiência de Abraão imposta à impotente Hagar que exemplificou a justiça própria. Hagar e Ismael foram meras vítimas da experiência de Abraão com a religião do “faça você mesmo”.
Pense nisto:
Aplicação
Mostrar para a classe que a nova aliança não significou mudança na lei de Deus, mas uma atitude diferente do ser humano em relação ao Legislador e à Sua lei. Com base na cruz, essa atitude é uma expressão de gratidão pela salvação já recebida, não uma tentativa de obter salvação.
1. Que atitudes em relação à observância da aliança distinguem a antiga e a nova aliança?
2. Os requisitos éticos da antiga aliança permanecem inalterados. O adultério continua sendo adultério, o homicídio permanece homicídio e o pecado ainda é errado. As Escrituras não sugerem em nenhum lugar que a transgressão dos mandamentos de repente se tornou aceitável. No entanto, a orientação da aliança mudou. Anteriormente, Israel via a aliança de Deus como uma obrigação penosa. Por que, sob a nova aliança, se reconhece a observância dela como um privilégio cheio de alegria?
Desafie os alunos a verificar se existem elementos da antiga aliança em sua vida espiritual. Depois, peça que eles coloquem em seu lugar os elementos da nova aliança. A atividade a seguir nos ajuda a lembrar quais são esses elementos.
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