Também
agradecemos a Deus sem cessar, pois, ao receberem de nossa parte a Palavra de
Deus, vocês a aceitaram não como palavra de homens, mas segundo verdadeiramente
é, como Palavra de Deus, que atua com eficácia em vocês, os que creem (1Ts 2:13, NVI).
Pensamento-chave: A certeza das promessas de Deus deve estar
apoiada na confiança nas Sagradas Escrituras.
O jovem pastor auxiliar sentou-se do lado
de fora da igreja com uma jovem senhora que tinha acabado de ser batizada. Para
sua surpresa, ela disse: “Preciso ser batizada de novo.”
Quando o pastor perguntou por que desejava fazer isso, ela respondeu: “Há
coisas que eu não disse ao pastor distrital sobre o meu passado.”
Assim começou uma longa conversa sobre o perdão oferecido por Cristo. Ela
prestou atenção de modo ávido. Quando o pastor terminou de orar com ela, uma
forte chuva de repente encharcou os dois. Com os olhos brilhando, a jovem
disse: “Estou sendo batizada novamente!”
Um Deus bondoso, muitas vezes, oferece sinais vivos, como essa chuva
inesperada, para assegurar aos cristãos que eles estão justificados diante
dEle. Mas nossa confiança em Deus será alicerçada ainda mais solidamente quando
estiver fundamentada no claro ensino de Sua Palavra. Nesta lição veremos que o
cumprimento da profecia proveu firme segurança para os novos cristãos em
Tessalônica.
Domingo Os pregadores pagam um preço
1. Por que os filipenses reagiram de modo
tão negativo ao evangelho? Que lição aprendemos com essa reação e que
precauções devemos adotar diante desse risco? De que outras formas esse
princípio pode se manifestar, mesmo na vida dos cristãos?
9
Naquela noite Paulo teve uma visão. Ele viu um homem da província da
Macedônia, que estava de pé e lhe pedia: “Venha para a Macedônia e nos ajude!”
10 Logo
depois dessa visão, nós resolvemos partir logo para a Macedônia, pois estávamos
certos de que Deus nos havia chamado para anunciar o evangelho ao povo dali. At 16:9-40
O evangelho é a boa notícia das ações
poderosas de Deus em Cristo que levam ao perdão, aceitação e transformação
16 Eu não me envergonho do evangelho, pois ele
é o poder de Deus para salvar todos os que crêem, primeiro os judeus e também
os não-judeus.
17 Pois o evangelho mostra como é que Deus nos
aceita: é por meio da fé, do começo ao fim. Como dizem as Escrituras Sagradas:
“Viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus.” Rm 1:16, 17).
Por meio do pecado, o mundo inteiro foi
condenado; por intermédio da morte e ressurreição de Jesus, todo o mundo
recebeu uma nova oportunidade de ter a vida eterna que Deus originalmente
desejou para toda a humanidade. A poderosa obra de Deus foi realizada por nós
sendo nós ainda pecadores
Mas Deus nos mostrou o quanto nos ama:
Cristo morreu por nós quando ainda vivíamos no pecado. Rm 5:8
Essa obra de redenção foi efetuada fora de
nós, por Jesus, e a ela nada podemos acrescentar. No entanto, o evangelho se
torna real em nossa vida unicamente quando aceitamos não apenas sua condenação
de nossos pecados, mas o divino perdão desses pecados por meio de Jesus.
Sendo que o evangelho é uma notícia tão boa, e é gratuito, por que alguém iria
resistir-lhe ou lutar contra ele? A resposta é simples: aceitar o evangelho
exige que deixemos de confiar em nós mesmos e nas coisas materiais, como
dinheiro, poder e atração sexual. Essas coisas são boas quando submetidas à
vontade e aos caminhos de Deus. Mas quando as pessoas se apegam a essas
questões triviais que substituem a segurança do evangelho, sua mensagem e os
que a proclamam se tornam uma ameaça.
1 Vocês sabem muito bem, irmãos, que a nossa visita não ficou sem
proveito.
2 Sabem também como fomos maltratados e
insultados na cidade de Filipos, antes de chegarmos aí em Tessalônica. Fomos
muito combatidos, mas o nosso Deus nos deu coragem para anunciar a vocês a boa
notícia que vem dele. 1Tessalonicenses 2: 1-2.
Paulo e Silas entraram em Tessalônica sofrendo, carregando no
corpo as feridas e hematomas resultantes da violenta surra que receberam e da
prisão em Filipos
22 Aí
uma multidão se ajuntou para atacar Paulo e Silas. As autoridades mandaram que
tirassem as roupas deles e os surrassem com varas.
23
Depois de baterem muito neles, as autoridades jogaram os dois na cadeia
e deram ordem ao carcereiro para guardá-los com toda a segurança.
24
Depois de receber essa ordem, o carcereiro os jogou numa cela que ficava
no fundo da cadeia e prendeu os pés deles entre dois blocos de madeira.
At 16:22-24
25 Mais ou menos à meia-noite, Paulo e Silas
estavam orando e cantando hinos a Deus, e os outros presos escutavam.
26 De
repente, o chão tremeu tanto, que abalou os alicerces da cadeia. Naquele
instante todas as portas se abriram, e as correntes que prendiam os presos se
arrebentaram.
29 Aí o
carcereiro pediu que lhe trouxessem uma luz, entrou depressa na cela e se
ajoelhou, tremendo, aos pés de Paulo e Silas.
30 Depois levou os dois para fora e perguntou:
—Senhores, o que devo fazer para ser salvo?
31 Eles
responderam: —Creia no Senhor Jesus e você será salvo—você e as pessoas da sua
casa.
35 Quando amanheceu, as autoridades romanas
mandaram alguns policiais com a seguinte ordem para o carcereiro: “Solte esses
homens.”
36
Então o carcereiro disse a Paulo: —As autoridades mandaram soltá-los.
Podem ir embora em paz.
37 Mas
Paulo disse aos policiais: —Eu e Silas somos cidadãos romanos e, mesmo assim,
sem termos sido julgados, fomos surrados em público. E depois nos
jogaram na cadeia. E agora querem nos mandar embora assim em segredo? Isso não!
Que as próprias autoridades romanas venham aqui e nos soltem! (At 16:26, 30, 36)
Porém, sinais do grande poder de Deus (At 16:26, 30, 36) os haviam encorajado. Eles entraram
ousadamente na sinagoga de Tessalônica, apesar da dor que sentiam, e falaram
novamente do Messias que havia mudado a vida deles e os enviara em uma missão
de pregar as boas-novas em lugares em que não tinham sido ouvidas antes.
Se não formos cuidadosos, que coisas do
mundo podem nos afastar do Senhor? Por que é tão importante manter a cruz e seu
significado sempre no centro de nossos pensamentos, especialmente quando a
atração do mundo parece mais forte?
Segunda A estratégia de
pregação de Paulo
2. Quais foram os passos estratégicos
seguidos por Paulo ao trabalhar em Tessalônica?
1 Paulo e Silas passaram pelas cidades de
Anfípolis e Apolônia e chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga.
2
Conforme o seu costume, Paulo foi lá e nos três sábados seguintes falou
sobre as Escrituras Sagradas com as pessoas que estavam ali na sinagoga.
3
Paulo lhes explicava e provava que o Messias precisava sofrer e que, depois
de morrer, tinha de ressuscitar. Ele dizia: —Este Jesus que estou anunciando a
vocês é o Messias. At 17:1-3
Embora 1 Tessalonicenses estivesse entre
as primeiras cartas de Paulo, tanto sua teologia quanto sua estratégia
missionária estavam bem desenvolvidas no tempo em que ele chegou a Tessalônica.
O primeiro passo na estratégia missionária de Paulo era frequentar a sinagoga
local aos sábados. Naturalmente, o sábado era um bom momento para alcançar
grande número de judeus. No entanto, estava funcionando ali mais do que apenas
uma estratégia missionária. Paulo teria tomado tempo para oração e adoração no
sábado, mesmo que nenhum judeu nem alguma sinagoga estivessem disponíveis
No sábado saímos da cidade e fomos para a
beira do rio, pois pensávamos que ali devia haver um lugar de oração para os
judeus. Sentamos e começamos a conversar com as mulheres que estavam reunidas
lá. At 16:13
Naqueles dias, era comum que os judeus convidassem os visitantes para falar na
sinagoga, especialmente se eles tivessem vivido em Jerusalém, como havia sido o
caso de Paulo e Silas. A congregação era ávida para ouvir notícias da vida
judaica em outros lugares. Eles também se interessavam por novas ideias que os
visitantes tivessem descoberto em seus estudos das Escrituras. Assim, a
estratégia de Paulo se ajustava ao ambiente da sinagoga.
O segundo passo na estratégia de Paulo era pregar diretamente das Escrituras
que eles conheciam, o Antigo Testamento. Ele também começava com um tópico de
grande interesse para os judeus daquela época: o Messias (“o Cristo” é o equivalente grego de “Messias” em
hebraico; At 17:3). Utilizando textos do Antigo
Testamento, Paulo demonstrava que o Messias teria que sofrer antes de obter a
glória com que os judeus estavam familiarizados. Em outras palavras, a versão
popular e gloriosa da missão do Messias era apenas uma parte do quadro. Quando
o Messias aparecesse pela primeira vez, Ele seria um Servo sofredor e não um
conquistador real.
Em terceiro lugar, tendo estabelecido uma nova imagem do Messias em sua mente,
Paulo passava a contar a história de Jesus. Ele explicava como a vida de Jesus
correspondia ao padrão da profecia bíblica que ele tinha acabado de
compartilhar com eles. Sem dúvida, ele acrescentava histórias sobre suas
próprias dúvidas e oposição anteriores, e também falava do poder convincente de
seu encontro pessoal com o Cristo exaltado. De acordo com Lucas 24:25-27, 44-46, a estratégia de pregação de Paulo em
Tessalônica seguiu o mesmo padrão que Jesus havia usado com Seus discípulos
depois da ressurreição.
25 Então Jesus lhes disse: —Como vocês demoram
a entender e a crer em tudo o que os profetas disseram!
26 Pois era preciso que o Messias sofresse e
assim recebesse de Deus toda a glória.
27 E começou a explicar todas as passagens das
Escrituras Sagradas que falavam dele, iniciando com os livros de Moisés e os
escritos de todos os Profetas.
44
Depois disse: —Enquanto ainda estava com vocês, eu disse que tinha de
acontecer tudo o que estava escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos livros
dos Profetas e nos Salmos.
45
Então Jesus abriu a mente deles para que eles entendessem as Escrituras
Sagradas
46 e
disse: —O que está escrito é que o Messias tinha de sofrer e no terceiro dia
ressuscitar.
47 E
que, em nome dele, a mensagem sobre o arrependimento e o perdão dos pecados
seria anunciada a todas as nações, começando em Jerusalém.
Observe que Paulo procurava alcançar as
pessoas onde elas estavam e usava aquilo com que elas estavam familiarizadas.
Por que essa estratégia é tão importante? Pense naqueles que você deseja
alcançar. Como você pode aprender a começar onde eles estão e não onde você
está?
Terça Duas visões do
Messias
Desde os tempos antigos, os leitores do
Antigo Testamento têm notado uma variedade de perspectivas nas profecias que
apontam para o Messias. Muitos judeus e os primeiros cristãos identificaram
duas grandes vertentes nas profecias messiânicas. Por um lado, havia textos que
apontavam para um Messias majestoso: um rei conquistador que traria justiça ao
povo e estenderia o domínio de Israel até os confins da Terra. Por outro lado,
havia textos que sugeriam que o Messias seria um Servo sofredor, humilhado e
rejeitado. O erro de muitos estava em não entender que todos esses textos se
referiam à mesma pessoa, em diferentes aspectos da Sua obra, em momentos
diferentes.
3. Que características teria o futuro
libertador? Existe algum tipo de “conflito” entre as imagens apresentadas?
1 Ai dos pastores que destróem e dispersam as
ovelhas do meu pasto! diz Jeová.
2
Portanto assim diz Jeová, Deus de Israel, contra os pastores que
apascentam o meu povo: Vós dispersastes o meu rebanho e o afugentastes, e não a
visitastes. Eis que visitarei sobre vós a maldade dos vossos feitos, diz Jeová.
3 De
todos os países para onde os tiver afugentado ajuntarei os que restam do meu
rebanho, e os farei voltar para as suas habitações; frutificarão e se
multiplicarão.
4
Levantarei sobre eles pastores que os apascentarão. Nunca mais terão
medo, nem se espantarão; nem do seu número faltará nenhum, diz Jeová.
5 Eis
que vêm dias, diz Jeová, em que levantarei a Davi um Renovo justo, que como rei
reinará, procederá sabiamente e executará o juízo e a justiça na terra.
6 Nos
seus dias será salvo Judá, e Israel habitará seguro; este é o nome de que será
chamado: Jeová é a nossa justiça. Jr 23:1-6
1 Mas a aflição dos que estiverem sofrendo
vai acabar. No passado, Deus humilhou a terra das tribos de Zebulom e de
Naftali, mas no futuro ele tornará famosa essa região, que vai desde o mar
Mediterrâneo até a terra que fica no lado leste do rio Jordão, isto é, a
Galiléia dos pagãos.
2 O
povo que andava na escuridão viu uma forte luz; a luz brilhou sobre os que
viviam nas trevas.
3 Tu, ó
Deus, aumentaste esse povo e lhe deste muita felicidade. Eles se alegram pelo
que tens feito, como se alegram os que fazem as colheitas ou como os que
repartem as riquezas tomadas na guerra.
4 Tu arrebentaste as suas correntes de escravos, quebraste o bastão
com que eram castigados; acabaste com o inimigo que os dominava, assim como no
passado acabaste com os midianitas.
5 As
botas barulhentas dos soldados e todas as suas roupas sujas de sangue serão
completamente destruídas pelo fogo.
6 Pois
já nasceu uma criança, Deus nos mandou um menino que será o nosso rei. Ele será
chamado de “Conselheiro Maravilhoso”, “Deus Poderoso”, “Pai Eterno”, “Príncipe
da Paz”.
7 Ele
será descendente do rei Davi; o seu poder como rei crescerá, e haverá paz em
todo o seu reino. As bases do seu governo serão a justiça e o direito, desde o
começo e para sempre. No seu grande amor, o SENHOR Todo-Poderoso fará com que
tudo isso aconteça. Is 9:1-7
1 O povo diz: “Quem poderia crer naquilo que
acabamos de ouvir? Quem diria que o SENHOR estava agindo?
2 Pois
o SENHOR quis que o seu servo aparecesse como uma plantinha que brota e vai
crescendo em terra seca. Ele não era bonito nem simpático, nem tinha nenhuma
beleza que chamasse a nossa atenção ou que nos agradasse.
3 Ele
foi rejeitado e desprezado por todos; ele suportou dores e sofrimentos sem fim.
Era como alguém que não queremos ver; nós nem mesmo olhávamos para ele e o
desprezávamos.
4 “No entanto, era o nosso sofrimento que ele
estava carregando, era a nossa dor que ele estava suportando. E nós pensávamos
que era por causa das suas próprias culpas que Deus o estava castigando, que
Deus o estava maltratando e ferindo.
5
Porém ele estava sofrendo por causa dos nossos pecados, estava sendo
castigado por causa das nossas maldades. Nós somos curados pelo castigo que ele
sofreu, somos sarados pelos ferimentos que ele recebeu.
6
Todos nós éramos como ovelhas que se haviam perdido; cada um de nós
seguia o seu próprio caminho. Mas o SENHOR castigou o seu servo; fez com que
ele sofresse o castigo que nós merecíamos. Is 53:1-6
Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó
filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado
em jumento, num jumentinho, cria de jumenta. Zc 9:9
Antes da vinda do Messias, esses textos
eram intrigantes. Por um lado, os textos messiânicos com ênfase na realeza
normalmente não continham indício de sofrimento ou humilhação. Por outro lado,
os textos com ênfase no Servo sofredor geralmente descreviam o Messias como
tendo pouco poder ou autoridade terrena. Uma forma pela qual os judeus da época
de Jesus resolviam esse problema era ver o Servo sofredor como símbolo de toda
a nação e seus sofrimentos no decorrer do exílio e da ocupação. Removendo esses
textos da equação messiânica, muitos judeus esperavam o Messias real ou
conquistador. A exemplo de Davi, esse rei expulsaria os ocupantes e restauraria
o lugar de Israel entre as nações.
Evidentemente, o grande problema de remover da equação os textos sobre o Servo
sofredor é que há, de fato, passagens significativas do Antigo Testamento que
misturam as duas principais características do Messias. Elas descrevem a mesma
pessoa. O que é menos claro, à primeira vista, é se essas características
ocorrem ao mesmo tempo ou uma após a outra.
De acordo com Atos 17:2, 3, Paulo conduziu os judeus de
Tessalônica através desses textos messiânicos do Antigo Testamento e, ao mesmo
tempo, examinou seu significado.
Nos tempos antigos, os judeus estavam
confusos sobre a primeira vinda do Messias. Hoje, encontramos muita confusão
sobre a segunda vinda. O que isso deve nos dizer sobre a necessidade de
realmente procurar compreender a verdade da Bíblia? Por que a falsa doutrina
pode ser tão problemática?
Quarta Sofrimento antes da
glória
Jesus, assim como Paulo, estudava o Antigo
Testamento e chegou à conclusão de que o Messias “devia” “sofrer estas coisas, para entrar na
Sua glória” (Lc 24:26, NVI).
“Devia”, em Lucas 24:26, traduz a mesma palavra de Atos 17:3, em que Paulo diz que o
Messias “deveria sofrer” (NVI). Para Jesus e Paulo, a ideia do
sofrimento antecedendo a glória foi incluída nas profecias muito antes que elas
ocorressem. A questão é: com que base do Antigo Testamento eles chegaram a essa
conclusão?
Eles provavelmente tivessem notado que os personagens mais importantes do
Antigo Testamento tiveram um longo período de sofrimento antes de entrar no
período glorioso de sua vida. José passou cerca de treze anos na prisão antes
de assumir o cargo de primeiro ministro do Egito. Moisés passou 40 anos guiando
ovelhas pelo deserto antes de desempenhar sua função como o poderoso líder do
Êxodo. Davi passou muitos anos como fugitivo, parte desse tempo em terras
estrangeiras, antes de ser elevado à realeza. Daniel foi prisioneiro de guerra,
e foi até mesmo condenado à morte, antes de ser elevado à posição de primeiro
ministro da Babilônia. Na história desses servos de Deus do Antigo Testamento
há prenúncios do Messias, que também sofreria e seria humilhado, antes de ser
elevado à Sua plena função real.
O ponto culminante dessa convicção do Novo Testamento é o texto do Antigo
Testamento mais citado no Novo Testamento: Isaías 53. O Servo sofredor de Isaías era um
homem de dores, desprezado e rejeitado (Is 53:2-4).
Como um cordeiro do santuário, Ele seria
abatido por causa dos nossos pecados
5
Porém ele estava sofrendo por causa dos nossos pecados, estava sendo
castigado por causa das nossas maldades. Nós somos curados pelo castigo que ele
sofreu, somos sarados pelos ferimentos que ele recebeu.
6
Todos nós éramos como ovelhas que se haviam perdido; cada um de nós
seguia o seu próprio caminho. Mas o SENHOR castigou o seu servo; fez com que
ele sofresse o castigo que nós merecíamos.
7 “Ele
foi maltratado, mas agüentou tudo humildemente e não disse uma só palavra.
Ficou calado como um cordeiro que vai ser morto, como uma ovelha quando cortam
a sua lã. Is 53:5-7
de acordo com a vontade do Senhor
8 Foi
preso, condenado e levado para ser morto, e ninguém se importou com o que ia
acontecer com ele. Ele foi expulso do mundo dos vivos, foi morto por causa dos
pecados do nosso povo.
9 Foi
enterrado ao lado de criminosos, foi sepultado com os ricos, embora nunca
tivesse cometido crime nenhum, nem tivesse dito uma só mentira.”
10 O SENHOR Deus diz: “Eu quis maltratá-lo,
quis fazê-lo sofrer. Ele ofereceu a sua vida como sacrifício para tirar pecados
e por isso terá uma vida longa e verá os seus descendentes. Ele fará com que o
meu plano dê certo. Is 53:8-10
Mas “depois do sofrimento de Sua alma” (Is 53:11, NVI),
Ele justificaria muitos e receberia uma
herança poderosa
11
Depois de tanto sofrimento, ele será feliz; por causa da sua dedicação,
ele ficará completamente satisfeito. O meu servo não tem pecado, mas ele
sofrerá o castigo que muitos merecem, e assim os pecados deles serão perdoados.
12 Por
isso, eu lhe darei um lugar de honra; ele receberá a sua recompensa junto com
os grandes e os poderosos. Pois ele deu a sua própria vida e foi tratado como
se fosse um criminoso. Ele levou a culpa dos pecados de muitos e orou pedindo
que eles fossem perdoados.” Is 53:12
Para os escritores do Novo Testamento, Isaías 53 foi
a chave para o papel do Messias. Paulo certamente pregou sobre esse texto em Tessalônica. De
acordo com Isaías 53, o Messias não pareceria majestoso nem
poderoso no momento da Sua primeira manifestação. Na verdade, Ele seria
rejeitado por muitos de Seu próprio povo. Mas essa rejeição seria o prelúdio
para a manifestação do Messias glorioso da esperança judaica. Com isso em
mente, Paulo foi capaz de mostrar que o Jesus que ele havia conhecido era, de
fato, o Messias que o Antigo Testamento tinha predito.
4. Com espírito de oração, leia Isaías 53. Que símbolos indicam que Jesus
sofreria antes de Sua glória? O que Ele sofreu para que você tivesse a vida
eterna? À luz desse amor divino, em que posição Cristo deve estar em nossa
vida?
Quinta Nasce uma igreja
5. Que classes de pessoas formaram o
núcleo da igreja de Tessalônica?
1 Paulo e Silas passaram pelas cidades de
Anfípolis e Apolônia e chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga.
2 Conforme o seu costume, Paulo foi lá e nos
três sábados seguintes falou sobre as Escrituras Sagradas com as pessoas que
estavam ali na sinagoga.
3
Paulo lhes explicava e provava que o Messias precisava sofrer e que,
depois de morrer, tinha de ressuscitar. Ele dizia: —Este Jesus que estou
anunciando a vocês é o Messias.
4 Paulo e Silas conseguiram convencer disso
algumas daquelas pessoas, as quais se juntaram a eles. Um grande número de
não-judeus convertidos ao Judaísmo e muitas senhoras da alta sociedade também
se juntaram ao grupo.
12 Assim muitos judeus naquela cidade creram, e
também não-judeus, tanto mulheres da alta sociedade como também muitos homens. At 17:1-4,
12
Uma parte da estratégia missionária de
Paulo era levar a mensagem primeiramente ao judeu e também ao grego
Pois não me envergonho do evangelho, porque
é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e
também do grego; Rm 1:16
Durante o ministério de Paulo, os judeus
regularmente recebiam a primeira oportunidade de ouvir e aceitar o evangelho. E
o fato é que, de acordo com a Bíblia, na época de Paulo, muitos judeus
aceitaram Jesus como o Messias. Mais tarde, quando a igreja começou a apostatar
e rejeitar a lei, especialmente o sábado, tornou-se cada vez mais difícil para
os judeus aceitar Jesus como o Messias, porque, afinal, que Messias anularia a
lei, especialmente o sábado?
Como o texto mostra, alguns dos judeus de Tessalônica foram persuadidos pela
exposição que Paulo fez dos textos messiânicos relacionados à história de
Jesus. Um deles, Aristarco, foi mais tarde um colaborador de Paulo e, em certo
momento, até companheiro de prisão
10
Aristarco, que está na cadeia comigo, lhes manda saudações; e também
Marcos, o primo de Barnabé. Vocês já têm orientação a respeito de Marcos, para
recebê-lo bem, se ele passar por aí.
11
Josué, chamado “o Justo”, também manda saudações. Esses três são os
únicos judeus convertidos que trabalham comigo para o Reino de Deus e eles têm
me ajudado muito. Cl 4:10, 11
Foram com ele as seguintes pessoas: Sópatro,
filho de Pirro, da cidade de Beréia; Aristarco e Segundo, de Tessalônica; Gaio,
de Derbe; Timóteo; e também Tíquico e Trófimo, que eram da província da Ásia. At 20:4
Outro, Jasom, era aparentemente rico o
suficiente para abrigar a igreja em sua casa, depois que os cristãos já não
eram bem-vindos na sinagoga. Ele também proveu pelo menos uma parte da fiança
necessária para evitar a prisão de Paulo
4
Paulo e Silas conseguiram convencer disso algumas daquelas pessoas, as
quais se juntaram a eles. Um grande número de não-judeus convertidos ao
Judaísmo e muitas senhoras da alta sociedade também se juntaram ao grupo.
5 Mas
os judeus ficaram com inveja. Eles foram buscar alguns homens maus entre os
malandros das ruas e formaram um grupo de desordeiros. Estes fizeram muita
confusão na cidade e atacaram a casa de Jasão, procurando Paulo e Silas a fim
de os levar para o meio do povo.
6 Mas,
como não os encontraram, levaram à força Jasão e alguns outros irmãos até a
presença das autoridades da cidade, gritando: —Aqueles homens têm provocado
desordens em todos os lugares! Agora chegaram até a nossa cidade,
7 e
Jasão os hospedou na casa dele. Eles estão desobedecendo às leis do Imperador
romano, dizendo que existe outro rei, chamado Jesus.
8 Tanto
a multidão como as autoridades ficaram agitadas quando ouviram essas palavras.
9 E as
autoridades soltaram Jasão e os outros, depois que eles pagaram a quantia
exigida para isso.
12 Assim
muitos judeus naquela cidade creram, e também não-judeus, tanto mulheres da alta
sociedade como também muitos homens.At 17:4-9
Os “gregos tementes a Deus” (At 17:4, NVI) são geralmente
identificados com os gentios que ficavam encantados com o judaísmo,
frequentavam a sinagoga, mas não se convertiam. Esse era um fenômeno
generalizado nos dias de Paulo. Esses gentios se tornaram uma ponte natural
para que Paulo alcançasse os gentios que não tinham nenhum conhecimento do
judaísmo nem do Antigo Testamento.
A característica judaica, e relativamente rica, da igreja de Tessalônica em seu
início, é enfatizada em Atos 17 (como
no verso 12), em que preeminentes gregos também se
tornaram crentes. Contudo, é claro que, no tempo em que foi escrita a primeira
carta aos Tessalonicenses, a igreja para a qual Paulo estava escrevendo era, em
grande parte, composta de gentios
Todas as pessoas desses lugares falam da
nossa visita a vocês e contam como vocês nos receberam bem e como vocês
deixaram os ídolos para seguir e servir ao Deus vivo e verdadeiro. 1Ts 1:9
das
classes trabalhadoras
procurem viver em paz, tratem dos seus
próprios assuntos e vivam do seu próprio trabalho, como já dissemos antes. 1Ts 4:11
O que podemos ver aqui é o caráter universal do evangelho, o fato de que ele se
destina a todos os povos, classes e raças; para ricos ou pobres, gregos ou
judeus, porque a morte de Cristo beneficiou o mundo inteiro. É por isso que a
mensagem adventista do sétimo dia é para todo o mundo
Então vi outro anjo voando muito alto, com
uma mensagem eterna do evangelho para anunciar aos povos da terra, a todas as
raças, tribos, línguas e nações. Ap 14:6),
sem exceções fundamentadas em etnia,
nacionalidade, classe social ou situação econômica. É muito importante manter
essa missão sempre diante de nós. Assim também é importante que não nos
tornemos isolados, absortos em nossos próprios pensamentos e mais interessados
em manter o que temos do que em avançar para além dos limites confortáveis que,
talvez até inconscientemente, estabelecemos para nós mesmos.
Sexta Estudo
adicional
Desde os dias de Paulo até o presente,
Deus, pelo Seu Espírito Santo, tem estado a chamar tanto judeus como gentios. “Para com Deus não há acepção de pessoas” (Rm 2:11), declarou Paulo. O apóstolo se
considerava devedor “tanto a
gregos como a bárbaros” (Rm 1:14), bem como a judeus; mas jamais ele
perdeu de vista as decididas vantagens que os judeus haviam possuído sobre
outros, “primeiramente”, porque “as palavras de Deus lhe[s] foram confiadas” (Rm 3:2, RC). Declarou ele: “O evangelho é o poder de Deus para salvação
de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1:16; Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 380).
“Paulo recorreu às profecias
do Antigo Testamento... Pelo inspirado testemunho de Moisés e dos profetas,
provou cabalmente que Jesus de Nazaré era o Messias, e demonstrou que, desde os
dias de Adão, foi a voz de Cristo que falara por intermédio dos patriarcas e
profetas” (Ibid, p. 222; veja a extensa quantidade de
textos do Antigo Testamento que seguem nas páginas 222-229).
“Na proclamação final do
evangelho, quando deve ser feito um trabalho especial pelas classes de pessoas
até aqui negligenciadas, Deus espera que Seus mensageiros tomem interesse especial
pelo povo judeu, o qual eles encontram em todas as partes da Terra... Ao verem
o Cristo da dispensação evangélica retratado nas páginas das Escrituras do
Antigo Testamento, e perceberem a clareza com que o Novo Testamento explica o
Antigo, suas adormecidas faculdades despertarão e eles reconhecerão Cristo como
o Salvador do mundo. Muitos receberão Cristo pela fé como seu redentor” (Ibid. p. 381).
Perguntas para reflexão
1. Paulo abordava os judeus de sua época
com base nas profecias messiânicas do Antigo Testamento. Até que ponto essa
abordagem é proveitosa hoje com os judeus, especialmente os judeus seculares
que podem até não estar familiarizados com as profecias do Antigo Testamento?
2. Como as profecias da Bíblia podem ser apresentadas para influenciar seus
amigos e vizinhos de maneira mais eficaz? Por exemplo, como Daniel 2 poderia
ajudar alguém de perspectiva secular ou não bíblica a confiar na Bíblia?
Resumo:
Uma série de pontos importantes foram
estudados nesta primeira semana. Acima de tudo, devemos lembrar a importância
que a Palavra de Deus tem na nossa vida, na nossa missão e no nosso testemunho.
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