Que
seja o vosso coração confirmado em santidade, isento de culpa, na presença de
nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os Seus santos” (1Ts 3:13).
Leituras da semana: 1Ts 2:13–3:13; Rm 9:1-5; 11:1-12, 24-32; Mt 24:9-22; 10:42
Pensamento-chave: Paulo continuou a elogiar os
tessalonicenses pelas coisas boas que viu neles e a encorajá-los em meio à
perseguição que estavam enfrentando.
No texto para a lição desta semana,
podemos perceber que, para Paulo, os tessalonicenses não eram apenas membros da
igreja. Eles eram seus amigos. Havia uma profunda ligação emocional entre Paulo
e essas pessoas, e o apóstolo enfatizava esse vínculo enquanto reafirmava o
amor que tinha para com eles. Ao mesmo tempo em que eram sinceras, suas
palavras também ajudariam a prepará-los para a crítica que se seguiria em
breve.
Paulo começou e terminou essa seção com uma oração. Em certo sentido, a
passagem inteira é escrita com a oração em mente. Subjacente
à ênfase na oração estava o desejo de Paulo de que os tessalonicenses fossem
irrepreensíveis e santos na segunda vinda de Jesus.
Desse modo Deus dará força ao coração de
vocês, e vocês serão completamente dedicados a ele e estarão sem culpa na
presença do nosso Deus e Pai, quando o nosso Senhor Jesus vier com todos os que
são dele. Amém! 1Ts 3:13
19
Afinal, quando o nosso Senhor Jesus vier, vocês e ninguém mais são de
modo todo especial a nossa esperança, a nossa alegria e o nosso motivo de
satisfação, diante dele, pela nossa vitória.
20 Sim,
vocês são o nosso orgulho e a nossa alegria! 1Ts 2:19-20
A amizade que Paulo tinha com eles era mais profunda do que as amizades
terrenas, pois ultrapassava os limites do tempo e da história. Paulo almejava
passar a eternidade com os crentes de Tessalônica. Em parte, esse desejo era o
que impulsionava, ao longo da carta, sua intensa preocupação em relação às
crenças e ao comportamento deles. Paulo amava essas pessoas e desejava que elas
se preparassem para a vinda de Cristo.
Domingo O exemplo da Judeia (1Ts 2:13-16)
13 E existe outra razão pela qual sempre damos
graças a Deus. Quando levamos a vocês a mensagem de Deus, vocês a ouviram e
aceitaram. Não a aceitaram como uma mensagem que vem de pessoas, mas como a
mensagem que vem de Deus, o que, de fato, ela é. Pois Deus está agindo em
vocês, os que crêem.
14 Meus irmãos, o que aconteceu com vocês já havia
acontecido também com as igrejas de Deus na Judéia, com o povo dali que
pertence a Cristo Jesus. Vocês foram perseguidos pelos seus próprios patrícios
do mesmo modo que os cristãos da Judéia foram perseguidos pelos judeus.
15 Foram os judeus que mataram o Senhor Jesus
e os profetas e também nos perseguiram. Eles desagradam a Deus e são inimigos
de todos.
16 Tentam até nos impedir de anunciarmos a
mensagem de salvação aos não-judeus. Com isso eles completam o total dos
pecados que eles têm cometido. Mas agora o castigo de Deus caiu finalmente
sobre eles.1Tessalonicenses 2:13-16
Ao ler os versos acima de modo superficial, parece que o texto é
um desvio dos temas anteriores: agradar a Deus e cuidar dos novos crentes (1Ts 2:1-12). Mas o verso 13 continua
o tema de como os tessalonicenses responderam aos apóstolos e ao evangelho que
eles levaram para Tessalônica.
1 Vocês sabem muito bem, irmãos, que a nossa
visita não ficou sem proveito.
2 Sabem também como fomos maltratados e
insultados na cidade de Filipos, antes de chegarmos aí em Tessalônica. Fomos
muito combatidos, mas o nosso Deus nos deu coragem para anunciar a vocês a boa
notícia que vem dele.
3 Aquilo que anunciamos a vocês não se baseia
em erros ou em má intenção; e também não tentamos enganar ninguém.
4 Pelo contrário, sempre falamos como Deus
quer que falemos, porque ele nos aprovou e nos deu a tarefa de anunciar o
evangelho. Não queremos agradar as pessoas, mas a Deus, que põe à prova as
nossas intenções.
5 Pois vocês sabem muito bem que não usamos
palavras bonitas para enganar vocês, nem procuramos tapear vocês para conseguir
dinheiro. Deus é testemunha disso.
6 Nunca procuramos elogios de ninguém, nem de
vocês nem de outros.
7 No entanto, tínhamos o direito de exigir de
vocês alguma coisa, por sermos apóstolos de Cristo. Mas, quando estivemos com
vocês, nós fomos como crianças, fomos como uma mãe ao cuidar dos seus filhos.
8 Nós os amávamos tanto, que gostaríamos de
ter dado a vocês não somente a boa notícia que vem de Deus, mas até mesmo a
nossa própria vida. Como nós os amávamos!
9 Irmãos, vocês com certeza lembram de como
trabalhamos e lutamos para ganhar o nosso sustento. Trabalhávamos de dia e de
noite a fim de não sermos uma carga para vocês, enquanto anunciávamos a vocês a
boa notícia que vem de Deus.
10 Vocês são nossas testemunhas e Deus também
de que o nosso comportamento entre vocês que creram foi limpo, correto e sem
nenhuma falha.
11 Vocês sabem que tratamos cada um como um
pai trata os seus filhos.
12 Nós os animamos e aconselhamos para que
vocês vivessem de uma maneira que agrade a Deus, que os chama para terem parte
no seu Reino e na sua glória. 1Ts 2:1-12
No verso 14, Paulo volta ao tema da imitação. A
perseguição em Tessalônica ecoava a perseguição dos cristãos ocorrida anteriormente
na Judeia. Alguns judeus perseguiram cristãos judeus na Judeia, ao passo que
vizinhos gentios e judeus se uniram para perseguir os cristãos de Tessalônica,
que em sua maior parte eram gentios. Aqui Paulo mostrou que a perseguição aos
cristãos está ligada a um padrão mais amplo. Os que seguem a Cristo enfrentam
oposição e até mesmo perseguição.
1. Que exemplo devemos imitar no contexto
da perseguição aos cristãos? Devemos nutrir ódio contra os perseguidores? 1Ts 2:14-16
Paulo revelou seus sentimentos acerca de
determinado grupo de judeus que o perseguiram nos lugares em que passou,
tentando prejudicar seu trabalho evangelístico, semeando discórdia e oposição
aos apóstolos. Textos como 1Tessalonicenses 2:14-16 (veja também Mt 23:29-38) têm sido grosseiramente pervertidos
e distorcidos a fim de “justificar” a perseguição ao povo judeu. Mas esse tipo
de aplicação universal vai muito além da intenção de Paulo. Ele estava falando
especificamente sobre as autoridades da Judeia (a palavra traduzida como
“judeus” em 1Tesslonicenses 2:14 também pode ser traduzida como “da
Judeia”), que colaboraram com os romanos na morte de Jesus e que tinham o
objetivo de obstruir a pregação do evangelho, onde e quando pudessem. Na
verdade, Paulo parecia estar repetindo o que Jesus já havia dito sobre os que
tentavam matá-Lo
29 —Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus,
hipócritas! Pois vocês fazem túmulos bonitos para os profetas e enfeitam os
monumentos das pessoas que viveram de modo correto.
30 E dizem: “Se tivéssemos vivido no tempo dos
nossos antepassados, não teríamos feito o que eles fizeram, não teríamos matado
os profetas.”
31 Assim vocês confirmam que são descendentes
daqueles que mataram os profetas.
32 Portanto, vão e terminem o que eles
começaram!
33 Cobras venenosas, ninhada de cobras! Como
esperam escapar da condenação do inferno?
34 Pois eu lhes mandarei profetas, homens
sábios e mestres. Vocês vão matar alguns, crucificar outros, chicotear ainda
outros nas sinagogas e persegui-los de cidade em cidade.
35 Por isso Deus castigará vocês pela morte de
todas as pessoas inocentes que os antepassados de vocês mataram, desde a morte
do inocente Abel até a de Zacarias, filho de Baraquias, que vocês mataram entre
o Templo e o altar.
36 Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o
castigo por tudo isso cairá sobre o povo de hoje.
37 Jesus terminou, dizendo: —Jerusalém,
Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhe manda!
Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os
seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram!
38 Agora a casa de vocês ficará completamente
abandonada. (
Mt 23:29-36).
Devemos ter em mente que Paulo era judeu. Ele não estava difamando uma inteira
classe de pessoas. Jesus era judeu. Os primeiros discípulos eram judeus. Apenas
judeus formavam o núcleo inicial da igreja. No que diz respeito a Paulo, todo
judeu que ele conhecia, como Silas, Barnabé, Timóteo, era potencialmente um
amigo para a eternidade
1 O que eu digo é verdade. Sou de Cristo e
não minto; pois a minha consciência, que é controlada pelo Espírito Santo,
também me afirma que não estou mentindo.
2 Sinto uma grande tristeza e uma dor sem fim
no coração
3 por causa do meu povo, que é minha raça e
meu sangue. Para o bem desse povo, eu mesmo poderia desejar receber a maldição
de Deus e ficar separado de Cristo.
4 Eles são o povo escolhido por Deus; ele os
tornou seus filhos e repartiu a sua glória com eles. Deus fez suas alianças com
eles e lhes deu a lei, a verdadeira maneira de adorar e as promessas.
5 Eles são descendentes dos patriarcas; e,
como ser humano, Cristo pertence à raça deles. Que Cristo, que é o Deus que
governa todos, seja louvado para sempre! Amém! Rm 9:1-5
1 Então eu pergunto: será que Deus rejeitou o
seu próprio povo? É claro que não! Eu mesmo sou israelita, descendente de
Abraão e membro da tribo de Benjamim.
2 Deus não rejeitou o seu povo, que ele havia
escolhido desde o princípio. Vocês sabem muito bem o que as Escrituras Sagradas
dizem naquele trecho em que
Elias acusa o povo de Israel diante de Deus. Elias diz assim:
3 “Senhor, eles mataram os teus profetas e
destruíram os teus altares. Eu sou o único que sobrou, e eles estão querendo me
matar!”
4 O que foi que Deus disse a ele? Ele disse:
“Eu guardei para mim sete mil homens que não adoraram o deus Baal.”
5 A mesma coisa também acontece agora, isto é, por causa da graça de
Deus, ainda existe um pequeno número daqueles que ele escolheu.
6 Essa escolha se baseia na graça de Deus e
não no que eles fizeram. Porque, se a escolha de Deus se baseasse no que as
pessoas fazem, então a sua graça não seria a verdadeira graça.
7 E isso quer dizer que não foi o povo de
Israel que encontrou o que estava procurando. Quem encontrou foi apenas um
pequeno grupo que Deus escolheu; os outros não quiseram ouvir o chamado de
Deus.
8 Como dizem as Escrituras Sagradas: “Deus
endureceu o coração e a mente deles; deu-lhes olhos que não podem ver e ouvidos
que não podem ouvir até o dia de hoje.”
9 E Davi disse: “Que nas suas festas eles
sejam apanhados e enganados, que eles caiam e sejam castigados!
10 Ó Deus, faze com que eles fiquem cegos e
que fiquem sempre curvados debaixo do peso das suas dificuldades!”
11 Agora eu pergunto: quando os judeus
tropeçaram, será que eles caíram para nunca mais se levantarem? É claro que
não! Mas, porque eles pecaram, a salvação veio para os não-judeus, para fazer
com que os judeus ficassem com ciúmes deles.
12 O pecado dos judeus trouxe grandes bênçãos
para o mundo, e a sua pobreza espiritual trouxe ricas bênçãos para os
não-judeus. Então, quando se completar o número de judeus que voltarão para
Deus, as bênçãos serão muito maiores ainda.
24 Vocês, os não-judeus, são como aquele galho
de oliveira brava que foi cortado e enxertado, contra a natureza, na oliveira
cultivada. Os judeus são como essa oliveira cultivada. Portanto, para Deus será
muito mais fácil enxertar de novo, na própria árvore deles, esses galhos
quebrados.
25 Meus irmãos, quero que vocês conheçam uma
verdade secreta para que não pensem que são muito sábios. A verdade é esta: a
teimosia do povo de Israel não durará para sempre, mas somente até que o número
completo de não-judeus venha para Deus.
26 É assim que todo o povo de Israel será
salvo. Como dizem as Escrituras Sagradas: “O Redentor virá de Sião e tirará
toda a maldade dos descendentes de Jacó.
27 Eu, o Senhor, farei esta aliança com eles,
quando tirar os seus pecados.”
28 Os judeus rejeitaram o evangelho e por isso
são inimigos de Deus, para o bem de vocês, os não-judeus. Mas, pela escolha de
Deus, eles são amigos dele, por causa dos patriarcas.
29 Porque Deus não muda de idéia a respeito de
quem ele escolhe e abençoa.
30 Mas no passado vocês, que não são judeus,
desobedeceram a Deus. Porém agora vocês receberam a misericórdia de Deus por
causa da desobediência dos judeus.
31 Assim, por causa da misericórdia que vocês
receberam, os judeus agora desobedecem a Deus para que eles também possam receber
agora a misericórdia dele.
32 Pois Deus fez com que todos se tornassem
prisioneiros da desobediência a fim de mostrar misericórdia a todos. Rm 11:1-12,
24-32
Cada pessoa na Terra é um ser humano “por quem Cristo morreu” (Rm 14:15; 1Co 8:11). O preconceito contra classes de
pessoas não é apropriado para os que vivem ao pé da cruz.
É fácil apontar o dedo para a igreja por
falhas na maneira de tratar classes de pessoas. E quanto a nós? Quanto
preconceito étnico permanece em nosso coração?
Segunda A esperança e a alegria de
Paulo (1Ts 2:17-20)
Nos catorze versos que se estendem de 1Tessalonicenses
2:17 até o capítulo 3:10, Paulo apresentou um relato cronológico de sua
separação dos crentes de Tessalônica. O tema da amizade percorre a passagem.
Esses tessalonicenses não eram apenas membros da comunidade de Paulo, mas
verdadeiros amigos. Toda a passagem pulsa com profunda emoção.
1 Então não pudemos agüentar mais sem ter
notícias de vocês. Por isso Silas e eu resolvemos ficar sozinhos em Atenas
2 e enviar a vocês o nosso irmão Timóteo. Ele
tem trabalhado conosco no serviço de Deus, anunciando o evangelho de Cristo.
Nós o enviamos para animar e ajudar vocês na fé,
3 a fim de que ninguém fique desanimado por causa das perseguições. Vocês
mesmos sabem muito bem que elas fazem parte daquilo que Deus quer para nós.
4 Pois, quando estávamos com vocês, nós os
avisamos que íamos ser perseguidos; e, como vocês sabem, isso aconteceu mesmo.
5 Por isso não pude agüentar mais sem ter
notícias de vocês e enviei Timóteo para saber como vai a fé que vocês têm. É
que eu tinha medo de que o Diabo os tivesse tentado de tal modo, que todo o
nosso trabalho tivesse ficado inútil.
6 Agora Timóteo já voltou daí de Tessalônica
e nos trouxe boas notícias a respeito da fé que vocês têm em Deus e do amor que
vocês têm uns pelos outros. Ele nos contou que vocês sempre lembram de nós com
carinho e que têm tanta vontade de nos ver como nós temos de ver vocês.
7 Assim, irmãos, em todas as nossas
dificuldades e sofrimentos o que nos animou foi a fé que vocês têm.
8 Agora nós nos sentimos com mais vida porque
sabemos que vocês continuam a viver firmes por estarem unidos com o Senhor
9 E assim podemos dar graças a Deus por
vocês. Agradecemos a alegria que temos diante do nosso Deus por causa de vocês.
10 Dia e noite pedimos a ele de todo o coração
que nos deixe ir vê-los pessoalmente para podermos completar o que ainda falta
na fé que vocês têm. 1Tessalonicenses
3:1-10
Paulo desejava que todos os seus conselhos
e advertências posteriores (apresentados em 1Ts 4; 5 e não com paixões sexuais baixas, como fazem os incrédulos, que não
conhecem a Deus.) fossem
compreendidos à luz do seu amor e preocupação por eles. E por causa desse amor,
ele havia obtido o direito de aconselhar a igreja ali. Os conselhos são mais
bem recebidos quando são fundamentados no amor.
2. Por que Paulo desejava rever os
tessalonicenses? O que o impedia? O que podemos aprender com o relato?
17 Irmãos, nós tivemos de nos separar de vocês
por algum tempo. Estamos longe dos olhos, mas perto do coração. Sentimos muitas
saudades de vocês e gostaríamos de vê-los outra vez.
18 Por isso quisemos ir até aí e fazer uma
visita a vocês. Pelo menos eu, Paulo, quis fazer isso mais de uma vez, mas
Satanás não nos deixou.
19 Afinal, quando o nosso Senhor Jesus vier,
vocês e ninguém mais são de modo todo especial a nossa esperança, a nossa
alegria e o nosso motivo de satisfação, diante dele, pela nossa vitória.
20 Sim, vocês são o nosso orgulho e a nossa
alegria! 1Ts 2:17-20
O verbo principal do verso 17 (normalmente
traduzido com a ideia de “privar” ou “separar”) tem suas raízes no conceito de
se tornar órfão (“orfanado”, RA). Quando Paulo foi forçado a deixar Tessalônica
repentinamente, sentiu tão profundamente a perda do relacionamento como se seus
pais tivessem falecido. Ele queria muito visitar aqueles irmãos porque sentia
muita saudade deles. Eles estavam ausentes em pessoa, mas não no coração. Ele
culpou a Satanás por seu atraso. Suas palavras aqui são outro texto na Bíblia
que mostra a realidade do grande conflito.
O desejo que Paulo tinha de ver os crentes de Tessalônica, no entanto, estava
enraizado em algo mais do que apenas relacionamento cotidiano. O foco estava no
fim dos tempos. Paulo aguardava para “apresentá-los” a Jesus após em Sua
segunda vinda. Eles eram a validação do seu ministério por Cristo, sua alegria
escatológica e motivo de satisfação! Paulo queria que no fim houvesse evidência
de que sua vida tinha feito diferença na vida dos outros.
O que essa passagem também deve nos mostrar é que precisamos manter nossas
prioridades em ordem.
Nossa existência aqui é apenas uma “neblina” (Tg 4:14), mas é uma neblina de alcance eterno. A
prioridade de Paulo estava no que é eterno, no que tem valor e importância
duradouros. Afinal, se você realmente pensar sobre o destino deste mundo, o que
realmente importa, a não ser a salvação dos perdidos?
Como tudo o que fazemos nesta vida afeta,
de alguma forma, a salvação dos perdidos? Por mais agradável que seja falar
sobre esse ideal, como podemos viver de acordo com ele?
Terça A visita do substituto de
Timóteo (1Ts 3:1-5)
3. Em que contexto mais amplo Paulo via seus sofrimentos e os dos
tessalonicenses?
1 Então não pudemos agüentar mais sem ter
notícias de vocês. Por isso Silas e eu resolvemos ficar sozinhos em Atenas
2 e enviar a vocês o nosso irmão Timóteo. Ele
tem trabalhado conosco no serviço de Deus, anunciando o evangelho de Cristo.
Nós o enviamos para animar e ajudar vocês na fé,
3 a fim de que ninguém fique desanimado por causa das perseguições.
Vocês mesmos sabem muito bem que elas fazem parte daquilo que Deus quer para
nós.
4 Pois, quando estávamos com vocês, nós os
avisamos que íamos ser perseguidos; e, como vocês sabem, isso aconteceu mesmo.
5 Por isso não pude agüentar mais sem ter
notícias de vocês e enviei Timóteo para saber como vai a fé que vocês têm. É
que eu tinha medo de que o Diabo os tivesse tentado de tal modo, que todo o
nosso trabalho tivesse ficado inútil. 1Ts 3:1-5
9 —Depois vocês serão presos e entregues para
serem maltratados e vocês serão mortos. Todos os odiarão por serem meus
seguidores.
10 Nessa época muitos vão abandonar a sua fé e
vão trair e odiar uns aos outros.
11 Então muitos falsos profetas aparecerão e
enganarão muita gente.
12 A maldade vai se espalhar tanto, que o amor de muitos esfriará;
13 mas quem ficar firme até o fim será salvo.
14 E a boa notícia sobre o Reino será anunciada
no mundo inteiro como testemunho para toda a humanidade. Então virá o fim.
15 E Jesus continuou: —Vocês verão no Lugar
Santo “o grande terror”, de que falou o profeta Daniel. (Que o leitor entenda o
que isso quer dizer!)
16 Então, os que estiverem na região da
Judéia, que fujam para os montes.
17 Quem estiver em cima da sua casa, no
terraço, que fuja logo e não entre para pegar as suas coisas.
18 E quem estiver no campo, que não volte para
casa a fim de buscar as suas roupas.
19 Ai das mulheres grávidas e das mães com
criancinhas naqueles dias!
20 Orem a Deus para que vocês não tenham de
fugir no inverno ou no sábado.
21 Porque naqueles dias haverá um sofrimento
tão grande como nunca houve desde que Deus criou o mundo; e nunca mais
acontecerá uma coisa igual.
22 Porém Deus diminuiu esse tempo de
sofrimento. Se não fosse assim, ninguém seria salvo. Mas, por causa do povo que
Deus escolheu para salvar, esse tempo será diminuído. Mt 24:9-22
Paulo estava tão angustiado por estar
separado dos tessalonicenses que decidiu abandonar a companhia de Timóteo em
Atenas a fim de obter em primeira mão notícia da situação deles. A saudade
intensa que sentia deles o levou a preferir estar sem Timóteo, em vez de ficar
sem notícias dos tessalonicenses.
Visto que a missão de Timóteo era ser representante, ou substituto de Paulo, o
apóstolo fez o possível para reforçar a autoridade de Timóteo diante da igreja.
Timóteo era “irmão” de Paulo, “ministro de Deus” e “colaborador no evangelho.”
Alguns manuscritos gregos chegam a chamar Timóteo de “colaborador de Deus”.
Esse seria um grande elogio. Paulo sabia que a missão seria difícil e fez o
possível para abrir o caminho para que Timóteo fosse recebido como se o próprio
Paulo tivesse chegado.
Os versos 3 e 4 nos
dão uma ideia do que Paulo teria dito aos tessalonicenses se pudesse
visitá-los. A palavra específica escolhida para descrever seus sofrimentos é
típica de passagens do fim dos tempos, como Mateus 24:9-22. A aflição não deveria ser
surpresa. Recebemos advertência sobre isso.
O sofrimento do cristão chama a atenção para os eventos do fim, durante os quais
todos os verdadeiros seguidores de Cristo serão perseguidos
14 E enganou todos os povos da terra, por meio
das coisas que lhe foi permitido fazer na presença do primeiro monstro. O
segundo monstro disse a todos os povos do mundo que fizessem uma imagem em
honra ao outro monstro, que havia sido ferido pela espada e não havia morrido.
15 O segundo monstro recebeu poder de soprar
vida na imagem do primeiro, para que ela pudesse falar e matar todos os que não
a adorassem.
16 Ele obrigou todas as pessoas, importantes e
humildes, ricas e pobres, escravas e livres, a terem um sinal na mão direita ou
na testa.
17 Ninguém podia comprar ou vender, a não ser
que tivesse esse sinal, isto é, o nome do monstro ou o número do nome dele.
Ap 13:14-17
Quando o sofrimento realmente vier,
devemos vê-lo como cumprimento da profecia e motivo de encorajamento, não de
desânimo. O propósito da profecia não é satisfazer nossa curiosidade sobre o
futuro, mas prover uma firme certeza em meio aos desafios que enfrentamos.
No verso 5, Paulo revelou que tinha um motivo
adicional para enviar Timóteo. Sua preocupação era que as dificuldades que os
tessalonicenses haviam experimentado os levassem a perder a fé e que sua missão
em Tessalônica de alguma forma houvesse sido em vão ou não tivesse resultados.
Na prática, o que podemos fazer para estar
preparados espiritualmente para as provas inevitáveis que a vida nos traz?
Quarta O resultado da visita
de Timóteo (1Ts 3:6-10)
4. Timóteo foi enviado para encorajar os
tessalonicenses. Que aspectos do relatório de Timóteo trouxeram alegria e
encorajamento a Paulo?
6 Agora Timóteo já voltou daí de Tessalônica
e nos trouxe boas notícias a respeito da fé que vocês têm em Deus e do amor que
vocês têm uns pelos outros. Ele nos contou que vocês sempre lembram de nós com
carinho e que têm tanta vontade de nos ver como nós temos de ver vocês.
7 Assim, irmãos, em todas as nossas
dificuldades e sofrimentos o que nos animou foi a fé que vocês têm.
8 Agora nós nos sentimos com mais vida porque
sabemos que vocês continuam a viver firmes por estarem unidos com o Senhor
1Ts 3:6-8
O “agora, porém” do verso 6 é
muito enfático. Paulo não perdeu tempo, mas logo escreveu aos tessalonicenses.
No instante em que Timóteo
lhe deu a notícia, imediatamente começou a escrever 1Tessalonicenses.
5. Qual era a razão da vida de oração de
Paulo? O que podemos aprender com seu exemplo?
9 E assim podemos dar graças a Deus por
vocês. Agradecemos a alegria que temos diante do nosso Deus por causa de vocês.
10 Dia e noite pedimos a ele de todo o coração que nos deixe ir vê-los
pessoalmente para podermos completar o que ainda falta na fé que vocês têm. .
1Ts 3:9, 10
A ausência de palavras como “sempre” e
“sem cessar” (1Ts 1:2) sugere que aqui houve algo novo na
alegria e na ação de graças de Paulo, além da alegria e ação de graças que ele
sempre sentia quando orava pelos tessalonicenses. A alegria e gratidão em 1 Tessalonicenses 3:9, 10 foi uma reação imediata às notícias
transmitidas por Timóteo.
O que estava faltando em sua fé (1Ts 3:10)? O texto seguinte não diz. Como
podemos ver mais tarde, a preocupação de Paulo em relação à fé dos irmãos era
mais prática do que teológica. Os capítulos 4 e 5 indicam que eles precisavam
harmonizar a prática à crença. Embora tivessem amor e fé, e estivessem
“firmados no Senhor”, a carta demonstrou depois que eles ainda tinham um
crescimento importante a alcançar.
Por que a oração é tão importante em nossa
caminhada com o Senhor? Quanto tempo você dedica à oração? O que sua resposta
lhe diz sobre a importância que você dá a esse assunto? De que forma você pode
fortalecer sua vida de oração?
Quinta Orações renovadas de
Paulo (1Ts 3:11-13)
A segunda vinda de Jesus é um poderoso
incentivo para o crescimento espiritual. Cada ato de abuso ou opressão será
levado à justiça. Cada ato de amor ou bondade será reconhecido e recompensado
—Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem,
apenas por ser meu seguidor, der ainda que seja um copo de água fria ao menor
dos meus seguidores, certamente receberá a sua recompensa. (Mt 10:42).
Isso significa que todo ato nesta vida,
não importa quão pequeno, tem um significado no esquema geral das coisas.
Mas para Paulo era igualmente importante que a segunda vinda de Jesus será uma
reunião gloriosa de familiares e amigos, cujos relacionamentos durarão para
sempre por causa do que Jesus fez. Os relacionamentos cristãos não têm data de
validade. Eles são projetados para durar para sempre. Essa é a ênfase da lição
desta semana.
6. O que Paulo incluiu em suas orações
pelos tessalonicenses após a chegada de Timóteo?
11 Que o próprio Deus, o nosso Pai, e o nosso
Senhor Jesus preparem o nosso caminho para podermos ir visitar vocês!
12 Que o Senhor faça com que cresça cada vez
mais o amor que vocês têm uns pelos outros e por todas as pessoas, e que esse
amor se torne igual ao nosso amor por vocês!
13 Desse modo Deus dará força ao coração de
vocês, e vocês serão completamente dedicados a ele e estarão sem culpa na
presença do nosso Deus e Pai, quando o nosso Senhor Jesus vier com todos os que
são dele. Amém! 1Ts 3:11-13
O texto de 1Tessalonicenses 3:11-13 soa quase como uma bênção no fim de um
culto de adoração. Naturalmente, Paulo desejava voltar a Tessalônica e corrigir
as deficiências na fé da igreja (1Ts 3:10). Mas mesmo que não pudesse voltar, ele
ainda podia suplicar a Deus que motivasse e fizesse com que os tessalonicenses
desenvolvessem abundante amor, não apenas entre os irmãos, mas também pelos
vizinhos e todos com quem se encontrassem. Esse amor seria um componente
importante do caráter deles quando Jesus voltasse.
Um tanto intrigante é o comentário de Paulo no verso 13, de que Jesus virá “com todos os Seus santos”. A palavra santos ou sagrados é
normalmente aplicada aos seres humanos no Novo Testamento. Por outro lado, os
textos sobre a segunda vinda de Jesus no Novo Testamento normalmente O
descrevem como acompanhado por anjos em vez de seres humanos (Mt 24:30, 31; Mc 8:38; 13:27). Então, quem são os “santos” nesse verso?
30 Então o sinal do Filho do Homem aparecerá
no céu. Todos os povos da terra chorarão e verão o Filho do Homem descendo nas
nuvens, com poder e grande glória.
31 A grande trombeta tocará, e ele mandará os seus anjos para os quatro
cantos da terra. E os anjos reunirão os escolhidos de Deus de um lado do mundo
até o outro. Mt 24:30, 31
Portanto,
se nesta época de incredulidade e maldade alguém tiver vergonha de mim e dos
meus ensinamentos, então o Filho do Homem, quando vier na glória do seu Pai com
os santos anjos, também terá vergonha dessa pessoa. Mc 8:38
Ele mandará os anjos aos quatro cantos da
terra e reunirá os escolhidos de Deus de um lado do mundo até o outro. Mc 13:27).
A solução para esse problema é reconhecer que, no verso 13, Paulo adotou a linguagem de Zacarias 14:5 (Vocês fugirão da cidade por esse vale, que irá até Azal.
Fugirão como os antepassados de vocês fugiram quando houve um terremoto no
tempo do reinado de Uzias, rei de Judá. Então o SENHOR, meu Deus, virá com
todos os seus anjos) e aplicou-a à segunda vinda de Jesus.
Os “santos” no Antigo Testamento são mais bem compreendidos como anjos
Ele disse: O SENHOR Deus veio do monte
Sinai; ele surgiu como o sol por cima de Edom e do monte Parã brilhou sobre o
seu povo. Com ele vieram milhares de anjos, e à sua direita havia fogo. Dt 33:2
e de um lugar em frente do trono saía um rio
de fogo. Havia ali milhares de pessoas que adoravam aquele que estava sentado
no trono, e muitos milhões estavam de pé na presença dele. Começou o
julgamento, e foram abertos os livros. Dn 7:10).
O Novo Testamento, por outro lado, dá novo
significado à palavra santos: Os seres humanos cuja justiça vem de Jesus são
santos. Em 1Tessalonicenses 3:13, no entanto, Paulo reverte
para a definição da palavra santos apresentada pelo Antigo Testamento: seres
angelicais que estão na presença de Deus. Como tais, eles acompanharão Jesus, o
Deus-homem, quando Ele voltar à Terra.
Sexta Estudo
adicional
A chegada de Silas e Timóteo, vindos da
Macedônia enquanto Paulo se encontrava em Corinto, alegrou muito o apóstolo.
Trouxeram-lhe ‘boas notícias’ da ‘fé’ e ‘amor’ dos que haviam aceitado a
verdade durante a primeira visita dos mensageiros evangélicos a Tessalônica. O
coração de Paulo se comoveu com a mais terna simpatia para com esses crentes
que, em meio às provações e adversidades, se haviam mantido fiéis a Deus” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 255).
“O coração daquele que recebe
a graça de Deus transborda de amor a Deus e àqueles por quem Cristo morreu. O
eu não luta por nenhum reconhecimento. Não ama os outros porque o amam e o
agradam, por apreciarem seus méritos, mas por serem propriedade adquirida de
Cristo. Se seus motivos, palavras ou atos são malcompreendidos ou
mal-interpretados, não se ofende mas prossegue na idêntica maneira de proceder.
É bondoso e ponderado, humilde no conceito próprio; contudo é cheio de
esperança, sempre confiante na graça e no amor de Deus” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p.
101, 102).
Perguntas para reflexão
1. Ellen White usou a expressão “pessoas
por quem Cristo morreu”. Essa expressão deve ser aplicada a todos os seres
humanos na Terra ou apenas aos crentes em Cristo? Se Cristo realmente morreu por
todos, por que nem todos são salvos?
2. Qual é a importância do relacionamento
anterior quando se trata de aconselhar ou criticar um companheiro cristão? O
que podemos aprender sobre isso com o exemplo de Paulo na lição desta semana?
Como isso pode nos ajudar em nosso ministério em favor dos outros?
3. O amor e preocupação de Paulo pelos crentes de Tessalônica eram muito
evidentes. O amor abranda o coração e torna as pessoas abertas à graça de Deus.
Como podemos aprender a amar os outros mais intensamente?
Resumo:
Em 1Tessalonicenses 2:13–3:13, Paulo descreveu os
acontecimentos e as emoções do período entre o momento em que ele foi forçado a
deixar Tessalônica e a chegada de Timóteo a Corinto com notícias sobre a
igreja. A ênfase central do capítulo é a profunda ligação de Paulo com os
crentes de Tessalônica.
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