Conhecer: Os desafios e perseguição que Jeremias e Baruque enfrentaram ao pregar a Palavra de Deus aos líderes de Israel.
Esboço
I. Sofrimento ao lado da justiça
Resumo: Como escriba de Jeremias, Baruque escreveu e leu publicamente muitas das mensagens de Jeremias. Ele também partilhou do sofrimento do servo de Deus, como somos todos chamados a fazer.
Motivação
Deus é digno de confiança, especialmente durante períodos de aflição e circunstâncias difíceis.
Compare:
Noticiários do mundo diariamente lembram os espectadores de que a Terra permanece caótica, imprevisível e perigosa. Invasões militares, instituições financeiras entrando em colapso, fome generalizada, proliferação nuclear e outros acontecimentos que dominam as manchetes ameaçam a própria vida, deixando pouco espaço para conformismo. A desintegração moral devora a sociedade moderna enquanto os icebergs financeiros introduzem medo entre os líderes internacionais. A mensagem de Jeremias, vista pelos olhos de seu assistente, foi alguma vez mais apropriada ou oportuna?
Baruque serviu como escriba de Jeremias durante o período mais caótico da história de Israel. Tudo estava entrando em colapso ao redor deles. Babilônia esmagava as nações inimigas como o rolo compressor esmaga bolachas. Judá igualmente sucumbiu às proezas militares de Babilônia. Aparentemente, os líderes de Judá eram incrédulos como Tomé, deixando de crer que Jeová era de fato digno de confiança. Em lugar disso, colocaram sua fé em alianças políticas com outras nações, cuja habilidade para derrotar Babilônia era aproximadamente igual à de formigas levantarem arranha-céus! Durante tempos de agitação e circunstâncias difíceis, pessoais ou mundiais, quem recebe nossa confiança? Confiar em nós mesmos, em nossas habilidades de diálogo, nossas conexões políticas e nossas reservas financeiras, provavelmente demonstra menos inteligência do que a confiança de Judá no Egito. Porém, além do horizonte agitado, Jeová permanece firme, digno de confiança e intimamente preocupado com as aflições humanas e condições terrestres. Confiar nEle é a decisão mais importante da humanidade hoje.
Pense nisto:
Compreensão
Sem rumo na confusão nacional, Baruque e seus contemporâneos enfrentaram a rápida desintegração das bases sociais de Judá. As fortificações de Jerusalém haviam se provado impotentes contra o ataque babilônico. A adoração no templo, o indicador da condição espiritual de Israel, havia caído no paganismo. Ironicamente, essa queda foi apenas alguns anos depois das amplas reformas de Josias. Essas reformas haviam restabelecido a pureza na administração das instruções levíticas para níveis não vistos por gerações. Afastada da proteção de Jeová, a terra foi devastada pela fome e outros desastres naturais. Em lugar de atender aos chamados de Jeremias para arrependimento, a liderança de Judá se tornou ainda mais desafiadora, defendendo a transgressão, perseguindo – e até matando – mensageiros proféticos, e submergindo cada vez mais fundo na adoração idólatra. Comparar nossos problemas contemporâneos com a situação de Judá deveria inspirar esperança
Comentário bíblico
I. O mundo de Baruque
1 Palavra que da parte do SENHOR foi dita a Jeremias:
É decisivamente importante nos lembrarmos de como Deus tem conduzido a história. Contudo, confiar em símbolos embutidos nessa história – sem um correspondente, dinâmico e contemporâneo relacionamento com Deus – é tolice. Judá cometeu esse erro. Sua atitude foi “Considere este belo templo. Tal majestade claramente demonstra o favor divino para conosco, a nação escolhida de Jeová. Enquanto nos apegarmos a este símbolo, nada ameaçará nossa segurança. Apesar de nossa maldade, nossa depravada indiferença às orientações divinas, nosso tratamento arrogante de nossos semelhantes israelitas, nossa perseguição egoísta de prazeres pecaminosos, Deus protegerá e preservará nossa cultura e identidade nacional”. Jeremias foi comissionado a repreender essa condescendência, e Baruque foi designado como porta-voz de Jeremias. Apanhado no fogo cruzado político, Baruque se defrontou com uma decisão terrível entre fidelidade a Deus e acomodação a conveniência política. Parece familiar?
Pense nisto:
II. Ambições frustradas (Examine Jr 36.)
“No Antigo Testamento, o escriba aparece primeiro como o oficial que inspecionava e registrava as tropas (Jz 5:14). No período monárquico (décimo primeiro ao décimo século a.C.), o escriba era um alto oficial envolvido com finanças, política e administração (2Rs 22, Jr 36). O assistente de Jeremias, Baruque, que registrava suas palavras, era também um escriba (Jr 36:32)”. – Paul J. Achtemeier, ed., The HarperCollins Bible Dictionary (San Francisco: HarperSanFrancisco, 1996, p. 980). Nas civilizações antigas, quando a alfabetização era limitada, os escribas constituíam uma classe profissional importante e altamente respeitada. Seu status educacional e especialidade em questões de economia, ciência das leis, governo e religião, lhes dava uma posição privilegiada na sociedade. A chance de sucesso de Baruque era muito maior do que aquilo que os cidadãos judeus em geral poderiam esperar. Seu irmão, Seraías, era chefe de funcionários na corte do rei Zedequias (Palavra que mandou Jeremias, o profeta, a Seraías, filho de Nerias, filho de Maaséias, indo este com Zedequias, rei de Judá, à Babilônia, no ano quarto do seu reinado. Seraías era o camareiro-mor - Jr 51:59). Esse status sugere que a associação de Baruque com Jeremias, politicamente renegado, indica uma decisão espiritual pessoal. Aparentemente, como Moisés muitas gerações antes, ele recusou as vantagens naturais do status da corte real, escolhendo em lugar disso “ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado” (Hb 11:25). Tal sacrifício é admirável em qualquer lugar mas parece duplamente virtuoso durante os desastrosos anos finais da existência de Judá, quando a segurança era escassa. Sua aparente traição de Judá em favor de Babilônia serviu apenas para pôr sua vida em perigo.
Pense nisto: Que nível de determinação espiritual é necessário para nadar contra a corrente da opinião popular? Como os cristãos hoje podem se preparar para a perseguição e zombaria? Quão prontos estamos para sacrificar nossas ambições terrestres em favor dos princípios espirituais?
III. Ai de mim! - (Examine Jr 45.)
A despeito de sua coragem e firmeza espiritual, mesmo Baruque experimentou momentos de desespero. Sentindo-se oprimido, sem a tranquilidade satisfatória e desanimado em relação a suas aspirações pessoais, Baruque recebeu uma mensagem especial de Deus prometendo proteção pessoal e a morte de seus inimigos.
Pense nisto: O que podemos aprender do cuidado pessoal de Deus por Baruque? O que Deus nos prometeu na Bíblia?
A desordem é promovida em toda a sociedade moderna. Sem a direção divina, a sabedoria humana tem se provado incapaz de resolver conflitos nacionais, solidão pessoal e uma multidão de outros dilemas contemporâneos. Os governos modernos, entretanto, parecem determinados a confiar nas soluções providas por parcerias internacionais, força militar e conhecimento psicológico. Como o rei Asa, que entregou a doença de seus pés aos cuidados dos médicos (e não ao Senhor), a humanidade preferiria se automedicar a reconhecer a inutilidade de viver sem um Salvador.
Você já parou para pensar na loucura de nossas crenças? Toda nossa fé está baseada em algo tão antirracional, tão anticientífico e tão antiempírico que temos que saltar sobre o conhecimento acumulado de milênios para crer nela.
Estamos falando sobre a ressurreição dos mortos do mundo. Bilhões e bilhões de pessoas, muitos cujos corpos há muito foram consumidos e digeridos muitas vezes por gerações de vermes, insetos, animais e bactérias, viverão novamente? Pessoas cujas moléculas foram recicladas, reprocessadas e renovadas em mil diferentes domínios – essas pessoas serão recolocadas juntas em um grupo vivo e consciente? Contra toda razão, contra toda experiência, contra tudo que já temos visto ou sentido ou poderíamos imaginar, temos que crer nisso.
Por quê? Porque sem isso, a nossa fé, nossa religião, tudo em que cremos e esperamos, é, como Paulo disse, mataios, “inútil” ou vão (E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. 1Co 15:17).
Perguntas para consideração
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