segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Provando a fé


                                                      

9. Como foi provada a fé tanto da viúva como de Elias?

17  Depois disto, adoeceu o filho da mulher, da dona da casa, e a sua doença se agravou tanto, que ele morreu.
18  Então, disse ela a Elias: Que fiz eu, ó homem de Deus? Vieste a mim para trazeres à memória a minha iniqüidade e matares o meu filho?
19  Ele lhe disse: Dá-me o teu filho; tomou-o dos braços dela, e o levou para cima, ao quarto, onde ele mesmo se hospedava, e o deitou em sua cama;
20  então, clamou ao SENHOR e disse: Ó SENHOR, meu Deus, também até a esta viúva, com quem me hospedo, afligiste, matando-lhe o filho?
21  E, estendendo-se três vezes sobre o menino, clamou ao SENHOR e disse: Ó SENHOR, meu Deus, rogo-te que faças a alma deste menino tornar a entrar nele.
22  O SENHOR atendeu à voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu.
23  Elias tomou o menino, e o trouxe do quarto à casa, e o deu a sua mãe, e lhe disse: Vê, teu filho vive.
24  Então, a mulher disse a Elias: Nisto conheço agora que tu és homem de Deus e que a palavra do SENHOR na tua boca é verdade. 1Rs 17:17-24

Note o conflito que o próprio Elias teve com a morte do menino. Não parece que ele tivesse certeza de que o Senhor o ressuscitaria. Sua oração parece refletir parte da atitude da própria mulher, culpando Deus pela morte. O que isso mostra é que até mesmo profetas podem ter perplexidades para entender certos acontecimentos

1  Ora, tendo acabado Jesus de dar estas instruções a seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles.
2  Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe:
3  És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? Mt 11:1-3

Sem dúvida, por um bom tempo, tanto a viúva como Elias estavam vivendo na presença de um milagre – a provisão ininterrupta de farinha e óleo – que deve ter sido mais que suficiente para manter forte sua fé. Mas, diante de algo tão dramático assim, sua fé foi posta à prova.

Com que frequência também nós podemos ter passado por alguma experiência incrível com Deus, algo que realmente nos tocou poderosamente, só para questioná-Lo mais tarde quando os eventos se transformaram em algo de que não gostamos! É por isso que, embora os milagres possam ter um papel na edificação da fé, eles não devem ser seu centro.

10. Como Elias se refere ao Senhor? O que isso nos diz sobre sua relação com Deus? 1Rs 17:20

Elias tinha um relacionamento muito íntimo com o Senhor; ele chamava Deus de “meu Deus”. Um relacionamento íntimo com Deus não significa ter todas as respostas. Elias não podia entender por que Deus permitira que a criança morresse. Mas é quando temos um relacionamento íntimo com Deus que podemos experimentar melhor Seu poder em nossa vida. O milagre não ocorreu por uma fórmula mágica especial nem mesmo pela tentativa do profeta de manter o menino aquecido. O escritor da história deixa claro que foi Deus que ressuscitou o menino.

O próprio Elias ficou emocionado com o resultado. “Vê, teu filho vive!” ele deve ter exclamado para a viúva. Sem dúvida, por mais que esse incidente tenha ajudado a aumentar a fé da mulher, seguramente ele ajudou Elias, também.

A resposta da viúva conclui com uma declaração de fé. Ela agora sabia que o Deus de Israel podia sustentar a vida e também dar vida.

24  E prosseguiu: De fato, vos afirmo que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra.
25  Na verdade vos digo que muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou por três anos e seis meses, reinando grande fome em toda a terra;
26  e a nenhuma delas foi Elias enviado, senão a uma viúva de Sarepta de Sidom. Lucas 4:24-26,

Onde essa viúva é mencionada novamente. Como as palavras de Cristo nos ajudam a entender melhor essa história como um todo? Que lições podemos tirar desse episódio, nós que fazemos parte de um grupo privilegiado?  


                                                        Estudo adicional

Disse-lhes Jesus: Sem dúvida, citar-Me-eis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; tudo o que ouvimos ter-se dado em Cafarnaum, faze-o também aqui na tua terra. E prosseguiu: De fato, vos afirmo que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra. Na verdade vos digo que muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou por três anos e seis meses, reinando grande fome em toda a terra; e a nenhuma delas foi Elias enviado, senão a uma viúva de Sarepta de Sidom. Havia também muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro” (Lc 4:23-27).

Por essa referência à vida dos profetas, Jesus foi ao encontro das dúvidas de Seus ouvintes. Aos servos a quem Deus escolhera, não tinha sido permitido trabalhar por um povo de coração duro e incrédulo. Mas os que tinham coração para sentir e fé para crer, foram especialmente favorecidos com testemunhos de Seu poder, por meio dos profetas. Nos tempos de Elias, Israel se desviara de Deus. Apegara-se a seus pecados e rejeitara as advertências do Espírito por meio dos mensageiros do Senhor. Assim se separaram [os israelitas] dos condutos, por onde lhes podiam vir as bênçãos divinas. O Senhor passou por alto os lares de Israel, procurando refúgio para Seu servo numa terra pagã, junto a uma mulher que não pertencia ao povo escolhido. Essa mulher, porém, foi favorecida por haver seguido a luz que tinha, e seu coração se abriu à maior luz que Deus lhe enviou por intermédio de Seu profeta” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 238).

Pergunta para consideração
Qual é a relação entre pecado e sofrimento? A viúva de Sarepta achava que seu pecado havia provocado a morte do filho. No Novo Testamento, os discípulos pensavam que a cegueira fosse resultado dos pecados individuais ou de seus pais (Jo 9:2, 3). Devemos nos relacionar com os que estão sofrendo como resultado de seus próprios pecados de maneira diferente dos que parecem estar sofrendo por motivo não provocado por eles mesmos? Ou nem mesmo devemos fazer essa diferença? Defenda sua resposta.




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