Despertado Jacó do seu sono, disse: Na verdade, o SENHOR está neste lugar, e eu não o sabia. E, temendo, disse: Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus. Gênesis 28:16, 17
Conhecer: As duas classes de adoradores representadas por Abel e Caim.
Sentir: A diferença de atitude entre os adoradores que valorizam o que Deus oferece e aqueles cuja adoração está centralizada no que eles trazem ao altar de Deus.
Fazer: Adorar a Deus, honrando o sacrifício de Seu Filho Jesus, oferecido para nossa salvação.
Esboço
I. A nossa oferta versus a oferta de Deus
B. Por que o sacrifício era um aspecto tão importante da adoração? Que outras atividades faziam parte da adoração? Por que a oferta de Caim não foi aceitável a Deus? Que outras atividades de adoração observadas em Gênesis não foram aceitáveis? Qual é o perigo de participar da falsa adoração?
II. Admiração e reverência
III. Sacrifício é adoração
Resumo: Os verdadeiros adoradores de Gênesis centralizavam suas atividades devocionais no que Deus havia provido para livrá-los do pecado.
Motivação
A adoração não é uma área separada da atividade humana. Ela não é um compartimento isolado, mas é a chave para tudo que diz respeito à nossa identidade, relacionamento com os outros e destino final.
A adoração egocêntrica põe o ego no trono e crucifica novamente nosso Salvador ressuscitado. Ela usa a religião para mostrar a Deus como somos bons, em vez de louvá-Lo por Sua bondade para conosco.
Deus nos chama para a verdadeira adoração, para invocar Seu nome como se nossa vida dependesse disso. Porque, de fato, ela depende.
Comente com a classe: Deus Se sacrificou para nos dar algo que não temos e nunca poderíamos ter por nós mesmos. Qual deve ser nossa resposta, e por quê?
Comentário Bíblico
I. Invocar o nome do Senhor
Embora o texto não fale sobre essa questão, nosso conhecimento da natureza humana sugere o contrário. Estruturas sociais e culturais complexas, como aquelas inventadas pela linhagem de Caim, em geral tinham alguma forma de religião ou de culto em sua base. Todas as culturas e civilizações do antigo Oriente Próximo fundamentavam sua legitimidade nos deuses ou heróis culturais que exemplificavam a força e os valores daquela cultura ou civilização. A cultura ou civilização justificava a própria existência ou necessidade apontando para esses deuses ou heróis que a apoiavam. Em essência, esses sistemas feitos pelo homem justificavam e glorificavam as pessoas que os haviam estabelecido, exatamente o que Caim esperava do único Deus verdadeiro, quando apresentou sua oferta em Gênesis 4:3. Assim, quando o autor discute a linhagem de Caim, ele fala do que era importante para eles: vitórias, realizações ou, em termos modernos, o sentido de sua grandeza.
Da mesma forma, ao pensar nos descendentes de Sete, podemos supor que eles provavelmente tivessem sido tão inteligentes e criativos quanto os descendentes de Caim. Eles também tinham que enfrentar um mundo que não mais os sustentava simplesmente, sem esforço de sua parte. Não é razoável supor que eles não tivessem realizações culturais ou tecnológicas. Mas, ao contrário dos caimitas, os descendentes de Sete não consideravam essas conquistas como a principal razão de sua existência. Para os descendentes de Sete o importante era que eles invocavam o nome do Senhor. O autor observa essa ênfase, ao falar sobre eles e seu legado. O legado deles foi espiritual, tendo como base seu relacionamento com Deus, em vez das obras de suas mãos.
É importante notar também uma particularidade dessa declaração. Os setitas não eram simplesmente pessoas que pensavam que poderia haver um Deus em algum lugar ou sentiam a necessidade de ser “espirituais”. Eles invocavam o nome do próprio Jeová. Em lugar de buscar em Deus suporte para os valores de sua civilização e aprovação para suas ações ou realizações, eles buscavam a Deus, procuravam cumprir Sua vontade, O adoravam e O colocavam acima de tudo na vida.
Pense nisto: Mesmo que professemos ser cristãos, devemos examinar nosso coração para verificar se buscamos a Deus e Sua vontade em primeiro lugar ou se consideramos Deus como acessório ou meio para um fim. O que significa, então, buscar a Deus e Sua vontade em primeiro lugar? Como manifestamos essa atitude?
10 Partiu Jacó de Berseba e seguiu para Harã.
No começo dessa passagem, Jacó está fugindo apavorado, com medo da ira de Esaú. Jacó chegou ao que a maioria das traduções se referem como “certo lugar”. Na língua original, essa frase sugere um lugar que já era considerado sagrado pela maior parte dos povos vizinhos; um local em que, segundo a crença, Deus ou outros seres divinos se revelavam. Alguns estudiosos até mesmo tomam a palavra traduzida por “lugar” como significando santuário, o que aquele lugar, de fato, se tornou.
Jacó encontrou o que pensou ser uma rocha qualquer para apoiar a cabeça no solo enquanto dormia. Ele adormeceu e viu anjos subindo e descendo uma escada celestial, símbolo de que estava aberto um canal entre a pessoa arruinada pelo pecado e o Salvador. O sonho reafirmou a aliança que Deus havia feito com o pai e o avô de Jacó, sobre a qual ele provavelmente tivesse sido informado várias vezes, enquanto crescia.
Como resultado, nesse breve período de tempo, todo o senso de valores de Jacó mudou. Onde antes havia medo de Esaú e, possivelmente, dos perigos do deserto, ele agora sabia que estava na presença de um Ser que o amava totalmente e que, ao mesmo tempo, era tão poderoso que poderia, se quisesse, eliminá-lo com um pensamento. Talvez esse “certo lugar” não fosse tão comum, afinal. A resposta de Jacó foi (o que mais poderia ter sido?) adorar.
Da mesma forma, podemos pensar que nossa vida é comum e insignificante, ou podemos dar suprema importância às coisas que são relativas e temporalmente significativas. Mas, na realidade, estamos vivendo na presença de Deus. Se você é cristão, todo lugar é terra santa. Às vezes, nos esquecemos disso. Adoração é nossa maneira de lembrar.
Pense nisto:
Use as seguintes perguntas para ajudar seus alunos a exercitar o discernimento entre o culto verdadeiro e o falso e a escolher sabiamente.
Perguntas para consideração
1. Como você acha que pode ter sido a adoração no Éden, onde a presença de Deus era muito mais acessível?
No início de Gênesis vemos a prática do sacrifício de animais. Algumas pessoas estabelecem a origem dessa prática no ato do Senhor de fazer roupas de peles de animal para nossos primeiros pais. Posteriormente, em Êxodo e nos livros seguintes, os sacrifícios são ordenados
Pergunta de aplicação
Nos relatos da vida e atos de muitos personagens bíblicos, parece que eles colocavam a adoração em primeiro lugar. Com tantas coisas competindo pela nossa atenção, como podemos ter certeza de que colocamos a adoração em primeiro lugar?
Qual é a função do estudo e conhecimento das Escrituras em nossa adoração?
Criatividade
A lição deixa claro que existem dois grupos de adoradores na descrição bíblica. O primeiro é dos que esperam impressionar Deus por seus próprios méritos. O segundo é dos que verdadeiramente procuram saber quem é Deus e a Ele atribuem todo o mérito e glória. As atividades seguintes devem enfatizar e incentivar os alunos a fazer parte do último grupo.
Escolha uma série de personagens bíblicos e conte suas histórias resumidamente. Selecione uma proporção aproximadamente igual entre pessoas “boas” e “ruins”. Pergunte aos alunos a qual dos grupos cada personagem pertence. Se você quiser acrescentar algo mais, não revele os nomes dos personagens e permita que a classe coloque os personagens, com base em suas descrições, nos grupos, sem preconceitos.
Alternativa: Talvez a melhor maneira de entender a adoração seja praticá-la. Peça que os alunos escrevam em um pedaço de papel o que eles consideram um dos atributos louváveis de Deus. Separe alguns momentos para ler as folhas e louvar a Deus coletivamente por ser quem Ele é. Isso pode ser feito no início ou no fim da lição.
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