Quinta
Jacó e Esaú, e também Caim e Abel, representam duas classes de adoradores. O espírito aventureiro e corajoso de Esaú apelou a seu tranquilo e reservado pai. Jacó, por outro lado, parecia ter uma natureza mais espiritual. Mas ele também tinha algumas graves falhas de caráter. Jacó queria obter o direito de primogenitura, que legalmente pertencia a seu irmão gêmeo. Mas, para obtê-lo, ele se dispôs a se envolver no esquema enganoso de sua mãe. Como resultado, Jacó ficou com medo e fugiu para escapar do ódio e da ira de seu irmão. Nunca mais ele viu sua querida mãe.
7. Leia a história da fuga de Jacó (Gn 28:10-22). Observe as mensagens de encorajamento e segurança que Deus lhe deu por meio de um sonho. Qual foi a resposta de Jacó? 10 Partiu Jacó de Berseba e seguiu para Harã.
11 Tendo chegado a certo lugar, ali passou a noite, pois já era sol-posto; tomou uma das pedras do lugar, fê-la seu travesseiro e se deitou ali mesmo para dormir.
12 E sonhou: Eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela.
13 Perto dele estava o SENHOR e lhe disse: Eu sou o SENHOR, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua descendência.
14 A tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra.
15 Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque te não desampararei, até cumprir eu aquilo que te hei referido.
16 Despertado Jacó do seu sono, disse: Na verdade, o SENHOR está neste lugar, e eu não o sabia.
17 E, temendo, disse: Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus.
18 Tendo-se levantado Jacó, cedo, de madrugada, tomou a pedra que havia posto por travesseiro e a erigiu em coluna, sobre cujo topo entornou azeite.
19 E ao lugar, cidade que outrora se chamava Luz, deu o nome de Betel.
20 Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista,
21 de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o SENHOR será o meu Deus;
22 e a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo. (Gn 28:10-22)
Esta é a primeira menção da “Casa de Deus” em Gênesis (v. 17). Embora para Jacó fosse apenas uma coluna de pedra, Betel se tornou um lugar significativo na história sagrada. Ali Jacó adorou o Deus de seus pais. Ali ele fez uma promessa de fidelidade ao Senhor. E, como Abraão, prometeu devolver a Deus o dízimo, um décimo de suas bênçãos materiais, como ato de adoração.
Perceba o senso de temor e admiração de Jacó na presença de Deus. Ele deve ter compreendido mais do que nunca a grandeza de Deus em contraste com ele e, assim, a Bíblia registra sua atitude de medo, reverência e espanto. O que ele fez em seguida foi adorar. Naquele momento, também, vemos um princípio sobre o tipo de atitude que devemos ter na adoração: uma atitude revelada em Apocalipse 14:7, no chamado para temer a Deus.
dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas. Apocalipse 14:7
Adoração não é nos aproximarmos de Deus como faríamos a um amigo ou colega. Nossa atitude deve ser a de um pecador que precisa desesperadamente de graça, caindo diante do Criador, com senso de necessidade, temor e gratidão, pelo fato de que Deus, o Criador do Universo, nos amou e fez um grande sacrifício para nos redimir.
Quanta admiração, reverência e temor, você tem quando adora ao Senhor? Ou seu coração é duro, frio e ingrato? Nesse caso, como você pode mudar?
Sexta Estudo adicional
Leia de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 44-51: “A Criação”; p. 52-62: “A Tentação e a Queda”; p. 71-74: “Caim e Abel Provados”; p. 105-107: “Depois do Dilúvio”; p. 145-155”: A Prova da Fé”; p. 195-203: “A Noite de Luta”.
O voto [de Jacó em Betel] era o transbordar de um coração cheio de gratidão pela certeza do amor e misericórdia de Deus. Jacó entendia que Deus tinha direitos sobre ele, os quais ele devia reconhecer, e que os sinais especiais do favor divino a ele concedidos exigiam retribuição. Assim, toda bênção que nos é concedida reclama uma resposta ao autor de todas as nossas vantagens. O cristão deve muitas vezes rever sua vida passada, e relembrar com gratidão os preciosos livramentos que Deus operou em favor dele… Deve reconhecê-los todos como provas do cuidado vigilante dos anjos celestiais. Em vista dessas bênçãos inumeráveis, deve muitas vezes perguntar, com coração submisso e grato: “Que darei ao Senhor, por todos os Seus benefícios para comigo?” (Sl 116:12; Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 187).
Perguntas para consideração
1. Como a justiça pela fé no que Cristo fez por nós pode estar no centro de toda a nossa adoração? Considere as questões:
1) Por que O adoramos?
2) O que Ele fez que O torna digno de adoração?
3) Para qual propósito serve nossa adoração a Deus?
2. Como os cultos de adoração podem se tornar um instrumento mais eficaz para dizer ao mundo quem é Deus realmente e como Ele é? Que elementos do culto podem ser especialmente úteis em nosso testemunho?
3. Examine a história de Abraão entregando o dízimo a Melquisedeque (Gn 14:20 - e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo). De que forma a entrega do dízimo é um ato de adoração? O que estamos dizendo a Deus quando Lhe devolvemos o dízimo? 4. Pense mais na ideia de reverência e temor na adoração. Por que esses são elementos importantes? O que há de errado com a atitude que parece colocar Deus em nosso próprio nível, em que nos relacionamos com Ele no culto com a mesma atitude que temos para com um bom amigo e nada mais?
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