sábado, 16 de junho de 2012

Avaliando o testemunho e o evangelismo (resumo do estudo nº 12)





Quando alguém está querendo aprender, o conselho de uma pessoa experiente vale mais do que anéis de ouro ou jóias de ouro puro. Provérbios 25:12

Conhecer: A necessidade de avaliar os resultados evangelísticos tendo em mente os requisitos que Deus estabeleceu para o crescimento.
Sentir: A solenidade dos tempos, no contexto do chamado para que a igreja proclame as três mensagens angélicas.
Fazer: Avaliar seus esforços para alcançar pessoas à luz dos requisitos de Deus e do futuro juízo.
Esboço
I. Por que avaliar?
A. O que Deus pediu que Seu povo fizesse por Ele à luz do futuro juízo?
B. Por que é importante que a igreja avalie o crescimento do número de membros e os programas para os ministérios?
C. Por que o desenvolvimento das disciplinas espirituais em nossas práticas pessoais requer avaliação, bem como números e outros indicadores de crescimento da igreja?

II. Tempos solenes
A. Como as três mensagens angélicas impulsionam a necessidade de acompanhar a disciplina espiritual e o crescimento da igreja?
B. Qual é o papel das palavras de incentivo e afirmações positivas na avaliação dos membros da igreja que trabalham no evangelismo e outras áreas do ministério?

III. Estimulando uns aos outros
A. O que estamos fazendo para proclamar as três mensagens angélicas e como podemos saber se nosso trabalho é bem-sucedido?
B. Como podemos edificar uns aos outros nas disciplinas espirituais necessárias na pregação do evangelho?

Resumo: 
Nosso trabalho na causa de Deus precisa ser avaliado à luz dos requisitos de Deus, refletidos nas mensagens dos três anjos para estes últimos dias da história da Terra.

Motivação
Avaliar nosso testemunho e esforços evangelísticos é uma forma de manter a fidelidade à missão do modo mais eficaz possível.

Conte a seguinte história com suas próprias palavras. O objetivo da história é levar a classe a pensar sobre a necessidade de avaliar nosso trabalho de alcançar pessoas.

A história fala de uma aldeia africana em que o cristianismo se havia enraizado. Os membros da comunidade entregaram a vida a Cristo e começaram a aprender as disciplinas espirituais que tornam possível uma forte e vibrante caminhada com Deus. A oração era uma das disciplinas que os primeiros cristãos começaram a praticar. A grama alta ao redor de cada casa revelava os fiéis e os infiéis na oração.

Um dia, um membro da tribo começou a se preocupar depois que percebeu que a grama havia coberto o local de oração de um homem da vila. Ele se aproximou do amigo e disse:

“Irmão, está tudo bem?"
"Por que você pergunta?", foi a resposta do homem assustado.
"Bem, irmão, a grama está crescendo em seu caminho."

Pense nisto: 
No mundo politicamente correto de hoje, poucas pessoas teriam a coragem de abordar um amigo sobre sua vida de oração. No entanto, como estudamos nesta semana, Deus nos pede que submetamos nosso ministério a um processo de avaliação. Por que muitas pessoas temem ser avaliadas?

Compreensão
O apóstolo Paulo e os líderes da igreja primitiva fizeram um grande esforço para incorporar em sua crescente comunidade de fé uma forma de medir sua eficiência. Eles não hesitaram em avaliar pessoalmente os que serviam no ministério. Esta seção analisa as orientações de Paulo para avaliação e algumas diretrizes usadas e ensinadas por Cristo.


Comentário Bíblico


I. Alguns bons líderes

1 Este ensinamento é verdadeiro: se alguém quer muito ser bispo na Igreja, está desejando um trabalho excelente.
2 O bispo deve ser um homem que ninguém possa culpar de nada. Deve ter somente uma esposa, ser moderado, prudente e simples. Deve estar disposto a hospedar pessoas na sua casa e ter capacidade para ensinar.
3 Não pode ser chegado ao vinho nem briguento, mas deve ser pacífico e calmo. Não deve amar o dinheiro.
4 Deve ser um bom chefe da sua própria família e saber educar os seus filhos de maneira que eles lhe obedeçam com todo o respeito.
5 Pois, se alguém não sabe governar a sua própria família, como poderá cuidar da Igreja de Deus?
6 O bispo não deve ser alguém convertido há pouco tempo; se for, ele ficará cheio de orgulho e será condenado como o Diabo foi.
7 É preciso que o bispo seja respeitado pelos de fora da Igreja, para que não fique desmoralizado e não caia na armadilha do Diabo.
8 Do mesmo modo, os diáconos devem ser homens de palavra e sérios. Não devem beber muito vinho, nem ser gananciosos.
9 Eles devem se apegar à verdade revelada da fé e ter sempre a consciência limpa.
10 Primeiro devem ser provados e depois, se forem aprovados, que sirvam a Igreja.
11 A esposa do diácono também deve ser respeitável e não deve ser faladeira. Ela precisa ser moderada e fiel em tudo.
12 O diácono deve ter somente uma esposa e ser capaz de governar bem os seus filhos e toda a sua família.
13 Pois os diáconos que fazem um bom trabalho conquistam o respeito dos irmãos na fé e são capazes de falar com coragem sobre a sua fé em Cristo Jesus. 1Tm 3:1-13.)

O cristianismo do Novo Testamento se caracteriza por uma inclusão contrária à tendência do Antigo Testamento. No Novo Testamento, o ministério é visto como pertencendo a todo aquele que declara a fé em Jesus Cristo.

25 Naquela ocasião Jesus disse: —Ó Pai, Senhor do céu e da terra, eu te agradeço porque tens mostrado às pessoas sem instrução aquilo que escondeste dos sábios e dos instruídos!
26 Sim, ó Pai, tu tiveste prazer em fazer isso.
27 —O meu Pai me deu todas as coisas. Ninguém sabe quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém sabe quem é o Pai, a não ser o Filho e também aqueles a quem o Filho quiser mostrar quem o Pai é.
28 —Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso.
29 Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso.
30 Os deveres que eu exijo de vocês são fáceis, e a carga que eu ponho sobre vocês é leve.  Mat 11:25-30

Em Mateus 11:25-30, Jesus convidou homens e mulheres sobrecarregados a descansar nEle. Os que O seguiram foram preparados para o ministério. Essa mesma disposição foi vista no trabalho dos apóstolos. Eles acolhiam todos na comunhão e no ministério, mas a liderança exigia mais do que acolhimento superficial.

Em 1 Timóteo 3:1-13, notamos que os líderes tinham que ser indivíduos de maturidade comprovada e excelente caráter. Afinal, eles estavam sendo chamados para liderar a igreja na adoração, no evangelismo, no serviço e na prática dos dons espirituais de cada um. As diretrizes de qualificação para a liderança, proferidas por Paulo, não enfatizavam a linhagem da família, como havia ocorrido nas diretrizes do Antigo Testamento. A ênfase de Paulo era a demonstração de caráter ético e retidão moral em longo prazo. Todo aquele que vivesse dessa maneira poderia ser levado em consideração para a liderança.

Possivelmente Paulo tivesse em mente outro motivo para estabelecer essas normas rigorosas para a avaliação dos bispos. O Comentário Bíblico Adventista [The SDA Bible Commentary] declara: "
O cristianismo exerceria pouca atração se faltasse integridade aos seus líderes, como ocorre, muitas vezes, com os homens de fora da igreja." (v. 7, p. 299).

Pense nisto: 
O procedimento de avaliação de Paulo foi concebido para garantir que o ministério do evangelho dado a Timóteo fosse construído sobre uma base forte. O que acontece com uma igreja quando seus líderes são antiéticos ou imorais?

II. O que Jesus fez

24 Pensemos uns nos outros a fim de ajudarmos todos a terem mais amor e a fazerem o bem.
25 Não abandonemos, como alguns estão fazendo, o costume de assistir às nossas reuniões. Pelo contrário, animemos uns aos outros e ainda mais agora que vocês vêem que o dia está chegando. Hb 10:24, 25

1 Depois todos foram para casa, mas Jesus foi para o monte das Oliveiras.
2 De madrugada ele voltou ao pátio do Templo, e o povo se reuniu em volta dele. Jesus estava sentado, ensinando a todos.
3 Aí alguns mestres da Lei e fariseus levaram a Jesus uma mulher que tinha sido apanhada em adultério e a obrigaram a ficar de pé no meio de todos.
4 Eles disseram: —Mestre, esta mulher foi apanhada no ato de adultério.
5 De acordo com a Lei que Moisés nos deu, as mulheres adúlteras devem ser mortas a pedradas. Mas o senhor, o que é que diz sobre isso?
6 Eles fizeram essa pergunta para conseguir uma prova contra Jesus, pois queriam acusá-lo. Mas ele se abaixou e começou a escrever no chão com o dedo.
7 Como eles continuaram a fazer a mesma pergunta, Jesus endireitou o corpo e disse a eles: —Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!
8 Depois abaixou-se outra vez e continuou a escrever no chão.
9 Quando ouviram isso, todos foram embora, um por um, começando pelos mais velhos. Ficaram só Jesus e a mulher, e ela continuou ali, de pé.
10 Então Jesus endireitou o corpo e disse: —Mulher, onde estão eles? Não ficou ninguém para condenar você?
11 —Ninguém, senhor! —respondeu ela. Jesus disse: —Pois eu também não condeno você. Vá e não peque mais! Jo 8:1-11

A lição de segunda-feira nos anima a avaliar com cuidado, procurando sempre reafirmar uns aos outros em Cristo. O apóstolo Paulo costumava se esforçar para reconhecer os indivíduos e grupos quando via neles algo digno de louvor. Para os cristãos em Éfeso, ele escreveu: "
Por essa razão, desde que ouvi falar da fé que vocês têm no Senhor Jesus e do amor que demonstram para com todos os santos, não deixo de dar graças por vocês, mencionando-os em minhas orações” (Ef 1:15, 16, NVI). Paulo incentivava os santos sempre que possível. Ele estava sempre à procura do bom fruto espiritual, sempre verificando para ver como poderia encorajar os santos às boas obras.

Sem dúvida, Paulo aprendeu essa ética do encorajamento com o exemplo de Jesus. Cristo parecia dedicar um cuidado especial às pessoas que tinham sido avaliadas e descartadas pelos líderes religiosos da época. Da mulher apanhada em adultério, Ellen White escreveu: "
Jesus contemplou por um momento a cena – a trêmula vítima em sua vergonha, os mal-encarados dignitários, destituídos da própria simpatia humana. Seu espírito de imaculada pureza recuou do espetáculo. Bem sabia para que fim esse caso fora levado a Ele. Lia o coração, e conhecia o caráter e a história da vida de cada um dos que se achavam em Sua presença. Esses pretensos guardiões da justiça haviam, eles mesmos, induzido a vítima ao pecado, a fim de preparar uma armadilha para Jesus. Sem dar nenhum indício de haver escutado a sua pergunta, o Mestre inclinou-Se e, fixando no chão o olhar, começou a escrever na terra" (O Desejado de Todas as Nações, p. 461).

Jesus havia avaliado os acusadores da mulher em um nível mais profundo do que qualquer ser humano poderia fazer. Ele leu o coração deles e escreveu a avaliação do seu conteúdo na terra, para que todos vissem.

Pense nisto: 
Os fariseus trouxeram a mulher diante de Jesus com a intenção de prendê-Lo em uma armadilha. Eles não se importavam com a mulher e até mesmo a haviam levado a pecar. Em outras palavras, eles tentaram usar o pecado dela para alcançar seus objetivos. Quando avaliamos as pessoas – ou, aliás, os ministérios – como podemos ter certeza de que estamos avaliando sem espírito crítico?

III. Verifique o fruto

Mas o SENHOR disse: —Não se impressione com a aparência nem com a altura deste homem. Eu o rejeitei porque não julgo como as pessoas julgam. Elas olham para a aparência, mas eu vejo o coração. 1Samuel 16:7

15 —Cuidado com os falsos profetas! Eles chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos selvagens.
16 Vocês os conhecerão pelo que eles fazem. Os espinheiros não dão uvas, e os pés de urtiga não dão figos.
17 Assim, toda árvore boa dá frutas boas, e a árvore que não presta dá frutas ruins.
18 A árvore boa não pode dar frutas ruins, e a árvore que não presta não pode dar frutas boas.
19 Toda árvore que não dá frutas boas é cortada e jogada no fogo. Mateus 7:15-19

A lição de quarta-feira tratou da espinhosa questão das formas de avaliar o crescimento espiritual das pessoas. Somos seres humanos caídos, falíveis, de uma raça deteriorada por seis mil anos de pecado. Visto estarmos afastados de Deus, nosso julgamento é falho, imperfeito e sem qualificação para "avaliar algo tão ‘intangível’ como a espiritualidade dos outros". No entanto, somos chamados a fazer exatamente isso, às vezes. Por exemplo, em Mateus 7:15, Jesus nos dá orientações para identificar os falsos profetas que vêm a nós "
vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores”. Ele parece complicar ainda mais o assunto, abrindo essa parte final do Sermão da Montanha com um discurso contra a atitude de julgar os outros. É possível verificar o fruto da pessoa e não julgá-la? Como podemos distinguir um verdadeiro profeta de um falso? Devemos observar o fruto crescendo na árvore da sua vida.

Observar o fruto é diferente de julgar? O Comentário Bíblico Adventista [The SDA Bible Commentary] menciona que, quando Jesus advertiu Seus ouvintes a não julgar para que não fossem julgados, Ele estava Se referindo "
especialmente a julgar os motivos dos outros, e não a julgar seus atos certos ou errados. Somente Deus é competente para julgar os motivos dos homens, devido ao fato de que unicamente Ele é capaz de ler os pensamentos mais profundos dos homens." (v. 5, p. 354, 355).

Jesus disse aos Seus ouvintes que eles conheceriam (a palavra grega conhecer, usada em Mateus 7:16, significa conhecer totalmente) os falsos pelas palavras proferidas, pelos atos cometidos e pela maneira de viver. No entanto, Ele nunca pediu aos Seus ouvintes que julgassem a motivação do coração das pessoas.

Pense nisto: 
Jesus repreendeu abertamente o pecado dos outros durante Seu ministério? Em que circunstâncias é apropriado revelar o fruto podre na vida de alguém? Como isso deve ser realizado? Que respostas encontramos no exemplo de Jesus?

Aplicação
Como podemos avaliar nossa vida pessoal? Enquanto os alunos respondem às perguntas abaixo, incentive-os a encontrar as respostas na sua experiência com Deus.

Perguntas para reflexão
1. De que forma Deus nos avalia? Que ferramentas Ele usa para medir nossa aptidão para o trabalho do ministério?

20 Portanto, vocês conhecerão os falsos profetas pelas coisas que eles fazem.
21 —Não é toda pessoa que me chama de “Senhor, Senhor” que entrará no Reino do Céu, mas somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu.
22 Quando aquele dia chegar, muitas pessoas vão me dizer: “Senhor, Senhor, pelo poder do seu nome anunciamos a mensagem de Deus e pelo seu nome expulsamos demônios e fizemos muitos milagres!”
23 Então eu direi claramente a essas pessoas: “Eu nunca conheci vocês! Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal!” Mateus 7:21-23.

2. O que separa aqueles a quem Jesus conhece dos que Ele não conhece? Como o contexto de Mateus 7 contribui para uma compreensão mais profunda desses versos?

Perguntas de aplicação
1. Se você fosse chamado para participar da elaboração de um plano que promovesse o crescimento espiritual dos membros da igreja, por onde você começaria? Como você avalia a condição atual da igreja?
2. Qual é o papel do Espírito Santo na orientação dos esforços evangelísticos da igreja remanescente de Deus? Qual é o papel do Espírito na avaliação dos alvos e objetivos do ministério?

Perguntas para testemunho
1. Por que alguns cristãos dão muita importância ao número de pessoas batizadas em um ano, enquanto outros, não? Como avaliamos as igrejas ou grupos cujo crescimento parece estagnado? Quais são as nossas conclusões sobre seu comprometimento com a comissão evangélica?
2. Quais são seus objetivos pessoais para a pregação do evangelho? Por que é essencial definir alvos e avaliá-los periodicamente? Como fazer isso sem se tornar legalista?

Criatividade
Peça que a classe responda à seguinte pergunta: Se precisamos ter cuidado ao julgar os outros, que cuidado precisamos ter ao julgar a nós mesmos?




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