segunda-feira, 11 de junho de 2012

Levando informação à igreja (estudo nº 11)






Voltaram os apóstolos à presença de Jesus e Lhe relataram tudo quanto haviam feito e ensinado (Mc 6:30).

Leituras da semana: At 4:1-31; 21:19-25; 1Co 9:19-23; Nm 13:17-33; At 11:1-18

Pensamento-chave: Como um relatório dos esforços missionários da igreja primitiva, o livro de Atos está cheio de lições para nós.

O incrível crescimento da igreja primitiva tem levado muitos a estudar o livro de Atos. Consequentemente, à luz desse livro, foram examinadas muitas áreas da vida da igreja, como crescimento de igreja, missões estrangeiras, administração da igreja e evangelismo. Embora muita coisa tenha sido extraída de Atos sobre esses temas, existem outros aspectos, como a apresentação de relatórios, que não receberam a atenção que merecem.

A base dos relatórios no livro de Atos são os relatórios dos evangelhos. Evidentemente, essa importante atividade da igreja tem um impacto significativo sobre o sucesso do testemunho e do evangelismo. A razão é muito simples: precisamos saber o que está acontecendo, e o que funciona ou não.

Nesta semana, examinaremos como os primeiros evangelistas apresentaram relatórios aos seus líderes e para a igreja como um todo. O objetivo é compreender a importância de relatar e ver em que ponto isso pode melhorar as estratégias de testemunho e evangelismo de uma igreja local.

Domingo                                     Um princípio bíblico


Quando alguém menciona relatórios, você pode imaginar muitas folhas de papel cheias de fatos e estatísticas que provavelmente farão pouco mais do que acumular poeira. Entretanto, os relatórios não são uma invenção moderna projetada para frustrar os envolvidos no testemunho e evangelismo. Relatórios são um princípio bíblico. Como revela o Verso Para Memorizar para esta semana, quando os discípulos voltaram de uma viagem missionária, relataram a Jesus tudo que tinham feito e ensinado. Essa parece ser uma parte central da obra do evangelho.

Embora não possamos apontar um texto bíblico específico que diga: “Você deve relatar porque...”, há ampla evidência de que os relatórios eram importantes tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Relatar é uma atividade que faz parte de uma cadeia de eventos, ou seja: alguém prepara um relatório, alguém recebe o relatório, o relatório é avaliado, então decisões são tomadas e ações são planejadas em resposta ao que foi relatado.

1. Que relatório Pedro e João apresentaram aos irmãos? O que a igreja foi impelida a fazer por causa desse relatório? Que lições aprendemos com esse episódio?

1 Pedro e João ainda estavam falando ao povo quando chegaram alguns sacerdotes, o chefe da guarda do Templo e alguns saduceus.
2  Eles ficaram muito aborrecidos porque os dois apóstolos estavam ensinando ao povo que Jesus havia ressuscitado e que isso provava que os mortos vão ressuscitar.
3  Então prenderam os dois e os puseram na cadeia para ficarem lá até o dia seguinte, pois já era muito tarde.
4  Porém muitas pessoas que ouviram a mensagem creram, e os homens que creram foram mais ou menos cinco mil.
5 No dia seguinte reuniram-se em Jerusalém as autoridades dos judeus, os líderes do povo e os mestres da Lei.
6  Nessa reunião estavam também Anás, que era o Grande Sacerdote, Caifás, João, Alexandre e os outros que eram da família do Grande Sacerdote.
7  As autoridades puseram os apóstolos em frente deles e perguntaram: —Com que poder ou em nome de quem vocês fizeram isso?
8  Então Pedro, cheio do Espírito Santo, respondeu: —Autoridades e líderes do povo!
9  Os senhores estão nos perguntando hoje sobre o bem que foi feito a este homem e como ele foi curado.
10  Pois então os senhores e todo o povo de Israel fiquem sabendo que este homem está aqui completamente curado pelo poder do nome de Jesus Cristo, de Nazaré—aquele que os senhores crucificaram e que Deus ressuscitou.
11  Jesus é aquele de quem as Escrituras Sagradas dizem: “A pedra que vocês, os construtores, rejeitaram veio a ser a mais importante de todas.”
12  A salvação só pode ser conseguida por meio dele. Pois não há no mundo inteiro nenhum outro que Deus tenha dado aos seres humanos, por meio do qual possamos ser salvos.
13  Os membros do Conselho Superior ficaram admirados com a coragem de Pedro e de João, pois sabiam que eram homens simples e sem instrução. E reconheceram que eles tinham sido companheiros de Jesus.
14  Mas não podiam dizer nada contra os dois, pois o homem que havia sido curado estava ali de pé, junto com eles.
15 Em seguida mandaram que Pedro e João saíssem da sala do Conselho e começaram a discutir o assunto.
16 Eles diziam: —O que vamos fazer com estes homens? Pois todos os moradores de Jerusalém sabem que eles fizeram um grande milagre, e nós não podemos negar isso.
17  Mas, para não deixar que a notícia se espalhe ainda mais entre o povo, vamos ameaçá-los, a fim de que nunca mais falem com ninguém a respeito de Jesus.
18  Então os chamaram e ordenaram duramente que não falassem nem ensinassem nada a respeito de Jesus.
19  Mas Pedro e João responderam: —Os senhores mesmos julguem diante de Deus: devemos obedecer aos senhores ou a Deus?
20  Pois não podemos deixar de falar daquilo que temos visto e ouvido.
21  Aí o Conselho Superior os ameaçou com mais dureza ainda e depois os mandou embora. O Conselho não pôde castigá-los porque todo o povo louvava a Deus por causa do que havia acontecido.
22  O homem que foi curado por esse milagre tinha mais de quarenta anos.
23 Quando Pedro e João foram soltos, voltaram para o seu grupo e contaram tudo o que os chefes dos sacerdotes e os líderes do povo haviam dito.
24  Assim que eles ouviram isso, adoraram todos juntos a Deus, dizendo: —Senhor, tu és o Criador do céu, da terra, do mar e de tudo o que existe neles!
25  Tu falaste por meio do Espírito Santo e do nosso antepassado Davi, teu servo, quando ele disse: “Por que as nações pagãs ficaram furiosas? Por que os povos fizeram planos tão tolos?
26  Os seus reis se prepararam, e os seus governantes se ajuntaram contra o Senhor Deus e contra o Messias, que ele escolheu.”
27  —De fato, Herodes e Pôncio Pilatos se juntaram aqui nesta cidade, com os não-judeus e com o povo de Israel, contra Jesus, o teu dedicado Servo que escolheste para ser o Messias.
28  Eles se reuniram para fazer tudo o que, pelo teu poder e pela tua vontade, já havias resolvido que ia acontecer.
29  Agora, Senhor, olha para a ameaça deles. Dá aos teus servos confiança para anunciarem corajosamente a tua palavra.
30  Estende a mão para curar, a fim de que, por meio do poder do nome do teu dedicado Servo Jesus, milagres e maravilhas sejam feitos.
31  Quando terminaram de fazer essa oração, o lugar onde estavam reunidos tremeu. Então todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a anunciar corajosamente a palavra de Deus. At 4:1-31

Considere que, sem jornais, rádio ou televisão por satélite, a palavra falada era a principal forma de espalhar a boa notícia sobre Jesus. Se esses cristãos primitivos cedessem às ameaças feitas contra eles, sua influência em favor de Deus teria sido seriamente prejudicada. Eles se reuniam, ouviam os relatos, e então escolhiam uma estratégia que lhes permitisse ser fiéis à sua vocação evangelística.

No centro de tudo, é claro, estavam a oração e a leitura das Escrituras. Se não encontrarmos nada mais nessa história, podemos ver a importância que eles davam à oração e à confiança na Palavra de Deus. Não deve ser diferente para nós hoje.

Embora não tenhamos os detalhes do que eles planejavam, o verso 29 mostra que, apesar das ameaças recebidas, eles continuvam a falar sobre Jesus.

As Escrituras foram citadas diante dos líderes de Israel e dos outros cristãos judeus, mostrando que elas eram essenciais para sua fé e seu testemunho. As Escrituras são importantes e essenciais em sua vida? (para responder pense na seguinte pergunta: Quanto tempo passo com as Escrituras a cada dia?)



Segunda                                     “O que Deus tem feito”


Constantemente somos lembrados de que, em quase todas áreas da vida, a comunicação eficaz é a chave para a compreensão e a harmonia. Ao considerarmos a família da igreja, vemos que relatar as atividades e seus resultados é uma parte vital da comunicação interna. Em muitas igrejas há muita atividade, mas apenas os envolvidos em cada ministério sabem o que acontece ali. Devido a isso, há um sentimento correspondente entre os que lideram os ministérios que não têm muita relação com o que eles estão fazendo. Esses sentimentos não são surpreendentes se os líderes nunca compartilham seus objetivos e estratégias com a igreja e nunca relatam suas atividades e resultados.

2. Qual foi a reação da igreja quando ouviu o relatório de Paulo? Em meio ao bom relatório havia indícios de divisão entre os cristãos. Qual era a causa do problema, como Paulo reagiu e que lições existem para nós?

19  Então Paulo os cumprimentou e deu um relatório completo de tudo o que Deus tinha feito por meio dele entre os não-judeus.
20  Depois de o ouvirem, todos eles deram graças a Deus e disseram a Paulo: —Veja bem, irmão! Há milhares de judeus que se tornaram cristãos e todos eles são fiéis à Lei de Moisés.
21  Eles ouviram dizer que você ensina os judeus que moram em outros países a abandonarem a Lei, dizendo a eles que não circuncidem os seus filhos, nem respeitem os costumes dos judeus.
22  O que vamos fazer? Com certeza eles já ouviram dizer que você chegou.
23  Portanto, faça o que vamos dizer: estão aqui entre nós quatro homens que têm de cumprir uma promessa a Deus.
24  Então vá, tome parte com eles na cerimônia de purificação e pague a despesa para que eles possam rapar a cabeça. Assim todos saberão que não é verdade o que se diz de você. Pelo contrário, vão ficar sabendo que, de fato, você vive de acordo com a Lei de Moisés.
25  Mas, quanto aos não-judeus que se tornaram cristãos, nós já mandamos uma carta a eles, dizendo o seguinte: “Não comam carne de animais que foram oferecidos em sacrifício aos ídolos, nem sangue, nem carne de nenhum animal que tenha sido estrangulado. E também não pratiquem imoralidade sexual.” At 21:19-25

19 Sou um homem livre; não sou escravo de ninguém. Mas eu me fiz escravo de todos a fim de ganhar para Cristo o maior número possível de pessoas.
20  Quando trabalho entre os judeus, vivo como judeu a fim de ganhá-los para Cristo. Não estou debaixo da Lei de Moisés; mas, quando trabalho entre os judeus, vivo como se estivesse debaixo dessa Lei para ganhar os judeus para Cristo.
21  Assim também, quando estou entre os não-judeus, vivo fora da Lei de Moisés a fim de ganhar os não-judeus para Cristo. Isso não quer dizer que eu não obedeço à lei de Deus, pois estou, de fato, debaixo da lei de Cristo.
22  Quando estou entre os fracos na fé, eu me torno fraco também a fim de ganhá-los para Cristo. Assim eu me torno tudo para todos a fim de poder, de qualquer maneira possível, salvar alguns.
23  Faço tudo isso por causa do evangelho a fim de tomar parte nas suas bênçãos. 1Co 9:19-23

Voltando a Jerusalém de uma viagem missionária, Paulo relatou a Tiago e a todos os anciãos a maneira pela qual Deus havia abençoado seu ministério entre os gentios. Quando Paulo relatou cada um dos muitos avanços do evangelho, os líderes da igreja responderam com um espontâneo e genuíno louvor a Deus.

No entanto, havia evidência de divisão e confusão, mesmo em meio às boas notícias do testemunho de Paulo.

Muitos dos judeus que haviam aceitado o evangelho acariciavam ainda certo respeito pela lei cerimonial, e estavam demasiadamente dispostos a fazer desavisadas concessões, esperando assim ganhar a confiança de seus concidadãos, remover seus preconceitos e ganhá-los para a fé em Cristo como o redentor do mundo. Paulo compreendeu que, por todo o tempo em que muitos dos principais membros da igreja em Jerusalém continuassem a manter o preconceito contra ele, procurariam constantemente prejudicar sua influência. Acreditava que, se por alguma concessão razoável pudesse ganhá-los para a verdade, removeria um grande obstáculo ao êxito do evangelho em outros lugares. Não se achava, porém, autorizado por Deus para ceder tanto quanto pediam” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 405).

Hoje também lutamos com a divisão entre nós com relação à melhor forma de alcançar as pessoas. Quais são as lutas enfrentadas em sua igreja? Como você pode ajudar a resolver essas questões?



Terça                                      A importância de relatar


A importância de relatar as atividades de evangelismo e testemunho e seus resultados nem sempre foi percebida e, consequentemente, nem sempre isso foi realizado. Em todas as áreas da nossa atual vida agitada, a importância é colocada sobre as coisas em proporção ao seu valor percebido. Coisas vistas como desperdício de tempo e esforço geralmente não recebem muito do nosso tempo e atenção. Portanto, a importância de relatar precisa ser demonstrada. Ou seja, os membros da igreja precisam perceber o que pode ser alcançado por meio das avaliações dos relatórios.

Existe diferença entre simplesmente relatar fatos frios e duros e compartilhar as atividades que esses fatos representam como uma parte bem-sucedida dos esforços da igreja para alcançar pessoas para Cristo. Os que apresentam os relatórios têm a responsabilidade de assegurar que seus relatos comuniquem o entusiasmo e a alegria do sucesso que surge do envolvimento no ministério destacado no relatório.

3. Se removêssemos todos os relatórios de atividades evangelísticas do livro de Atos, que informações emocionantes e encorajadoras perderíamos?
Cada vez mais se agregavam crentes ao Senhor, homens e mulheres em grande número, At 5:14
4 Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra.
12  Quando, porém, deram crédito a Filipe, que os evangelizava a respeito do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, iam sendo batizados, assim homens como mulheres. At 8:4, 12

A mão do Senhor estava com eles, e muitos, crendo, se converteram ao Senhor. At 11:21

E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia, At 14:21
O impressionante crescimento da igreja, relatado no livro de Atos, não aconteceu de modo simples. Fortalecidos pelo Espírito Santo, e lembrando a promessa de sucesso feita por Jesus, os fiéis se envolveram em atividades que trouxeram esses resultados. Eles estavam concentrados no que desejavam alcançar e na melhor forma de realizar isso. Está relatado que, por meio da pregação do evangelho, multidões de homens e mulheres se converteram ao Senhor e foram batizadas como parte de seu processo de discipulado. Isso ressalta a importância de relatar os resultados e as atividades com tantos detalhes quanto possível. Na verdade, a Bíblia registra mais os resultados das atividades de testemunho e evangelismo do que os detalhes dessas atividades.

Os primeiros missionários iam a todos os lugares em que pudessem, pregando sobre Jesus e Seu reino. Devido aos resultados relatados e registrados, supomos que também apresentassem poderosos apelos aos seus ouvintes. Essas constantes pregações e apelos produziram resultados maravilhosos no crescimento da igreja, registrados no livro de Atos.



Quarta                             Relatórios e motivação


Quando falamos de motivação, estamos nos referindo às razões profundas pelas quais acreditamos nas coisas ou as realizamos. Isso também é verdade com relação aos relatórios. Quando relatamos, fazemos isso por uma razão ou algumas razões. Nossas razões poderiam ser simplesmente uma tentativa de convencer uma comissão a continuar financiando algum projeto. Ou poderíamos relatar de uma forma que convencesse as pessoas a interromper um programa ou a trocar os líderes. Se o conteúdo do relatório ou sua ênfase envolve informações selecionadas, talvez as decisões tomadas com base na avaliação de tais relatórios podem não ser as melhores. Assim, nossos relatórios precisam ser honestos e justos.

4. Os doze espias viram as mesmas coisas. Por que apenas dois deles reagiram de modo positivo? Que lição devemos tirar desse incidente para nós hoje?
17  Quando Moisés os mandou espionar a terra de Canaã, disse a esses homens o seguinte: —Vão pela região sul e subam pelas montanhas.
18  Vejam bem que terra é essa. Vejam também se o povo que mora nela é forte ou fraco, se são poucos ou muitos.
19  Vejam se a terra onde esse povo mora é boa ou ruim, se as suas cidades têm muralhas ou não.
20  Examinem também a qualidade da terra, se é boa para plantar ou não. Vejam se há matas. Tenham coragem e tragam algumas frutas da terra (Estava na época da primeira colheita de uvas.).
21 Assim, os homens saíram e espionaram a terra desde o deserto de Zim até Reobe, perto da subida de Hamate.
22  Eles subiram pela região sul e foram até Hebrom. Ali viviam Aimã, Sesai e Talmai, descendentes de uma raça de gigantes chamados anaquins (Hebrom tinha sido construída sete anos antes de Zoã, no Egito.).
23  Depois chegaram ao vale de Escol e ali cortaram um galho de uma parreira com um cacho de uvas, que dois homens carregaram pendurado numa vara. Eles pegaram também romãs e figos
24  (Chamaram aquele lugar de “vale de Escol” por causa do cacho de uvas que eles haviam cortado ali.).
25  Depois de espionarem a terra quarenta dias,
26 eles voltaram a Cades, no deserto de Parã, onde estavam Moisés, Arão e todo o povo de Israel. E contaram a eles e a todo o povo o que tinham visto e mostraram as frutas que haviam trazido da terra.
27  Eles disseram a Moisés: —Nós fomos até a terra aonde você nos enviou. De fato, ela é boa e rica, como se pode ver por estas frutas.
28  Mas os que moram lá são fortes, e as cidades são muito grandes e têm muralhas. Além disso, vimos ali os descendentes dos gigantes.
29  Os amalequitas moram na região sul da terra. Os heteus, os jebuseus e os amorreus moram nas montanhas. Os cananeus vivem perto do mar Mediterrâneo e na beira do rio Jordão.
30  Aí o povo começou a reclamar contra Moisés, mas Calebe os fez calar e disse: —Vamos atacar agora e conquistar a terra deles; nós somos fortes e vamos conseguir isso!
31  Porém os outros que tinham ido com ele disseram: —Não. Não podemos atacar aquela gente, pois é mais forte do que nós.
32  Assim, espalharam notícias falsas entre os israelitas a respeito da terra que haviam espionado. Eles disseram: —Aquela terra não produz o suficiente nem para alimentar os seus moradores. E os homens que vimos lá são muito altos.
33  Também vimos ali gigantes, os descendentes de Anaque. Perto deles nós nos sentíamos tão pequenos como gafanhotos; e, para eles, também parecíamos gafanhotos. Nm 13:17-33

Embora Deus tivesse prometido que os filhos de Israel certamente podiam tomar a terra, alguns dos espias não tinham confiança. Josué e Calebe deram um bom relatório acerca da terra e sugeriram que fossem imediatamente para tomar posse (v. 30). Os outros que estiveram com eles quando espiaram a terra deram um relatório negativo, enfatizando os obstáculos para conquistá-la e sugerindo que voltassem para o Egito.

Ao elaborarmos relatórios, devemos considerar a vontade revelada de Deus e Suas bênçãos. Não devemos apenas relatar o sucesso que tivemos naquilo que fizemos, mas o sucesso que alcançamos quando cumprimos a vontade de Deus.

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Mt 7:21

Existe sempre a possibilidade de nos envolvermos com os padrões mais recentes de ministério evangelístico e medirmos nosso sucesso pela habilidade em implementar esses princípios, em comparação com outras igrejas. Quando relatamos nosso aparente sucesso, podemos estar mais interessados em parecer bem-sucedidos do que em buscar a vontade de Deus para nossa igreja e colocá-la em prática, por Sua graça.

Esse é um desafio para nossas igrejas hoje, quando parece que somos bombardeados por infindáveis “melhores” formas de evangelizar. No relatório dos espias, certamente Josué e Calebe também viam os obstáculos para conquistar a terra, mas conheciam também a vontade de Deus. Portanto, uma parte importante de seu relatório assegurou ao povo que certamente era possível tomar posse da terra. Por outro lado, os espias cujo pensamento não incluía reflexões sobre a vontade de Deus trouxeram um relatório completamente negativo, calculado para convencer o povo de que retornar ao Egito seria a melhor opção.



Quinta                                          Dando glória a Deus


Algumas pessoas hesitam em apresentar relatórios bem-sucedidos porque pensam que isso pode ser uma forma de ostentação com base na realização humana. Na realidade, porém, por meio dos relatórios fiéis, Deus é glorificado e Sua igreja é fortalecida na fé e na determinação de continuar trabalhando para Ele. Embora seja verdade que, às vezes, alguém possa relatar com motivos indignos, isso não deve impedir os cristãos humildes de partilhar as coisas poderosas que Deus tem feito por intermédio deles e como os tem capacitado a ser para Ele testemunhas e evangelistas. Se feitos com humildade, entusiasmo e amor pelas pessoas, os relatórios podem encorajar grandemente os outros membros da igreja a se envolver também no trabalho de evangelismo e de alcançar pessoas.

5. Como os líderes e membros da igreja em Jerusalém reagiram ao relatório de Pedro sobre o trabalho entre os gentios? Os princípios revelados nessa passagem ainda são importantes para a igreja?

1 Os apóstolos e os outros seguidores de Jesus em toda a região da Judéia souberam que os não-judeus também haviam recebido a palavra de Deus.
2  Quando Pedro voltou para Jerusalém, aqueles que queriam que os não-judeus fossem circuncidados o criticaram,
3  dizendo: —Você ficou hospedado na casa de homens que não são circuncidados e até tomou refeições com eles!
4  Então Pedro deu um relatório completo de tudo o que havia acontecido, desde o começo. Ele disse:
5  —Eu estava na cidade de Jope e lá, enquanto estava orando, tive uma visão. Vi uma coisa parecida com um grande lençol, que baixou do céu, amarrado pelas quatro pontas, e parou perto de mim.
6  Eu olhei para dentro daquilo com atenção e vi animais domésticos, animais selvagens, animais que se arrastam pelo chão e aves.
7  Depois ouvi uma voz, que me dizia: “Pedro, levante-se! Mate e coma!”
Eu respondi: “Isso não, Senhor! Eu nunca comi nenhuma coisa que a lei considera suja ou impura!”
9  Então a voz falou de novo do céu: “Não chame de impuro aquilo que Deus purificou.”
10  Isso aconteceu três vezes, e depois tudo aquilo voltou para o céu.
11  Justamente naquela hora três homens que tinham sido mandados de Cesaréia para me buscar chegaram à casa onde eu estava hospedado.
12  E o Espírito de Deus me disse que fosse com eles, sem duvidar. Estes seis irmãos da cidade de Jope também foram comigo, e todos nós entramos na casa de Cornélio.
13  Então ele nos contou como viu na casa dele um anjo, em pé, que lhe disse: “Mande alguém a Jope para buscar Simão, que também é chamado de Pedro.
14  Ele vai dizer como você e toda a sua família podem ser salvos.”
15  E Pedro continuou: —Quando comecei a falar, o Espírito Santo veio sobre eles, como tinha vindo sobre nós no princípio.
16  Aí eu lembrei que o Senhor Jesus tinha dito: “É verdade que João batizou com água, mas vocês serão batizados com o Espírito Santo.”
17  De fato, os não-judeus receberam de Deus o mesmo dom que nós recebemos quando cremos no Senhor Jesus Cristo. E quem era eu para ir contra Deus?
18  Quando ouviram isso, eles ficaram sem ter o que dizer e louvaram a Deus, dizendo: —Então Deus deu também aos não-judeus a oportunidade de se arrependerem e ganharem a vida eterna! At 11:1-18

Pedro e os outros que ousaram testemunhar e evangelizar fora dos círculos judaicos haviam sido criticados. Em seguida, no entanto, como resultado do relatório de Pedro à igreja em Jerusalém, as críticas cessaram e os outros cristãos judeus glorificaram a Deus.

De nossa perspectiva atual, não é fácil compreender as questões em jogo naquele tempo. Claro, o evangelho devia alcançar a todos, judeus e gentios, mesmo que chegasse primeiro aos judeus

Eu não me envergonho do evangelho, pois ele é o poder de Deus para salvar todos os que crêem, primeiro os judeus e também os não-judeus. Rm 1:16

Todos sabem disso. No entanto, no contexto do livro de Atos, o conceito das promessas da aliança se estendendo aos gentios exigiria uma grande mudança no pensamento judaico. Todavia, por causa dos relatórios sobre as bênçãos e atuação divina, os membros da igreja obtiveram nova compreensão do desejo divino de salvar todas as pessoas em todos os lugares. Na verdade, desde o início sempre havia sido plano de Deus salvar todos os que quisessem ser salvos

1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus,
2  graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,
4  assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor  Ef 1:1-4

Todos nós éramos como ovelhas que se haviam perdido; cada um de nós seguia o seu próprio caminho. Mas o SENHOR castigou o seu servo; fez com que ele sofresse o castigo que nós merecíamos. Is 53:6

Mas nós vemos Jesus fazendo isso. Por um pouco de tempo ele foi colocado em posição inferior à dos anjos, para que, pela graça de Deus, ele morresse por todas as pessoas. Agora nós o vemos coroado de glória e de honra por causa da morte que ele sofreu. Hb 2:9

Provavelmente, em menos de dois minutos o leitor possa ler o relatório de Pedro em Atos 11:1-18. Podemos seguramente admitir que seu relatório, as perguntas que se seguiram e as respostas para cada uma delas teriam levado muito mais tempo. Além disso, embora Pedro se referisse a si mesmo ao longo do relatório, e ainda que alguns membros da igreja pudessem ter dito: “Muito bem, Pedro!”, toda a glória foi dada a Deus, e os líderes da igreja foram encorajados, quando tiveram maior compreensão de que a comissão evangélica ao mundo inteiro poderia se tornar realidade.

Sexta                                          Estudo adicional


Como vimos nesta semana, outras pessoas precisam saber o que você está fazendo. Relatórios específicos, tais como índices de frequência e demonstrativos financeiros certamente são necessários. É igualmente importante que você apresente relatórios em concílios evangelísticos e comissões da igreja. Embora um relatório verbal possa tocar brevemente nos principais pontos, deve ser entregue um relatório escrito que contenha tantos detalhes quanto possível.

Essa informação não apenas manterá as pessoas interessadas em seu ministério, tornando mais fácil encorajar o envolvimento, mas melhorará diretamente a avaliação, o planejamento do futuro e a orientação.

Certifique-se de que seus relatórios estejam relacionados com os planos de evangelismo global da igreja. Explique como seu ministério é parte de uma estratégia que está contribuindo para a realização dos objetivos da igreja.

Desafie a si mesmo a respeito de sua motivação para relatar. Até que ponto você está centrado na vontade de Deus para sua igreja e na salvação das pessoas?

Perguntas para reflexão
1. Como apresentamos relatórios de “más notícias”? O que fazemos se um programa da igreja não está funcionando? Como isso deve ser discutido e examinado, para que sejam efetuadas as mudanças necessárias? Se atribuímos ao Senhor o sucesso no evangelismo, a quem devemos culpar se as coisas não estão indo tão bem?
2. Por mais que afirmemos dogmaticamente nossa crença de que o evangelho deve alcançar todo o mundo, de que forma nossos preconceitos culturais e sociais podem necessitar do mesmo tipo de mudança que ocorreu com os primeiros cristãos judeus?
3. Embora o contexto desta semana tenha sido sobre os relatórios das atividades evangelísticas, pense sobre o conceito de dar qualquer tipo de relatório, em qualquer tipo de situação. Como podemos ter certeza de que somos honestos e verdadeiros e não apresentamos as informações de uma forma que nos dê o que desejamos, independentemente de como nossas palavras são distorcidas? Por que é tão fácil enganarmos a nós mesmos enquanto agimos dessa forma?




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