terça-feira, 19 de julho de 2011

Alegria diante do Senhor: santuário e adoração (resumo do estudo nº 04)




e vos alegrareis perante o SENHOR, vosso Deus, vós, os vossos filhos, as vossas filhas, os vossos servos, as vossas servas e o levita que mora dentro das vossas cidades e que não tem porção nem herança convosco. Deuteronômio 12:12

Saber: Ilustrar como o santuário estava não apenas no centro da adoração, mas no centro do relacionamento e da comunicação com Deus.
Sentir: Alimentar a atitude da busca fervorosa, serviço abnegado e celebração das bênçãos de Deus em nossos atos de adoração.
Fazer: Apresentar-se diariamente, na adoração, como sacrifício vivo e santo.

Esboço

I. Deus habitando conosco
A. Como o santuário provia um lugar para experimentar um relacionamento salvífico com Deus?
B. Como o santuário ilustrava as doutrinas relacionadas com o caráter santo e glorioso de Deus e as expectativas a respeito de como Ele devia ser adorado?
C. Como ele trazia oportunidades para celebrar as bênçãos de Deus?
D. Como o santuário oferecia oportunidades para comunicação e relacionamento?

II. Os que buscam a Deus com fervor
A. Embora os sacrifícios fossem oferecidos diariamente, que atitudes dos adoradores impediam que esses rituais se tornassem uma tradição fria e sem sentido?
B. Qual era papel do calendário de festas e sábados em promover a atitude de alegria e celebração na adoração?

III. Templo vivo, sacrifício vivo

A. Como os serviços do santuário do tempo de Israel influenciam nossa devoção diária e vida espiritual? Como eles influenciam nossos cultos de adoração semanais?

Resumo: 
Os serviços de adoração do santuário estavam centralizados nas provisões de Deus para nos salvar do pecado e nos santificar diariamente. Eles também proviam os meios para comunicação íntima e celebração da bondade de Deus.


Motivação

A adoração não é um esporte para espectadores. Exige nossa participação, tanto no ativo louvor a Deus quanto na entrega de nós mesmos e daquilo que temos.

Enfatize o valor que Deus coloca em nosso relacionamento com Ele, conforme percebemos em nossa experiência de adoração e entrega.

Há muito tempo, em Roma, havia um comerciante. Todos os anos de sua vida adulta ele havia pago o imposto prescrito de um denário para o imperador. Seu negócio prosperou, mas o que ele tinha nunca era suficiente. Então, ele secretamente se ressentia do pagamento daquele denário. No entanto, ele continuava a pagar, sabendo que não havia alternativa. Mas um dia, disse a um amigo: "Você sabe, para mim é realmente um grande absurdo ter que pagar ao imperador um denário a cada ano."
O amigo olhou para ele com surpresa. "Por quê?", perguntou.
"Pense nisso", respondeu o comerciante. "Quem cunha os denários?"
"Ora, o imperador, eu acho", disse o amigo, claramente desconfortável com essa linha de pensamento possivelmente sediciosa.
"Exatamente!", exclamou o comerciante. "Então, por que ele precisa dos meus denários, quando ele poderia cunhar os dele e guardá-los?"
O amigo sorriu, como se tivesse descoberto uma nova ideia. "Você sabe, sendo um homem tão bem sucedido, você realmente não é muito inteligente. A questão é que ele não quer o seu denário, ele quer você."

Embora a comparação de Deus com uma autoridade terrena como um imperador não seja inteiramente adequada, as pessoas têm perguntado desde o começo do tempo por que Deus deseja a nossa adoração, obediência e serviço, quando Ele é completamente autossuficiente. Por que, por exemplo, Deus pediu que os reis e o povo de Israel fizessem um santuário para Ele? Por que Ele permitiu que Sua adoração fosse realizada em uma série de tendas rudes (o significado literal de tabernáculo, por sinal) até que Ele encontrasse alguém que fosse digno de empreender o projeto de construir uma estrutura permanente? Aliás, por que Ele deseja manter um relacionamento conosco ou precisa de nós, afinal?

Em nível humano, é difícil imaginar as implicações, muito menos a resposta, a essas perguntas. Mas servimos a um Deus que nos concede o privilégio de ajudá-Lo a terminar Sua obra na Terra, até o ponto de viver entre nós e, finalmente, Se tornar um de nós. Ao refletirmos nesse pensamento, que nunca desprezemos nem pensemos que nossa adoração é um ritual sem sentido.

Comente com a classe: Para você a adoração, as ofertas e o serviço para Deus são privilégios, conforme foram planejados, ou você acha que são mera rotina e até mesmo um incômodo? Neste caso, o que é necessário para que você mude sua atitude?

Compreensão
Destaque o papel das doações e do sacrifício pessoal em nossa adoração a Deus, como exemplificado nas atividades descritas relacionadas com o santuário sagrado, nos textos bíblicos que estudaremos.

Comentário Bíblico


I. Tabernáculo ou hospedaria?   -    (Ler Êx 35).

Em inglês, a palavra tabernáculo tem um sentido agradável, religioso e relacionado com igreja. A palavra, uma tradução do hebraico mishkan, ou lugar de habitação, é derivada do latim tabernaculum que, literalmente, se refere a uma tenda. Se você examinar mais atentamente, ficará claro que ela compartilha uma origem comum com a palavra taberna, que pode significar uma cabana, barraca, taberna ou bar. Todas eram estruturas muito humildes e, no caso das tabernas, até mesmo vergonhosas, de certa forma. Mas, na realidade, a única distinção importante é o uso em que as palavras têm sido empregadas. Se a história da língua tivesse sido um pouco diferente, poderíamos estar nos referindo à taberna de Deus, e menosprezando as pessoas que frequentam tabernáculos!

O tabernáculo construído pelos hebreus no deserto era, na verdade, uma tenda. A tenda mais bonita que poderia ser edificada sob aquelas circunstâncias, mas, mesmo assim, era uma tenda. Os materiais foram selecionados com critérios muito específicos, mas os materiais básicos e o projeto da tenda em si provavelmente tenham sido similares aos das tendas nas quais os hebreus viviam. Era a presença de Deus que santificava o tabernáculo, e o fato de que ele tinha sido edificado em obediência às Suas instruções; caso contrário, ele teria sido apenas mais um lugar.

Em 1 Coríntios 6:19, Paulo nos diz que o corpo da pessoa que decide se dedicar a Deus é um santuário do Espírito Santo, literalmente, um tabernáculo ou morada. Mencionamos o texto muitas vezes em referência às práticas de saúde, e isso é uma parte importante dele. Mas a principal diferença entre um cristão e um incrédulo é que o cristão permite que Deus habite nele e escolhe usar toda a sua força, energia e talentos para servi-Lo, por mais humildes que sejam. Então, a questão é: você é um tabernáculo, ou apenas uma tenda?

Pense nisto: O que a adoração significa para você? Está edificando sua vida em conformidade com Sua vontade perfeita?

           
II. Sacrifício vivo

1
Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem.
2  Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos, porquanto os que prestam culto, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais teriam consciência de pecados?
3  Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos,
4  porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados. Hb 10:1-4

Rogo-vos, pois, irmãos… que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional Rm 12:1.)

No Antigo Testamento, adoração significava sacrifício e este significava que alguma criatura tinha que morrer. Todos haviam pecado, e pecado significava morte, se não para o pecador, então para um animal inocente. Provavelmente, poucos entendessem como essa transação funcionava em todos os seus detalhes metafísicos, mas, até certo ponto, ela fazia sentido, com base na intuição. Havia uma dívida a ser paga, e tinha que ser paga com uma vida.

Aqueles que passaram a ser chamados de "cristãos" chegaram a entender isso de uma forma diferente e, possivelmente, diferente do senso comum. Jesus Cristo, cuja vida, morte e ressurreição tinham ocorrido em plena luz da história, e que muitos deles haviam testemunhado pessoalmente, havia cumprido o verdadeiro significado desses sacrifícios. Pessoas que solicitavam Seu sacrifício por seus pecados pareciam mudar, para se tornar, realmente mais felizes e melhores; em resumo, mais altruístas. O sacrifício não precisava ser repetido como as cerimônias do templo. As antigas formas pareciam ser uma sombra do novo e vivo caminho. Jesus tinha morrido, mas havia voltado à vida! Que tipo de sacrifício terminava com a vítima viva e sadia?

Como se verificou, os antigos rituais haviam sido literalmente uma sombra do que estava por vir. Deus não queria a vida dos animais. O único sacrifício que Ele queria de nós era nós mesmos, cheios de vida nova: um sacrifício vivo.

Pense nisto: 
A verdadeira adoração ainda exige sacrifício. Não porque Deus seja insaciável ou deseje que levemos uma vida miserável, mas porque essa é a resposta adequada para as imensuráveis riquezas que temos em Cristo. O que realmente significa entregar a vida ao Deus que deu Sua vida por você?

Aplicação
Use as perguntas a seguir para enfatizar a importância da adoração como ação, e também como uma questão de emoção ou atitude. Se não colocamos em prática nossas atitudes, elas se tornam apenas fantasias.

Perguntas para consideração
1. Uma vez que Deus não obtenha nenhum real benefício dos sacrifícios do ritual do templo, por que eles pareciam tão importantes para Ele nos livros do Antigo Testamento? De que forma eles representavam mais uma promessa do que Deus faria em Cristo?
2. No Antigo Testamento, Deus Se comunicava com os israelitas de forma bastante dramática, especialmente no tempo de Moisés. Grande parte dessa comunicação ocorria no contexto da adoração. Como Deus Se comunica conosco hoje, e como isso é facilitado pela nossa adoração?

Perguntas de aplicação
1. Embora não queiramos que a adoração seja apenas uma rotina, de certa forma, ela deve se tornar uma rotina para ser eficaz em nossa vida. Precisamos adorar, quer estejamos ou não com vontade no momento específico. Muitas vezes, os sentimentos se seguirão se entregarmos o coração a Deus. Como podemos perceber que nossa adoração está perdendo o significado, e o que podemos fazer para trazê-lo de volta?
2. Na lição de terça-feira Ellen G. White declara que os sacrifícios que finalmente se tornaram rituais rotineiros foram planejados originalmente para que fossem ocasiões de intensa oração e exame do coração. De certa forma, nossa experiência não é diferente. Começamos com altos ideais e desejos, mas eles parecem se enfraquecer com o tempo se não estivermos atentos. O que podemos fazer para que nossa adoração continue sendo uma comunicação vital entre nós e Deus?

Criatividade
Enfatize a adoração como um reconhecimento da realidade de Deus. As atividades seguintes destacarão a consciência de Sua realidade e grandeza.

Como a lição observa, os antigos hebreus eram capazes de examinar um edifício e estrutura distintos e saber que Deus era representado ali. Peça que os alunos imaginem essa presença concreta de Deus diante deles; diante dessa estrutura, eles acreditam que a própria presença de Deus, de maneira especial, está lá. Como suas ações ou comportamento mudariam? Como sua maneira de pensar sobre as coisas mudaria? Depois de comentar essa questão, enfatize que, como cristãos, vivemos na presença de Deus.

Se você quiser adicionar uma dimensão extra a essa ideia, peça que os alunos tirem os sapatos enquanto estudam a lição, como Moisés fez diante da sarça ardente.

Alternativa: Peça que os alunos considerem aspectos de sua vida em que eles podem ainda necessitar de renovação. Sugira que eles anotem esses aspectos e façam deles o assunto principal de oração nos próximos dias, semanas ou meses, e que eles procurem fazer as mudanças.






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