domingo, 31 de julho de 2011

Coração contrito, espírito quebrantado

Segunda                          




Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Sl 51:17). Pense nessas palavras de Davi, mas no contexto da adoração (afinal, no antigo Israel, a adoração era centralizada no sacrifício). Perceba, também, que a palavra traduzida como “contrito” vem de uma palavra hebraica que significa “esmagado”.

3. O que o Senhor está nos dizendo no Salmo 51:17? Como devemos entender essa ideia, visto que deve haver alegria na adoração? É possível harmonizar essa alegria com a contrição, ou elas são contraditórias?
Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus. Salmo 51:17
Como cristãos, aceitamos como fato (ou, pelo menos, devemos aceitar) que toda a humanidade está caída, é pecaminosa e degradada. Essa degradação e pecaminosidade inclui cada um de nós, individualmente. Pense no contraste entre o que você sabe que poderia ser e o que é; o contraste entre os tipos de pensamentos que passam por sua mente e aquilo que você sabe que deveria pensar; o contraste entre o que você faz (ou deixa de fazer) e o que deveria fazer. Como cristãos, com o modelo bíblico de Jesus diante de nós, a compreensão pessoal da nossa verdadeira natureza pode ser especialmente devastadora. É dessa reflexão que surgem nosso espírito quebrantado e esmagado e nosso coração contrito. Se aqueles que professam ser cristãos não percebem isso, são realmente cegos, e muito provavelmente não tiveram uma experiência de conversão, ou a perderam.

No entanto, a alegria vem de saber que, apesar de nosso estado caído, Deus nos amou tanto que Cristo veio ao mundo e morreu, oferecendo-Se por nós, e saber que Sua vida, Sua santidade e Seu caráter perfeitos, são creditados a nós, pela fé. Novamente, aparece o tema do “
evangelho eterno” (Ap 14:6). Nossa adoração deve se concentrar não apenas em nossa pecaminosidade, mas na cruz, a maravilhosa solução de Deus para o pecado. É claro, precisamos ter o coração quebrantado e esmagado, mas precisamos sempre colocar essa triste realidade no contexto daquilo que Deus fez por nós em Cristo. De fato, a percepção de como somos maus conduz à alegria, porque sabemos que, apesar de nossa maldade, ainda assim podemos ter vida eterna, e Deus, pelos méritos de Jesus, não levará em conta as nossas transgressões. Essa é uma verdade que deve estar sempre no centro de todas as experiências de adoração, quer coletivas ou individuais.  




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