segunda-feira, 25 de julho de 2011

Uma atitude de entrega

Quarta                                     




Adoração, na Bíblia, é assunto sério. Não é uma questão de gosto pessoal, nem é uma questão de fazer as coisas preferidas ou seguir as próprias inclinações. Embora haja sempre o perigo de se envolver em tradições e rituais mortos, devemos ser cuidadosos para não permitir que a autoexaltação, a satisfação pecaminosa e o desejo de glória pessoal ditem nossa maneira de adorar. Os rituais não são fins em si mesmos, mas meios para um fim – e esse fim é a verdadeira adoração ao Senhor, de uma forma que muda nossa vida e nos coloca em conformidade com Sua vontade e caráter

meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós; (Gl 4:19).

Vamos agora avançar algumas décadas na história de Israel e ler uma história simples que nos revela como a verdadeira adoração pode ser expressa no coração de uma pessoa arrependida.

4. Leia a história de Ana, em 1 Samuel 1. O que podemos tirar de sua experiência para compreender o significado da adoração e como devemos adorar o Senhor?
1  Houve um homem de Ramataim-Zofim, da região montanhosa de Efraim, cujo nome era Elcana, filho de Jeroão, filho de Eliú, filho de Toú, filho de Zufe, efraimita.
2  Tinha ele duas mulheres: uma se chamava Ana, e a outra, Penina; Penina tinha filhos; Ana, porém, não os tinha.
3  Este homem subia da sua cidade de ano em ano a adorar e a sacrificar ao SENHOR dos Exércitos, em Siló. Estavam ali os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, como sacerdotes do SENHOR.
4  No dia em que Elcana oferecia o seu sacrifício, dava ele porções deste a Penina, sua mulher, e a todos os seus filhos e filhas.
5  A Ana, porém, dava porção dupla, porque ele a amava, ainda mesmo que o SENHOR a houvesse deixado estéril.
6  (A sua rival a provocava excessivamente para a irritar, porquanto o SENHOR lhe havia cerrado a madre.)
7  E assim o fazia ele de ano em ano; e, todas as vezes que Ana subia à Casa do SENHOR, a outra a irritava; pelo que chorava e não comia.
8  Então, Elcana, seu marido, lhe disse: Ana, por que choras? E por que não comes? E por que estás de coração triste? Não te sou eu melhor do que dez filhos?
9  Após terem comido e bebido em Siló, estando Eli, o sacerdote, assentado numa cadeira, junto a um pilar do templo do SENHOR,
10  levantou-se Ana, e, com amargura de alma, orou ao SENHOR, e chorou abundantemente.
11  E fez um voto, dizendo: SENHOR dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha.
12  Demorando-se ela no orar perante o SENHOR, passou Eli a observar-lhe o movimento dos lábios,
13  porquanto Ana só no coração falava; seus lábios se moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma; por isso, Eli a teve por embriagada
14  e lhe disse: Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti esse vinho!
15  Porém Ana respondeu: Não, senhor meu! Eu sou mulher atribulada de espírito; não bebi nem vinho nem bebida forte; porém venho derramando a minha alma perante o SENHOR.
16  Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque pelo excesso da minha ansiedade e da minha aflição é que tenho falado até agora.
17  Então, lhe respondeu Eli: Vai-te em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste.
18  E disse ela: Ache a tua serva mercê diante de ti. Assim, a mulher se foi seu caminho e comeu, e o seu semblante já não era triste.
19  Levantaram-se de madrugada, e adoraram perante o SENHOR, e voltaram, e chegaram a sua casa, a Ramá. Elcana coabitou com Ana, sua mulher, e, lembrando-se dela o SENHOR,
20  ela concebeu e, passado o devido tempo, teve um filho, a que chamou Samuel, pois dizia: Do SENHOR o pedi.
21  Subiu Elcana, seu marido, com toda a sua casa, a oferecer ao SENHOR o sacrifício anual e a cumprir o seu voto.
22  Ana, porém, não subiu e disse a seu marido: Quando for o menino desmamado, levá-lo-ei para ser apresentado perante o SENHOR e para lá ficar para sempre.
23  Respondeu-lhe Elcana, seu marido: Faze o que melhor te agrade; fica até que o desmames; tão-somente confirme o SENHOR a sua palavra. Assim, ficou a mulher e criou o filho ao peito, até que o desmamou.
24  Havendo-o desmamado, levou-o consigo, com um novilho de três anos, um efa de farinha e um odre de vinho, e o apresentou à Casa do SENHOR, a Siló. Era o menino ainda muito criança.
25  Imolaram o novilho e trouxeram o menino a Eli.
26  E disse ela: Ah! Meu senhor, tão certo como vives, eu sou aquela mulher que aqui esteve contigo, orando ao SENHOR.
27  Por este menino orava eu; e o SENHOR me concedeu a petição que eu lhe fizera.
28  Pelo que também o trago como devolvido ao SENHOR, por todos os dias que viver; pois do SENHOR o pedi. E eles adoraram ali o SENHOR. 1 Samuel 1

Por mais importante que seja lembrar que Deus deve ser o foco da nossa adoração, não adoramos a Deus no vazio. Não estamos adorando um ser distante, afastado e abstrato; estamos adorando o Deus nos que criou, redimiu e que interage nos assuntos humanos. Adoramos um Deus pessoal, que entra em nossa vida da maneira mais íntima, para nos ajudar em nossas necessidades mais profundas, se permitirmos que Ele atue.

Ana adorou o Senhor dos recessos mais profundos de seu ser. Em certo sentido, todos somos iguais a Ana. Temos necessidades importantes e profundas que, por nós mesmos, não podemos suprir. Ana chegou diante do Senhor em uma atitude de completa entrega (Afinal, que sacrifício maior poderíamos encontrar do que a disposição de entregar o próprio filho?). Podemos e devemos nos aproximar de Deus com nossas necessidades, mas devemos sempre submeter nossas necessidades ao chamado do Senhor em nossa vida. A verdadeira adoração deve brotar de um coração partido, totalmente consciente de sua própria impotência e dependência de Deus.

Quais são os lugares quebrados dentro de você? Como você pode aprender a entregá-los ao Senhor? 





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