sexta-feira, 25 de março de 2011

No tear do Céu (resumo do estudo nº 01)





1
Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?
2  De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?
3  Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?
4  Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.
5  Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição,
6  sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;
7  porquanto quem morreu está justificado do pecado.
8  Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos,
9  sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele.
10  Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.
11  Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.
12  Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões;
13  nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. Romanos 6:1-13

Saber: Reconhecer a profundeza de nossa depravação e a perfeição completa do dom que Cristo oferece de justiça e viver correto.
Sentir: Sua profunda necessidade de ser crucificado com Cristo e de ser ressuscitado para a vida em Cristo.
Fazer: Apoderar-se do que Cristo fez por nós quando nos cobriu com Sua justiça e avançar entregando diariamente a vontade a Ele.

Esboço

I. Sem um único filamento de nossa humanidade
A. Por que é tão importante reconhecer que nem nossos melhores esforços podem nos trazer salvação?
B. Ao examinarmos a perfeição do generoso dom da justiça de Cristo, em contraste com nossa depravação, o que somos levados a concluir?

II. Saudade das vestes tecidas no Céu
A. Como o contraste entre nossas imperfeições e a perfeita bondade de Cristo nos faz sentir?
B. Nosso desejo de ser vestidos é satisfeito mediante a aceitação das vestes de justiça de Cristo. Como podemos expressar alegria por esse fato?

III. Escolha diária
A. Qual é a relação entre aceitar o manto da justiça de Cristo, tecido no Céu, e viver Sua vida de obediência aqui na Terra? Que devemos fazer diariamente, a fim de viver com Cristo?

Resumo: 
O manto da justiça de Cristo é um dom imerecido e gratuito. No entanto, temos de aceitar suas provisões, entregando diariamente a Deus a vontade e os desejos. Devemos deixar que Cristo viva Sua vontade e Seus desejos em nossa vida.

Motivação
Embora nos julguemos muito bons, ou pareçamos assim aos outros, nossa bondade, em última instância, não tem mérito para a salvação. Todos somos pecadores carentes da graça divina, simbolizada na Bíblia como o manto da perfeita justiça de Cristo.

Saliente que, embora seja impossível sermos bons por nossas próprias forças, podemos ser considerados bons por Deus, se nos permitirmos ser revestidos da justiça de Cristo. Isso deve nos motivar a ser mais semelhantes a Ele, na realidade ou, utilizando um termo teológico, alcançar a santificação.

Como seria se toda a sua vida devesse ser julgada por seu pior momento? A pior coisa que você já fez, ou o pensamento mais egoísta, mais vil? Talvez seja algo que ninguém mais conheça, algo que faria com que os outros o evitassem ou fugissem de você. Quem sabe, seja terrivelmente embaraçoso e não represente realmente “quem você é”. “Isso não é comigo”, você diz. “Pergunte-me sobre o aluno carente para quem estou pagando a escola.”

OK. Que dizer do aluno carente para quem você paga a escola? E que dizer de todas as outras coisas que você fez e que ajudaram sua comunidade e a humanidade em geral? Todos esses anos não fumando, não bebendo e não usando drogas, mesmo quando os outros achavam você um “estranho” ou “chato”, a vida toda frequentando fielmente a igreja quando todos os seus amigos criticavam a “religião organizada”? Isso deveria contar para alguma coisa, mesmo que você tenha algumas falhas, não é verdade?

Infelizmente, não. Na verdade, do ponto de vista de Deus, as boas coisas que fazemos (que, praticamente, não se diferenciam das coisas ruins) são descritas na Bíblia como trapos de imundície. Isso é justo? Afinal, você fez seu melhor. Mas Deus exige perfeição, e você não é perfeito. Ele tem todo o direito de nos abandonar assim. Em vez disso, Ele nos oferece toda oportunidade de trocar nossos trapos imundos pelo manto de Sua justiça perfeita, que nos foi dada pela vida, morte e ressurreição salvadoras de Seu Filho, Jesus Cristo.

Comente: 
Deus pode ver cada um de nós como uma experiência fracassada. Em vez disso, Ele Se sacrifica para nos dar algo que não temos e jamais poderíamos obter por nós mesmos. Qual deve ser nossa resposta, e por quê?

Compreensão
A Bíblia faz clara distinção entre a justiça que vem de Deus e a justiça que nós mesmos, como seres humanos, praticamos para nos sentirmos melhores a nosso respeito e a nossa condição de perdidos. No exterior, elas podem parecer idênticas. Mas a justiça humana é superficial. Ela vem de uma mistura confusa de motivos e, em última instância, é ineficaz. A justiça de Deus, por outro lado, conduz à salvação, tanto para nós como para aqueles com quem entramos em contato.

Comentário Bíblico


I. A justiça como trapos de imundície

5
  Sais ao encontro daquele que com alegria pratica justiça, daqueles que se lembram de ti nos teus caminhos; eis que te iraste, porque pecamos; por muito tempo temos pecado e havemos de ser salvos?
6  Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam.
7  Já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte e te detenha; porque escondes de nós o rosto e nos consomes por causa das nossas iniqüidades. Is 64:5-7.)

Os profetas, como Isaías, são conhecidos por haver Deus falado a eles e por haverem retransmitido a mensagem. Mas a relação não era unilateral. Os profetas também falavam a Deus. Talvez o que os distinguisse fosse sua vontade de buscar a Deus no que chamamos de oração e seu desejo acima da média de ouvir uma resposta. Em todo caso, há muitos exemplos de profetas falando com Deus, e essa passagem é uma delas.

Isto é importante porque, neste texto, não é Deus que estava dizendo a Isaías que a sua justiça era como trapos de imundície, mas ele próprio, Isaías, chegou a essa conclusão. Isaías estava falando de seu povo, e a maioria ainda não havia percebido esse fato.

Coletivamente, o povo de Isaías sabia que nenhum deus, nem outra coisa qualquer sobre a Terra fez a ninguém o que o Deus de Israel havia feito por Seu povo. No entanto, eles ainda decidiam voluntariamente ignorá-Lo e a Sua justiça, formulando sua própria justiça, que lhes permitisse, eles achavam, alcançar a salvação à parte de Deus.

Quando chegou a hora de pôr à prova o sistema que eles haviam construído, este se mostrou inútil, não o que eles afirmavam ser, e desprovido de poder.

Um povo nessa situação podia muito bem achar que Deus os havia abandonado. Mas, na verdade, eram eles que se haviam afastado de Deus. Por mais longe de Deus que estejamos, Ele nos chama de volta e usa todos os meios necessários e disponíveis para nos atrair para Si.

Pense nisto: 
Alguma vez você já se esqueceu de Deus, mesmo sem perceber? Talvez você quisesse algo que era incompatível com Deus, mas se convenceu de que poderia ter Deus e algo mais. Ou talvez você tenha abandonado ou ignorado a Deus por algo que era bom em si, mas não podia ser seu salvador pessoal. Inevitavelmente, chegou o momento em que você teve que avaliar suas escolhas e decidir se aquilo em que confiava era digno de confiança. Só Deus passa no teste. Comente com a classe o que isso significa.

II. Cobertos

7
  Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos;
8  bem-aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado. Rm 4:7, 8.)

 “
Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos”. Esta declaração, que aparece em Romanos 4:7 como citação do Salmo 32:1 (Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto.) é mais notável pelo que não diz do pelo que diz. A palavra usada aqui, traduzida como bem-aventurado, no original hebraico, significa feliz. Feliz pode se referir ao senso de felicidade, mas também se refere à boa sorte. Aquele que tem os pecados perdoados e cobertos sente alegria e alívio com a boa sorte da graça de Deus. A graça de Deus não é uma questão de sorte nem de circunstância, mas é tão diferente do que poderíamos esperar que parece boa sorte para nós. Além disso, à semelhança da boa sorte ou circunstância, não somos responsáveis por ela. Não podemos colocar Deus em um melhor estado de espírito doando mais dinheiro nem sacrificando um cordeiro. Deus nos perdoa e cobre nossos pecados porque é Deus. Esse é Seu caráter.

Poderíamos esperar que o versículo dissesse: “Bem-aventurado aquele ou aquela que não tem pecado”. Mas, então, ele tomaria um significado completamente diferente. Poucos de nós negaríamos que ficaríamos felizes se nunca houvéssemos pecado e não tivéssemos que enfrentar as consequências de nossas transgressões ou as de outros. Mas nenhum de nós poderia dizer isso. Se a passagem dissesse isso, estaria defendendo uma norma que ninguém pode alcançar. A bem-aventurança também teria um significado diferente. Isso significaria, em essência, que Deus reconhece e recompensa sua realização de uma condição sem pecado, se isso fosse possível.

Felizes somos nós, que temos um Deus que perdoa nossos pecados e nos ajuda a vencê-los, em lugar de um Deus que apenas apresenta um mapa e diz: “Espero que vocês façam isso!”

Pense nisto: 
Nós todos passamos por várias circunstâncias difíceis. Mas, como este versículo nos diz, o que realmente importa é que nossos pecados estão perdoados e que temos comunhão com Deus. Como esse conhecimento pode nos ajudar a enfrentar a dor e o sofrimento inevitáveis que teremos de enfrentar como seres humanos vivendo em um mundo imperfeito?

Aplicação
Use as seguintes perguntas e exercícios que enfatizam a necessidade de todos reivindicarmos o manto da justiça de Cristo, a fim de sermos aceitos por Deus.

Perguntas para consideração
1. Vamos encarar os fatos: a mensagem de nossa incapacidade para obter o favor de Deus e a necessidade de afirmar a vida e morte de Cristo em nosso favor não é novidade para a maioria de nós. Vamos também encarar o fato de que precisamos ser lembrados mais frequentemente. Por que é tão difícil integrar essa percepção à nossa vida e aos pensamentos?

2. Releia a declaração do pregador no estudo de terça-feira. Nela, note que o pregador obteve muitas vitórias sobre o pecado em sua vida com a ajuda de Cristo. No entanto, não importa quantas vitórias ele haja alcançado ou continue a alcançar, isso nunca será suficiente.

Pergunta de aplicação
Na teologia cristã, a justificação é o nome da condição jurídica em que se diz que não somos culpados de pecado por causa da substituição da vida de Cristo pela nossa aos olhos de Deus, o juiz. Santificação é o processo pelo qual realmente nos tornamos mais santos. Como o conhecimento de sua justificação pode ajudá-lo a obter uma vida mais santificada?

Criatividade
Talvez a ideia-chave desta lição seja a substituição do registro de Cristo, da perfeita impecabilidade e obediência à lei em lugar de nosso pecado e desobediência. As seguintes atividades são destinadas a enfatizar a necessidade de aceitar as novas roupas oferecidas por Cristo para nossa justificação, santificação e salvação.

A ideia de ter a aparência pessoal – ou de uma casa – “renovada” é muito popular na atualidade, sendo tema de vários programas populares de televisão. Pergunte à classe: “Seu relacionamento com Jesus lhe permitiu ser renovado?” Neste caso, a ênfase será sobre as mudanças positivas que ocorreram na vida de alguém. Naturalmente, você quer manter o foco em Jesus e gratidão para com Ele, em vez de auto-glorificação por ter alcançado essas mudanças.

Alternativa: Considerem as áreas da vida em que ainda precisariam fazer mais. Tomem nota dessas áreas e as usem como tema de oração nos próximos dias, próximas semanas ou meses, e que procurem evidências de mudança.





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