“Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em Mim” (Jo 15:4).
Em anos recentes, pesquisas apontaram os efeitos positivos que religiosidade, fé, espiritualidade, oração, perdão, esperança e frequência à igreja podem ter sobre a saúde, inclusive a saúde mental. Numerosas publicações científicas preeminentes relataram uma conexão entre fé religiosa e bem-estar mental e emocional. Surpresa das surpresas!
Mas isso não é magia; o fator fé se aplica só aos que estão profundamente dedicados a seus princípios religiosos. O psiquiatra Montagu Barker, perito na relação entre religião e saúde mental, afirma que a religião é uma proteção poderosa contra a doença mental, mas só quando os crentes têm forte compromisso com suas convicções. Se não, a religião pode se tornar fonte de culpa e causa de perturbações emocionais, mentais e comportamentais.
Nesta semana, vamos estudar nosso melhor exemplo, Jesus, a fim de aprender como podemos ser fortes na fé. Estudando Sua vida e mantendo íntima relação com Ele, podemos construir mecanismos sólidos para o crescimento espiritual, que, por si sós, podem levar à melhor saúde mental.
Oração e estudo da Bíblia, adoração, prática do perdão, serviço aos outros, esperança e confiança em Deus são caminhos seguros para o desenvolvimento espiritual e a saúde mental. Com Jesus como nosso exemplo, seguramente não podemos errar.
Domingo Jesus – Homem de oração
1. Descreva os hábitos de oração de Jesus. Mc 1:21-35; Lc 4:31-42. Que lições você pode aprender desses hábitos?
21 Depois, entraram em Cafarnaum, e, logo no sábado, foi ele ensinar na sinagoga.
22 Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.
23 Não tardou que aparecesse na sinagoga um homem possesso de espírito imundo, o qual bradou:
24 Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus!
25 Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai desse homem.
26 Então, o espírito imundo, agitando-o violentamente e bradando em alta voz, saiu dele.
27 Todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si: Que vem a ser isto? Uma nova doutrina! Com autoridade ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!
28 Então, correu célere a fama de Jesus em todas as direções, por toda a circunvizinhança da Galiléia.
29 E, saindo eles da sinagoga, foram, com Tiago e João, diretamente para a casa de Simão e André.
30 A sogra de Simão achava-se acamada, com febre; e logo lhe falaram a respeito dela.
31 Então, aproximando-se, tomou-a pela mão; e a febre a deixou, passando ela a servi-los.
32 À tarde, ao cair do sol, trouxeram a Jesus todos os enfermos e endemoninhados.
33 Toda a cidade estava reunida à porta.
34 E ele curou muitos doentes de toda sorte de enfermidades; também expeliu muitos demônios, não lhes permitindo que falassem, porque sabiam quem ele era.
35 Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava. Mc 1:21-35
31 E desceu a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e os ensinava no sábado.
32 E muito se maravilhavam da sua doutrina, porque a sua palavra era com autoridade.
33 Achava-se na sinagoga um homem possesso de um espírito de demônio imundo, e bradou em alta voz:
34 Ah! Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus!
35 Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai deste homem. O demônio, depois de o ter lançado por terra no meio de todos, saiu dele sem lhe fazer mal.
36 Todos ficaram grandemente admirados e comentavam entre si, dizendo: Que palavra é esta, pois, com autoridade e poder, ordena aos espíritos imundos, e eles saem?
37 E a sua fama corria por todos os lugares da circunvizinhança.
38 Deixando ele a sinagoga, foi para a casa de Simão. Ora, a sogra de Simão achava-se enferma, com febre muito alta; e rogaram-lhe por ela.
39 Inclinando-se ele para ela, repreendeu a febre, e esta a deixou; e logo se levantou, passando a servi-los.
40 Ao pôr-do-sol, todos os que tinham enfermos de diferentes moléstias lhos traziam; e ele os curava, impondo as mãos sobre cada um.
41 Também de muitos saíam demônios, gritando e dizendo: Tu és o Filho de Deus! Ele, porém, os repreendia para que não falassem, pois sabiam ser ele o Cristo.
42 Sendo dia, saiu e foi para um lugar deserto; as multidões o procuravam, e foram até junto dele, e instavam para que não os deixasse Lc 4:31-42
Jesus foi para a sinagoga naquele sábado em Cafarnaum e ensinou as Escrituras a um grupo grandemente admirado que reconheceu Sua autoridade, e curou um homem endemoninhado. Depois da reunião, Jesus e Seus discípulos foram para a casa de Pedro e André, e lá, Ele curou a sogra de Pedro. Ao pôr do sol, muitos (“toda a cidade” [Mc 1:33]) se reuniram ao redor de Jesus e Lhe levaram todos os tipos de doentes e endemoninhados para ser curados.
“Nunca antes testemunhara Cafarnaum um dia semelhante a esse. O ar estava cheio de vozes de triunfo e de exclamações de livramento. Enquanto o último sofredor não foi socorrido, Jesus não cessou Seu trabalho. Era tarde da noite quando a multidão partiu e se fez silêncio na casa de Simão (Ellen G. White, Exaltai-O [MM 1992], p. 86).
Esse deve ter sido um dia exaustivo para Jesus. Porém, Ele não dormiu até tarde na manhã seguinte. Precisava estar em comunhão com o Pai; então, ergueu-Se antes do amanhecer, foi a um lugar solitário e passou tempo em oração. Jesus, o Filho de Deus, aquele que tinha estado com o Pai antes que fosse criado o mundo (e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo. Jo 17:5), aquele que criou o Universo inteiro (Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. Jo 1:3), ainda assim sentia necessidade de oração. O conceito é notável.
Depois de um dia cansativo, tendemos a adiar a oração e comunhão com Deus. Mas é justamente nesses momentos de esgotamento psicológico que a maioria de nós precisa do bálsamo calmante da oração e de tempo com a Palavra de Deus. Jesus sabia disso e costumava manter constante proximidade com o Pai. Se isso era necessário para Jesus, quanto mais deve ser para nós?
A oração é um fator positivo para o bem-estar e a saúde mental. Embora não entendamos como a oração atua nem por que atua, somos aconselhados a orar
Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer: Lc 18:1;
Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem. Lc 21:36;
regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; Rm 12:12.
Quem, havendo passado tempo em comunhão com o Senhor pela oração e leitura da Palavra, não sentiu o impacto positivo que isso pode ter sobre o espírito e a mente? Não precisamos entender todos os mistérios da oração a fim de saber como é importante ter um relacionamento íntimo com Deus.
Que tipo de vida de oração você tem? Quanto tempo você passa com a Palavra de Deus? Como você pode tornar mais significativo e transformador da vida seu tempo de devoção? Por mais importante que seja o tempo que passamos em oração e leitura da Palavra, só o tempo não é o único elemento. Que outros fatores são necessários?
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