segunda-feira, 21 de março de 2011

Sociedade com Jesus (resumo do estudo nº 13)




Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor. Efésios 4: 15, 16

Saber: Os benefícios para a saúde provenientes de um relacionamento espiritual com Cristo e Seu corpo, a igreja.
Sentir: A esperança e paz que vem da caminhada diária com Deus, bem como o apoio emocional que vem dos irmãos na fé.
Fazer: Oferecer perdão e servir aos outros como parte de sua experiência religiosa prática.

Esboço
I. Uma vida espiritual saudável
A. Quais são os benefícios para a saúde oriundos de uma vida ativa de oração e relacionamento com Deus?
B. Quais são os benefícios para a saúde promovidos pela frequência à igreja e pelos relacionamentos fortes e afetivos com os irmãos na fé?
C. Por que o perdão e o serviço são também importantes para a saúde?

II. Bençãos espirituais
A.. Que bênçãos você tem sentido da convivência com os irmãos na fé?
B.. Que emoções positivas resultam de um relacionamento com Deus?
C.. Como os cristãos equilibrados lidam com a culpa?

III. Perdão e serviço
A.. Existe alguém em nossa história presente ou passada a quem precisamos perdoar? Quais são os primeiros passos que você pode dar para oferecer o perdão?
B.. Como podemos prestar mais atenção ao mundo ao redor de nós? Que necessidades na igreja ou na vizinhança podemos ajudar a suprir nesta semana?
C. Como Cristo exemplificou fé inabalável em Deus mesmo quando Se sentiu abandonado?

Resumo: 
Relacionamentos fortes com os irmãos na fé e com Cristo, o Cabeça da igreja, ajudam a criar estabilidade emocional. Confiança em Deus traz não apenas paz e conforto agora, mas firme esperança na vida eterna, como Deus prometeu, sem o mal e a morte.

Motivação
As chaves para uma vida bem-sucedida são produzidas por meio da comunhão com Deus.

Em 1979 a Corporação Chrysler estava bem perto da completa falência. Incapazes de se recuperarem, eles procuraram um sócio com vastas reservas. Finalmente uma sociedade foi feita com o governo federal dos Estados Unidos. Foram investidos na corporação decadente 1,5 bilhão de dólares. Sem essa sociedade, a Chrysler teria sido reduzida a uma nota de rodapé histórica, e milhares de famílias teriam caído no desemprego. A sociedade foi crucial para a viabilidade.

A sociedade é crucial também para a viabilidade espiritual. As Escrituras Sagradas afirmam repetidamente que os seres humanos são espiritualmente falidos quando avaliados por si mesmos. No entanto, isso não implica em falta de valor. Mesmo diante da falência, a Chrysler possuía muitos bens. Sua condição, contudo, demonstrava que eles deviam infinitamente mais do que jamais poderiam pagar. Da mesma forma, a humanidade deve infinitamente mais do que jamais poderia pagar. Nossa falência espiritual demanda uma sociedade com Alguém que possui recursos ilimitados para cobrir nossas dívidas. Precisamos associar-nos ao Governo Celestial do Universo.

Em Jesus Cristo, o Céu nos concedeu justiça, salvação, justificação, redenção, santificação e esperança eterna. Mortos sem Cristo, tornamo-nos eternamente viáveis com Jesus como nosso Sócio Principal. Esta lição concentra nossa atenção em como essa divina sociedade é formada.

Atividade:
 Comente os mecanismos das sociedades empresariais e as razões pelas quais ocorrem aquisições e fusões. A linguagem técnica é desnecessária, mas conceitos básicos como os que se seguem certamente surgirão da discussão:
(1) frequentemente, as empresas acumulam dívidas que não podem resolver sozinhas ou, têm aspirações que não podem realizar sem capital adicional;
(2) outro grupo, profundamente interessado na empresa com dificuldades financeiras, concorda em financiar a dívida ou o capital necessário para atingir os objetivos da empresa; (3) o grupo que financia a dívida se torna o sócio principal; e
(4) em gratidão, o grupo que recebe a ajuda financeira provê vantajosos ganhos sobre os investimentos.

Pense nisto: 
Pense na parábola dos talentos, em Mateus 25. O senhor foi severo por esperar um retorno de seus investimentos? Qual é a diferença entre a atitude dos dois primeiros recebedores e a do último? Com qual delas se parecerá a atitude do cristão sincero?

Compreensão
Peça que os alunos reflitam por alguns momentos, em silêncio, sobre a dificuldade que temos para orar com a mesma intensidade com que Jesus orava. Peça que eles identifiquem:
1. Os fatores que nos impedem de orar mais.
2. Ideias para aumentar nossa frequência de oração.
3. Segredos para tornar esses momentos mais significativos.


Comentário bíblico


I. “O Senhor que orava”

21
  Depois, entraram em Cafarnaum, e, logo no sábado, foi ele ensinar na sinagoga.
22  Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.
23  Não tardou que aparecesse na sinagoga um homem possesso de espírito imundo, o qual bradou:
24  Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus!
25  Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai desse homem.
26  Então, o espírito imundo, agitando-o violentamente e bradando em alta voz, saiu dele.
27  Todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si: Que vem a ser isto? Uma nova doutrina! Com autoridade ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!
28  Então, correu célere a fama de Jesus em todas as direções, por toda a circunvizinhança da Galiléia.
29  E, saindo eles da sinagoga, foram, com Tiago e João, diretamente para a casa de Simão e André.
30  A sogra de Simão achava-se acamada, com febre; e logo lhe falaram a respeito dela.
31  Então, aproximando-se, tomou-a pela mão; e a febre a deixou, passando ela a servi-los.
32  À tarde, ao cair do sol, trouxeram a Jesus todos os enfermos e endemoninhados.
33  Toda a cidade estava reunida à porta.
34  E ele curou muitos doentes de toda sorte de enfermidades; também expeliu muitos demônios, não lhes permitindo que falassem, porque sabiam quem ele era.
35  Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava. Mc 1:21-35 

Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava. Lc 5:16

A oração é a comunicação divina. Será que as grandes empresas poderiam efetivamente existir sem uma comunicação viável? Embora fosse perfeito em todos os aspectos, Jesus orava constantemente. Cristo estimava a comunicação com Seu Pai celestial, Seu Companheiro no empreendimento da salvação.

Ironicamente, nós, débeis e fracos seres humanos, frequentemente parecemos menos inclinados à oração do que Cristo, embora necessitemos da direção de nosso “Sócio Principal”. Jesus começava e terminava cada dia com essa comunicação divina. Todos que sinceramente desejem retribuir o investimento que Deus tem feito neles, todos que apreciam genuinamente sua libertação da dívida espiritual, todos que entendem a importância da sabedoria de nosso Sócio Principal, não podem deixar de se comunicar com Deus por meio da oração e da leitura das Escrituras.

Pense nisto: Como a oração fortalece o crente na batalha contra o mal?

II. A adoração e a comunidade da igreja

Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Lc 4:16.)

Não apenas a sociedade passiva é destituída de fundamento nas Escrituras, “sociedade independente” é contrária ao cristianismo bíblico. Na verdade, “sociedade independente” são palavras contraditórias. O próprio Jesus Se unia em comunhão com os crentes a cada sábado. Embora personificasse a perfeição, Cristo não considerava a interação com Seus discípulos ou com as massas incultas abaixo da Sua dignidade. Ele reservava tempo para comunhão com o Pai, mas estava constantemente ocupado com o trabalho de Seu Pai, que era alcançar os perdidos com o evangelho. Hoje os cristãos precisam fortalecer uns aos outros para realizar com sucesso a obra da qual Deus os encarregou: alcançar outros com Seu amor.

Pense nisto: Que meios práticos podemos empregar para o propósito de apoiar e fortalecer uns aos outros?

III. Perdão 

Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; Cl 3:13.)

Qualquer organização humana, incluindo a igreja, está sujeita a equívocos, julgamentos errôneos e percepções falhas. Realisticamente falando, a igreja também é suscetível à ambição da autopromoção, egoísmo, avareza, conduta antiética, assédio, desonestidade e apatia, muitas vezes camuflada com vestes de justiça. Às vezes, as organizações religiosas sofrem de ingenuidade em relação a certos comportamentos antiéticos sequer tolerados pelas organizações seculares, porque elas levam mais a sério a conduta perversa do que a igreja. Visto que nossas expectativas quanto à vida na igreja podem se tornar excessivamente altas, doses de realidade muitas vezes ferem intensamente, e a desilusão pode dominar até mesmo o cristão experimentado. O perdão é o único antídoto eficaz para essa desilusão.

O perdão nunca desculpa nem minimiza o comportamento pecaminoso. Em lugar disso, reconhece a fraqueza e propensão pecaminosa de todos os seres humanos. Os perdoadores reconhecem sua própria necessidade desesperada de perdão. Finalmente, os que estão em dívida com o perdoador são libertos da condenação justa que deveria acompanhar o erro. Ironicamente, libertando os que pecam contra nós, livramos também a nós mesmos.

Pense nisto: 
Como a igreja, ou qualquer organização espiritual poderia, por qualquer período de tempo, funcionar sem doses consideráveis de perdão? Por que as pessoas perdoadoras, em geral, experimentam mais saúde (física e mental), redes sociais satisfatórias e menor incidência de depressão? A quem deveríamos perdoar na próxima semana?

Aplicação
Sociedades bem-sucedidas desenvolvem meios de minimizar as incertezas quanto às expectativas funcionais. Quando os dois grupos assumem o papel da direção geral, o conflito é inevitável. As organizações humanas tentam minimizar o conflito desnecessário usando títulos e descrições das funções. As Escrituras atribuem certos títulos e “descrições das funções” para Deus; igualmente, as Escrituras definem nosso papel na redenção. O seguinte exercício oferece a oportunidade de comentar a função divina e a nossa.

Atividade: 
Usando um quadro com folhas (flip chart), uma lousa ou uma projeção com notebook, liste as características e responsabilidades que Deus traz para a sociedade e, reciprocamente, anote as características e responsabilidades designadas aos seres humanos. A lista de textos a seguir é sugestiva, não exaustiva, e os membros da classe devem ser encorajados a mencionar outras características e passagens que vêm à sua mente.

Sócio subordinado: Lc 9:23-27; Rm 1:1; 12:1, 3-6; Mt 19:13-15, 16-21; 22:37-39; At 2:38; João 14:15; 21:17; Dt 5:7; 6:1-7; Mq 6:8.

Perguntas para reflexão

1. O que geralmente caracteriza o papel do sócio principal?
2. Embora o sócio minoritário seja naturalmente subordinado, que contribuições valiosas ele poderia dar à sociedade?
3. Que resultados desastrosos poderiam ocorrer se os sócios minoritários tentassem assumir os papéis atribuídos ao sócio principal (por exemplo, o de juiz)?
4. Que consequências perigosas acontecem quando os sócios subordinados tentam privar o sócio principal de seu papel de diretor geral?
5. Que consequências trágicas surgem quando os sócios subordinados simplesmente deixam de cumprir suas responsabilidades, esperando que o sócio principal faça o trabalho designado a eles?
6. Como você descreveria o papel de Deus em termos usados por líderes contemporâneos? Como você definiria o papel dos seres humanos em linguagem moderna?

Criatividade
Nosso estudo começou com a premissa de que uma sociedade com Deus traz sucesso. Qualquer experimento científico respeitável começa com uma hipótese claramente definida que inclui alguma declaração com respeito aos resultados. O resultado nesse momento é qualificado como sucesso; mas o modo de definir o sucesso determinará se nossa hipótese é correta. Se fôssemos definir sucesso como riqueza mundana, posição política influente, condição social elevada ou prestígio terrestre, a conclusão inevitável seria que a sociedade com Deus não traz sucesso. Se, todavia, sucesso for definido em termos de contentamento, felicidade, relacionamentos satisfatórios, propósito claramente definido, bem-estar emocional, senso de pertencer e orientação para o serviço, poderíamos concluir que a sociedade com Deus traz sucesso.

Atividade de encerramento: Desenvolva uma definição de sucesso do grupo. Conduza a discussão de modo que nenhuma pessoa domine o diálogo. Uma vez que uma definição aceitável tenha sido obtida, discuta como as grandes ênfases da lição (oração, adoração coletiva e envolvimento com a comunidade, perdão, serviço e confiança em Deus) influenciam nossa sociedade com Deus. Podemos inequivocamente afirmar que esses elementos contribuem para nosso sucesso na vida? Por quê? Existe um “efeito cumulativo", o que significa que esses diferentes elementos reforçam-se mutuamente em vez de simplesmente permanecer sozinhos? Quais são os traços comuns que interligam essa matriz? Experimentos científicos valiosos consideram todas as evidências – as que parecem apoiar a hipótese e as que não parecem ser favoráveis a ela. Concedem liberdade de expressão para aqueles cuja experiência de vida não parece apoiar a hipótese. Essas pessoas podem ter sido levadas a outras conclusões por causa de decepções com a oração ou com a comunidade da igreja ou com qualquer outra coisa.




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