Nós teremos de prestar contas a Deus de tudo o que fizermos e até daquilo que fizermos em segredo, seja o bem ou o mal. Eclesiastes 12:14
Saber: Como os dois aspectos do caráter de Deus (misericórdia e justiça, exemplificados em Seus atos de graça e juízo) atuam em conjunto desde o Gênesis ao Apocalipse.
Sentir: A beleza, equilíbrio e grande poder do evangelho que elimina o pecado por meio do juízo e salva o cristão arrependido através da graça.
Fazer: Receber o dom da graça que nos liberta da condenação que, na ausência dessa dádiva, recairia sobre nós.
Esboço
I. A graça de Deus em ação
A. Nas histórias da entrada do pecado no paraíso e do Dilúvio, Deus ofereceu a libertação, embora condenasse os culpados.
B. Como a mensagem do terceiro anjo fala tanto da graça quanto do juízo?
II. A beleza da misericórdia e justiça
A. O cristão deve se afastar dos extremos da graça barata e dos terrores de um juízo vingativo.
B. Por que o arco-íris um bom exemplo da beleza e do poder da misericórdia e da justiça atuando de mãos dadas?
III. Graça oferecida ao condenado
A. Visto que todos pecaram e merecem a morte, qual é a nossa única esperança? Como podemos obter a graça?
B. Que alegria podemos encontrar no juízo de Deus?
Resumo:
O julgamento dos nossos pecados nos condena à morte. No entanto, se aceitarmos o sofrimento de Cristo em nosso favor, Deus nos dá a vida que Cristo merece. Essa substituição é a graça que nos livra da condenação e da morte.
Motivação
Por causa da entrada do pecado, Deus respondeu com o juízo e a graça. O juízo é necessário para que a justiça seja cumprida, mas para os que creem no sacrifício de Cristo em seu favor, a misericórdia oferece a graça que nos reconcilia com Deus.
Compare e contraste a história das origens na Bíblia com a seguinte fábula introdutória, transmitida a partir de outra cultura.
História de abertura:
“No princípio havia a escuridão. Nela vivia a morte, chamada Sa, com sua esposa e filha. Os três eram tudo o que existia.
"Não havia nenhum lugar em que pudessem viver confortavelmente, de modo que Sa começou a agir. Ele usou seu poder mágico, e fez um infinito mar de lama. Nesse lugar de lama, Sa edificou sua casa.
"Depois disso, o deus Alatangana veio visitar Sa. Ele encontrou a casa de Sa suja e escura. Alatangana pensou que Sa devia fazer algo melhor do que isso, e falou para Sa:
“Nada pode sobreviver em um lugar como esse”, o deus disse a Sa. “Esta casa precisa de reparos. Tudo está muito escuro."
"Então, Alatangana pensou que seria melhor assumir a responsabilidade por essa situação. Ele tornou sólida a lama. Nós a conhecemos agora como Terra. ‘A Terra se sente’, disse deus. ‘Farei plantas e animais para viver nela.’ Então ele fez" (Virginia Hamilton, In the Beginning: Creation Stories From Around the World [No Princípio: Histórias da Criação Originadas ao Redor do Mundo; San Diego: Harcourt Brace Jovanovich, Publishers, 1988, p. 15).
A história continua dizendo como o deus Alatangana finalmente fugiu com a filha de Sa sem a sua permissão, e teve uma grande família de filhos pretos e brancos. Sa puniu a família, fazendo com que todos os filhos falassem línguas diferentes, para que não entendessem uns aos outros. Além disso, Sa ocasionalmente levava um filho para a morte como oferta.
Pense nisto:
Que aspectos do juízo são encontrados na história? Encontramos a graça na história? Quais são as diferenças essenciais entre essa história de origem Kono e a versão bíblica da criação? Quais são as bençãos de ter a Palavra de Deus como nosso livro de história sobre as origens?
Compreensão
Só para o professor: Use este momento para estudar a relação entre juízo e graça, indicando que Deus tem usado ambas para satisfazer a necessidade humana de justiça e misericórdia.
Comentário Bíblico
I. A origem do juízo e graça (Gn 3.)
Houve consequências imediatas para a desobediência de Adão e Eva com relação à árvore do conhecimento do bem e do mal. Eles perceberam que estavam nus, e sentiram medo e culpa. As consequências foram uma forma de juízo, mas uma audiência ocorreu não muito tempo depois. Na viração do dia, Deus visitou Adão e Eva e, com uma série de perguntas, chegou à essência do que havia acontecido. Então, Deus convocou o juízo.
Embora Adão e Eva houvessem pecado, Satanás foi o primeiro a receber a sentença do juízo, uma sentença de morte, aniquilação eterna para aquele que havia originado e cometido pecado na Terra. Mas essa sentença de morte foi também uma promessa da destruição do mal através das vitórias da Semente da mulher. Grande parte dessa obra foi realizada, embora ainda estejamos à espera do completo cumprimento dessa promessa.
No entanto, essa não foi a origem da graça nem do juízo.
E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Apocalipse 13:8
4 Antes da criação do mundo, Deus já nos havia escolhido para sermos dele por meio da nossa união com Cristo, a fim de pertencermos somente a Deus e nos apresentarmos diante dele sem culpa. Por causa do seu amor por nós,
11 Todas as coisas são feitas de acordo com o plano e com a decisão de Deus. De acordo com a sua vontade e com aquilo que ele havia resolvido desde o princípio, Deus nos escolheu para sermos o seu povo, por meio da nossa união com Cristo.
12 Portanto, digo que nós, que fomos os primeiros a pôr a nossa esperança em Cristo, louvemos a glória de Deus. Efésios 1:4, 11, 12
Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: “Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo. Mateus 25:34
Deus tinha um plano preparado antes mesmo da criação e da queda; o juízo e a graça já estavam em operação. "O Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo" (Ap 13:8) suportou as consequências do pecado e do juízo que deveriam ter caído sobre nós para que tivéssemos nosso nome escrito no livro da vida. É um plano de longo prazo, tão misterioso, complexo e profundo que até mesmo os anjos têm ficado maravilhados à medida que os diferentes eventos se desdobram.
Pense nisto: Faça uma lista das promessas e provisões para o povo de Deus que foram estabelecidas na fundação da Terra ou antes dela, como está descrito em Apocalipse 13:8, Efésios 1:4, 11, 12, e Mateus 25:34. O que essas providências nos dizem sobre a natureza de Deus?
II. Juízo, graça, e catástrofe (Gn 6–8.)
O Dilúvio foi o resultado do juízo. No entanto, a graça na forma dos apelos feitos por Noé durante longo tempo e a preparação da arca precederam essa catástrofe. Quando Deus visitou a Terra novamente, para ver a torre de Babel, Ele trouxe juízo
1 Naquele tempo todos os povos falavam uma língua só, todos usavam as mesmas palavras.
2 Alguns partiram do Oriente e chegaram a uma planície em Sinar, onde ficaram morando.
3 Um dia disseram uns aos outros: —Vamos, pessoal! Vamos fazer tijolos queimados! Assim, eles tinham tijolos para construir, em vez de pedras, e usavam piche, em vez de massa de pedreiro.
4 Aí disseram: —Agora vamos construir uma cidade que tenha uma torre que chegue até o céu. Assim ficaremos famosos e não seremos espalhados pelo mundo inteiro.
5 Então o SENHOR desceu para ver a cidade e a torre que aquela gente estava construindo.
6 O SENHOR disse assim: —Essa gente é um povo só, e todos falam uma só língua. Isso que eles estão fazendo é apenas o começo. Logo serão capazes de fazer o que quiserem.
7 Vamos descer e atrapalhar a língua que eles falam, a fim de que um não entenda o que o outro está dizendo.
8 Assim, o SENHOR os espalhou pelo mundo inteiro, e eles pararam de construir a cidade.
9 A cidade recebeu o nome de Babel, pois ali o SENHOR atrapalhou a língua falada por todos os moradores da terra e dali os espalhou pelo mundo inteiro. Gn 11:1-9.
A história das origens oriunda do povo Kono, de Guiné, lembra um pouco esse episódio. A cidade de Babel foi fundada por homens que estavam determinados a agir de forma independente de Deus e, se não fossem reprimidos, teriam destruído a sensibilidade moral do mundo recém-criado. No entanto, Deus ouviu os justos da cidade que clamavam pela intervenção divina. Ele desceu para ver a cidade, e destruiu a torre.
"Usando de misericórdia para com o mundo, frustrou o propósito dos edificadores da torre, e transtornou o memorial de sua ousadia. Misericordiosamente confundiu suas línguas, acabando com seus propósitos de rebelião" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 123).
Pense nisto: Examine a história de Jonas, buscando padrões semelhantes de juízo e misericórdia. Nesse caso, Deus ofereceu misericórdia à cidade, não executando a catástrofe prevista. Por quê?
III. A graça do Pai, o juízo do Pai (Ef 1–3.)
Quando vemos a maneira pela qual Deus enfrentou os horrores do pecado, vislumbramos uma imagem melhor de quem Ele é. Em Efésios 1, enquanto Paulo explicava o papel do Pai no assunto da salvação, ele utilizou vários superlativos, na tentativa de descrever Sua bondade. É o Pai que nos abençoa com todas as bênçãos espirituais em Cristo. Paulo oferece "o louvor da Sua gloriosa graça" (v. 6, NVI). Ele fala das "riquezas da graça de Deus, a qual Ele derramou sobre nós" (v. 7, 8, NVI), as "riquezas da gloriosa herança dEle nos santos e a incomparável grandeza do Seu poder para conosco, os que cremos" (v. 18 , 19 NVI).
Continuando no capítulo 2, Paulo se refere à "incomparável riqueza de Sua graça, demonstrada em Sua bondade para conosco em Cristo Jesus” (v. 7, NVI). No capítulo 3, Paulo se ajoelhou em oração ao Pai, pedindo que "segundo a riqueza da Sua glória” (v. 16) Ele envie o poder do Espírito, para que possamos entender a largura, comprimento, altura e profundidade do amor de Cristo e ser preenchido com a plenitude de Deus! Assim, o Pai é capaz de fazer "infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos" (v. 20, NVI). Ele gosta de nos abençoar. Ele derrama sobre nós Suas riquezas, poder e graça. Ele tem prazer em fazer tudo isso por nós, porque nos ama. Foi por nos amar que Ele enviou o maior de todos os dons, Seu Filho unigênito, para morrer por nós.
Todos os superlativos que possamos reunir não são suficientes para descrever a ternura, a compaixão e bondade do Pai, expressas nas riquezas da Sua graça para conosco e derramadas através do dom de Seu Filho Jesus. Ao conceder essa dádiva, Ele partiu o próprio coração, para que fôssemos salvos. O coração de Cristo também foi quebrantado. Para responder às justas exigências da perfeita e justa lei, que é a base do caráter de Deus e do Universo, foram necessárias consequências muito maiores do que poderíamos imaginar (e muito menos suportar). Foi necessário que o próprio Deus suportasse a consequência do pecado por nós. Foi a graça de Deus, e somente Sua graça, que pôde responder ao juízo de Deus, ocasionado pelos efeitos horríveis do pecado, e foram as riquezas de Sua graça, derramada sobre os que creem, que pode nos preencher com a plenitude do próprio Deus. O que podemos fazer, senão louvá-Lo e glorificá-Lo?
Pense nisto:
Deus demonstrou misericórdia para com Cristo na cruz? Explique sua resposta.
Comente esta pergunta para ajudar a classe a fazer uma aplicação pessoal da lição.
Aplicação pessoal
Se você é pai, que exemplos da sua experiência na educação dos filhos ilustra a importância das consequências e do julgamento justo, temperados com a graça? Você está em uma posição de autoridade em seu campo de trabalho, sendo responsável por supervisionar seus colegas de trabalho? Em qualquer uma dessas situações que têm exigido julgamento ou disciplina, você teve que suportar as consequências merecidas pelo filho ou colega de trabalho? Essa experiência de alguma forma está correlacionada com o que Cristo fez por nós na cruz, servindo para aprofundar nossa apreciação pelo Seu sacrifício?
Criatividade
Sugira as seguintes ideias para fazer durante a semana:
1-- Escreva um poema expressando alegria e louvor a Deus pela perfeição de Seus juízos e as bênçãos de Sua graça.
2-- O arco-íris é um símbolo da mistura da justiça e misericórdia de Deus, e um arco-íris circunda Seu trono. Providencie uma obra de arte para a janela da sua cozinha que lembre esse aspecto do caráter de Deus.
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