domingo, 15 de janeiro de 2012

Os evangelhos e a cruz

Quarta                           




Apesar do impressionante milagre da encarnação de Cristo, Seus profundos ensinamentos e os milagres que realizou, esses não eram o foco central da vida de Cristo. Em vez disso, o que dominava o pensamento de Jesus era a entrega de Sua vida. Embora Seu nascimento e ministério fossem miraculosos, a grande missão da vida de Cristo era Sua morte.

Nos quatro evangelhos, vemos Jesus Se esforçando para preparar os discípulos para Sua morte iminente. No entanto, sua devoção a Jesus, juntamente com sua esperança de um Messias político, os impediu de compreender o que Jesus estava lhes dizendo.

8. Como Jesus descreveu Sua morte iminente? O que estava errado com o pedido de Tiago e João? Qual foi a resposta incisiva de Jesus?

32  Estavam a caminho, subindo para Jerusalém. Jesus ia adiante dos discípulos, e estes se admiravam; e os que o seguiam, tinham medo. Tornando a levar à parte os doze, começou a contar-lhes o que lhe havia de acontecer,
33  dizendo: Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos gentios,
34  e hão de escarnecê-lo, cuspir nele, açoitá-lo e tirar-lhe a vida; e depois de três dias ressurgirá.
35  Então se aproximaram dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: Mestre, queremos que nos faças o que te pedirmos.
36  Ele lhes perguntou: Que quereis que eu vos faça?
37  Responderam-lhe: Concede-nos que na tua glória nos sentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda.
38  Mas Jesus disse-lhes: Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que eu bebo, ou ser batizados com o batismo com que eu sou batizado?
39  Responderam eles: Podemos. Replicou-lhes Jesus: Bebereis, na verdade, o cálice que eu bebo, e sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado;
40  mas o tomar assento à minha direita ou à minha esquerda, não me pertence concedê-lo; porém será isso concedido àqueles para quem está destinado.
41  Ouvindo isto os dez, começaram a indignar-se contra Tiago e João.
42  Mas Jesus chamou-os para junto de si, e disse: Sabeis que os que são reconhecidos como governadores dos gentios, dominam sobre os seus vassalos, e sobre eles os seus grandes exercem autoridade.
43  Porém não é assim entre vós. Mas quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva;
44  e quem quiser ser o primeiro entre vós, será esse servo de todos.
45  Pois o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. Mc 10:32-45

Na noite anterior à da Sua morte, Jesus celebrou a ceia da Páscoa com Seus discípulos. Então, deu instruções de que esse ritual deveria ser observado até que Ele voltasse novamente. Essa cerimônia de comunhão instituída pelo próprio Senhor é o único ato comemorativo autorizado pessoalmente por Jesus. Não é um memorial da encarnação, nem dos milagres, nem das parábolas, nem da pregação dEle, mas somente de Sua morte. Acima de tudo, o próprio Cristo desejava ser lembrado por Sua morte.

De fato, nos relatos dos quatro evangelhos acerca da vida do Messias, a grande ênfase foi colocada sobre a crucifixão e os acontecimentos em torno dela. O incrível milagre da encarnação é mencionado apenas por Mateus e Lucas. Apenas dois capítulos em cada um desses evangelhos registram a concepção e o nascimento de Cristo. Marcos e João omitem qualquer comentário sobre o nascimento de Cristo e começam seus evangelhos com Jesus adulto.

No entanto, os quatro escritores do evangelho decididamente enfatizam a última semana da vida de Cristo e, claro, Sua morte. Olhe rapidamente os evangelhos e observe a evidente ênfase em apenas alguns dias da vida de Cristo. A última semana da vida de Jesus, incluindo os eventos anteriores à Sua morte e a própria crucifixão, ocupa de um terço a quase metade de todos os relatos dos evangelhos. Cada leitor é “forçado” a prestar atenção no grande ato redentor de Deus.

Examine sua vida, com seu passado, erros e pecados. Honestamente, você acha que as obras, passadas ou presentes, poderiam expiar os pecados? Por que você deve focalizar a morte de Jesus em seu favor? Sem esse sacrifício, que esperança haveria na vida?




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