Saber: A base bíblica para a compreensão da Trindade.
Esboço
II. Três em um
B. Que expressões e manifestações nos Evangelhos demonstram a divindade de Cristo?
C. As Escrituras descrevem tanto a pluralidade quanto a unidade da Divindade.
II. O poder e a glória
C. Que aspectos da natureza trinitária de Deus aumentam o senso de intimidade em nosso relacionamento com Ele?
III. Tu és digno
Resumo:
A Bíblia ensina a unidade de Deus, mas o estudo mais profundo revela que essa unidade é um relacionamento dinâmico entre três pessoas distintas.
Muitas pessoas pensam na doutrina da Trindade como misteriosa ou que é melhor deixar de estudá-la e "aceitá-la pela fé". Enfatize que, se a doutrina for compreendida corretamente, ela realmente nos ajudará a entender melhor a Deus e a fé que devemos ter nEle. De fato, muitas doutrinas cristãs fundamentais têm por base a compreensão de Deus implícita na doutrina da Trindade.
Da mesma forma, o Antigo Testamento nos informa que Deus é um. Mas, quando estudamos com mais profundidade, descobrimos que essa unidade é o produto de um relacionamento harmonioso entre três seres distintos, todos igualmente divinos e coeternos. Enquanto o átomo possa ser dividido, em contradição ao seu nome, esse Deus triúno é realmente a unidade indivisível subjacente à toda realidade.
Pense nisto:
Compreensão
A Bíblia apresenta um Deus que é um, caracterizado por echad, ou unidade. E no entanto, desde o início, apresenta também a imagem de um Deus multifacetado. Enfatize que a unidade de Deus, da qual o Antigo Testamento fala, não se refere apenas a uma singularidade matemática, mas a uma singularidade de propósito e essência. Enfatize também que, de maneira nenhuma, a pluralidade da divindade deve ser confundida com politeísmo. Apresente ensinamentos claros sobre a pluralidade de Deus no Antigo Testamento e sobre Sua unidade no Novo Testamento.
Comentário Bíblico
I. A unicidade do Deus triúno
Deuteronômio 6:4 diz que Deus é um. Por que isso é importante? Pelo menos em parte, temos consciência dos panteões (significado literal em latim: "todos os deuses") e mitologias dos povos antigos ao redor de Israel. À medida que as pessoas se esqueciam do Deus que os havia criado à Sua imagem, criaram deuses à sua própria imagem.
Muitos dos deuses nesses panteões tinham começado como objetos de adoração para uma classe distinta ou para um grupo de pessoas. Talvez fossem deuses tribais ou familiares. Ou talvez fossem deuses que personificassem uma característica admirada,
ou mesmo uma profissão ou ocupação. Como o Novo Testamento diz, é difícil ou mesmo impossível servir a dois senhores. Por isso, a maioria das pessoas tinha um deus favorito, deixando os outros de lado e lhes trazendo uma oferta ou um punhado de incenso ocasionais, no momento oportuno.
À medida que reis e sacerdotes ganhavam poder, descobriam a utilidade de reunir esses deuses em panteões que se assemelhavam a uma corte real da época. Essas eram unidades de uma espécie, geralmente com um deus que governava sobre uma perturbada coleção de divindades menores, com seus programas mutuamente exclusivos, que refletiam suas diversas origens. Mas essa não era a unidade sugerida pela palavra hebraica echad, que também poderia ser traduzida de maneira adequada como harmonia, um conceito que definitivamente não se aplicava ao politeísmo antigo.
Os escritores inspirados da Bíblia rejeitaram esse politeísmo, porque sabiam que Deus era um. Mas essa unidade não é apenas um número. O Deus da Bíblia é único. E não é apenas a Sua singularidade que O torna digno de adoração. Caso contrário, com igual facilidade poderíamos adorar flocos de neve ou nossas impressões digitais.
Pense nisto: Embora não busquemos outros deuses, como faziam os antigos politeístas, não colocamos outras coisas acima do verdadeiro Deus? Isso faz com que nossa lealdade e nosso foco estejam divididos? O que podemos aprender com a unidade e singularidade de propósito manifestadas na Divindade?
Como a lição observa, dúvidas sobre a Trindade costumam se concentrar na divindade de Cristo. O cristianismo normativo ensina que Deus tomou a forma do Homem Jesus Cristo no primeiro século d.C., em uma pequena província do Império Romano. Ele foi executado como criminoso de maneira particularmente vergonhosa, e três dias depois ressuscitou.
Como Paulo mencionou (1Co 1:22-25), esses fatos eram inaceitáveis para muitos.
Mesmo os cristãos achavam essa história difícil de aceitar. Heresias cristãs surgiram, a maioria das quais relacionadas com a divindade de Cristo e, especialmente, com a expiação. Grupos como os ebionitas ensinavam que Jesus era apenas um homem, um profeta na melhor das hipóteses. Outros ensinavam que Jesus realmente era Deus, mas apenas Se pareceu com o ser humano durante Seu ministério. Ele apenas pareceu sofrer na cruz. Essa visão foi chamada de docetismo, uma palavra enraizada no verbo grego que significa "parecer". O Arianismo ensinava que Cristo era "até certo ponto" divino, mas era um ser criado.
Todas essas heresias buscavam resolver o que seus criadores consideravam como dificuldades com a mensagem clara da humanidade, divindade e expiação de Cristo, conforme a mensagem dos apóstolos e dos quatro evangelhos canônicos. Mas, ao resolver essas dificuldades aparentes, suas soluções essencialmente anulavam o poder do verdadeiro evangelho. Se Cristo tivesse sido apenas um homem, como Seu sacrifício poderia ajudar alguém? Nesse caso, Ele teria sido apenas um sábio mestre que Se envolveu numa situação terrível e a enfrentou com bravura. Se Ele somente pareceu sofrer na cruz, qual foi o objetivo? Se Ele não era verdadeiramente divino, mas uma espécie de superanjo ou semideus, como Sua morte e ressurreição poderiam expiar a ofensa contra Deus? Em contraste com tudo isso, os apóstolos ensinaram que Cristo foi Deus, em todos os sentidos, mas abriu mão de Seu status, Se esvaziou (kenosis, em grego) das prerrogativas da divindade, a ponto de morrer na cruz como um criminoso. Ele tinha tudo, e era tudo, mas por amor nos deu tudo e Se tornou nada. Se você compreende isso, então você conhece o evangelho.
Pense nisto:
Use as seguintes perguntas para ajudar os alunos a fortalecer o que aprenderam sobre a natureza e importância do nosso conhecimento do Deus triúno.
Perguntas para reflexão
Nesta semana aprendemos a importância tanto da unidade de Deus quanto de Sua natureza multifacetada, como se vê na doutrina da Trindade. As seguintes atividades ajudarão os alunos a lembrar e aplicar as lições aprendidas em sua comunhão e crescimento espiritual.
Atividade 1:
Atividade 2:
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