segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A superioridade da promessa (estudo nº 06)




“Porque, se a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão” (Gálatas 3:18).

Leituras da semana: Gl 3:15-20; Gn 9:11-17; Mt 5:17-20; Êx 16:22-26; Gn 15:1-6

Uma vez alguém perguntou a um político: “Você cumpriu todas as promessas que fez durante a campanha?” Ele respondeu: “Sim... Bem, pelo menos todas as promessas que eu pretendia cumprir”.

Quem já não se encontrou, em uma ocasião ou outra, em uma das extremidades de uma promessa quebrada? Quem já não quebrou uma promessa? Quem nunca recebeu uma promessa que veio a ser quebrada?

Às vezes, as pessoas fazem uma promessa com a plena intenção de cumpri-la, mas, depois, não cumprem; outros fazem uma promessa já sabendo que tudo que prometeram é mentira, desde o momento em que os sons deixam sua boca ou quando seus dedos escrevem as palavras.

Felizmente, para nós, as promessas de Deus são de natureza completamente diferente. A Palavra de Deus é certa e imutável. “
O que Eu disse, isso Eu farei acontecer; o que planejei, isso farei, diz o Senhor” (Isaías 46:11, NVI).

Na lição desta semana, Paulo dirige nossa atenção para a relação entre a promessa de Deus a Abraão e a lei dada a Israel 430 anos depois. Como a relação entre as duas deve ser entendida, e que implicações isso tem para a pregação do evangelho? 

Domingo                                         Lei e fé


Mesmo que seus adversários admitissem que a vida de Abraão foi caracterizada principalmente pela fé, Paulo sabia que eles ainda questionariam por que Deus deu a lei a Israel cerca de quatro séculos depois de Abraão. A promulgação da lei não anulou algum acordo anterior?

1. Qual é o objetivo da analogia de Paulo entre o testamento de uma pessoa e a aliança de Deus com Abraão? 

15  Irmãos, falo como homem. Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga ou lhe acrescenta alguma coisa.
16  Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo.
17  E digo isto: uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-rogar, de forma que venha a desfazer a promessa.
18  Porque, se a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão. Gl 3:15-18

Uma aliança e um testamento geralmente são diferentes. Uma aliança é tipicamente um acordo mútuo entre duas ou mais pessoas, muitas vezes chamada de “contrato” ou “tratado”; em contrapartida, o testamento é a declaração de uma única pessoa. A tradução grega do Antigo Testamento, a Septuaginta, nunca traduz a aliança de Deus com Abraão com a palavra grega usada para os acordos mútuos ou contratos (syntheke). Em vez disso, ela usa a palavra para testamento ou vontade final (diatheke). Por quê? Provavelmente porque os tradutores reconheciam que a aliança de Deus com Abraão não era um tratado entre dois indivíduos, no qual são feitas promessas mutuamente obrigatórias. Ao contrário, a aliança de Deus não era baseada em nenhuma outra coisa, a não ser Sua própria vontade. Nenhuma corrente de “se”, “e” ou “mas” foi atada. Abraão devia simplesmente confiar na Palavra de Deus.

Paulo menciona esse duplo sentido de “testamento” e “aliança”, para destacar as características específicas da aliança de Deus com Abraão. Assim como acontece com um testamento humano, a promessa de Deus diz respeito a um beneficiário específico:

Abraão e seus descendentes

1  Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei;
2  de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!
3  Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.
4  Partiu, pois, Abrão, como lho ordenara o SENHOR, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã.
5  Levou Abrão consigo a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as pessoas que lhes acresceram em Harã. Partiram para a terra de Canaã; e lá chegaram. Gênesis 12:1-5 

Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo Gl 3:16

ela também envolve uma herança

porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre. Gn 13:15

Dar-te-ei e à tua descendência a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus. Gn 17:8

Não foi por intermédio da lei que a Abraão ou a sua descendência coube a promessa de ser herdeiro do mundo, e sim mediante a justiça da fé. Rm 4:13 

E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa. Gl 3:29

O mais importante para Paulo é a natureza imutável da promessa de Deus. Da mesma forma que o testamento de uma pessoa não pode ser alterado, uma vez que tenha entrado em vigor, a promulgação da lei através de Moisés não pode simplesmente anular a aliança anterior de Deus com Abraão. A aliança de Deus é uma promessa

Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo. Gálatas 3:16

e de maneira nenhuma Deus quebra Suas promessas

que chamo a ave de rapina desde o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei. Isaías 46:11 

para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta; Hebreus 6:18

Substitua a palavra aliança por promessa nas passagens a seguir. Qual é a natureza da “aliança” em cada uma delas? Compreender a aliança de Deus como uma promessa pode tornar mais claro o significado da passagem? Como nos ajudam a entender melhor o que é uma aliança? (Gn 9:11-17; 15:18; 17:1-21). O que isso nos ensina, também, sobre o caráter de Deus? Podemos confiar no Senhor? 

11  Estabeleço a minha aliança convosco: não será mais destruída toda carne por águas de dilúvio, nem mais haverá dilúvio para destruir a terra.
12  Disse Deus: Este é o sinal da minha aliança que faço entre mim e vós e entre todos os seres viventes que estão convosco, para perpétuas gerações:
13  porei nas nuvens o meu arco; será por sinal da aliança entre mim e a terra.
14  Sucederá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, e nelas aparecer o arco,
15  então, me lembrarei da minha aliança, firmada entre mim e vós e todos os seres viventes de toda carne; e as águas não mais se tornarão em dilúvio para destruir toda carne.
16  O arco estará nas nuvens; vê-lo-ei e me lembrarei da aliança eterna entre Deus e todos os seres viventes de toda carne que há sobre a terra.
17  Disse Deus a Noé: Este é o sinal da aliança estabelecida entre mim e toda carne sobre a terra. Gênesis 9:11-17 

Naquele mesmo dia, fez o SENHOR aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates: Gn 15:18 

1  Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o SENHOR e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito.
2  Farei uma aliança entre mim e ti e te multiplicarei extraordinariamente.
3  Prostrou-se Abrão, rosto em terra, e Deus lhe falou:
4  Quanto a mim, será contigo a minha aliança; serás pai de numerosas nações.
5  Abrão já não será o teu nome, e sim Abraão; porque por pai de numerosas nações te constituí.
6  Far-te-ei fecundo extraordinariamente, de ti farei nações, e reis procederão de ti.
7  Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência.
8  Dar-te-ei e à tua descendência a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus.
9  Disse mais Deus a Abraão: Guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência no decurso das suas gerações.
10  Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado.
11  Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de aliança entre mim e vós.
12  O que tem oito dias será circuncidado entre vós, todo macho nas vossas gerações, tanto o escravo nascido em casa como o comprado a qualquer estrangeiro, que não for da tua estirpe.
13  Com efeito, será circuncidado o nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro; a minha aliança estará na vossa carne e será aliança perpétua.
14  O incircunciso, que não for circuncidado na carne do prepúcio, essa vida será eliminada do seu povo; quebrou a minha aliança.
15  Disse também Deus a Abraão: A Sarai, tua mulher, já não lhe chamarás Sarai, porém Sara.
16  Abençoá-la-ei e dela te darei um filho; sim, eu a abençoarei, e ela se tornará nações; reis de povos procederão dela.
17  Então, se prostrou Abraão, rosto em terra, e se riu, e disse consigo: A um homem de cem anos há de nascer um filho? Dará à luz Sara com seus noventa anos?
18  Disse Abraão a Deus: Tomara que viva Ismael diante de ti.
19  Deus lhe respondeu: De fato, Sara, tua mulher, te dará um filho, e lhe chamarás Isaque; estabelecerei com ele a minha aliança, aliança perpétua para a sua descendência.
20  Quanto a Ismael, eu te ouvi: abençoá-lo-ei, fá-lo-ei fecundo e o multiplicarei extraordinariamente; gerará doze príncipes, e dele farei uma grande nação.
21  A minha aliança, porém, estabelecê-la-ei com Isaque, o qual Sara te dará à luz, neste mesmo tempo, daqui a um ano. Gênesis 17:1-21  




Fé e lei

Segunda                                  




Paulo argumentou energicamente em defesa da supremacia da fé no relacionamento da pessoa com Deus. Ele afirmou repetidamente que nem a circuncisão nem quaisquer outras “obras da lei” são pré-requisitos para a salvação, “pois, por obras da lei, ninguém será justificado” (Gl 2:16). Além disso, a marca que caracteriza o cristão não são as obras da lei, mas a fé (Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão. Gl 3:7). Essa negação repetida das obras da lei levanta a questão: “Será que a lei não tem absolutamente nenhum valor, então? Será que Deus anulou a lei?”

2. Por ser a salvação pela fé, e não pelas obras da lei, Paulo quis dizer que a fé anula a lei? Compare 

Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei Rm 3:31 

Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás. Romanos 7:7, 

1  Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2  E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
3  Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
4  Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função,
5  assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros,
6  tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé;
7  se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo;
8  ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria.
9  O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem.
10  Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
11  No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor;
12  regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes;
13  compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade;
14  abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.
15  Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.
16  Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos.
17  Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens;
18  se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens;
19  não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.
20  Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça.
21  Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem. Romanos 12;

3  Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado,
4  a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Romanos 8:3, 4

17  Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.
18  Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.
19  Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.
20  Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus. Mt 5:17-20

O raciocínio de Paulo em Romanos 3 se assemelha à sua argumentação sobre fé e lei em Gálatas. Sentindo que seus comentários poderiam levar alguns a concluir que ele estava exaltando a fé em detrimento da lei, Paulo faz a pergunta retórica: “Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei”. A palavra traduzida como “anulamos” em Romanos 3:31 é katargeo. Paulo usa a palavra com frequência; ela pode ser traduzida como “anular” (Que será, pois? Se alguns não tiveram fé, porventura a sua falta de fé anulará a fidelidade de Deus? Rm 3:3 TB), “abolir” (aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, Ef 2:15), “desfazer” (sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado. Rm 6:6, RC), ou mesmo destruir (Os alimentos são para o estômago, e o estômago, para os alimentos; mas Deus destruirá tanto estes como aquele. Porém o corpo não é para a impureza, mas, para o Senhor, e o Senhor, para o corpo. 1Co 6:13). Claramente, se Paulo quisesse apoiar a ideia de que a lei foi de alguma forma abolida na cruz, como algumas pessoas hoje afirmam que ele ensinou, essa teria sido a oportunidade. Mas Paulo não apenas negou essa opinião com um enfático não; na verdade, ele afirmou que seu evangelho “estabelece” a lei!

Ao exigir e prover o sacrifício expiatório, o plano da justificação pela fé revela o respeito de Deus por Sua lei. Se a justificação pela fé anulasse a lei, não teria havido necessidade da morte expiatória de Cristo para libertar o pecador de seus pecados e, assim, restaurá-lo à paz com Deus.

“Além disso, em si mesma, a fé genuína envolve uma disposição sem reservas para cumprir a vontade de Deus em uma vida de obediência à Sua lei... A fé verdadeira, com base no pleno amor pelo Salvador, só pode conduzir à obediência
” (SDA Bible Commentary, v. 6, p. 510).

Que implicações haveriam se Paulo, na verdade, quisesse dizer que a fé anula a necessidade de guardar a lei? Por exemplo, o adultério, o roubo, ou até mesmo o assassinato deixariam de ser pecado? Pense na tristeza, dor e sofrimento dos quais você poderia se preservar se simplesmente obedecesse à lei de Deus. Que sofrimentos você ou outras pessoas têm experimentado, inteiramente como resultado da desobediência à lei de Deus?  




O propósito da lei

Terça                                            




3. Em Gálatas 3:19-29 Paulo faz várias referências à “lei”. Nesta seção de Gálatas, que lei Paulo menciona principalmente?

19  Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador.
20  Ora, o mediador não é de um, mas Deus é um.
21  É, porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente de lei.
22  Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que crêem.
23  Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se.
24  De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.
25  Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio.
26  Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus;
27  porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.
28  Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
29  E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa. Gálatas 3:19-29

Acreditando que a expressão até que, no verso 19, indica que essa lei foi apenas temporária, alguns têm pensado que a passagem deve se referir à lei cerimonial, porque o propósito dessa lei foi cumprido na cruz e, assim, ela chegou ao fim. Embora essa ideia faça sentido em si mesma, não parece ter sido esse o pensamento de Paulo em Gálatas. Tanto a lei cerimonial quanto a lei moral foram “adicionadas” no Sinai por causa da transgressão. Mas veremos, considerando a pergunta a seguir, que Paulo pensou principalmente na lei moral.

4. Por que Paulo disse que a lei foi acrescentada? A que ela foi acrescentada, e por quê? Compare 

Que é, pois, a Lei? Foi acrescentada por causa das transgressões, até que viesse a semente a quem se fez a promessa, tendo sido ordenada mediante anjos, pela mão de um mediador.    Gálatas 3:19 TB

13 pois até a Lei o pecado estava no mundo, mas não é imputado o pecado quando não há lei. 
20 Sobreveio a Lei para que abundasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, Romanos 5:13, 20

Paulo não disse que a lei foi acrescentada à aliança de Deus com Abraão, como se fosse uma espécie de suplemento a um testamento que alterasse as provisões originais. A lei já havia existido por muito tempo antes do Sinai (veja a lição de amanhã). Paulo quis dizer, ao contrário, que a lei foi dada a Israel para um propósito totalmente diferente. Ela devia dirigir o povo de volta para Deus e à graça que Ele oferece a todos os que vão a Ele pela fé. A lei revela nossa condição pecaminosa e nossa necessidade da graça de Deus. A lei não foi destinada a ser uma espécie de programa para “conseguir” a salvação. Ao contrário, ela foi dada, diz Paulo, “para que a transgressão fosse ressaltada” (Rm 5:20, NVI), ou seja, para nos mostrar mais claramente o pecado em nossa vida (Romanos 7:13).

Enquanto as leis cerimoniais apontavam para o Messias e enfatizavam a santidade e a necessidade de um Salvador, é a lei moral, com suas proibições, que revela o pecado, que nos mostra que o pecado não é apenas uma parte da nossa condição natural, mas, de fato, é a violação da lei de Deus (Rm 5:13, 20); 

porquanto por obras da lei nenhum homem será justificado diante dele, pois, pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. Romanos 3:20 TB
 
7  Que diremos, pois? É a Lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não teria conhecido o pecado, senão pela Lei; pois eu não teria conhecido a cobiça, se a Lei não dissera: Não cobiçarás.
8  Mas o pecado, achando ocasião, operou em mim pelo mandamento toda a cobiça; porque sem a Lei o pecado está morto.   
13  Logo o que é bom tornou-se morte para mim? De modo nenhum; mas sim o pecado, para se mostrar pecado, operando em mim a morte por meio do que é bom, a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente mau.  Rm 7:7, 8, 13).

É por isso que Paulo diz: “Onde não há lei, não há transgressão” (Rm 4:15, NVI). “A lei funciona como uma lupa. Esse dispositivo não aumenta realmente o número de marcas de sujeira que mancham uma roupa, mas faz com que elas se destaquem de maneira mais clara e revela muito mais delas do que a pessoa é capaz de ver a olho nu” (William Hendriksen, New Testament Commentary, Exposition on Galatians [Comentário sobre o Novo Testamento, Exposição sobre Gálatas], Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1968, p. 141).




A duração da lei de Deus

Quarta                                 




5. A declaração de Paulo sobre a lei ser adicionada no Monte Sinai significa que ela não existia antes? Se já existia, qual era a diferença entre os períodos anterior e posterior ao Sinai? 

5  Certamente requererei o vosso sangue, o sangue das vossas vidas; da mão de todo o animal o requererei; e da mão do homem, sim da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem.
6  Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem será derramado o seu sangue; porque o homem foi feito à imagem de Deus. Gênesis 9:5, 6 

Porque eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do SENHOR, para agirem com justiça e juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado. Gn 18:19 

porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis. Gênesis 26:5; 

7  E aconteceu, depois destas coisas, que a mulher de seu senhor pôs os olhos em José e disse: Deita-te comigo.
8  Porém ele recusou e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo e entregou em minha mão tudo o que tem.
9  Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?
10  E aconteceu que, falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele ouvidos para deitar-se com ela e estar com ela,  Gênesis 39:7-10

22 No sexto dia pegaram o dobro, isto é, quatro litros para cada pessoa. Os líderes do povo foram e contaram a Moisés o que estava acontecendo.
23  E Moisés lhes disse: —Amanhã é dia de descanso, o sábado santo, separado para Deus, o SENHOR. Por isso o SENHOR deu a seguinte ordem: “Os que quiserem assar esse alimento no forno, que assem; e os que quiserem cozinhar, que cozinhem. E guardem para o dia seguinte o que sobrar.”
24  Conforme a ordem de Moisés, todos guardaram para o dia seguinte o que havia sobrado. E não cheirou mal, nem criou bicho. Êx 16:22-26

Deus não precisou revelar Sua lei a Abraão com trovões, relâmpagos e pena de morte

10  e o SENHOR lhe disse: —Vá falar ao povo e mande que eles passem o dia de hoje e de amanhã purificando-se para me adorar. Eles devem lavar as suas roupas
11  e se aprontar para depois de amanhã. Nesse dia eu descerei sobre o monte Sinai, onde todo o povo poderá me ver.
12  Marque limites em volta da montanha, para que o povo não passe dali, e diga-lhes que não subam o monte, nem cheguem perto dele. Se alguma pessoa puser o pé nele, deverá ser morta.
13  Ninguém deverá tocar nessa pessoa; ela será morta a pedradas ou com flechas. Isso deve ser feito tanto com pessoas como com animais. Porém, quando a trombeta tocar, o povo poderá subir o monte.
14  Então Moisés desceu do monte e mandou que o povo se purificasse para adorar a Deus. E todos lavaram as suas roupas.
15  Aí Moisés disse: —Fiquem prontos para depois de amanhã e até lá não tenham relações sexuais.
16  Na manhã do terceiro dia houve trovoadas e relâmpagos, uma nuvem escura apareceu no monte, e ouviu-se um som muito forte de trombeta. E todo o povo que estava no acampamento tremeu de medo.
17  Moisés os levou para fora do acampamento a fim de se encontrarem com Deus, e eles ficaram parados ao pé do monte.
18  Todo o monte Sinai soltava fumaça, pois o SENHOR havia descido sobre ele no meio do fogo. A fumaça subia como se fosse a fumaça de uma fornalha, e todo o povo tremia muito.
19  O som da trombeta foi ficando cada vez mais forte. Moisés falou, e Deus respondeu no barulho do trovão.
20  O SENHOR desceu no alto do monte Sinai e chamou Moisés para que fosse até lá. Moisés subiu,
21  e o SENHOR lhe disse: —Desça e avise ao povo que não passe os limites para chegar perto a fim de me ver. Se passarem, muitos deles morrerão.
22  Avise também os sacerdotes que eles devem se purificar a fim de poderem chegar perto de mim. Se não se purificarem, eu os matarei.
23  Moisés disse a Deus, o SENHOR: —O povo não poderá subir o monte, pois tu nos mandaste respeitar este monte como lugar sagrado e mandaste também marcar limites em volta dele. (Êx 19:10-23).

Por que, então, Deus deu a lei aos israelitas dessa maneira? Foi porque durante seu cativeiro no Egito, os israelitas haviam perdido de vista a grandeza de Deus e Seus elevados padrões morais. Como resultado, eles precisavam ser conscientizados da extensão da própria pecaminosidade e da santidade da lei de Deus. Com certeza, a revelação no Sinai fez justamente isso.

6. O que Paulo quis dizer quando afirmou que a lei foi adicionada “até que viesse o descendente a quem se fez a promessa”? 

16  Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo.
17  E digo isto: uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-rogar, de forma que venha a desfazer a promessa.
18  Porque, se a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão.
19  Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador. Gl 3:16-19

Muitos têm entendido que esse texto queria dizer que a lei dada no Monte Sinai era temporária. Ela foi introduzida 430 anos depois de Abraão e, então, foi anulada quando Cristo veio. Essa interpretação, porém, contradiz o que Paulo diz sobre a lei em Romanos, bem como em outras passagens da Bíblia, como Mateus 5:17-19.

17  Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.
18  Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.
19  Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus. Mateus 5:17-19

O erro que os leitores muitas vezes cometem, com relação a essa passagem, é o de supor que a expressão “até que” sempre implica uma duração limitada de tempo. Esse não é o caso. Descrevendo a pessoa que teme ao Senhor, o Salmo 112:8 diz: “
O seu coração, bem firmado, não teme, até ver cumprido, nos seus adversários, o seu desejo”. Isso significa que quando ele triunfar ficará com medo? Em Apocalipse 2:25, Jesus disse: “Tão-somente apeguem-se com firmeza ao que vocês têm, até que Eu venha” (NVI). Teria Jesus declarado que, depois que Ele vier, já não precisaremos ser fiéis?

O papel da lei não acabou com a vinda de Cristo. Ela continuará a apontar o pecado, enquanto a lei existir. O que Paulo disse foi que a vinda de Cristo marcou um momento decisivo na história humana. Cristo pôde fazer o que a lei jamais poderia fazer: prover o verdadeiro remédio para o pecado, ou seja, justificar os pecadores e, pelo Seu Espírito, cumprir Sua lei neles

3  O que a Lei não podia fazer, no que se achava fraca pela carne, Deus, enviando a seu próprio Filho em semelhança de carne de pecado e por causa do pecado, condenou o pecado na carne;
4  para que a exigência justa da Lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. (Rm 8:3, 4).

Alguma vez você já teve estes pensamentos: “Se apenas o Senhor fizesse isso por mim, ou aquilo, ou aquilo outro, eu nunca mais duvidaria nem questionaria o Senhor?” Pense, entretanto, sobre o que aconteceu no Sinai, e a respeito da grande manifestação do poder de Deus, vista pelos israelitas, e, mesmo assim, eles se rebelaram. O que isso diz sobre o que é a verdadeira fé? Como obter e manter essa fé? (Portanto, já que vocês aceitaram Cristo Jesus como Senhor, vivam unidos com ele. Cl 2:6 NTLH). 




A superioridade da promessa

Quinta                         




Ele estava na congregação, no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos antepassados, e recebeu palavras vivas, para transmiti-las a nós” (At 7:38, NVI).

Em Gálatas 3:19, 20, Paulo continua sua linha de pensamento sobre o fato de que a lei não anula a aliança da graça. Isso é importante porque, se a teologia de seus oponentes estivesse correta, a lei faria exatamente isso. Como pecadores, imagine qual seria a nossa situação, se, para nos salvarmos, tivéssemos que confiar em nossa observância da lei, e não na graça de Deus. No fim, estaríamos sem esperança!

19  Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador.
20  Ora, o mediador não é de um, mas Deus é um. Gálatas 3:19, 20

Embora os detalhes dos comentários de Paulo em Gálatas 3:19, 20 sejam difíceis, seu raciocínio básico é claro: a lei é subordinada à promessa, porque ela foi dada por intermédio de anjos e de Moisés. A conexão de anjos com a entrega da lei não é mencionada em Êxodo, mas é encontrada em vários outros lugares nas Escrituras

Ele disse: O SENHOR Deus veio do monte Sinai; ele surgiu como o sol por cima de Edom e do monte Parã brilhou sobre o seu povo. Com ele vieram milhares de anjos, e à sua direita havia fogo. Dt 33:2; NTLH

38  É este Moisés quem esteve na congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos pais; o qual recebeu palavras vivas para no-las transmitir.
53  vós que recebestes a lei por ministério de anjos e não a guardastes. Atos 7:38, 53; 

2 Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, Hebreus 2:2 RC

Paulo usou a palavra mediador em 1Timóteo 2:5 em referência a Cristo, mas seus comentários neste contexto sugerem fortemente que ele tem em mente Deuteronômio 5:5, onde Moisés diz: “Naquela ocasião eu fiquei entre o Senhor e você para declarar-lhe a Palavra do Senhor” (NVI).

Majestosa como tenha sido a promulgação da lei no Sinai, com incontáveis anjos presentes, e importante como Moisés tenha sido na função de legislador, a proclamação da lei foi indireta. Em forte contraste com isso, a promessa de Deus foi feita diretamente a Abraão (e, portanto, a todos os crentes), pois não havia necessidade de um mediador. No fim, por mais importante que seja a lei, ela não é substituto para a promessa da salvação pela graça através da fé. Ao contrário, a lei nos ajuda a entender melhor o quanto essa promessa é realmente maravilhosa.

7. Qual era a natureza dos encontros diretos de Abraão com Deus? Qual era o benefício dessa proximidade com Deus? 

1  Depois destas coisas veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.
2  Então, disse Abrão: Senhor JEOVÁ, que me hás de dar? Pois ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer.
3  Disse mais Abrão: Eis que me não tens dado semente, e eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro.
4  E eis que veio a palavra do SENHOR a ele, dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de ti será gerado, esse será o teu herdeiro.
5  Então, o levou fora e disse: Olha, agora, para os céus e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua semente.
6  E creu ele no SENHOR, e foi-lhe imputado isto por justiça. Gênesis 15:1-6; 

1  Apareceu o SENHOR a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava assentado à entrada da tenda, no maior calor do dia.
2  Levantou ele os olhos, olhou, e eis três homens de pé em frente dele. Vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro, prostrou-se em terra
3  e disse: Senhor meu, se acho mercê em tua presença, rogo-te que não passes do teu servo;
4  traga-se um pouco de água, lavai os pés e repousai debaixo desta árvore;
5  trarei um bocado de pão; refazei as vossas forças, visto que chegastes até vosso servo; depois, seguireis avante. Responderam: Faze como disseste.
6  Apressou-se, pois, Abraão para a tenda de Sara e lhe disse: Amassa depressa três medidas de flor de farinha e faze pão assado ao borralho.
7  Abraão, por sua vez, correu ao gado, tomou um novilho, tenro e bom, e deu-o ao criado, que se apressou em prepará-lo.
8  Tomou também coalhada e leite e o novilho que mandara preparar e pôs tudo diante deles; e permaneceu de pé junto a eles debaixo da árvore; e eles comeram.
9  Então, lhe perguntaram: Sara, tua mulher, onde está? Ele respondeu: Está aí na tenda.
10  Disse um deles: Certamente voltarei a ti, daqui a um ano; e Sara, tua mulher, dará à luz um filho. Sara o estava escutando, à porta da tenda, atrás dele.
11  Abraão e Sara eram já velhos, avançados em idade; e a Sara já lhe havia cessado o costume das mulheres.
12  Riu-se, pois, Sara no seu íntimo, dizendo consigo mesma: Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda prazer?
13  Disse o SENHOR a Abraão: Por que se riu Sara, dizendo: Será verdade que darei ainda à luz, sendo velha?
14  Acaso, para o SENHOR há coisa demasiadamente difícil? Daqui a um ano, neste mesmo tempo, voltarei a ti, e Sara terá um filho.
15  Então, Sara, receosa, o negou, dizendo: Não me ri. Ele, porém, disse: Não é assim, é certo que riste.
16  Tendo-se levantado dali aqueles homens, olharam para Sodoma; e Abraão ia com eles, para os encaminhar.
17  Disse o SENHOR: Ocultarei a Abraão o que estou para fazer,
18  visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra?
19  Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do SENHOR e pratiquem a justiça e o juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito.
20  Disse mais o SENHOR: Com efeito, o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado, e o seu pecado se tem agravado muito.
21  Descerei e verei se, de fato, o que têm praticado corresponde a esse clamor que é vindo até mim; e, se assim não é, sabê-lo-ei.
22  Então, partiram dali aqueles homens e foram para Sodoma; porém Abraão permaneceu ainda na presença do SENHOR.
23  E, aproximando-se a ele, disse: Destruirás o justo com o ímpio?
24  Se houver, porventura, cinqüenta justos na cidade, destruirás ainda assim e não pouparás o lugar por amor dos cinqüenta justos que nela se encontram?
25  Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?
26  Então, disse o SENHOR: Se eu achar em Sodoma cinqüenta justos dentro da cidade, pouparei a cidade toda por amor deles.
27  Disse mais Abraão: Eis que me atrevo a falar ao Senhor, eu que sou pó e cinza.
28  Na hipótese de faltarem cinco para cinqüenta justos, destruirás por isso toda a cidade? Ele respondeu: Não a destruirei se eu achar ali quarenta e cinco.
29  Disse-lhe ainda mais Abraão: E se, porventura, houver ali quarenta? Respondeu: Não o farei por amor dos quarenta.
30  Insistiu: Não se ire o Senhor, falarei ainda: Se houver, porventura, ali trinta? Respondeu o SENHOR: Não o farei se eu encontrar ali trinta.
31  Continuou Abraão: Eis que me atrevi a falar ao Senhor: Se, porventura, houver ali vinte? Respondeu o SENHOR: Não a destruirei por amor dos vinte.
32  Disse ainda Abraão: Não se ire o Senhor, se lhe falo somente mais esta vez: Se, porventura, houver ali dez? Respondeu o SENHOR: Não a destruirei por amor dos dez.
33  Tendo cessado de falar a Abraão, retirou-se o SENHOR; e Abraão voltou para o seu lugar. Gn 18:1-33; 

1 Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui!
2  Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.
3  Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado.
4  Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe.
5  Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós.
6  Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos.
7  Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?
8  Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos.
9  Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha;
10  e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho.
11  Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui!
12  Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho.
13  Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.
14  E pôs Abraão por nome àquele lugar—O SENHOR Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá.
15  Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do SENHOR a Abraão
16  e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho,
17  que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos,
18  nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz. Gn 22:1-18

Pense em outros encontros que as pessoas da Bíblia tiveram com Deus: Adão e Eva no Éden (Gn 3); a escada de Jacó (Gn 28); Paulo no caminho de Damasco (At 9). Talvez você não tenha experimentado algo tão dramático, mas, de que forma Deus tem Se revelado a você? Alguma coisa na sua vida pessoal pode estar impedindo que você tenha o tipo de intimidade e proximidade com Deus que Abraão experimentou? Que medidas você pode tomar para mudar? 

Sexta                                               Estudo adicional


Em seu cativeiro, o povo havia perdido em grande medida o conhecimento de Deus e dos princípios da aliança abraâmica. Ao libertá-los do Egito, Deus procurou revelar a eles Seu poder e misericórdia, para que fossem levados a amá-Lo e confiar nEle. Para que percebessem seu completo desamparo e sua necessidade da ajuda divina, Ele os levou ao Mar Vermelho, onde, perseguidos pelos egípcios, a fuga parecia impossível. Então, Ele operou o livramento deles. Assim, eles se encheram de amor e gratidão para com Deus e de confiança no Seu poder para ajudá-los. Ele os havia ligado a Si, na qualidade de seu libertador do cativeiro temporal.

“Mas havia uma verdade ainda maior a ser gravada na mente deles. Vivendo no meio da idolatria e corrupção, eles não tinham uma concepção verdadeira da santidade de Deus, da excessiva maldade de seu próprio coração, de sua total incapacidade de, por si mesmos, prestar obediência à lei de Deus, e de sua necessidade de um Salvador. Eles precisavam ser ensinados em tudo isso
” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 371).

A lei de Deus, proclamada em terrível majestade do Sinai, é a declaração de condenação ao pecador. A função da lei é condenar, mas não há nela nenhum poder para perdoar ou redimir (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 6, p. 1.094).

Perguntas para reflexão
1. Pense na ideia de promessas, especialmente as que foram quebradas. Como você se sentiu quando uma pessoa quebrou uma promessa feita a você? Que diferença fez se a pessoa pretendia cumprir a promessa e, depois, ou não conseguiu ou mudou de ideia, ou se você percebeu que a pessoa nunca quis cumpri-la? O que aconteceu com seu nível de confiança depois que a promessa foi quebrada, não importando o motivo? É importante saber que você pode confiar nas promessas de Deus? Ou, como você pode aprender a confiar nas promessas de Deus em primeiro lugar?
2. De que maneiras estamos em perigo de ser corrompidos pelo nosso ambiente, a ponto de perdermos de vista as importantes verdades que Deus nos deu? Como descobrir quais são essas influências corruptoras? Como podemos neutralizá-las?

Resumo: 
A proclamação da lei no Sinai não invalidou a promessa que Deus fez a Abraão, nem a lei alterou as provisões da promessa. A lei foi dada para que as pessoas fossem conscientizadas da verdadeira extensão da sua pecaminosidade e reconhecessem sua necessidade da promessa de Deus a Abraão e seus descendentes.