sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Emoções (comentário ao estudo nº 01)

Emoções (comentário ao estudo nº 01): "INTRODUÇÃO: Emoções são reações químicas que ocorrem em nosso corpo como resposta a pensamentos e eventos de nossa vida. Elas são um..."

Emoções (estudo nº 01)




Em verdade, em verdade Eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria (João 16:20).

Leituras da semana: 2Sm 13; Gl 5:22; Cl 3:12-14; Lc 19:41-44; Jo 16:20-24

As emoções são uma parte vital da personalidade humana. Elas podem ser poderosos motivadores, tanto para o bem como para o mal. E, dependendo das emoções, elas nos deixam felizes, tristes, temerosos ou alegres.

As emoções “positivas” podem trazer um sentimento de satisfação e bem-estar; as “negativas” tendem a provocar dor e angústia. Embora as primeiras possam promover saúde mental, uma exposição prolongada às emoções “negativas” pode provocar problemas comportamentais e relacionais. Assim, as emoções podem desempenhar uma parte importante em nosso bem-estar global.

Deus quer que desfrutemos os efeitos de emoções positivas. No entanto, por causa do pecado, frequentemente enfrentamos os efeitos adversos de experiências emocionais negativas. Os personagens bíblicos também não estavam imunes às oscilações emocionais. Alguns tiveram sucesso em obter controle sobre elas; outros perderam o controle, permitiram que as emoções negativas os levassem a ações erradas.

A relação entre emoções e comportamento não é clara nem direta. Às vezes, emoções dolorosas podem nos levar aos joelhos a fim de buscar a Deus como a mais poderosa fonte de ajuda e apoio. Em outras ocasiões, as lutas podem fazer com que as pessoas desistam completamente da fé.

Portanto, é importante aprender mais sobre nossas emoções e como afetam nossa vida.                  


Domingo                                  Emoções negativas


Leia 2 Samuel 13, uma história cheia de experiências emocionais adversas. Em meio a esse tumulto, as pessoas acabaram infligindo muita dor física e emocional umas às outras. As consequências de seu comportamento afetaram a família real inteira, estendendo-se seus efeitos até as gerações futuras.

1  Tinha Absalão, filho de Davi, uma formosa irmã, cujo nome era Tamar. Amnom, filho de Davi, se enamorou dela.
2  Angustiou-se Amnom por Tamar, sua irmã, a ponto de adoecer, pois, sendo ela virgem, parecia-lhe impossível fazer-lhe coisa alguma.
3  Tinha, porém, Amnom um amigo cujo nome era Jonadabe, filho de Siméia, irmão de Davi; Jonadabe era homem mui sagaz.
4  E ele lhe disse: Por que tanto emagreces de dia para dia, ó filho do rei? Não mo dirás? Então, lhe disse Amnom: Amo Tamar, irmã de Absalão, meu irmão.
5  Disse-lhe Jonadabe: Deita-te na tua cama e finge-te doente; quando teu pai vier visitar-te, dize-lhe: Peço-te que minha irmã Tamar venha e me dê de comer pão, pois, vendo-a eu preparar-me a comida, comerei de sua mão.
6  Deitou-se, pois, Amnom e fingiu-se doente; vindo o rei visitá-lo, Amnom lhe disse: Peço-te que minha irmã Tamar venha e prepare dois bolos à minha presença, para que eu coma de sua mão.
7  Então, Davi mandou dizer a Tamar em sua casa: Vai à casa de Amnom, teu irmão, e faze-lhe comida.
8  Foi Tamar à casa de Amnom, seu irmão, e ele estava deitado. Tomou ela a massa e a amassou, fez bolos diante dele e os cozeu.
9  Tomou a assadeira e virou os bolos diante dele; porém ele recusou comer. Disse Amnom: Fazei retirar a todos da minha presença. E todos se retiraram.
10  Então, disse Amnom a Tamar: Traze a comida à câmara, e comerei da tua mão. Tomou Tamar os bolos que fizera e os levou a Amnom, seu irmão, à câmara.
11  Quando lhos oferecia para que comesse, pegou-a e disse-lhe: Vem, deita-te comigo, minha irmã.
12  Porém ela lhe disse: Não, meu irmão, não me forces, porque não se faz assim em Israel; não faças tal loucura.
13  Porque, aonde iria eu com a minha vergonha? E tu serias como um dos loucos de Israel. Agora, pois, peço-te que fales ao rei, porque não me negará a ti.
14  Porém ele não quis dar ouvidos ao que ela lhe dizia; antes, sendo mais forte do que ela, forçou-a e se deitou com ela.
15  Depois, Amnom sentiu por ela grande aversão, e maior era a aversão que sentiu por ela que o amor que ele lhe votara. Disse-lhe Amnom: Levanta-te, vai-te embora.
16  Então, ela lhe disse: Não, meu irmão; porque maior é esta injúria, lançando-me fora, do que a outra que me fizeste. Porém ele não a quis ouvir.
17  Chamou a seu moço, que o servia, e disse: Deita fora esta e fecha a porta após ela.
18  Trazia ela uma túnica talar de mangas compridas, porque assim se vestiam as donzelas filhas do rei. Mesmo assim o servo a deitou fora e fechou a porta após ela.
19  Então, Tamar tomou cinza sobre a cabeça, rasgou a túnica talar de mangas compridas que trazia, pôs as mãos sobre a cabeça e se foi andando e clamando.
20  Absalão, seu irmão, lhe disse: Esteve Amnom, teu irmão, contigo? Ora, pois, minha irmã, cala-te; é teu irmão. Não se angustie o teu coração por isso. Assim ficou Tamar e esteve desolada em casa de Absalão, seu irmão.
21  Ouvindo o rei Davi todas estas coisas, muito se lhe acendeu a ira.
22  Porém Absalão não falou com Amnom nem mal nem bem; porque odiava a Amnom, por ter este forçado a Tamar, sua irmã.
23  Passados dois anos, Absalão tosquiava em Baal-Hazor, que está junto a Efraim, e convidou Absalão todos os filhos do rei.
24  Foi ter Absalão com o rei e disse: Eis que teu servo faz a tosquia; peço que com o teu servo venham o rei e os seus servidores.
25  O rei, porém, disse a Absalão: Não, filho meu, não vamos todos juntos, para não te sermos pesados. Instou com ele Absalão, porém ele não quis ir; contudo, o abençoou.
26  Então, disse Absalão: Se não queres ir, pelo menos deixa ir conosco Amnom, meu irmão. Porém o rei lhe disse: Para que iria ele contigo?
27  Insistindo Absalão com ele, deixou ir com ele Amnom e todos os filhos do rei.
28  Absalão deu ordem aos seus moços, dizendo: Tomai sentido; quando o coração de Amnom estiver alegre de vinho, e eu vos disser: Feri a Amnom, então, o matareis. Não temais, pois não sou eu quem vo-lo ordena? Sede fortes e valentes.
29  E os moços de Absalão fizeram a Amnom como Absalão lhes havia ordenado. Então, todos os filhos do rei se levantaram, cada um montou seu mulo, e fugiram.
30  Iam eles ainda de caminho, quando chegou a notícia a Davi: Absalão feriu todos os filhos do rei, e nenhum deles ficou.
31  Então, o rei se levantou, rasgou as suas vestes e se lançou por terra; e todos os seus servos que estavam presentes rasgaram também as suas vestes.
32  Mas Jonadabe, filho de Siméia, irmão de Davi, respondeu e disse: Não pense o meu senhor que mataram a todos os jovens, filhos do rei, porque só morreu Amnom; pois assim já o revelavam as feições de Absalão, desde o dia em que sua irmã Tamar foi forçada por Amnom.
33  Não meta, pois, agora, na cabeça o rei, meu senhor, tal coisa, supondo que morreram todos os filhos do rei; porque só morreu Amnom.
34  Absalão fugiu. O moço que estava de guarda, levantando os olhos, viu que vinha muito povo pelo caminho por detrás dele, pelo lado do monte.
35  Então, disse Jonadabe ao rei: Eis aí vêm os filhos do rei; segundo a palavra de teu servo, assim sucedeu.
36  Mal acabara de falar, chegavam os filhos do rei e, levantando a voz, choraram; também o rei e todos os seus servos choraram amargamente.
37  Absalão, porém, fugiu e se foi a Talmai, filho de Amiúde, rei de Gesur. E Davi pranteava a seu filho todos os dias.
38  Assim, Absalão fugiu, indo para Gesur, onde esteve três anos.
39  Então, o rei Davi cessou de perseguir a Absalão, porque já se tinha consolado acerca de Amnom, que era morto.

1. Que estados emocionais podem ser identificados nos seguintes personagens?
a) Amnom – paixão incestuosa
b) Tamar – estrupada, vítima, baixa auto-estima
c) Davi – ira, tristeza
d) Absalão – raiva, vingança, interesse pessoal

O “amor“ de Amnom por Tamar não poderia ter sido amor verdadeiro, mas um forte impulso sexual, porque, assim que alcançou seu objetivo, ele “sentiu por ela grande aversão, e maior era a aversão que sentiu por ela que o amor que ele lhe votara” (v. 15). A experiência de Amnom ilustra extremos emocionais: paixão descontrolada (no contexto de uma relação incestuosa) e ódio. Os atos realizados sob esses estados emocionais quase sempre são desequilibrados e provocam sérias consequências. O “amor” de Amnom se tornou quase imediatamente em ódio. Ele desdenhou o último argumento da irmã e a expulsou à força de seu quarto.

Tamar foi verdadeiramente a vítima. Ela não admitiu nenhum dos avanços de Amnom, o que o deixou frustrado. Ela serviu ao irmão em obediência ao rei.

E quando as intenções de Amnom se tornaram claras, ela fez o que pôde para dissuadi-lo e descrever as consequências devastadoras de tão maligno ato. Estando determinado a fazer o que desejava, Amnom não estava em condições de buscar conselho sábio. Então, prosseguiu com seu plano.

Como qualquer mulher que sofreu estupro ou abuso, Tamar deve ter se sentido irada, humilhada e usada; seguramente, sua autoestima deve ter caído ao pó. Seu irmão Absalão não lhe ofereceu grande alívio, mas, ao contrário, a aconselhou a manter silêncio. Porém, Absalão engendrou um plano para matar Amnom a fim de vingar seu estupro. (Além disso, livrando-se de Amnom, ele aumentava suas chances de se assentar no trono de Israel.) Davi, pai de todos os envolvidos, experimentou ira e pesar a respeito desses eventos.

Quando você experimentou ódio, tristeza, medo, ira ou inveja? Como você lidou com esses sentimentos? O que você desejaria ter feito diferente?       






Emoções positivas

Segunda                




Estados emocionais negativos, como ódio, preocupação, medo, ira e ciúmes produzem respostas fisiológicas imediatas: palpitação no coração, tensão muscular, boca seca, suor frio, descontrole emocional e outras manifestações físicas.

A exposição prolongada a esses sintomas tem sido associada a complicações cardíacas e digestivas.

Em contraste, os estados emocionais positivos, como compaixão, generosidade, humildade, bondade e paciência estão associados com o senso de bem-estar, perspectiva positiva e uma relação favorável com outros e com Deus. A psicologia positiva, um ramo da psicologia recentemente desenvolvido e extensamente aceito, procura promover emoções positivas a fim de obter felicidade e evitar doenças mentais. De fato, existe evidência de que certas emoções negativas prejudicam a saúde e a longevidade; em contraste, a promoção de uma perspectiva positiva pode gerar saúde e longevidade. Em outras palavras, quanto mais positivas forem suas perspectivas e emoções, melhor será sua saúde geral.

2. Como o fruto do Espírito deve fazer diferença na vida do cristão? 
Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. Gl 5:22

3. De acordo com Paulo, qual é a emoção positiva mais excelente? Que significa o imperativo “revesti-vos”, como é expresso na passagem de hoje? Que consequências seguem quando alguém põe em prática as palavras de Paulo?

Embora o amor seja mais que emoção, ainda é a emoção suprema. Deus é amor, e é Seu plano que Seus filhos experimentem amor pelos outros e dos outros; deseja que saibamos o que significa amar a Deus e ser amado por Ele. O amor provoca um conjunto de outras emoções e sentimentos positivos que pode ser traduzido em comportamentos altamente desejáveis.

Qual foi sua experiência com o efeito das emoções sobre suas ações? Por que não é seguro tomar decisões importantes em meio à agitação das emoções, sejam elas positivas ou negativas?             




quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

As manifestações emocionais de Jesus – I

Terça                               




1  Naqueles dias, quando outra vez se reuniu grande multidão, e não tendo eles o que comer, chamou Jesus os discípulos e lhes disse:
2  Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanecem comigo e não têm o que comer.
3  Se eu os despedir para suas casas, em jejum, desfalecerão pelo caminho; e alguns deles vieram de longe. Marcos 8:1-3

A “compaixão” foi o motivo que levou Jesus a criar um plano para alimentar a multidão. Ninguém mais havia pensado nas necessidades práticas dessas pessoas, que pouco ou nada haviam comido durante três dias. Jesus observou que alguns haviam vindo de longe. Assim, Ele sabia que eles poderiam desfalecer se os enviasse para casa sem nada para comer.

4. Além de cuidar da alimentação das multidões, que outros atos de Jesus foram motivados pela compaixão? 
Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me. Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo!    Mc 1:40-41

Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas.  Mc 6:34
Costumeiramente, os leprosos eram tratados com desdém. Não havia nenhuma outra enfermidade que produzisse mais terror e piedade que a lepra.

Os portadores dessa doença visível eram proibidos de toda interação social e, frequentemente, eram forçados a viver confinados em locais específicos. Sempre que outros se aproximavam, eles eram obrigados a gritar “Imundo! Imundo!” a fim de advertir as pessoas a se afastar e evitar a infecção. Jesus sentiu compaixão por esse homem, curou-o imediatamente e o mandou embora com instruções para não contar a ninguém. Mas o homem curado não podia manter para si mesmo esse maravilhoso ato de amor e começou a contar a todos.

Jesus sentia compaixão não só quando faltava ao povo o atendimento às necessidades físicas básicas, mas também quando estavam sem liderança, direção ou objetivos. Assim, antes de lhes fornecer comida, Ele sentia suas profundas necessidades espirituais e passava a lhes ensinar sobre o reino de Deus.

Trazendo uma criança, colocou-a no meio deles e, tomando-a nos braços, disse-lhes: Qualquer que receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, não recebe a mim, mas ao que me enviou. Marcos 9:36

A compaixão também pode ser vista em Marcos 9:36, quando Jesus enfatizou o toque físico. Ele segurou as crianças e lhes mostrou amor e afeto. Ele também tocou os enfermos a fim de lhes comunicar o poder divino de cura.

E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me. Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades. Mc 10:21, 22

No encontro com o jovem rico (Mc 10:21, 22), o amou, embora o jovem não seguisse as orientações do Mestre. Em um momento, ambos os homens experimentaram fortes emoções – amor (Jesus), tristeza (o jovem rico).

Como você expressa compaixão? Isto é, uma coisa é sentir compaixão (a maioria faz isso), mas outra é expressá-la mediante ações concretas. Como você pode revelar melhor, por palavras e ações, a compaixão que sente pelos que estão feridos?   




Manifestações emocionais de Jesus – II

Quarta                                 

 



41  Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou
42  e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos.
43  Pois sobre ti virão dias em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras e, por todos os lados, te apertarão o cerco;
44  e te arrasarão e aos teus filhos dentro de ti; não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação. Lucas 19:41-44.

O que levou Jesus a derramar lágrimas por Jerusalém? Sem dúvida, foi a tristeza que sentiu ao examinar o futuro e ver o destino da cidade. Mas, ainda mais, sentiu tristeza pelos seus muitos habitantes que O estavam rejeitando. “As lágrimas de Jesus sobre o monte, enquanto contemplava a cidade de Seu amor e cuidado, em meio à alegria e hosanas de milhares, foram os últimos apelos de rejeitado amor e compaixão” (Ellen G. White, The Spirit of Prophecy, v. 3, p. 20).

Os escritores dos Evangelhos registram duas ocasiões em que Jesus chorou. Normalmente, as pessoas choram por si mesmas, mas, nessa ocasião, a tristeza de Jesus provinha de um profundo sentimento pelos outros.
5. Quais foram algumas das emoções dolorosas que Jesus experimentou nos contextos a seguir? O que provocou as emoções que Ele experimentou? 
e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.  Mt 26:37, 38; 

Olhando-os ao redor, indignado e condoído com a dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e a mão lhe foi restaurada.  Mc 3:5; 
Jesus, porém, arrancou do íntimo do seu espírito um gemido e disse: Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não se lhe dará sinal algum.  Mc 8:12;
32  Quando Maria chegou ao lugar onde estava Jesus, ao vê-lo, lançou-se-lhe aos pés, dizendo: Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido.
33  Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se.
34  E perguntou: Onde o sepultastes? Eles lhe responderam: Senhor, vem e vê!
35  Jesus chorou.
36  Então, disseram os judeus: Vede quanto o amava.
37  Mas alguns objetaram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer que este não morresse?
38  Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, encaminhou-se para o túmulo; era este uma gruta a cuja entrada tinham posto uma pedra.  Jo 11:32-38; 

E foram para Jerusalém. Entrando ele no templo, passou a expulsar os que ali vendiam e compravam; derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. Não permitia que alguém conduzisse qualquer utensílio pelo templo;  Mc 11:15, 16. 

1 Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR?
2  Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse.
3  Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.
4  Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
5  Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
6  Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
7  Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Isaías 53

Os primeiros versos de Isaías 53 confirmam que Jesus foi um homem de tristezas. Embora haja experimentado muitos momentos de alegria, Ele também sentiu severas dores emocionais. Grande parte do sofrimento de Jesus esteve relacionada com sentimentos de frustração quando Seus seguidores não captaram Sua mensagem. Apesar do abundante amor de Jesus e Seus sinais sobrenaturais, muitos não entenderam que Jesus era o Messias. Jesus também sofreu muito por observar os resultados do pecado sobre a humanidade.

Os eventos referentes à morte de Lázaro também Lhe provocaram grande tristeza. João diz que Jesus Se agitou no espírito (Jo 11:33). Essa é uma tradução da palavra grega que indica manifestação muito forte de agitação emocional, acompanhada de um forte suspiro. O dramaturgo grego Ésquilo (525–456 a.C.) usou a mesma palavra para descrever o bufar dos cavalos. A palavra é usada cinco vezes no Novo Testamento, quatro delas descrevendo as emoções de Jesus.

A contemplação das experiências emocionais de Jesus nos ajuda a entender quanto Ele pode Se relacionar com nossas próprias lutas emocionais. Veja este texto: “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas” (Hb 4:15). Como a mensagem desse texto pode nos levar a ter uma ligação mais próxima com Jesus, especialmente em tempos de sofrimento?          





O plano de Deus para as emoções dolorosas

Quinta                                               



 
6. Qual é a promessa de Jesus com respeito à dor e ao pesar? 
20  Em verdade, em verdade eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
21  A mulher, quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem.
22  Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar.
23  Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome.
24  Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.   Jo 16:20-24

O texto oferece grande esperança a quem está passando por dor física ou psicológica. Aqui estão algumas coisas que se podem aprender desse texto:

1. O mundo parece estar cheio de alegria. 
Frequentemente, o cristão olha ao redor e é lembrado da injustiça da vida. Os maus parecem se divertir, enquanto muitos dedicados a Deus estão sofrendo. Mas Jesus nos assegura que isso não vai durar para sempre. Além disso, frequentemente, as aparências enganam. Naturalmente, tendemos a considerar os outros mais felizes e mais bem sucedidos do que nós.

2. Pesar, tristeza e angústia serão transformados em alegria. 
Esse é o centro da promessa de Jesus. O cristãos devem abrigar a ideia de que a tristeza não só vai desaparecer mas vai dar lugar à alegria.

3. As dores passadas serão esquecidas. 
Muitas vezes, lembranças desagradáveis do passado nos trazem muita angústia. Muitos psicoterapeutas trabalham arduamente para remover os efeitos do passado na vida presente de seus clientes. Jesus nos assegura que, assim como a mulher que dá à luz esquece as dores diante do recém-nascido, um dia, Seus seguidores se esquecerão das dores passadas.

4. Ninguém tirará nossa alegria. 
O tipo de alegria que Jesus oferece não é o mesmo que agora entendemos. Jesus nos oferece felicidade total, que nenhum inimigo pode tirar dos salvos.

5. Não haverá necessidades. 
Jesus afirma que os justos não pedirão mais nada. Não vão precisar fazer pedidos e súplicas a Jesus, porque todas as suas necessidades serão satisfeitas.

Como você pode se apegar à promessa de que sua tristeza se tornará em alegria? Como essa garantia pode ajudá-lo a passar pelas adversidades da vida? Como você pode usar as promessas de Jesus para encorajar os que estão vivendo em pesar?               

Sexta                                                        Estudo adicional


Logo que o olhar penetrante de Jesus percorreu o profanado pátio do templo, todos os olhos instintivamente se voltaram para Ele. As vozes do povo e o barulho do gado foram silenciados. Sacerdotes, principais, fariseus e gentios, com muda surpresa e temor indefinível, todos olhavam ao Filho de Deus, que Se erguia diante deles com a majestade de Rei do Céu, divindade que fulgurou através da humanidade e O revestiu com uma dignidade e glória que nunca antes Ele havia revelado. Um estranho temor caiu sobre o povo. Os que estavam mais próximos de Jesus se afastaram instintivamente o mais que lhes permitia a multidão. Com exceção de alguns de Seus discípulos, o Salvador Se encontrava só. Todo som silenciou. O profundo silêncio parecia insuportável, e quando os lábios firmes, comprimidos de Jesus se abriram, e Sua voz ecoou como trombeta, houve um gemido ou suspiro involuntário de alívio de todos os presentes.

“Ele falou em tons claros e com um poder que fez o povo balançar como se fosse movido por uma tempestade poderosa:
Está escrito: A Minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores’ (Mt 21:13). Ele desceu os degraus e, com autoridade maior que a que havia manifestado três anos antes, com indignação que extinguia toda oposição, em tons que soavam como trombeta através de todo o templo, ordenou: Tirai daqui estas coisas’ (Ellen G. White, The Spirit of Prophecy, v. 3, p. 23, 24).

Perguntas para reflexão
1. Como você descreveria as emoções de Jesus, expressas na passagem acima? Que lições podemos aprender sobre o bem que podem trazer as emoções, se forem corretamente direcionadas?
2. As comunidades judaicas celebram o Purim para lembrar o tempo em que “a sua tristeza tornou-se em alegria, e o seu pranto, num dia de festa” (Et 9:22, NVI).
Pergunta: Como podemos nos certificar de não esquecer as muitas vezes em que nossa tristeza se transformou em alegria? Conte para a classe as ocasiões em que você experimentou essa mudança emocional.
3. Como podemos aprender a nos apegar às promessas de Deus quando, agora, elas parecem tão distantes e inacessíveis?




Emoções (resumo ao estudo nº 01)



Em verdade, em verdade eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria. João 16:20

Saber: Os efeitos das variadas emoções humanas sobre o comportamento e a saúde.
Sentir: A humanidade das emoções de Cristo.
Fazer: Confiar no plano de Deus para transformar nossas tristezas em alegria.

Esboço

I. Respostas emocionais à vida
A. Responder emocionalmente às situações da vida é um aspecto importante da nossa natureza humana. Por que Deus nos criou com emoções?
B. Como as emoções enriquecem nossa vida? Como nos podem destruir? O que faz a diferença?
C. Como as emoções positivas e negativas afetam nosso corpo e nossa saúde?

II. Tentado como nós
A. Como Cristo reagiu emocionalmente aos vários desafios enfrentados? O que O angustiava ou alegrava? Como ter empatia com Suas reações emocionais?
B. Como Suas reações ajudam a melhor entendê-Lo e se relacionar com Ele? Como ajudam a entender e aceitar melhor as características emocionais pessoais?

III. Da tristeza para a alegria
Emoções são poderosas, quer negativas ou positivas. Como Deus quer nos ajudar a lidar com as dificuldades e com as fortes emoções que elas estimulam?

Resumo: 
Emoções positivas e negativas têm grande impacto na saúde. Embora Cristo tenha experimentado os dois tipos de emoções, também mostrou o plano de Deus para lidarmos com as emoções que Ele criou como uma parte muito importante da natureza humana.

Motivação
Deus nos criou com capacidade de sentir grande variedade de emoções, intimamente ligadas ao comportamento e à saúde. Por isso, podemos olhar para Ele, em busca de caminhos saudáveis para lidar com as emoções.

Use o seguinte exercício como uma forma engraçada de ajuda a se conectar com a ampla variedade de emoções que temos como seres humanos.

Atividade de abertura: 
Pense em uma emoção que comece com a primeira letra de seu nome. Em lugar de dizer qual é a emoção, peça que cada um demonstre a emoção na expressão facial e/ou apresentando uma cena. Peça que os outros identifiquem a emoção, enquanto o professor escreve em um quadro.

Comente a grande diversidade das emoções demonstradas pelo ser humano. Quantas delas são positivas? Quantas são negativas? Foi relativamente fácil identificar as emoções pelas ações das pessoas?

Pense nisto: Faça uma lista de emoções que Cristo apresentou e compare com as emoções que a classe demonstrou. (Veja Mt 26:37, 38; Mc 3:5; 9:36; 10:21, 22; 8:1-3; Lc 19:41-44; Jo 11:32-38). Que emoções experimentamos que Cristo também experimentou? Que emoções negativas podemos ter que Cristo não demonstrou? Foi Ele tentado a ter essas emoções negativas? Por quê?

Trazendo uma criança, colocou-a no meio deles e, tomando-a nos braços, disse-lhes: Qualquer que receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, não recebe a mim, mas ao que me enviou. Marcos 9:36
E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me. Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades. Mc 10:21, 22

1  Naqueles dias, quando outra vez se reuniu grande multidão, e não tendo eles o que comer, chamou Jesus os discípulos e lhes disse:
2  Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanecem comigo e não têm o que comer.
3  Se eu os despedir para suas casas, em jejum, desfalecerão pelo caminho; e alguns deles vieram de longe. Marcos 8:1-3,

41  Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou
42  e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos.
43  Pois sobre ti virão dias em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras e, por todos os lados, te apertarão o cerco;
44  e te arrasarão e aos teus filhos dentro de ti; não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação. Lucas 19:41-44.

e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.  Mt 26:37, 38; 

Olhando-os ao redor, indignado e condoído com a dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e a mão lhe foi restaurada.  Mc 3:5; 
Jesus, porém, arrancou do íntimo do seu espírito um gemido e disse: Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não se lhe dará sinal algum.  Mc 8:12;
32  Quando Maria chegou ao lugar onde estava Jesus, ao vê-lo, lançou-se-lhe aos pés, dizendo: Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido.
33  Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se.
34  E perguntou: Onde o sepultastes? Eles lhe responderam: Senhor, vem e vê!
35  Jesus chorou.
36  Então, disseram os judeus: Vede quanto o amava.
37  Mas alguns objetaram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer que este não morresse?
38  Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, encaminhou-se para o túmulo; era este uma gruta a cuja entrada tinham posto uma pedra.  Jo 11:32-38; 

E foram para Jerusalém. Entrando ele no templo, passou a expulsar os que ali vendiam e compravam; derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. Não permitia que alguém conduzisse qualquer utensílio pelo templo;  Mc 11:15, 16. 

1 Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR?
2  Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse.
3  Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.
4  Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
5  Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
6  Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
7  Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Isaías 53

Compreensão
Ajude os alunos a ver em Jesus um Irmão, com emoções como as deles, porém com poder para levá-los além de si mesmos, para uma conexão com Sua natureza divina e perfeita.


Comentário bíblico


I. “Sentimentos e Comportamento”
13 Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam.
14  Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus.
15  Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.
16  Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava.
17  E, pondo-se Jesus a caminho, correu um homem ao seu encontro e, ajoelhando-se, perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
18  Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus.
19  Sabes os mandamentos: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, não defraudarás ninguém, honra a teu pai e tua mãe.
20  Então, ele respondeu: Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude.
21  E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me.
22  Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades.
23  Então, Jesus, olhando ao redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!
24  Os discípulos estranharam estas palavras; mas Jesus insistiu em dizer-lhes: Filhos, quão difícil é para os que confiam nas riquezas entrar no reino de Deus!
25  É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.
26  Eles ficaram sobremodo maravilhados, dizendo entre si: Então, quem pode ser salvo?
27  Jesus, porém, fitando neles o olhar, disse: Para os homens é impossível; contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível.
28  Então, Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos e te seguimos.
29  Tornou Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos por amor de mim e por amor do evangelho,
30  que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna.
31  Porém muitos primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros. Mc 10:13-31

(Ler trechos relacionados de O Desejado de Todas as Nações, p. 511-523.)

À medida que lê as histórias de Jesus e as crianças e de Jesus e o jovem rico, liste as emoções que as pessoas sentiram, bem como as que Jesus sentiu. As mães trazendo os filhos estavam tímidas e tristes. Os discípulos, tentando proteger Jesus, devem ter sido muito rudes e desagradáveis, impacientes com as mães ansiosas e desejosas de que Jesus tocasse e abençoasse seus filhos. Porém, em lugar de ficar descontente com as mães, Jesus ficou aborrecido com os discípulos. Mostrou tanta simpatia e bondade para com os filhos, que as mães ficaram confortadas e encorajadas a ir para casa e trabalhar por suas famílias com esperança e satisfação.

Pense nisto: 
Nesse relato, que sentimentos Jesus teve?
Como revelou tanto Seu desprazer como Seu cuidado?
Que sentimentos Ele despertou no coração das mães quando abençoou os filhos?
Como isso afetou a atitude posterior das mães para com os filhos?
Qual é nossa conclusão sobre os sentimentos de Jesus para conosco?

A princípio o jovem rico estava apenas observando a cena dos discípulos, mães e crianças. Mas a ternura que Jesus mostrou às crianças e mães tocou seu coração. “
Viu o amor que Cristo manifestara para com as crianças que Lhe foram levadas; viu quão ternamente as recebera e tomara nos braços, e o coração delas se encheu de amor para com o Salvador. Sentiu o desejo de ser Seu discípulo. Foi tão profundamente movido, que, ao seguir Cristo Seu caminho, o jovem correu após Ele” – Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 518.
                                                        
Observe a resposta do jovem rico quando suas emoções foram despertadas: ele correu, e, embora fosse um homem importante como era, se ajoelhou, perguntando o que necessitava fazer para herdar a vida eterna. Jesus, também, foi movido. A Bíblia diz que Jesus “o amou”. Ele almejava encher de amor, alegria e paz o coração do jovem, como havia feito quando abençoou as crianças e suas mães. Mas a história do jovem rico não terminou bem. Apesar de ter sido tocado tão profundamente pelo amor de Cristo, ele não estava disposto a renunciar o eu a fim de segui-Lo. O que começou como uma grande história de “amor” terminou em tragédia, pois o jovem príncipe se voltou para suas riquezas e se afastou dos sentimentos do divino amor que se haviam recentemente despertado nele.

Pense nisto: Sentimentos são importantes. Sentimentos despertados ao testemunhar o amor de Jesus impeliram o jovem a correr atrás do Mestre, que amou a ele também. Cristo queria que o jovem O seguisse como um amado colaborador e discípulo. Por que essa história se tornou tão trágica? O que podemos concluir sobre o relacionamento com Jesus, os sentimentos de Jesus por nós, e nossos sentimentos e comportamento para com Ele?

Embora os sentimentos possam nos atrair para um compassivo Salvador, também devemos fazer a escolha de entregar nossa vontade a Ele e fazer o que Ele nos pede que façamos.

II. O Salvador angustiado

34
  E perguntou: Onde o sepultastes? Eles lhe responderam: Senhor, vem e vê!
35  Jesus chorou.
36  Então, disseram os judeus: Vede quanto o amava.
37  Mas alguns objetaram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer que este não morresse?
38  Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, encaminhou-se para o túmulo; era este uma gruta a cuja entrada tinham posto uma pedra.  Jo 11:32-38; 

1 Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR?
2  Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse.
3  Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.
4  Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
5  Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
6  Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
7  Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Isaías 53

Embora Jesus tenha demonstrado muita compaixão e ternura enquanto esteve na Terra, Ele também foi curvado sob o peso da angústia e tristeza. Com a classe, faça uma lista dos sentimentos atribuídos a Jesus em Isaías 53. Compare-os com a terrível aflição que Jesus sofreu em João 11:33. O Senhor não estava triste por causa de Lázaro, pois sabia que o ressuscitaria logo. Sua profunda tristeza e indignação foram expressas como embrimaomai, palavra grega que poderia ser traduzida como uma expressão de raiva, suspiro, ou gemido causado por uma grande perturbação mental.

Jesus estava indignado porque os pranteadores hipócritas ao redor da sepultura de Lázaro estavam, mesmo naquele momento, planejando Sua morte. Em linguagem comovente Isaías previu como Jesus seria desprezado e rejeitado. Porque O rejeitaram, muitas dessas pessoas incrédulas em breve fechariam a porta para toda esperança de salvação. No juízo que logo cairia em Jerusalém, perderiam a vida, sem ter sequer esperança de lamentação por sua morte, a não ser pelas lágrimas que Jesus derramou por elas.

Jesus chorou, mas não por Si mesmo. Ele sentiu a dor de toda a humanidade. “
Lançando o olhar através dos séculos por vir, viu o sofrimento e a dor, as lágrimas e a morte que caberiam em sorte aos homens. Seu coração pungiu-se pelos sofrimentos da família humana de todos os tempos e em todas as terras... e rompeu-se nEle a fonte das lágrimas no anelo de lhes aliviar todas as aflições” – Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 534.

Hoje ainda, muitos seres humanos O desprezam e rejeitam. Muitos ainda recusam Sua oferta de tomar sobre Si nossas dores e não aceitam Sua vida, oferecida em nosso favor. Quanto Ele anseia nos salvar! Quanto deve Ele almejar que reconheçamos Sua grande obra em nosso benefício e ofereçamos nossa gratidão em troca de Seu sacrifício.

Pense nisto: Ao descrever a aflição e profunda angústia de Cristo em meio aos sofrimentos humanos, que emoções são despertadas em nosso coração? Como essa descrição de Cristo O tornam mais valioso ao nosso coração e nos ajudam a entendê-Lo melhor? Como isso revela nossa dureza de coração e nossa necessidade do Espírito Santo para nos ensinar a bondade de Cristo?

Aplicação
Ajude seus amigos a reconhecer a necessidade que temos de nos voltarmos a Cristo em busca de auxílio ao lidar com nossas emoções.

Perguntas de aplicação
Mesmo os bebês demonstram suas emoções no semblante. (Se possível, mostre algumas fotografias de bebês com variadas emoções em sua face.) No começo da infância, uma das tarefas importantes é que as crianças aprendam a identificar o que estão sentindo e como lidar apropriadamente com suas fortes emoções antes que saiam do controle. Por exemplo, um pai pode ajudar um filho a identificar quando seu nível de frustração está subindo e ajudá-lo na decisão de sair para um “lugar especial” e para um “intervalo”, para recuperar o controle de suas emoções. Em tais momentos, é importante aprender a levar os pensamentos a Jesus. Uma figura de Jesus ou um livro com ilustrações sobre Ele podem ajudar. Esse uso do tempo de “intervalo” não é uma punição mas um meio de administração positiva do comportamento.

Muitos adultos ainda têm lições a aprender acerca de como lidar com as emoções. Que passos podemos dar antes de perdermos o controle diante de fortes emoções de ansiedade, ira ou depressão? O que podemos fazer para entregar a Deus nosso coração e mente nessas ocasiões?

Criatividade
Sugira estas ideias como possibilidades para o serviço e como uma forma de explorar criativamente e reforçar as emoções positivas.

A bondade e cuidado de Jesus trouxeram muito conforto e encorajamento aos que O rodeavam, renovando sua esperança e alegria. O que podemos dizer e fazer na próxima semana para abençoar o coração dos que nos rodeiam?

Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. Gl 5:22

Examine a lista de emoções positivas em Gálatas 5:22. Escolha uma emoção para focalizar nesta semana. Pesquise textos bíblicos sobre essa emoção para estudar a cada dia e crie uma bandeira de feltro ou de tecido, retratando essa emoção, para pendurar em sua casa. Se outros em sua classe escolherem fazer essa atividade, vocês poderiam trocar bandeiras e textos, estudando uma emoção diferente a cada semana pelas próximas nove semanas. Isso poderia ser um bom projeto para o ministério da mulher e para um clube de bordados e estofados. Os homens poderiam escolher criar placas de madeira ou metal e partilhar seus textos e experiências em um desjejum ou almoço semanal.

Opção alternativa: Escolha uma emoção para focalizar nesta semana, pesquisando textos bíblicos que a descrevam. Partilhe o que você aprender dos textos sobre essa emoção na classe.