segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Justificação pela fé (estudo nº 04)




“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e Se entregou a Si mesmo por mim” (Gl 2:20, RC)

Leituras da semana: Gl 2:15-21; Ef 2:12; Fp 3:9; Rm 3:8, 10-20; Gn 15:5, 6;

Como vimos na semana passada, Paulo confrontou Pedro publicamente em Antioquia, pela falta de coerência entre a fé que ele defendia e o comportamento que ele apresentava. Na melhor das hipóteses, a decisão de Pedro de não mais comer com antigos pagãos sugeria que eles eram cristãos de segunda categoria. As ações de Pedro davam a entender que, se eles realmente quisessem fazer parte da família de Deus e desfrutar as bênçãos da completa mesa da comunhão, deviam primeiro se submeter ao rito da circuncisão.

O que Paulo realmente disse a Pedro naquela ocasião tensa? Na lição desta semana, estudaremos o que é provavelmente um resumo do que se passou. Essa passagem contém algumas das expressões mais concentradas no Novo Testamento, o que é extremamente importante porque, pela primeira vez, são apresentadas várias palavras e frases fundamentais, tanto para a compreensão do evangelho quanto do restante da carta de Paulo aos gálatas. Essas palavras-chave incluem justificação, justiça, obras da lei, crença e não apenas fé, mas a fé de Jesus.

O que Paulo quis dizer com esses termos, e o que eles nos ensinam sobre o plano da salvação? 

Domingo                          A questão da “justificação”


1. Em Gálatas 2:15 Paulo escreveu: “Nós, judeus de nascimento e não ‘gentios pecadores’” (NVI). O que ele quis dizer?

As palavras de Paulo devem ser entendidas no seu contexto. Na tentativa de conquistar os judeus cristãos para seu lado, Paulo começou com um raciocínio que eles aceitariam, a tradicional distinção entre judeus e gentios. Os judeus eram os eleitos de Deus, aos quais foi confiada Sua lei, e desfrutavam os benefícios da relação de aliança com Ele. Os gentios, no entanto, eram pecadores. A lei de Deus não restringia seu comportamento, e eles estavam fora das alianças da promessa

naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Ef 2:12

Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Rm 2:14

Embora os gentios obviamente fossem “pecadores”, no verso 16 Paulo advertiu os cristãos judeus de que seus privilégios espirituais não os tornavam mais aceitáveis a Deus, porque ninguém é justificado pelas “obras da lei”.

2. Paulo usou a palavra justificado quatro vezes em Gálatas 2:16, 17. O que ele queria dizer por “justificação”? 

15  Nós, judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios,
16  sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.
17  Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos também achados pecadores, dar-se-á o caso de ser Cristo ministro do pecado? Certo que não! Gál 2:15-17

Da falsa acusação te afastarás; não matarás o inocente e o justo, porque não justificarei o ímpio. Êx 23:7

Em havendo contenda entre alguns, e vierem a juízo, os juízes os julgarão, justificando ao justo e condenando ao culpado. Dt 25:1

O verbo justificar é um termo-chave para Paulo. Das trinta e nove vezes que ele ocorre no Novo Testamento, 27 estão nas cartas de Paulo. Ele o usa oito vezes em Gálatas, incluindo quatro referências em Gálatas 2:16, 17. Justificação é um termo legal, usado nos tribunais. Está relacionado com o veredito que um juiz pronuncia quando uma pessoa é declarada inocente das acusações apresentadas contra ela. É o oposto de condenação. Além disso, visto que as palavras justo e reto vêm da mesma palavra grega, o fato de uma pessoa “ser justificada” significa que ela também é considerada “reta”. Assim, justificação envolve mais do que simplesmente absolvição ou perdão. É uma declaração afirmativa de que a pessoa é justa.

Para alguns dos cristãos judeus, no entanto, justificação era também relacional. Ela envolvia seu relacionamento com Deus e Sua aliança. Ser “justificado” também significava que a pessoa era considerada fiel membro da comunidade da aliança divina, a família de Abraão.

Leia Gálatas 2:15-17. O que Paulo diz ali? Como você pode aplicar essas palavras à sua própria experiência cristã? 




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