terça-feira, 29 de maio de 2012

Liberdade para Ministrar (estudo nº 09)






Como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas! (Rm 10:15, RC).

Leituras da semana: Êx 18:13-26; Mt 7:17, 18; At 6:1-8; Jo 4:36; At 15:36-40

Pensamento-chave: Não é suficiente que as pessoas sejam treinadas para o evangelismo e testemunho; elas devem trabalhar ativamente em favor das pessoas.

Muitos membros da igreja lamentam o fato de que, embora estejam prontos para assistir a seminários de capacitação sobre testemunho e evangelismo, quando voltam à sua igreja, não são encorajados a se envolver no trabalho. Consequentemente, muitas igrejas que não são realmente ativas nas atividades evangelísticas e de testemunho não estão cientes acerca das pessoas bem treinadas em seu meio. Ocasionalmente alguns oferecerão voluntariamente seus serviços, mas muitos outros concluirão que não são necessários nem desejados. 
A maneira mais bem-sucedida de sufocar o envolvimento dos membros na atividade da igreja é negar-lhes a participação em áreas nas quais eles estão habilitados a atuar. É responsabilidade de cada igreja local descobrir onde e como cada membro pode contribuir com as estratégias de testemunho e evangelismo. Todos os que estão dispostos têm um lugar. A chave é descobrir qual é esse lugar.

Nesta semana, estudaremos o conceito de enviar missionários de modo planejado e as formas pelas quais o envolvimento máximo dos membros contribui para a harmonia geral da igreja e para o crescimento espiritual e numérico.




Domingo                             Responsabilidade compartilhada


Muitos dedicados líderes de igreja têm interrompido ou, na melhor das hipóteses, diminuído sua eficiência por falta de vontade de compartilhar a responsabilidade do ministério. Esse problema não é uma novidade gerada pelo mundo moderno com seu ritmo acelerado. Até Moisés, o grande líder do Antigo Testamento, precisou de ajuda para ter visão mais ampla a respeito da liderança compartilhada. Podemos aprender muito com sua experiência e com o bom conselho recebido de seu sogro Jetro.

1. Conforme o conselho de Jetro, quem deveria assumir o trabalho de julgar as questões mais simples entre o povo? 
13 No dia seguinte, assentou-se Moisés para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até ao pôr-do-sol.
14  Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto que fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até ao pôr-do-sol?
15  Respondeu Moisés a seu sogro: É porque o povo me vem a mim para consultar a Deus;
16  quando tem alguma questão, vem a mim, para que eu julgue entre um e outro e lhes declare os estatutos de Deus e as suas leis.
17  O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes.
18  Sem dúvida, desfalecerás, tanto tu como este povo que está contigo; pois isto é pesado demais para ti; tu só não o podes fazer.
19  Ouve, pois, as minhas palavras; eu te aconselharei, e Deus seja contigo; representa o povo perante Deus, leva as suas causas a Deus,
20  ensina-lhes os estatutos e as leis e faze-lhes saber o caminho em que devem andar e a obra que devem fazer.
21  Procura dentre o povo homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; põe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dez;
22  para que julguem este povo em todo tempo. Toda causa grave trarão a ti, mas toda causa pequena eles mesmos julgarão; será assim mais fácil para ti, e eles levarão a carga contigo.
23  Se isto fizeres, e assim Deus to mandar, poderás, então, suportar; e assim também todo este povo tornará em paz ao seu lugar.
24  Moisés atendeu às palavras de seu sogro e fez tudo quanto este lhe dissera.
25  Escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os constituiu por cabeças sobre o povo: chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dez.
26  Estes julgaram o povo em todo tempo; a causa grave trouxeram a Moisés e toda causa simples julgaram eles. Êx 18:13-26

Podemos apenas imaginar quanto tempo Moisés teria sido capaz de manter uma agenda de trabalho fora da realidade. Da mesma forma, só podemos supor até que ponto Moisés estava ciente da disponibilidade de auxiliares capazes. No entanto, o que a história revela é que havia muitos homens capazes e dispostos a ajudar. Moisés precisaria permitir que eles se envolvessem, delegando a eles determinadas funções de liderança.

O ministério no qual os líderes da igreja devem voluntariamente tomar parte inclui o testemunho e evangelismo. Os princípios da responsabilidade devidamente organizada e compartilhada que encontramos na experiência de Moisés são de valor inestimável aos nossos esforços para ganhar pessoas para o reino de Deus.

2. Por que Moisés escolheu homens com semelhantes qualidades, mas deu a eles variados graus de responsabilidade? Que talentos específicos podem ter determinado suas funções? Como esses princípios se aplicam às estratégias evangelísticas das igrejas atuais?

21  Procura dentre o povo homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; põe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dez;
25  Escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os constituiu por cabeças sobre o povo: chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dez.  Êx 18:21, 25

Provavelmente tenha sido a natureza profundamente espiritual da tarefa de falar em nome de Deus que tornou Moisés relutante em compartilhar suas responsabilidades. Nós também sentimos a tremenda responsabilidade de falar às pessoas sobre Deus e em nome de Deus. Nosso testemunho e evangelismo é um assunto sério. Somos cuidadosos porque a vida eterna está em jogo. E embora isso deva nos levar a ter cuidado quanto à forma de proceder, devemos estar sempre dispostos a envolver todos na tarefa de evangelizar e alcançar pessoas.



Segunda                        Arriscar para alcançar sucesso


Os membros da igreja têm um tremendo potencial para o ministério. Muitos são entusiastas com o envolvimento nas estratégias evangelísticas da igreja, mas, às vezes, os líderes são relutantes em deixar que eles se envolvam. Por trás do pensamento de que apenas “os profissionais podem fazer o trabalho” está o medo de que os membros da igreja façam ou digam algo errado, fazendo com que as pessoas se afastem de Cristo e de Sua igreja. Infelizmente, essa resistência ao envolvimento dos membros está tão arraigada que prevalece mesmo quando as pessoas foram devidamente treinadas para um ministério. O Espírito Santo e Suas promessas não são apenas para os líderes, mas para todos os que estão dispostos a se entregar ao Senhor com fé e submissão, para todos os que estão dispostos a negar a si mesmos e trabalhar para a salvação dos outros.

3. Que princípio ensinado por Jesus deve aliviar os temores dos líderes preocupados? Como podemos distinguir entre os frutos bons e maus, e como a liderança da igreja como um todo deve se envolver nesse processo? Como podemos fazer isso sem julgar os outros?

17 Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus.
18 Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Mt 7:17-18

Se toda árvore boa produz bons frutos, os líderes da igreja devem se concentrar nas árvores boas e que estão crescendo. Assim como acontece com tudo que se relaciona com nossa resposta ao chamado do evangelho, precisamos primeiramente ser alguém para Jesus antes de ter sucesso em fazer coisas para Ele. Se dermos a devida atenção à obra de conduzir pessoas a um relacionamento significativo e cada vez mais profundo com Jesus, o Espírito Santo fará com que elas produzam o fruto correto. Nossa parte é liderar, ensinar e treinar. A parte de Deus é abençoar o ministério dessas pessoas. Precisamos confiar nelas e em Deus. Se dermos a devida atenção ao crescimento espiritual e habilidades práticas, podemos acreditar que as pessoas produzirão o fruto correto do sucesso evangelístico. Certamente, pode haver um elemento de risco, dependendo do ministério realizado e do nível de treinamento, mas devemos lembrar que nem mesmo os discípulos, que tiveram o maior Mestre da História, ganharam todas as pessoas a quem apelaram.

Você já sentiu que seus dons e talentos não foram apreciados? Qual pode ter sido a causa? Faça uma avaliação pessoal e verifique se a culpa está com você e com alguma atitude sua (orgulho, e assim por diante) e não em outras questões.



Terça                      Adaptando trabalhadores para a colheita


Quando as pessoas demonstram interesse em aprender mais sobre Deus e Sua igreja, devemos escolher com cuidado os que receberão a tarefa do testemunho. Em uma sociedade multicultural, faríamos bem em designar alguém da mesma nacionalidade e língua do interessado e, possivelmente, alguém de uma faixa etária similar. Além disso, poderíamos considerar a maturidade espiritual, conhecimento bíblico, habilidades de comunicação e experiência de salvação do missionário. Em outras palavras, devemos levar a sério a adaptação do obreiro àqueles com quem eles estão trabalhando.

Quando se trata de testemunho e evangelismo, não existe algo como “tamanho único” ou uma solução que sirva para todos os casos. A jornada da vida de cada pessoa é única, e isso vale para a jornada espiritual. No entanto, embora exista essa singularidade, também há semelhanças na experiência das pessoas, e existe bom senso em ajustar da melhor forma possível a experiência do cristão e a do interessado.

4. Que diferentes tarefas eram realizadas pelos cristãos? Quais foram os resultados quando os ministérios e habilidades específicos foram harmonizados?

1 Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.
2  Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas.
3  Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço;
4  e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.
5  O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
6  Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
7  Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé.
8 Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.  At 6:1-8

Observe a progressão destes eventos: os discípulos foram informados de um problema urgente, e pediram que os cristãos escolhessem sete homens para lidar com o problema. Os crentes trouxeram os nomes selecionados aos discípulos, que os nomearam com a imposição das mãos. E o número dos discípulos se multiplicava grandemente.

Embora Estêvão e os outros seis escolhidos devessem “servir às mesas”, não parece que a qualificação para essa tarefa fosse a capacidade de organizar e distribuir alimentos. Os cristãos ainda procuravam homens cheios do Espírito, porque seu ministério em favor das viúvas judias de fala grega também seria uma obra de testemunho e evangelismo. Assim, vemos que esses homens recém-nomeados foram vitais para a evangelização da igreja primitiva por terem liberado os evangelistas da linha de frente e também apoiado ativamente sua obra (v. 8). Mais uma vez podemos afirmar que, seja qual for o ministério em que os membros se envolvam, direta ou indiretamente seu trabalho será uma contribuição e apoio às atividades de testemunho e evangelismo da igreja.

Embora os talentos naturais, dons espirituais e treinamento específico sejam importantes para um ministério espiritual bem-sucedido, as atitudes pessoais são ainda mais importantes.

1 Chegou também a Derbe e a Listra. Havia ali um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego;
2  dele davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio.
3  Quis Paulo que ele fosse em sua companhia e, por isso, circuncidou-o por causa dos judeus daqueles lugares; pois todos sabiam que seu pai era grego.
4  Ao passar pelas cidades, entregavam aos irmãos, para que as observassem, as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros de Jerusalém.
5 Assim, as igrejas eram fortalecidas na fé e, dia a dia, aumentavam em número. At 16:1-5 

36 José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chipre,
37 como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos. At 4:36-37,

Timóteo e Barnabé fizeram tudo o que foi preciso para apoiar o ministério evangélico. Barnabé ofereceu seus recursos pessoais e Timóteo se submeteu à circuncisão para não ofender alguns judeus. As lições para nós são, de fato, óbvias.



Quarta                        Crescimento espiritual por meio do trabalho


Uma igreja não pode colocar a espiritualidade automaticamente no coração de seus membros. No entanto, é uma grande verdade que, quando os cristãos respondem ao chamado de Deus para ser discípulos, sua caminhada pessoal com o Senhor se aprofunda e se fortalece. Embora não devamos nos envolver no testemunho e evangelismo apenas como tentativa de crescer espiritualmente, quando realizadas com amor genuíno por Deus e pelos perdidos, essas atividades trazem inúmeras bênçãos espirituais a todos os envolvidos.

5. Qual é a relação entre a prática voluntária da vontade divina e o crescimento no conhecimento de Deus e na espiritualidade?

Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo. Jo 7:17

Como uma pessoa que procura a verdade pode ter certeza de que encontrou a verdade genuína? No verso 17, Jesus apresenta uma verdade que ajuda a todos os que desejam segui-Lo. Os que estão dispostos a fazer a vontade de Deus podem saber se uma doutrina é ou não de Deus. Como isso pode ocorrer? Evidentemente, há um crescimento espiritual através da ligação com Deus. Os que vivem de acordo com a verdade bíblica que conhecem receberão maior luz.

Há uma forte conexão entre ouvir e fazer (
Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo. Ap 1:3). Os que fazem a vontade de Deus, por menos que a conheçam, são abençoados com um relacionamento cristão cada vez mais profundo que, unido ao estudo da Bíblia com espírito de oração, levará a mais amplas revelações da verdade e a um estimulante crescimento espiritual.

6. Qual é o salário espiritual recebido como resultado do envolvimento na colheita de pessoas? Que comunhão espiritual é sugerida na imagem do semeador e do ceifeiro se alegrando juntos?

Quem ceifa, já está recebendo salário e ajuntando fruto para a vida eterna, a fim de que o que semeia e o que ceifa, juntamente se regozijem. Jo 4:36

Muitos comentaristas sugerem que os discípulos estavam ceifando onde João Batista e Jesus tinham semeado. A própria mulher samaritana, evidentemente, havia plantado algumas sementes do evangelho entre o povo de sua cidade. Como eles devem ter se alegrado juntos, quando a colheita espiritual amadurecida foi recolhida no reino! Quando respondemos ao chamado de Deus para nos envolvermos na conquista de pessoas, esse vínculo, essa proximidade e crescimento espirituais brotam como resultado natural de estarmos na equipe divina.

Sua fé se tornou mais forte por meio de seu testemunho pessoal, tanto nas situações de vitória quanto nas de derrota? O trabalho de testemunhar influencia seu relacionamento com o Senhor?




Quinta                         Harmonizando por meio do envolvimento


Há um fenômeno que às vezes é difícil explicar, mas pode ser mais bem descrito como “Influência circular”. No que diz respeito à harmonia e envolvimento, a influência circular funciona assim: ao envolver pessoas, você promove harmonia, que, por sua vez, incentiva o envolvimento das pessoas, o que, por sua vez, promove a harmonia. Você pode ver o princípio da influência circular no trabalho. Está claramente demonstrado no velho ditado: “Os que estão puxando os remos não têm tempo para balançar o barco.”

Houve algumas decisões importantes feitas no desenvolvimento da organização da igreja primitiva que poderiam ter causado grandes conflitos, mas as preferências pessoais dos cristãos foram submetidas ao que era melhor para a tarefa que seu Senhor lhes tinha dado.

7. Considere o importante processo da nomeação de Matias. Embora não lancemos sortes hoje, que pontos fundamentais eles estavam procurando ali, e que princípios podemos tirar desse exemplo para a obra do ministério hoje? 

15 Naqueles dias, levantou-se Pedro no meio dos irmãos (ora, compunha-se a assembléia de umas cento e vinte pessoas) e disse:
16  Irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo proferiu anteriormente por boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam Jesus,
17  porque ele era contado entre nós e teve parte neste ministério.
18  (Ora, este homem adquiriu um campo com o preço da iniqüidade; e, precipitando-se, rompeu-se pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram;
19  e isto chegou ao conhecimento de todos os habitantes de Jerusalém, de maneira que em sua própria língua esse campo era chamado Aceldama, isto é, Campo de Sangue.)
20  Porque está escrito no Livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada; e não haja quem nela habite; e: Tome outro o seu encargo.
21  É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós,
22  começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição.
23  Então, propuseram dois: José, chamado Barsabás, cognominado Justo, e Matias.
24  E, orando, disseram: Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido
25  para preencher a vaga neste ministério e apostolado, do qual Judas se transviou, indo para o seu próprio lugar.
26  E os lançaram em sortes, vindo a sorte recair sobre Matias, sendo-lhe, então, votado lugar com os onze apóstolos. At 1:15-26

É claro que, sempre que os seres humanos estão trabalhando juntos, há possibilidade de conflitos. Estamos certos em pensar que o maligno está trabalhando para minar a eficácia dos cristãos. É perfeitamente justo, então, que recapitulemos brevemente um incidente no ministério evangelístico da igreja primitiva, no qual houve um conflito real.

8. O que causou a diferença de opinião entre Paulo e Barnabé? Qual foi o resultado de sua discordância, e o que podemos aprender com isso?

36 Alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Voltemos, agora, para visitar os irmãos por todas as cidades nas quais anunciamos a palavra do Senhor, para ver como passam.
37  E Barnabé queria levar também a João, chamado Marcos.
38  Mas Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara desde a Panfília, não os acompanhando no trabalho.
39  Houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre.
40  Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor.
41  E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas. At 15:36-40

Em uma viagem missionária anterior, João Marcos havia deixado Paulo e seus outros companheiros e voltado para Jerusalém. Parece que esse incidente (Tendo Paulo e seus companheiros navegado de Pafos, foram a Perge na Panfília; João, porém, apartando-se deles, voltou a Jerusalém. At 13:13) tornou Paulo relutante em levar João Marcos com ele nessa nova viagem. Por outro lado, Barnabé achava que, se o levassem, haveria benefício para o próprio João Marcos e também para o empreendimento missionário. Consequentemente, enquanto Paulo escolheu Silas para acompanhá-lo, Barnabé viajou com João Marcos.

Em lugar de permitir que as diferenças pessoais ofuscassem a tarefa evangelística, eles enviaram dois grupos de testemunho. Embora Paulo e João Marcos tenham trabalhado juntos novamente de modo proveitoso (
Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério. 2Tm 4:11), naquela ocasião anterior eles não permitiram que suas diferenças interferissem na missão.

 

Sexta                                               Estudo adicional


Dependendo do programa de testemunho e evangelismo que você está planejando, os prazos específicos variam de acordo com as diferentes estratégias e prioridades utilizadas para alcançar o alvo. No entanto, existem alguns pontos gerais a considerar.

1. Registre o que você procura alcançar ao longo dos próximos doze meses. Especifique alvos em termos de pessoas e discipulado, e não apenas a conclusão dos programas.
2. Escreva um planejamento de procedimentos. Ele deve incluir importantes períodos de treinamento, datas para início e término do programa e as datas específicas para avaliação.
3. Ao elaborar as principais etapas do programa, certifique-se de que você também especificou quais indivíduos ou equipes são responsáveis em cada etapa.
4. Especifique como as estratégias de seu programa se integram com o programa geral da igreja. Mencione onde e como as outras estratégias da igreja apoiarão sua estratégia e onde o trabalho de sua equipe fortalecerá o programa da igreja.
5. Considere se seu programa será permanente ou se ele será repetido no ano seguinte. Isso ajudará a determinar que tipo de treinamento deverá ser realizado.

Perguntas para reflexão
O que Deus espera da igreja em relação à conquista de pessoas? O que a igreja pode fazer para ajudar os membros a entender as expectativas de Deus? Como as citações abaixo se aplicam a você?

Deus espera serviço pessoal da parte de todo aquele a quem confiou o conhecimento da verdade para este tempo. Nem todos podem ir como missionários para terras estrangeiras, mas todos podem ser missionários entre os familiares e vizinhos” (Ellen G. White,Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 30).

A todos que se tornam participantes de Sua graça, o Senhor aponta uma obra a ser feita em favor de outros. Individualmente, devemos permanecer em nosso lugar, dizendo:Eis-me aqui. Envia-me!” (Is 6:8, NVI; Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 222).





segunda-feira, 28 de maio de 2012

Liberdade para Ministrar (resumo do estudo nº 09)






E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas! Romanos 10:15

Saber: Por que e como cada membro da igreja deve se envolver na pregação do evangelho de Cristo.
Sentir: Os estreitos laços de harmonia desenvolvidos quando trabalhamos unidos para salvar pessoas.
Fazer: Responder "Eis-me aqui, envia-me" (Is 6:8, NVI) ao chamado para ministrar em casa, na comunidade e até no campo mundial.

Esboço

I. Compartilhando o fardo
A. Por que alguns obreiros do evangelho, treinados profissionalmente, relutam em compartilhar o ministério com leigos relativamente inexperientes? O que pode ser feito para aumentar a confiança da liderança nos esforços dos leigos?
B. Qual é a responsabilidade da liderança na preparação dos membros da igreja para o ministério, e qual é o papel do Espírito Santo nessa tarefa?

II. Desenvolvendo harmonia
A. O trabalho unido para salvar pessoas promove a harmonia e promove a unidade na igreja.
B. Que atitudes ajudam a desenvolver laços estreitos quando os membros da igreja trabalham juntos na causa de Cristo?

III. “Eis-me aqui”
A. Como responderemos ao chamado feito pela liderança da igreja ou pela comissão de nomeações para alguma atividade no ministério?
B. Que campo de trabalho combina mais com seus talentos, idade e disposição? Que campo de trabalho pode tirar você da zona de conforto, mas ainda refletir um chamado para o ministério que deve ser atendido?

Resumo: 
Os membros da igreja têm um campo de trabalho em que, com treinamento adequado, liderança e a bênção do Espírito Santo, eles podem utilizar seus dons espirituais e relacionamentos sociais no ministério.

Motivação
Não basta ser “evangelista de poltrona”. Somente quando colocamos em prática a teoria podemos experimentar a alegria incrível de ser um embaixador de Cristo.

Muitas vezes, há um enorme abismo entre saber e fazer. Nesta semana, ajude os alunos a identificar os obstáculos comuns para a ação, e leve-os a descobrir maneiras práticas de traduzir a teoria do testemunho em um compromisso pessoal de testemunhar ativamente.

Atividade de abertura: 
Em 20 de setembro de 2004, uma mulher de 25 anos, inconsciente e sangrando muito, estava com a cabeça na sarjeta em uma rua movimentada no sul de Londres. Câmeras de vigilância no local captaram imagens de pelo menos 12 veículos diminuindo a velocidade, desviando-se da mulher e seguindo adiante.

Em Nova York, em 18 de abril de 2010, um homem de 32 anos foi esfaqueado quando tentou ajudar uma mulher que estava sendo atacada por um assaltante armado com uma faca. Mais uma vez, câmeras de vigilância registraram a cena em que pelo menos 25 pessoas passaram – uma delas parou para tirar uma foto em seu celular – enquanto o homem ferido sangrou até a morte na calçada (A. G. Sulzberger e Mick Meenan, “Questions Surround a Delay in Help for a Dying Man,” [Perguntas Sobre a Demora em Ajudar um Homem Agonizante], New York Times, 25 de abril de 2010).

A relutância em oferecer ajuda a um desconhecido é o que os psicólogos chamam de "efeito do espectador". Em um famoso experimento, em 1973, John Darley e Daniel Batson, psicólogos da Universidade de Princeton estudaram esse fenômeno dentro do contexto religioso. Eles pediram a alguns seminaristas do Seminário Teológico de Princeton que preparassem um sermão e depois caminhassem até o prédio ao lado para apresentá-lo. Alguns alunos foram orientados a pregar sobre a parábola do bom samaritano. Quando os estudantes deixaram o prédio, um por um, para apresentar os sermões, encontraram um homem "caído em um beco, de cabeça baixa, olhos fechados, tossindo e gemendo."

Quais alunos estavam mais propensos a parar e ajudar? A questão mais importante não era saber se os alunos haviam preparado um sermão sobre o bom samaritano, mas se os seminaristas tinham sido alertados de que estavam atrasados ou não. Dos que foram informados de que havia tempo de sobra, 63 por cento pararam para ajudar o homem. Dos que foram avisados de que estavam atrasados, apenas 10 por cento pararam para ajudar.

Pense nisto: 
Segundo a Pesquisa Adventista Mundial de 2002, menos de 40 por cento dos adventistas estão envolvidos em compartilhar sua fé com a comunidade. Estamos sucumbindo ao "efeito do espectador" quando se trata de traduzir nosso conhecimento e crenças para a prática?

Atividade: 
Os psicólogos explicam a "dissonância cognitiva" como a tendência que os seres humanos têm de "racionalizar" emoções contraditórias ou crenças. Por exemplo: "Sim, acredito que Cristo nos chama para ser Suas testemunhas. Mas isso não é minha responsabilidade. Outras pessoas testemunharão melhor do que eu.” Com a ajuda da classe, compile uma lista das racionalizações comuns, que nos levam a passar de largo diante das oportunidades de testemunho. (Por exemplo: "Não é meu trabalho"; "Não é meu 'dom'"; "Há outros mais qualificados"; "Preciso de treinamento adequado.") Mantenha essa lista na mão para a atividade de encerramento.

Compreensão
Ao longo das Escrituras, Deus chama Seu povo para a ação. Ajude a classe a entender que esse chamado para testemunhar não é um "acréscimo opcional" para os seguidores de Cristo, mas uma incumbência pessoal.


Comentário Bíblico


I. De quem é a responsabilidade, afinal?

13
No dia seguinte, assentou-se Moisés para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até ao pôr-do-sol.
14  Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto que fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até ao pôr-do-sol?
15  Respondeu Moisés a seu sogro: É porque o povo me vem a mim para consultar a Deus;
16  quando tem alguma questão, vem a mim, para que eu julgue entre um e outro e lhes declare os estatutos de Deus e as suas leis.
17  O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes.
18  Sem dúvida, desfalecerás, tanto tu como este povo que está contigo; pois isto é pesado demais para ti; tu só não o podes fazer.
19  Ouve, pois, as minhas palavras; eu te aconselharei, e Deus seja contigo; representa o povo perante Deus, leva as suas causas a Deus,
20  ensina-lhes os estatutos e as leis e faze-lhes saber o caminho em que devem andar e a obra que devem fazer.
21  Procura dentre o povo homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; põe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dez;
22  para que julguem este povo em todo tempo. Toda causa grave trarão a ti, mas toda causa pequena eles mesmos julgarão; será assim mais fácil para ti, e eles levarão a carga contigo.
23  Se isto fizeres, e assim Deus to mandar, poderás, então, suportar; e assim também todo este povo tornará em paz ao seu lugar.
24  Moisés atendeu às palavras de seu sogro e fez tudo quanto este lhe dissera.
25  Escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os constituiu por cabeças sobre o povo: chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dez.
26  Estes julgaram o povo em todo tempo; a causa grave trouxeram a Moisés e toda causa simples julgaram eles. Êx 18:13-26

1 Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.
2  Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas.
3  Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço;
4  e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.
5  O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
6  Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
7  Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé.
8 Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.  At 6:1-8

Essas duas narrativas bíblicas, de Moisés e da igreja cristã primitiva, estão separadas por um imenso abismo de tempo e circunstâncias. No entanto, ao ler as duas histórias, procure paralelos entre as situações descritas. Avançando um pouco mais, como muitos dos mesmos desafios se refletem em sua igreja, no século vinte e um?

Pense nisto: 
Por que a delegação de responsabilidade às vezes é tão difícil de fazer? (Falta de confiança? Relutância em abrir mão do controle pessoal? Dificuldade em acreditar que os outros podem fazer o trabalho tão bem quanto nós? Relutância em sobrecarregar os outros?) Quais são alguns dos possíveis resultados se os líderes de evangelismo deixarem de compartilhar as responsabilidades?

Na história de Êxodo, observe o conselho do sogro de Moisés (v. 19-23). De que forma esse conselho (v. 20, treinar/ensinar; v. 21, harmonizar as tarefas com as competências; v. 22, orientar) descreve um processo eficaz para a delegação de responsabilidades dentro de uma comunidade espiritual?

Embora as estruturas sociais do Império Romano no primeiro século geralmente fossem rígidas, a igreja cristã primitiva tentou refletir o ideal de Cristo de uma "família" de fiéis, unida na fé e na missão (
A Escritura, prevendo que Deus justificaria os gentios pela fé, de antemão anunciou as boas novas a Abraão: Em ti serão bem-aventuradas todas as nações. Gl 3:8). O cristianismo oferecia às mulheres o respeito e considerável participação na vida da igreja (Rm 16:1, 2;. Fp 4:2, 3), o que não era acessível na cultura pagã nem sob a lei judaica.

1 Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia,
2  para que a recebais no Senhor como convém aos santos e a ajudeis em tudo que de vós vier a precisar; porque tem sido protetora de muitos e de mim inclusive. Rm 16:1-2

2  Rogo a Evódia e rogo a Síntique pensem concordemente, no Senhor.
3  A ti, fiel companheiro de jugo, também peço que as auxilies, pois juntas se esforçaram comigo no evangelho, também com Clemente e com os demais cooperadores meus, cujos nomes se encontram no Livro da Vida. Fp 4:2, 3

Pense nisto: 
Em sua congregação, existem grupos constantemente ignorados quando se trata de planejar e executar as atividades missionárias? Por exemplo, os jovens, mulheres e minorias étnicas ou culturais são bem representados? Se não, por quê? Como a diversidade pode fortalecer o programa de evangelismo de uma igreja?

II. Além da “zona de conforto do cristianismo"

O ceifeiro recebe desde já a recompensa e entesoura o seu fruto para a vida eterna; e, dessarte, se alegram tanto o semeador como o ceifeiro. Jo 4:36

Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus Mt 7:17

43  Não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto.
44  Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas.
45  O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração.
46  Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?
47  Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante. Lc 6:43-45.)

Quando nossa fé não mais produz "fruto" em nossos relacionamentos e atividades cotidianas, já nos desviamos para o perigoso reino da "zona de conforto do cristianismo".

Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Mateus 5:13 

5 por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento;
6  com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade;
7  com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor.
8  Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
9  Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora. 2Pedro 1:5-9,

Observando particularmente o verso 8. Quais são os sintomas espirituais de alguém que perdeu a sua "salinidade" ou que se tornou ineficiente e improdutivo em sua fé?
Atividade: 
Com a ajuda da classe, faça uma lista de personagens das Escrituras, cuja vida foi transformada quando eles escolheram se tornar participantes ativos na missão dada por Deus. Em hebreus 11 encontramos "a lista de chamada" dos grandes homens e mulheres de fé, apresentada pelo apóstolo Paulo.

1 A fé é a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver.
2  Foi pela fé que as pessoas do passado conseguiram a aprovação de Deus.
3  É pela fé que entendemos que o Universo foi criado pela palavra de Deus e que aquilo que pode ser visto foi feito daquilo que não se vê.
4 Foi pela fé que Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor do que o de Caim. Pela fé ele conseguiu a aprovação de Deus como homem correto, tendo o próprio Deus aprovado as suas ofertas. Por meio da sua fé, Abel, mesmo depois de morto, ainda fala.
5  Foi pela fé que Enoque escapou da morte. Ele foi levado para Deus, e ninguém o encontrou porque Deus mesmo o havia levado. As Escrituras Sagradas dizem que antes disso ele já havia agradado a Deus.
6  Sem fé ninguém pode agradar a Deus, porque quem vai a ele precisa crer que ele existe e que recompensa os que procuram conhecê-lo melhor.
7  Foi pela fé que Noé ouviu os avisos de Deus sobre as coisas que iam acontecer e que não podiam ser vistas. Noé obedeceu a Deus e construiu uma barca em que ele e a sua família foram salvos. Assim Noé condenou o mundo e recebeu de Deus a aprovação que vem por meio da fé.
8  Foi pela fé que Abraão, ao ser chamado por Deus, obedeceu e saiu para uma terra que Deus lhe prometeu dar. Ele deixou o seu próprio país, sem saber para onde ia.
9  Pela fé ele morou como estrangeiro na terra que Deus lhe havia prometido. Viveu em barracas com Isaque e Jacó, que também receberam a mesma promessa de Deus.
10  Porque Abraão esperava a cidade que Deus planejou e construiu, a cidade que tem alicerces que não podem ser destruídos.
11  Foi pela fé que Abraão se tornou pai, embora fosse velho demais e a própria Sara não pudesse mais ter filhos. Ele creu que Deus ia cumprir a sua promessa.
12  Assim, de um só homem, que estava praticamente morto, nasceram tantos descendentes como as estrelas do céu, tão numerosos como os grãos de areia da praia do mar.
13  Todos esses morreram cheios de fé. Não receberam as coisas que Deus tinha prometido, mas as viram de longe e ficaram contentes por causa delas. E declararam que eram estrangeiros e refugiados, de passagem por este mundo.
14  E aqueles que dizem isso mostram bem claro que estão procurando uma pátria para si mesmos.
15  Não ficaram pensando em voltar para a terra de onde tinham saído. Se quisessem, teriam a oportunidade de voltar.
16  Mas, pelo contrário, estavam procurando uma pátria melhor, a pátria celestial. E Deus não se envergonha de ser chamado de o Deus deles, porque ele mesmo preparou uma cidade para eles.
17  Foi pela fé que Abraão, quando Deus o quis pôr à prova, ofereceu o seu filho Isaque em sacrifício. Deus tinha prometido muitos descendentes a Abraão, mas mesmo assim ele estava pronto para oferecer o seu único filho em sacrifício.
18  Deus lhe tinha dito: “Por meio de Isaque é que você terá descendentes.”
19  Abraão reconhecia que Deus era capaz de ressuscitar Isaque, e, por assim dizer, Abraão tornou a receber da morte o seu filho Isaque.
20  Foi pela fé que Isaque prometeu bênçãos para o futuro a Jacó e a Esaú.
21  Foi pela fé que Jacó, pouco antes de morrer, abençoou os filhos de José. Ele se apoiou na sua bengala e adorou a Deus.
22  Foi pela fé que José, quando estava para morrer, falou da saída dos israelitas do Egito e deu ordens sobre o que deveria ser feito com o seu corpo.
23  Foi pela fé que os pais de Moisés, quando ele nasceu, o esconderam durante três meses. Eles viram que o menino era bonito e não tiveram medo de desobedecer à ordem do rei.
24  Foi pela fé que Moisés, quando já era adulto, não quis ser chamado de filho da filha de Faraó.
25  Ele preferiu sofrer com o povo de Deus em vez de gozar, por pouco tempo, os prazeres do pecado.
26  Ele achou que era muito melhor sofrer o desprezo por causa do Messias do que possuir todos os tesouros do Egito. É que ele tinha os olhos fixos na recompensa futura.
27  Foi pela fé que Moisés saiu do Egito, sem ter medo da raiva do rei, e continuou firme, como se estivesse vendo o Deus invisível.
28  Pela fé Moisés começou o costume de celebrar a Páscoa e mandou marcar com sangue as portas das casas dos israelitas para que o Anjo da Morte não matasse os filhos mais velhos deles.
29  Foi pela fé que os israelitas atravessaram o mar Vermelho como se fosse terra seca. E, quando os egípcios tentaram atravessar, o mar os engoliu.
30  Foi pela fé que caíram as muralhas de Jericó, depois que os israelitas marcharam em volta delas durante sete dias.
31  Foi pela fé que Raabe, a prostituta, não morreu com os que tinham desobedecido a Deus, pois ela havia recebido bem os espiões israelitas.
32 O que mais posso dizer? O tempo é pouco para falar de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas.
33  Pela fé eles lutaram contra nações inteiras e venceram. Fizeram o que era correto e receberam o que Deus lhes havia prometido. Fecharam a boca de leões,
34  apagaram incêndios terríveis e escaparam de serem mortos à espada. Eram fracos, mas se tornaram fortes. Foram poderosos na guerra e venceram exércitos estrangeiros.
35  Pela fé mulheres receberam de volta os seus mortos, que ressuscitaram. Outros foram torturados até a morte; eles recusaram ser postos em liberdade a fim de ressuscitar para uma vida melhor.
36  Alguns foram insultados e surrados; e outros, acorrentados e jogados na cadeia.
37  Outros foram mortos a pedradas; outros, serrados pelo meio; e outros, mortos à espada. Andaram de um lado para outro vestidos de peles de ovelhas e de cabras; eram pobres, perseguidos e maltratados.
38  Andaram como refugiados pelos desertos e montes, vivendo em cavernas e em buracos na terra. O mundo não era digno deles!
39  Porque creram, todas essas pessoas foram aprovadas por Deus, mas não receberam o que ele havia prometido.
40  Pois Deus tinha preparado um plano ainda melhor para nós, a fim de que, somente conosco, elas fossem aperfeiçoadas. Hebreus 11,

1. O que acontece, espiritualmente, com os indivíduos que se recusam a ser meros espectadores no grande plano de Deus?
2. Como a vida desses homens e mulheres ilustra que a fé não é um conceito espiritual abstrato, que funciona melhor em isolamento? Por outro lado, como a vida deles mostra que a fé tende a nos empurrar para a confusa realidade da vida?
3. Como as evidências sugerem que a fé e a ação motivada pela fé não podem jamais ser efetivamente separadas?

Aplicação
Com base nos princípios acima, peça que os alunos avaliem sua comunidade. Como devemos planejar a motivação e preparação dos fiéis para testemunhar?

O historiador George Knight pregou um sermão, na sessão da Conferência Geral do ano 2000, em Toronto, no Canadá, no qual ele imaginou diferentes estratégias utilizadas pelo diabo em suas tentativas de prejudicar a missão da igreja. Ele disse: "Se eu fosse o diabo, faria dos pastores e administradores o centro do trabalho da igreja. Deve ter sido do diabo a ideia de que só o pastor deve pregar, dar estudos bíblicos, ser o principal ganhador de pessoas, tomar e executar todas as decisões pela igreja” (George Knight, “Se eu fosse o diabo”, Adventist Review, 4 de janeiro, 2001, p. 8-15).

Perguntas para reflexão
1. Essa descrição do papel do pastor reflete a realidade de sua congregação?
2. Quais são alguns dos passos práticos que uma congregação pode dar a fim de combater o mito do "profissional conquistador de pessoas", isto é, a ideia de que as pessoas não podem ser ganhas para Cristo por alguém que não seja pastor ou evangelista?
3. Se você fosse o diabo, que outras estratégias usaria para manter os membros sentados nos bancos da igreja como espectadores, e não como participantes na conquista de pessoas?

Pense nisto: 
O que ajuda os jovens a amadurecer na fé e criar raízes profundas na igreja? De acordo com um estudo de 10 anos de jovens adventistas do sétimo dia na América do Norte, os três principais fatores são: (1) ter uma verdadeira vida de fé e devoção; (2) compartilhar a fé; (3) envolver-se no serviço.

Considere a programação dos jovens em sua congregação. A ideia de testemunho e serviço recebe alta prioridade? Em sua opinião, por que esses fatores apareceram perto do topo da lista, acima de itens como "qualidade da educação religiosa na igreja e na escola (número 5 da lista)", "firme confiança nas doutrinas adventistas (número 8)", e até mesmo "um clima familiar caloroso e encorajador” (número 10)"?

A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem muito a dizer sobre teologia e crenças. Mas será que temos enfatizado os aspectos cognitivos, proposicionais da nossa fé, em detrimento dos aspectos experimentais? Como podemos ser tão eficientes em viver a verdade de Deus quanto somos em prová-la?

Criatividade
Não importa quanto saibamos a respeito de testemunho, só permitiremos que sua força atue em nossa vida e em nossa comunidade se realmente testemunharmos. Ajude sua classe a dar o primeiro passo para colocar a teoria na prática.

Atividade: Considere estas duas citações:

"
Nossa confissão de Sua fidelidade é o meio escolhido pelo Céu para revelar Cristo ao mundo.... mas o que será mais eficaz é o testemunho de nossa própria experiência" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 347).

"
No mundo pós-moderno, precisamos contar nossas histórias pessoais: impuras, imperfeitas e irregulares, e não colocadas em uma fórmula. Precisamos relatar nossas histórias para que os pós-modernos percebam o significado por trás das histórias: a nossa fé" (Ed Hindson e Ergun Caner, eds., The Popular Encyclopedia of Apologetics [A Enciclopédia Popular de Apologética; Eugene, Oregon, Harvest House Publishing, 2008, p. 400).

Divida a classe em duplas. Convide cada dupla a comentar sobre a pessoa a quem eles gostariam de compartilhar sua história pessoal de salvação durante a próxima semana. Sugira que eles se revezem encenando o testemunho a ser apresentado, cada um partilhando sua experiência com a fidelidade e a presença de Deus. Reúna novamente a classe e pergunte: O que foi bom a respeito de compartilhar a maneira pela qual Deus o guiou em sua vida? O que foi difícil? O que poderia tornar a experiência mais fácil?

Reflexão: 
19 e também por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho,
20  pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo. Efésios 6:19, 20,

Convide os membros da classe que desejarem a orar a respeito de desafios específicos da lista, pedindo a Deus a coragem de falar destemidamente em Seu nome, não importando as circunstâncias.