segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A superioridade da promessa

Quinta                         




Ele estava na congregação, no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos antepassados, e recebeu palavras vivas, para transmiti-las a nós” (At 7:38, NVI).

Em Gálatas 3:19, 20, Paulo continua sua linha de pensamento sobre o fato de que a lei não anula a aliança da graça. Isso é importante porque, se a teologia de seus oponentes estivesse correta, a lei faria exatamente isso. Como pecadores, imagine qual seria a nossa situação, se, para nos salvarmos, tivéssemos que confiar em nossa observância da lei, e não na graça de Deus. No fim, estaríamos sem esperança!

19  Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador.
20  Ora, o mediador não é de um, mas Deus é um. Gálatas 3:19, 20

Embora os detalhes dos comentários de Paulo em Gálatas 3:19, 20 sejam difíceis, seu raciocínio básico é claro: a lei é subordinada à promessa, porque ela foi dada por intermédio de anjos e de Moisés. A conexão de anjos com a entrega da lei não é mencionada em Êxodo, mas é encontrada em vários outros lugares nas Escrituras

Ele disse: O SENHOR Deus veio do monte Sinai; ele surgiu como o sol por cima de Edom e do monte Parã brilhou sobre o seu povo. Com ele vieram milhares de anjos, e à sua direita havia fogo. Dt 33:2; NTLH

38  É este Moisés quem esteve na congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos pais; o qual recebeu palavras vivas para no-las transmitir.
53  vós que recebestes a lei por ministério de anjos e não a guardastes. Atos 7:38, 53; 

2 Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, Hebreus 2:2 RC

Paulo usou a palavra mediador em 1Timóteo 2:5 em referência a Cristo, mas seus comentários neste contexto sugerem fortemente que ele tem em mente Deuteronômio 5:5, onde Moisés diz: “Naquela ocasião eu fiquei entre o Senhor e você para declarar-lhe a Palavra do Senhor” (NVI).

Majestosa como tenha sido a promulgação da lei no Sinai, com incontáveis anjos presentes, e importante como Moisés tenha sido na função de legislador, a proclamação da lei foi indireta. Em forte contraste com isso, a promessa de Deus foi feita diretamente a Abraão (e, portanto, a todos os crentes), pois não havia necessidade de um mediador. No fim, por mais importante que seja a lei, ela não é substituto para a promessa da salvação pela graça através da fé. Ao contrário, a lei nos ajuda a entender melhor o quanto essa promessa é realmente maravilhosa.

7. Qual era a natureza dos encontros diretos de Abraão com Deus? Qual era o benefício dessa proximidade com Deus? 

1  Depois destas coisas veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.
2  Então, disse Abrão: Senhor JEOVÁ, que me hás de dar? Pois ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer.
3  Disse mais Abrão: Eis que me não tens dado semente, e eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro.
4  E eis que veio a palavra do SENHOR a ele, dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de ti será gerado, esse será o teu herdeiro.
5  Então, o levou fora e disse: Olha, agora, para os céus e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua semente.
6  E creu ele no SENHOR, e foi-lhe imputado isto por justiça. Gênesis 15:1-6; 

1  Apareceu o SENHOR a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava assentado à entrada da tenda, no maior calor do dia.
2  Levantou ele os olhos, olhou, e eis três homens de pé em frente dele. Vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro, prostrou-se em terra
3  e disse: Senhor meu, se acho mercê em tua presença, rogo-te que não passes do teu servo;
4  traga-se um pouco de água, lavai os pés e repousai debaixo desta árvore;
5  trarei um bocado de pão; refazei as vossas forças, visto que chegastes até vosso servo; depois, seguireis avante. Responderam: Faze como disseste.
6  Apressou-se, pois, Abraão para a tenda de Sara e lhe disse: Amassa depressa três medidas de flor de farinha e faze pão assado ao borralho.
7  Abraão, por sua vez, correu ao gado, tomou um novilho, tenro e bom, e deu-o ao criado, que se apressou em prepará-lo.
8  Tomou também coalhada e leite e o novilho que mandara preparar e pôs tudo diante deles; e permaneceu de pé junto a eles debaixo da árvore; e eles comeram.
9  Então, lhe perguntaram: Sara, tua mulher, onde está? Ele respondeu: Está aí na tenda.
10  Disse um deles: Certamente voltarei a ti, daqui a um ano; e Sara, tua mulher, dará à luz um filho. Sara o estava escutando, à porta da tenda, atrás dele.
11  Abraão e Sara eram já velhos, avançados em idade; e a Sara já lhe havia cessado o costume das mulheres.
12  Riu-se, pois, Sara no seu íntimo, dizendo consigo mesma: Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda prazer?
13  Disse o SENHOR a Abraão: Por que se riu Sara, dizendo: Será verdade que darei ainda à luz, sendo velha?
14  Acaso, para o SENHOR há coisa demasiadamente difícil? Daqui a um ano, neste mesmo tempo, voltarei a ti, e Sara terá um filho.
15  Então, Sara, receosa, o negou, dizendo: Não me ri. Ele, porém, disse: Não é assim, é certo que riste.
16  Tendo-se levantado dali aqueles homens, olharam para Sodoma; e Abraão ia com eles, para os encaminhar.
17  Disse o SENHOR: Ocultarei a Abraão o que estou para fazer,
18  visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra?
19  Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do SENHOR e pratiquem a justiça e o juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito.
20  Disse mais o SENHOR: Com efeito, o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado, e o seu pecado se tem agravado muito.
21  Descerei e verei se, de fato, o que têm praticado corresponde a esse clamor que é vindo até mim; e, se assim não é, sabê-lo-ei.
22  Então, partiram dali aqueles homens e foram para Sodoma; porém Abraão permaneceu ainda na presença do SENHOR.
23  E, aproximando-se a ele, disse: Destruirás o justo com o ímpio?
24  Se houver, porventura, cinqüenta justos na cidade, destruirás ainda assim e não pouparás o lugar por amor dos cinqüenta justos que nela se encontram?
25  Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?
26  Então, disse o SENHOR: Se eu achar em Sodoma cinqüenta justos dentro da cidade, pouparei a cidade toda por amor deles.
27  Disse mais Abraão: Eis que me atrevo a falar ao Senhor, eu que sou pó e cinza.
28  Na hipótese de faltarem cinco para cinqüenta justos, destruirás por isso toda a cidade? Ele respondeu: Não a destruirei se eu achar ali quarenta e cinco.
29  Disse-lhe ainda mais Abraão: E se, porventura, houver ali quarenta? Respondeu: Não o farei por amor dos quarenta.
30  Insistiu: Não se ire o Senhor, falarei ainda: Se houver, porventura, ali trinta? Respondeu o SENHOR: Não o farei se eu encontrar ali trinta.
31  Continuou Abraão: Eis que me atrevi a falar ao Senhor: Se, porventura, houver ali vinte? Respondeu o SENHOR: Não a destruirei por amor dos vinte.
32  Disse ainda Abraão: Não se ire o Senhor, se lhe falo somente mais esta vez: Se, porventura, houver ali dez? Respondeu o SENHOR: Não a destruirei por amor dos dez.
33  Tendo cessado de falar a Abraão, retirou-se o SENHOR; e Abraão voltou para o seu lugar. Gn 18:1-33; 

1 Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui!
2  Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.
3  Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado.
4  Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe.
5  Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós.
6  Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos.
7  Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?
8  Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos.
9  Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha;
10  e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho.
11  Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui!
12  Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho.
13  Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.
14  E pôs Abraão por nome àquele lugar—O SENHOR Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá.
15  Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do SENHOR a Abraão
16  e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho,
17  que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos,
18  nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz. Gn 22:1-18

Pense em outros encontros que as pessoas da Bíblia tiveram com Deus: Adão e Eva no Éden (Gn 3); a escada de Jacó (Gn 28); Paulo no caminho de Damasco (At 9). Talvez você não tenha experimentado algo tão dramático, mas, de que forma Deus tem Se revelado a você? Alguma coisa na sua vida pessoal pode estar impedindo que você tenha o tipo de intimidade e proximidade com Deus que Abraão experimentou? Que medidas você pode tomar para mudar? 

Sexta                                               Estudo adicional


Em seu cativeiro, o povo havia perdido em grande medida o conhecimento de Deus e dos princípios da aliança abraâmica. Ao libertá-los do Egito, Deus procurou revelar a eles Seu poder e misericórdia, para que fossem levados a amá-Lo e confiar nEle. Para que percebessem seu completo desamparo e sua necessidade da ajuda divina, Ele os levou ao Mar Vermelho, onde, perseguidos pelos egípcios, a fuga parecia impossível. Então, Ele operou o livramento deles. Assim, eles se encheram de amor e gratidão para com Deus e de confiança no Seu poder para ajudá-los. Ele os havia ligado a Si, na qualidade de seu libertador do cativeiro temporal.

“Mas havia uma verdade ainda maior a ser gravada na mente deles. Vivendo no meio da idolatria e corrupção, eles não tinham uma concepção verdadeira da santidade de Deus, da excessiva maldade de seu próprio coração, de sua total incapacidade de, por si mesmos, prestar obediência à lei de Deus, e de sua necessidade de um Salvador. Eles precisavam ser ensinados em tudo isso
” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 371).

A lei de Deus, proclamada em terrível majestade do Sinai, é a declaração de condenação ao pecador. A função da lei é condenar, mas não há nela nenhum poder para perdoar ou redimir (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 6, p. 1.094).

Perguntas para reflexão
1. Pense na ideia de promessas, especialmente as que foram quebradas. Como você se sentiu quando uma pessoa quebrou uma promessa feita a você? Que diferença fez se a pessoa pretendia cumprir a promessa e, depois, ou não conseguiu ou mudou de ideia, ou se você percebeu que a pessoa nunca quis cumpri-la? O que aconteceu com seu nível de confiança depois que a promessa foi quebrada, não importando o motivo? É importante saber que você pode confiar nas promessas de Deus? Ou, como você pode aprender a confiar nas promessas de Deus em primeiro lugar?
2. De que maneiras estamos em perigo de ser corrompidos pelo nosso ambiente, a ponto de perdermos de vista as importantes verdades que Deus nos deu? Como descobrir quais são essas influências corruptoras? Como podemos neutralizá-las?

Resumo: 
A proclamação da lei no Sinai não invalidou a promessa que Deus fez a Abraão, nem a lei alterou as provisões da promessa. A lei foi dada para que as pessoas fossem conscientizadas da verdadeira extensão da sua pecaminosidade e reconhecessem sua necessidade da promessa de Deus a Abraão e seus descendentes.




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