quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Cada um debaixo de seu estandarte (bandeira)



“Assim fizeram os filhos de Israel; conforme tudo o que o Senhor ordenara a Moisés, se acamparam segundo os seus estandartes e assim marcharam, cada qual segundo as suas famílias, segundo a casa de seus pais” (Nm 2:34).


5. Que característica sobre a religião de Israel se destaca logo no início do livro de Números? Números 2


1 O SENHOR Deus disse a Moisés e a Arão o seguinte:

2 —Quando os israelitas armarem o acampamento, cada um ficará perto da bandeira do seu grupo e do estandarte do seu grupo de famílias. Eles acamparão em volta da Tenda Sagrada e de frente para ela.

3 ¶ (3-4) —Do lado leste acamparão os exércitos que marcham debaixo da bandeira da tribo de Judá. O exército de Judá tem setenta e quatro mil e seiscentos homens, e o chefe é Nasom, filho de Aminadabe.

5 (5-6) Ao lado deles acampará o exército da tribo de Issacar. Esse exército tem cinqüenta e quatro mil e quatrocentos homens, e o chefe é Netanel, filho de Zuar.

7 (7-8) Acampará com eles também o exército da tribo de Zebulom. Esse exército tem cinqüenta e sete mil e quatrocentos homens, e o chefe é Eliabe, filho de Helom.

9 O grupo de Judá, num total de cento e oitenta e seis mil e quatrocentos homens, marchará primeiro.

10 (10-11) —Do lado sul acamparão os exércitos que marcham debaixo da bandeira da tribo de Rúben. O exército de Rúben tem quarenta e seis mil e quinhentos homens, e o seu chefe é Elisur, filho de Sedeur.

12 (12-13) Ao lado deles acampará o exército da tribo de Simeão. Esse exército tem cinqüenta e nove mil e trezentos homens, e o chefe é Selumiel, filho de Zurisadai.

14 (14-15) Acampará com eles também o exército da tribo de Gade. Esse exército tem quarenta e cinco mil seiscentos e cinqüenta homens, e o chefe é Eliasafe, filho de Deuel.

16 O grupo de Rúben, num total de cento e cinqüenta e um mil quatrocentos e cinqüenta homens, marchará em segundo lugar.

17 —Entre os primeiros dois grupos e os dois últimos, marcharão os levitas, levando a Tenda. Os grupos marcharão na mesma ordem em que acamparem, cada um no seu lugar, seguindo a sua bandeira.

18 (18-19) —Do lado oeste acamparão os exércitos que marcham debaixo da bandeira da tribo de Efraim. O exército de Efraim tem quarenta mil e quinhentos homens, e o chefe é Elisama, filho de Amiúde.

20 (20-21) Ao lado deles acampará o exército da tribo de Manassés. Esse exército tem trinta e dois mil e duzentos homens, e o chefe é Gamaliel, filho de Pedasur.

22 (22-23) Acampará com eles também o exército da tribo de Benjamim. Esse exército tem trinta e cinco mil e quatrocentos homens, e o chefe é Abidã, filho de Gideoni.

24 O grupo de Efraim, num total de cento e oito mil e cem homens, marchará em terceiro lugar.

25 (25-26) —Do lado norte acamparão os exércitos que marcham debaixo da bandeira da tribo de . O exército de Dã tem sessenta e dois mil e setecentos homens, e o chefe é Aiezer, filho de Amisadai.

27 (27-28) Ao lado deles acampará o exército da tribo de Aser. Esse exército tem quarenta e um mil e quinhentos homens, e o chefe é Pagiel, filho de Ocrã.

29 (29-30) Acampará com eles também o exército da tribo de Naftali. Esse exército tem cinqüenta e três mil e quatrocentos homens, e o chefe é Aira, filho de Enã.

31 O grupo de Dã, num total de cento e cinqüenta e sete mil e seiscentos homens, marchará por último.

32 O número total dos homens de Israel registrados nos exércitos, grupo por grupo, foi de seiscentos e três mil quinhentos e cinqüenta.

33 Como o SENHOR havia ordenado a Moisés, os levitas não foram contados com os outros israelitas.

34 Assim, o povo de Israel fez tudo como o SENHOR havia ordenado a Moisés. Eles acamparam, cada grupo debaixo da sua própria bandeira, e cada israelita começou a marchar com o seu grupo de famílias.


O governo de Israel se caracterizava por uma estrutura organizacional muito precisa, vista, por exemplo, na organização que o Senhor instituiu para o acampamento e nas posições em que o povo deveria erguer suas tendas. O acampamento hebreu era separado em quatro grandes divisões, cada qual com sua posição designada no acampamento, com base nas famílias e nos laços tribais.

A posição de cada tribo no acampamento também era especificada. Cada qual deveria marchar e acampar ao lado de seu próprio estandarte. Nada era deixado ao acaso. O Senhor organizou cuidadosa e precisamente a nação. Embora eles fossem um povo, suas conexões familiares distintivas não foram rompidas.


6. Que indicação temos de que, apesar do claro padrão organizacional, ainda havia espaço para a distinção e singularidade das várias tribos?


Nm 2:34 - Assim, o povo de Israel fez tudo como o SENHOR havia ordenado a Moisés.Eles acamparam, cada grupo debaixo da sua própria bandeira, e cada israelita começou a marchar com o seu grupo de famílias.



Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic142009.html



terça-feira, 29 de setembro de 2009

Chamado para o ministério



Em memória da libertação da escravidão egípcia, a morte dos primogênitos egípcios e da libertação dos seus próprios filhos sob o sinal do sangue, Deus pediu que os primogênitos de Israel fossem dedicados a Ele (Êx 13:2, 12-15).


7. Que indicação temos sobre o quanto devemos ao Senhor por nossa redenção e libertação? Neste contexto, por que o orgulho e a autossuficiência são tão pecaminosos?


Êx 13:2, 12-15 - Consagra-me todo primogênito; todo que abre a madre de sua mãe entre os filhos de Israel, tanto de homens como de animais, é meu. - apartarás para o SENHOR todo que abrir a madre e todo primogênito dos animais que tiveres; os machos serão do SENHOR. Porém todo primogênito da jumenta resgatarás com cordeiro; se o não resgatares, será desnucado; mas todo primogênito do homem entre teus filhos resgatarás. Quando teu filho amanhã te perguntar: Que é isso? Responder-lhe-ás: O SENHOR com mão forte nos tirou da casa da servidão. Pois sucedeu que, endurecendo-se Faraó para não nos deixar sair, o SENHOR matou todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito do homem até ao primogênito dos animais; por isso, eu sacrifico ao SENHOR todos os machos que abrem a madre; porém a todo primogênito de meus filhos eu resgato.


No Monte Sinai, o Senhor fez uma permuta com os primogênitos de todos os israelitas. Em lugar deles, Ele tomaria os levitas (Nm 3:12, 13). Para tanto, foi necessário recensear aquela tribo, que até aquele momento não havia sido numerada com o restante de Israel. Moisés recebeu a ordem de contar os homens levitas de um mês para cima (v. 14, 15). A fim de fazer a troca, Moisés contou os primogênitos homens a partir de um mês de idade. O total somou 22.273 – isto é, 273 primogênitos israelitas a mais do que levitas.


(Nm 3:12, 13) - Eis que tenho eu tomado os levitas do meio dos filhos de Israel, em lugar de todo primogênito que abre a madre, entre os filhos de Israel; e os levitas serão meus. Porque todo primogênito é meu; desde o dia em que feri a todo primogênito na terra do Egito, consagrei para mim todo primogênito em Israel, desde o homem até ao animal; serão meus. Eu sou o SENHOR.


(Nm.3:14, 15) - Falou o SENHOR a Moisés no deserto do Sinai, dizendo: Conta os filhos de Levi, segundo a casa de seus pais, pelas suas famílias; contarás todo homem da idade de um mês para cima.


8. O que os demais israelitas deveriam fazer como resgate? Para quem esse valor foi dado?


Nm 3:46-51 - Pelo resgate dos duzentos e setenta e três dos primogênitos dos filhos de Israel, que excedem o número dos levitas, tomarás por cabeça cinco siclos; segundo o siclo do santuário, os tomarás, a vinte geras o siclo. E darás a Arão e a seus filhos o dinheiro com o qual são resgatados os que são demais entre eles. Então, Moisés tomou o dinheiro do resgate dos que excederam os que foram resgatados pelos levitas. Dos primogênitos dos filhos de Israel tomou o dinheiro, mil trezentos e sessenta e cinco siclos, segundo o siclo do santuário. E deu Moisés o dinheiro dos resgatados a Arão e a seus filhos, segundo o mandado do SENHOR, como o SENHOR ordenara a Moisés.


O Senhor também dedicou os levitas a Arão e seus filhos e descendentes sacerdotes; eles deveriam ajudar na adoração de Deus e no cuidado do tabernáculo. De certo modo, eles foram chamados para o ministério da igreja no deserto.


Ao chegarem à Terra Prometida, os levitas continuaram ligados ao santuário em diversas tarefas (1Cr 23:27-32). Espalhados por todas as tribos, alguns se tornaram levitas instrutores (2Cr 17:7–9); outros se tornaram juízes (2Cr 19:8-11), instruindo o povo nos caminhos de Deus.


(1Cr 23:27-32) - Porque, segundo as últimas palavras de Davi, foram contados os filhos de Levi de vinte anos para cima. O cargo deles era assistir os filhos de Arão no ministério da Casa do SENHOR, nos átrios e nas câmaras, na purificação de todas as coisas sagradas e na obra do ministério da Casa de Deus, a saber, os pães da proposição, a flor de farinha para a oferta de manjares, os coscorões asmos, as assadeiras, o tostado e toda sorte de peso e medida. Deviam estar presentes todas as manhãs para renderem graças ao SENHOR e o louvarem; e da mesma sorte, à tarde; e para cada oferecimento dos holocaustos do SENHOR, nos sábados, nas Festas da Lua Nova e nas festas fixas, perante o SENHOR, segundo o número determinado; e para que tivessem a seu cargo a tenda da congregação e o santuário e atendessem aos filhos de Arão, seus irmãos, no ministério da Casa do SENHOR.


(2Cr 17:7–9) - No terceiro ano do seu reinado, enviou ele os seus príncipes Ben-Hail, Obadias, Zacarias, Natanael e Micaías, para ensinarem nas cidades de Judá; e, com eles, os levitas Semaías, Netanias, Zebadias, Asael, Semiramote, Jônatas, Adonias, Tobias e Tobe-Adonias; e, com estes levitas, os sacerdotes Elisama e Jeorão. Ensinaram em Judá, tendo consigo o Livro da Lei do SENHOR; percorriam todas as cidades de Judá e ensinavam ao povo.


(2Cr 19:8-11) - Também, depois de terem voltado para Jerusalém, estabeleceu aí Josafá alguns dos levitas, e dos sacerdotes, e dos cabeças das famílias de Israel para julgarem da parte do SENHOR e decidirem as sentenças contestadas. Deu-lhes ordem, dizendo: Assim, andai no temor do SENHOR, com fidelidade e inteireza de coração. Toda vez que vier a vós outros sentença contestada de vossos irmãos que habitam nas suas cidades: entre sangue e sangue, lei e mandamento, estatutos e juízos, admoestai-os, que não se façam culpados para com o SENHOR, para que não venha grande ira sobre vós e sobre vossos irmãos; fazei assim e não vos tornareis culpados. Eis que Amarias, o sumo sacerdote, presidirá nas coisas que dizem respeito ao SENHOR; e Zebadias, filho de Ismael, príncipe da casa de Judá, nas que dizem respeito ao rei. Também os levitas serão oficiais à vossa disposição. Sede fortes no cumprimento disso, e o SENHOR será com os bons.


Como você pode ver a cruz, a morte substituinte de Jesus (Jo 3:16), prefigurada nessas cerimônias? O que significa que Jesus tomou o seu lugar? Como o conhecimento dessa realidade deve mudar sua vida?

(Jo 3:16) - Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.







Protegendo o que é sagrado



Pelo estabelecimento do sistema de adoração no Sinai, Deus escolheu uma família de levitas para atuar como sacerdotes. Esse trabalho foi registrado em Números 4. Moisés consagrou Arão como sumo sacerdote e seus quatro filhos – Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar – como sacerdotes assistentes. O restante da tribo de Levi ajudaria os outros mas não atuaria como sacerdotes. É óbvio que todos os levitas em condições de trabalhar tinham seu lugar e serviço, trabalhando harmoniosamente para preservar e proteger a santidade do sistema de adoração de Israel.


Sem dúvida, os levitas receberam uma responsabilidade solene. O mesmo se deu com os filhos de Arão, que atuariam como sacerdotes diante do Senhor no tabernáculo. Pense no que eles foram chamados a fazer. O próprio Senhor, o Criador, revelou Sua presença entre eles no santuário (Nm 14:10, 11 - a glória do SENHOR apareceu na tenda da congregação a todos os filhos de Israel. Disse o SENHOR a Moisés:...), lembrança poderosa para eles de que sua segurança só existia nEle, aquele que os havia libertado do Egito. Esses sacerdotes eram os mediadores entre um Deus santo e o povo caído. Evidentemente, em seus papéis, eles também eram símbolos de Jesus, nosso verdadeiro Sumo Sacerdote no santuário celestial (Hb 8).


9. Que acontecimento estranho ocorreu no santuário? Lv 10:1-11. O que aconteceu, e que lições existem para nós, hoje?


Lv 10:1-11 - Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara. Então, saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR. E falou Moisés a Arão: Isto é o que o SENHOR disse: Mostrarei a minha santidade naqueles que se cheguem a mim e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão se calou. Então, Moisés chamou a Misael e a Elzafã, filhos de Uziel, tio de Arão, e disse-lhes: Chegai, tirai vossos irmãos de diante do santuário, para fora do arraial. Chegaram-se, pois, e os levaram nas suas túnicas para fora do arraial, como Moisés tinha dito. Moisés disse a Arão e a seus filhos Eleazar e Itamar: Não desgrenheis os cabelos, nem rasgueis as vossas vestes, para que não morrais, nem venha grande ira sobre toda a congregação; mas vossos irmãos, toda a casa de Israel, lamentem o incêndio que o SENHOR suscitou. Não saireis da porta da tenda da congregação, para que não morrais; porque está sobre vós o óleo da unção do SENHOR. E fizeram conforme a palavra de Moisés. Falou também o SENHOR a Arão, dizendo: Vinho ou bebida forte tu e teus filhos não bebereis quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações, para fazerdes diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo e para ensinardes aos filhos de Israel todos os estatutos que o SENHOR lhes tem falado por intermédio de Moisés.


É difícil imaginar que esses jovens, a quem havia sido dada responsabilidade tão sagrada e que já haviam recebido tanto (veja Êx 24:9-11), violassem tão abertamente uma ordem expressa de Deus. Por mais duro e severo que nos pareça seu castigo, ele só destaca a realidade de quão sagrada foi a responsabilidade que lhes foi atribuída. Sem dúvida, outros entenderam a mensagem de quão seriamente o Senhor esperava que Seus mandamentos a respeito do santuário fossem cumpridos.


(Êxo. 24:9-11) - E subiram Moisés, e Arão, e Nadabe, e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel. E viram o Deus de Israel, sob cujos pés havia uma como pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade. Ele não estendeu a mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel; porém eles viram a Deus, e comeram, e beberam.


“Lidar com coisas sagradas da mesma forma que fazemos com os assuntos comuns é uma ofensa a Deus; pois é santo aquilo que Ele separou para fazer Seu serviço em levar a luz ao mundo. Os que mantêm qualquer ligação com a obra de Deus não devem andar na vaidade de sua própria sabedoria, mas na sabedoria divina, do contrário estarão em risco de pôr no mesmo nível as coisas sagradas e as comuns, separando-se, assim, de Deus” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 639).


Leia cuidadosamente Levítico 10:10. Como nós hoje podemos distinguir entre o santo e o comum, entre o puro e o impuro?



Estudo adicional


10. O tema da santidade de Deus atravessa as Escrituras como um fio de prata. Defina santidade. Que relação tem a santidade com Seus servos?


Êx 28:36; - Farás também uma lâmina de ouro puro e nela gravarás à maneira de gravuras de sinetes: Santidade ao SENHOR.


Lv 11:44, 45; - Eu sou o SENHOR, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis por nenhum enxame de criaturas que se arrastam sobre a terra. Eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus; portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo.


Is 6:1-7; - No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado.


Hb 12:14; - Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,


1Pe 1:15, 16 - pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.

“Os anjos trabalham harmoniosamente. Perfeita ordem caracteriza todos os seus movimentos. Quanto mais aproximadamente imitarmos a harmonia e ordem dos anjos, tanto maior êxito terão os esforços desses agentes celestiais em nosso favor. Se não virmos necessidade de ação harmônica, e formos desordenados, indisciplinados e desorganizados em nossa maneira de agir, os anjos que são perfeitamente organizados e se movem em perfeita ordem, não poderão com êxito trabalhar por nós. Eles se afastarão pesarosos, pois não estão autorizados a abençoar a confusão, distração e desorganização. Todos os que desejarem a cooperação dos mensageiros celestiais devem trabalhar em harmonia com eles. Os que receberam a unção do Céu, em todos os seus esforços incentivarão a ordem, a disciplina e unidade de ação, e então os anjos de Deus poderão cooperar com eles” (Ellen G. White, Testemunhos para Ministros, p. 28).


Resumo: O Senhor é um Deus de ordem. Assim que as tribos foram reunidas no deserto diante do Monte Sinai, Ele começou a organizá-las em torno do tabernáculo. Primeiro, os exércitos de Israel foram organizados, e o acampamento de cada tribo foi selecionado, bem como sua ordem de marcha. Os levitas se acamparam como uma barreira em torno do tabernáculo e receberam orientações específicas quanto a seu serviço de levantá-lo e transportá-lo. O Deus santo estava em seu meio quando Israel entrava em movimento.


Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic142009.html




segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Organizando um povo tirado da escravidão



Disse o SENHOR a Moisés e a Arão - Assim fizeram os filhos de Israel; conforme tudo o que o SENHOR ordenara a Moisés, se acamparam segundo os seus estandartes e assim marcharam, cada qual segundo as suas famílias, segundo a casa de seus pais. Números 2:1, 34


I. Um lugar para cada coisa


A. Na organização das tribos de Israel e dos levitas em torno do santuário, Deus estava não apenas prescrevendo um acampamento bem planejado e uma caminhada ordenada, mas determinando Seu lugar no centro do acampamento. Por que o santuário estava no centro do acampamento, e não à sua frente?


B. Onde se localizava o acampamento dos levitas, e quais eram suas funções especiais? Que tragédia ilustrou as graves responsabilidades que acompanhavam o papel de liderança dos levitas?


C. As famílias e os clãs de cada tribo estavam organizados sob seus respectivos estandartes, e os homens sadios eram organizados como uma tropa. Por que foram estimuladas as linhagens familiares nesse plano de organização?


II. Identificando-se com o povo de Israel


Que exemplos atuais ilustram a necessidade de ordem, reverência e famílias fortes em nossa igreja?


III. Fazendo o que Deus ordena


A. Que podemos fazer para situar Cristo em posição mais preeminente e com maior reverência no centro de nossa organização e da vida pessoal?


B. Que importância tem a família na organização e progresso de nossa igreja hoje?


Resumo: A fim de avançar como povo de Deus, precisamos reconhecer e aplicar os princípios divinos de ordem e reverência em nossa vida, nossa família, e na organização da igreja.


É plano de Deus que Seu povo viva em ordem tal que O glorifique.


A ordem é uma característica fundamental de Deus. O pecado, antítese do caráter amoroso de Deus, inevitavelmente leva ao caos. Então, não nos deve surpreender o fato de que Deus atribui um elevado valor à ordem entre Seus seguidores. A história revela que a ordem traz sucesso às nações mesmo quando nem sempre honrem o Deus verdadeiro. Era a organização e ordem que dava vantagem estratégica às legiões romanas em suas batalhas para conquistar o mundo. A busca da ordem era um fator motivador para o surgimento dos governos nacionais. O mundo em si demonstra a importância da ordem e do planejamento.


COMENTÁRIO BÍBLICO

I. Organizando o exército


(Recapitule
Êx 20, 25:8, 32, 40:17; Nm 1:1-3; Gn 15.)


Carisma ou organização? Apesar das sobrenaturais manifestações carismáticas exibidas na coluna de nuvem durante o dia e de fogo à noite, nos trovões e relâmpagos vistos no Monte Sinai e no maná diário, o Senhor achou necessário organizar o povo hebreu em consideráveis detalhes.


Parece que um povo ordeiro não foi resultado automático de se encontrar com Deus. Isso requereu esforço considerável. Nos tempos do Novo Testamento, o povo exigia sinais carismáticos de Jesus (veja Mc 8:11, 12; Lc 16:27-31; Jo 6:28-33). No entanto, Jesus desaprovou o clamor por sinais e manifestações sobrenaturais. É notável que Ele não houvesse desaprovado o processo de organização da primeira igreja.


Pense nisto: Certa vez, o pastor de uma denominação disse a um pastor adventista que não precisava estudar e preparar seus sermões porque, quando se levantava para falar, bastava permitir que o Senhor lhe dissesse o que dizer. O pastor adventista respondeu acreditar que uma mensagem organizada, bem preparada fazia mais para honrar a Deus. É isso que Deus quer? Carisma, a ação direta do Espírito Santo em nosso mundo, contrário à ordem e organização? Como o carisma do Espírito pode nos proteger contra a organização fria, formal? Como um bem – a ordem – pode guardar a igreja contra os excessos carismáticos? Como podemos alcançar o equilíbrio apropriado entre os dois?


II. A presença do Senhor


(Recapitule
Nm 1:50-54, 2:2; Sl 139:1-10; Is 57:15; Jr 23:23, 24; Jo 14:15-18, 23.)


A organização do acampamento hebreu ensinava dois conceitos importantes para entendermos o plano de salvação.

Primeiro: Deus é santo e abomina o pecado. Apesar de parecer próximo, existe uma barreira que nos previne de um encontro direto.

Segundo: Deus fez todo o possível para estar conosco. Embora existisse uma barreira, Deus instituiu um meio pelo qual pudesse estar perto de Seu povo.

Os sacerdotes desempenhavam um papel-chave como canal pelo qual Deus ultrapassava a barreira do pecado em direção ao povo pecador. Seu papel de mediação apontava para o verdadeiro Mediador, que é Jesus (veja Hb 10:18-23; Rm 8:37-39; 2Co 5:17-21).


Pense nisto: Tendo em conta que Deus é santo, como devemos considerar essas referências triviais a Deus como “aquele lá de cima”? Nos tempos do Novo Testamento, todos os crentes tomam parte na função sacerdotal de ser canais pelos quais Deus alcança um mundo pecador. Como estamos cumprindo esse papel?


III. Sob os estandartes
(Recapitule
Nm 2:34.)


Pense nisto: Apesar de uma estrutura organizacional precisa, Deus admitia as características distintivas das várias tribos. Comente por que a unidade organizacional pode ou não exigir uniformidade. Se a massa do biscoito (a essência) é a mesma, toda a massa precisa ser cortada com o mesmo cortador de biscoito (a forma) a fim de ter bom sabor?


IV. O chamado para o ministério e proteção do sagrado
(Recapitule
Êx 13:2; Lv 10:1-11; Nm 3:12-15, 46-51, 14:10-11; 1Cr 23:27-32; 2Cr 17:7-9, 19:8-11.)


Inicialmente, os filhos primogênitos e, mais tarde, a tribo de Levi assumiam o papel de “intermediários” entre Deus e Seu povo. Essa função incluía a execução de várias tarefas, inclusive ensinar, julgar, atender o santuário e oficiar as cerimônias sagradas. A fim de enfatizar a natureza sagrada de seu trabalho, os levitas eram separados mediante uma cerimônia especial de “ordenação”. Nos tempos do Novo Testamento, nós somos uma nação de sacerdotes e devemos levar a sério nosso chamado sagrado e executar fielmente as tarefas que Deus nos deu. Quais das tarefas do Antigo Testamento ainda são aplicáveis, e como devem ser executadas?


Pense nisto: Comente o perigo que corremos de trivializar nosso chamado sagrado, como fizeram os filhos de Arão. Por que mais tarde os filhos de Eli repetiram seu engano? Como podemos evitar a mesma armadilha?


Como posso cumprir meu papel como membro da família de sacerdotes? Como cristãos, somos parte da “nova ordem sacerdotal” e, coletivamente, sob a liderança de Cristo, devemos cumprir em nome de Deus as “funções do ministério sacerdotal” no mundo. Em nosso estudo, aprendemos que entre essas funções estão as de professor, juiz, vigia e intermediário espiritual.


Seguem abaixo algumas descrições de situações da vida real. Primeiramente, comente qual dos quatro papéis sacerdotais relacionados acima se aplica melhor a uma situação particular. Então, comente como essa função poderia ser cumprida. Use as definições seguintes para guiar suas seleções.


Professor – alguém que instrui os outros na maneira de viver a fé cristã.

Juiz – alguém que nutre os ideais de paz e justiça dentro da comunidade cristã.


Zelador – alguém que gosta dos aspectos materiais (por exemplo, a propriedade da igreja) da comunidade cristã.


Intermediário – alguém que ministra os aspectos espirituais da fé, como perdão, paz, esperança, amor e compaixão.


Situação 1: Um evangelista criou uma igreja de 120 novos membros em uma parte economicamente carente da cidade, onde a gravidez de adolescentes é um problema grave. Quase todos os membros são novos cristãos sem fundamento na ética cristã. Como o problema da gravidez deve ser tratado pela igreja?


Situação 2: Uma grande indústria está fechando as portas e planeja transferir as operações para outro país em que a mão de obra é mais barata. Oitenta por cento da congregação será afetada pelo fechamento.


Situação 3: Um grande desastre natural acaba de se abater sobre a cidade, danificando as casas da maioria dos membros e provocando sérios danos aos edifícios da igreja e da escola.


Situação 4: Os conflitos raciais chegaram ao ponto de ebulição e, recentemente, o edifício da igreja foi bombardeado porque seus seguidores defendem a propriedade civil.


O povo de Deus no antigo Israel foi organizado com precisão. Isso lhe deu um senso de pertinência e propósito. No tempo dos juízes, o senso de pertinência e propósito começou a se deteriorar quando o senso de ordem se desintegrou. Inicialmente organizado sob os pontos de vista religioso, social e militar, mais tarde, o povo hebreu passou a se assemelhar a uma turba desorganizada que estava à mercê dos povos mais organizados. É possível que, hoje, cristãos que têm a verdade estejam à mercê de grupos ateus porque lhes falta organização. Escolha individualmente, mas – de preferência como um grupo – algum aspecto de sua igreja que você possa arrumar. Então, desenvolva um projeto e ponha-o em execução. Aqui estão algumas sugestões:


1. Como a aparência física de sua igreja reflete os ideais de ordem? Se isso não estiver acontecendo, desenvolva um plano para melhorar seu aspecto.


2. Sua igreja sabe onde encontrar seus membros? Lembre-se de que Deus mantinha os hebreus tão organizados que eles podiam ser achados facilmente. Trabalhe no desenvolvimento de uma lista atualizada dos membros da igreja.


3. O propósito primário da igreja está fundamentado em adorar a Deus e alcançar os perdidos. Seus cultos de adoração refletem ordem e também a influência direta do Espírito? Sua igreja tem um plano organizado de testemunho? Sua igreja mantém registros dos que manifestaram interesse na fé cristã?






domingo, 27 de setembro de 2009

Uma nova ordem para um povo que foi escravo




Parte introdutória às 13 Lições do livro de Números (Bíblia)


Muitos se perguntam por que o livro de Números pertence ao cânon bíblico e que lições espirituais se poderiam tirar dos relatos da longa caminhada pelo deserto (o título do livro em hebraico é bemidbar, literalmente, “no deserto”), das ordens divinas para se contar o povo, de como este devia se acampar, dos deveres e ofícios dos levitas, etc. A resposta é encontrada em Romanos 15:4: “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança”, e em 1 Coríntios 10:11: “Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.”


Na verdade este livro do Pentateuco encerra preciosas lições. Só para citar algumas: Deus aprecia a ordem e a organização; Ele separa pessoas para o ministério (caso dos levitas e todo o ritual do santuário), deseja habitar com Seu povo (fato exemplificado pela coluna de nuvem, de dia, e de fogo, durante a noite), espera que os líderes não façam tudo sozinhos, mas que deleguem tarefas a outros (como quando Deus designou 70 anciãos para ajudarem Moisés), repudia o preconceito (ao punir com lepra Miriã, por falar mal da esposa de Moisés), permite que o pecador colha os resultados de sua conduta incrédula (como aconteceu à geração daqueles que saíram do Egito, que não entrou em Canaã), etc.


Com essas considerações em mente, tomemos tempo, cada dia, para meditar nas mensagens divinas contidas em Números, tão atuais quanto o foram para os israelitas em sua caminhada rumo à Canaã terrestre – símbolo de nossa caminhada rumo à Canaã celestial.


Desígnio e ordem no mundo natural são reais e representam a mão de nosso Criador. Mas a ordem de Deus não é demonstrada apenas pela natureza. Também pode ser vista no trato com Seu povo da aliança, os israelitas, mesmo enquanto vagavam pelo deserto.


Nesta semana, vamos estudar melhor como Deus organizou Seu povo para seu sagrado chamado e vamos tirar algumas lições para nós em nossos dias.


I.Organizando o exército


Pode parecer estranho a nós hoje que o livro de Números comece com a ordem divina para que Moisés fizesse o censo de todos os homens, de vinte anos para cima, “capazes de sair à guerra” (Nm 1:3). Mas, sendo Deus amor (1Jo 4:8), por que essa Sua ordem para organizar um exército? Devemos nos lembrar de que Israel era uma teocracia, ou seja, nação dirigida por Deus para o cumprimento de Seus planos.


De fato, Deus havia suportado longamente os cananeus em sua impiedade cada vez mais crescente. Havia enviado a luz da verdade a eles, através dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Além disso, concedeu-lhes alguns séculos a mais de graça, enquanto os israelitas moravam no Egito. Mas nada disso adiantou. Cada geração procedia pior do que a anterior. Sendo assim, uma vez que a misericórdia divina fora sistematicamente rejeitada, deveria entrar em ação Sua justiça, ministrada a esses ímpios através do exército israelita. Mas, como Deus não usa de dois pesos e duas medidas, ao longo da história de Israel, Ele usou exércitos estrangeiros (como os da Assíria e Babilônia) para castigar Seu povo.


II.A presença do Senhor


Deus havia dito a Moisés que era Seu desejo “habitar no meio” de Seu povo (Êx 25:8). E como representação visível dessa presença, ordenou a construção do Santuário.


Cada vez que um israelita avistava o Santuário, lembrava-se de que Deus estava com eles. Isso lhe dava segurança e a certeza de que, com Deus habitando com Seu povo, ninguém o poderia vencer. Mas era também lembrado que devia proceder retamente, visto que o Deus Santo não tolera o pecado.


Mas, para que não perdessem de vista a santidade de Deus e se esquecessem de sua pecaminosidade e carência, foi-lhes dito que acampassem a certa distância do Santuário. Somente os levitas poderiam chegar perto, ministrar no Santuário, armá-lo, desarmá-lo e transportá-lo. Aqui está uma lição valiosa: Deus é tanto imanente (proximidade), quanto transcendente (distância). Ele está bem perto do “contrito e abatido de espírito”, mas também é “o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo” (Is 57:15). Isso indica que podemos nos achegar “confiadamente” junto ao Seu trono de graça (Hb 4:16), mas com o devido respeito que Ele merece de Suas finitas criaturas (Ap 14:7).


III.Debaixo dos estandartes


O acampamento hebreu era separado em quatro grandes divisões, cada qual com sua posição designada no acampamento, com base nas famílias e nos laços tribais. Tendo como ponto de referência o Santuário, a leste (“puxando a fila”) se acampava e marchava o arraial de Judá (tribos de Judá, Issacar e Zebulom), ao sul, o arraial de Rúben (Rúben, Simeão e Gade), a oeste, o arraial de Efraim (Efraim, Manasses e Benjamim), e por último o arraial de Dã (Dã, Aser e Naftali).


O primeiro arraial a marchar era o de Judá, com o exército mais numeroso (186.400 guerreiros) e o último, como retaguarda, era o de Dã (o segundo exército mais numeroso, com 157.600 guerreiros). Os arraiais com menor número de guerreiros (o de Rúben, com 151.450 guerreiros, e o de Efraim, com 108.100) marchavam em segundo e terceiro lugar, respectivamente, ou seja, entre o arraial de Judá e o de Dã. Já os levitas, transportando o Santuário, marchavam bem no meio de todos esses arraiais. Ou seja, depois que os arraiais de Judá e o de Rúben partiam, e antes da partida dos arraiais de Efraim e de Dã.


O que aprendemos desse sistema tão bem organizado? É que em nossa vida pessoal, bem como na igreja, tudo deve ser feito “com decência e ordem”. Diz-nos Ellen G. White: “É perfeita a ordem no Céu, assim como a obediência, a paz e a harmonia. Os que não têm tido nenhum respeito pela ordem e a disciplina nesta vida não respeitarão a ordem observada no Céu. Não poderão ser ali admitidos; pois todos quantos houverem de ter entrada no Céu amarão a ordem e respeitarão a disciplina” (Conselhos Sobre Educação, p. 43).


IV.Chamado para o ministério


Em memória da libertação da escravidão egípcia, a morte dos primogênitos egípcios e da libertação dos seus próprios filhos sob o sinal do sangue, Deus pediu que os primogênitos de Israel fossem dedicados a Ele (Êx 13:2, 12-15). Mais tarde, no monte Sinai, o Senhor fez uma permuta com os primogênitos de todos os israelitas. Em lugar deles, Ele tomaria os levitas (Nm 3:12, 13). O Senhor dedicou os levitas da família de Arão para serem sacerdotes; os levitas das outras famílias deveriam ajudar na adoração de Deus e no cuidado do tabernáculo. De certo modo, eles foram chamados para o ministério da igreja no deserto.


Ao chegarem à Terra Prometida, os levitas continuaram ligados ao santuário em diversas tarefas (1Cr 23:27-32). Espalhados por todas as tribos, alguns se tornaram levitas instrutores (2Cr 17:7–9); outros se tornaram juízes (2Cr 19:8-11), instruindo o povo nos caminhos de Deus.


Essa escolha divina dos levitas nos deixa maravilhados com a transformação que Deus pode operar na vida das pessoas. Lembre-se de que, junto com seu irmão Simeão, Levi massacrou todos os homens (recém circuncidados) de Siquém, pelo estupro sofrido por sua irmã Diná (cap. 34 de Gênesis). Se Deus pôde transformar Levi e usá-lo em Sua causa, há esperança para cada um de nós, quanto aos nossos defeitos de caráter.


V.Protegendo o que é sagrado


Dentre os levitas, Deus escolheu a família de Arão para atuar como sacerdotes. Assim, Moisés consagrou Arão como sumo sacerdote e seus quatro filhos – Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar – como sacerdotes assistentes. Eles, juntamente com as outras famílias levíticas, deviam trabalhar para preservar e proteger a santidade do sistema de adoração em Israel.


Os sacerdotes eram os mediadores entre um Deus santo e o povo caído. Evidentemente, em seus papéis, eles também eram símbolos de Jesus, nosso verdadeiro Sumo Sacerdote no santuário celestial (Hb 8).


Mas algo estranho aconteceu. Dois sacerdotes, Nadabe e Abiú, filhos de Arão, “morreram perante o Senhor, quando ofereciam fogo estranho” (Nm 3:4). Ou seja, queimaram o incenso com fogo comum, trazido de casa. O que havia dado errado? O fogo que trouxeram de casa não era fogo do mesmo jeito? Por que Deus agiu com tanta severidade?


O fato é que Deus havia dado orientações precisas no sentido de que o incenso fosse queimado com fogo sagrado, ateado pelo próprio Deus quando os serviços do Santuário tiveram início. E Nadabe e Abiú conheciam bem essas orientações. Mas, então, por que a transgrediram? A resposta é inferida da ordem de Deus a Arão: “Vinho ou bebida forte tu e teus filhos não bebereis quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais... para fazerdes diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo” (Lv 10:8-10). O fato é que eles haviam ingerido bebidas alcoólicas antes de oficiarem no Santuário.


Esse terrível incidente nos ensina que Deus não tolerará a transgressão aberta de Suas ordens, as quais têm de ser levadas a sério. Qualquer desvio da vontade de Deus é oferecer “fogo estranho” – seja nas áreas da música, do traje, do tipo de leitura, em relação aos programas a que assistimos na TV, os filmes que vemos, ou em qualquer outra. A pergunta que cada um deve fazer é: Estou oferecendo a Deus algum tipo de “fogo estranho”?


Autor: Ozeas Caldas Moura – ThD


Ozeas Caldas Moura é Doutor em Teologia Bíblica, na área do Antigo Testamento, pela PUC do Rio de Janeiro.


O Dr. Ozeas foi pastor por doze anos em várias igrejas do Brasil, além de ter lecionado Teologia por treze anos nos SALTs IAENE e UNASP II. Desde 2007, trabalha como editor associado na Casa Publicadora Brasileira.


É nosso desejo que seus comentários a estas duas primeiras lições (bem como os comentários dos outros comentaristas da lição deste trimestre) contribuam para um melhor entendimento deste livro de Moisés e levem a uma real apreciação da mensagem divina nele contida.






OBS. Comunicamos que esta é a primeira publicação de uma série de treze semanas sobre o pouco conhecido livro da Bíblia, que é o livro de Números. O título geral é: "O povo a caminho. O livro de Números". Esperamos que o estudo do livro de Números continue sendo uma bênção para todos, como foi o das cartas de João. Deus nos ilumine e continue conosco. Amém.



sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A batalha pelo poder, na igreja




“Amado, não imites o que é mau, senão o que é bom. Aquele que pratica o bem procede de Deus; aquele que pratica o mal jamais viu a Deus” (3Jo 11).


Batalhas pelo poder podem vir de várias formas. Seja pelo governo de impérios, pelo comando de empresas ou até mesmo por posição e autoridade religiosa, a batalha pelo controle pode ser feia e até mesmo violenta. Em sentido real, o grande conflito no Céu começou com uma batalha pelo poder – Satanás buscando a posição e autoridade que pertenciam só a Jesus, o Criador, e não a uma criatura. Infelizmente, mesmo na igreja, esse mesmo espírito pode ser manifestado.


Terceira João, a epístola final desta série, estuda a batalha pelo poder em uma das primeiras igrejas. De um lado, estão o apóstolo João, Gaio e Demétrio. Do outro lado está Diótrefes, que tenta estabelecer sua supremacia. Uma batalha pelo poder em uma igreja local? Certamente, como cristãos hoje, não enfrentamos nada semelhante a isso, não é verdade?


A quem João escreveu esta epístola? O que sabemos sobre Gaio e seu caráter que pode ser de valor para nós? Que tipo de batalha pelo poder estava ocorrendo na igreja?



O ancião e Gaio (3Jo 1:1-4, 13-14)


Esta é uma das poucas epístolas do Novo Testamento (juntamente com Filemon, 1 e 2 Timóteo e Tito) que são dirigidas a uma só pessoa, não a uma congregação.


É interessante que João se refere a si mesmo aqui como presbítero, ou ancião (3ºJo 1, Bíblia de Jerusalém). Mas João era um apóstolo, não um ancião de igreja local; então, por que ele fez assim?

Existem várias razões possíveis, algumas das quais não são exclusivas:

(1) O título de ancião pode se referir a posição, idade ou ambos. No caso de João, a última opção parece mais provável.

(2) Usando o título ancião, João indica que a epístola não era dirigida a um amigo, apenas, mas um comunicado oficial.

(3) O título indica respeito e autoridade devidos ao seu possuidor.

(4) Em 1 Pedro 5:1, Pedro se dirige aos anciãos e se considera um deles, embora fosse apóstolo. João pode ter seguido esse uso.

(5) O uso da palavra ancião por João pode indicar humildade e respeito à comunidade, atitude bastante diferente da de Diótrefes.


1. Que informações temos sobre Gaio em 3 João 1-4?


3 João 1-4 - O presbítero ao amado Gaio, a quem eu amo na verdade. Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma. Pois fiquei sobremodo alegre pela vinda de irmãos e pelo seu testemunho da tua verdade, como tu andas na verdade. Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade.


João deve ter tido um bom relacionamento com Gaio. Ele o chama de amado e lhe diz que o ama verdadeiramente. Por três vezes a palavra amar ou seus derivados são usados nos versos 1 e 2 para descrever o relacionamento de João com Gaio.


2. Como cristãos, o que significa amar uns aos outros? Como mostramos esse amor? Veja 1 Coríntios 13.


Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.

Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.

E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.

O amor é paciente, é benigno;

o amor não arde em ciúmes,

não se ufana, não se ensoberbece,

não se conduz inconvenientemente,

não procura os seus interesses,

não se exaspera, não se ressente do mal;

não se alegra com a injustiça,

mas regozija-se com a verdade;

tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão;

havendo línguas, cessarão;

havendo ciência, passará;

porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos.

Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado.

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino;

quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.

Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente;

então, veremos face a face.

Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três;

porém o maior destes é o amor.


João se regozijou de que Gaio estava andando na verdade. Por duas vezes, ele mencionou nos versos 3 e 4 que até os irmãos que conheciam Gaio estão elogiando sua atitude e maravilhoso estilo cristão de vida. João, de sua parte, deseja encontrar Gaio logo e falar com ele pessoalmente. As saudações a Gaio e da parte deste mostram que há um círculo maior de crentes que o conhecem e que o apoiam.


Examine cuidadosamente 1 Coríntios 13. Você manifesta adequadamente os princípios de que Paulo fala nesse capítulo? Em que áreas você vai bem; em que áreas você pode e deve melhorar?



OBS. Comunicamos que esta é a última publicação e o último estudo de uma série de treze semanas sobre as três cartas do apóstolo João às igrejas.

A partir de domingo, e pelas próximas treze semanas, iniciaremos uma nova série de estudos, desta vez será sobre o pouco conhecido livro da Bíblia, que é o livro de Números. O título geral é: "O povo a caminho. O livro de Números". Esperamos que o estudo do livro de Números continue sendo uma bênção para todos, como foi o das cartas de João. Deus nos ilumine e continue conosco. Amém.